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Resumo de PS NP1 e P2

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Resumo de PS – NP1 e NP2
O que é Psicologia Social?
Antes de compreendermos a visão de Silvia Lane em relação a Psicologia Social, precisamos, entender o que é a Psicologia Social . Como sabemos, a Psicologia social é uma ciência que estuda e analisa o comportamento humano dentro dos grupos/relacionamentos sociais, além disso, é uma área que encontra-se com limite da psicologia e sociologia, de acordo com alguns teóricos. 
Porém, o propósito da Psicologia Social é identificar os traços que ligam os indivíduos aos grupos e compreender o comportamento do homem dentro do grupo social.
O Que é Psicologia Social de acordo com Silvia Lane?
De modo geral, entende-se a Psicologia como a ciência que estuda o comportamento do ser humano, “Sejam comportamentos considerados conscientes que envolvam experiências, conhecimentos, pensamentos e ações intencionais, e num plano não observável diretamente, o inconsciente”. A Psicologia Social seria a ciência que estuda o comportamento dos indivíduos no que ele é influenciado socialmente. 
Porém, então, Silvia Lane faz o seguinte questionamento: quando o comportamento se torna social? Ou então, são possíveis comportamentos não sociais nos seres humanos?
Desde cedo o ser humano já nasce cercado por outros indivíduos, portanto, os grupos já fazem parte da vida do individuo, assim como as famílias, as escolas, o trabalho, os amigos e etc. Ou seja, o tempo todo o indivíduo vive cercado de influências, seja pelos outros, seja pelas culturas, seja pelos costumes. Podemos dizer, que é improvável a existência de um comportamento não social.
A Psicologia Social estuda a relação essencial entre o individuo e sociedade, está entendida historicamente, desde como seus membros se organizam para garantir sua sobrevivência até seus costumes, valores e instituições necessários para a continuidade da sociedade...Como somos determinados a agir de acordo com o que as pessoas que nos cercam julgam adequado. (LANE, 2006, p. 10).
Silvia Lane destaca a importância dos grupos e das instituições na qual os indivíduos frequentam, ao sentimento de pertencimento e o quanto isso transforma o individuo, além disso, ela destaca também a linguagem, que tem poder para mexer e influenciar e assim tornar o homem um sujeito protagonista da sua própria história ou não.
Como o ser humano se torna social?
De acordo com Silvia Lane, a necessidade do indivíduo de outras pessoas por questão de sobrevivência é que sua vida será caracterizada por participações em grupo. Desde o primeiro momento da vida, o indivíduo está inserido num contexto histórico marcado por regras, leis, padrões de normas que caracteriza os papeis sociais.
Identidade Social: Diante de uma diversidade de identidades, Silvia Lane fala que o indivíduo vai se descobrindo como um indivíduo diferente, diferentemente dos outros. Entre muitos o indivíduo passa a ter suas  próprias  características em confronto com as outras pessoas, ele tem sua identidade social que o diferencia. O que de fato representa a identidade social, definida pelo conjuntode papéis que os indivíduos desempenham, atendem basicamente, à manutenção das relações sociais.
 É neste sentido que questionamos quanto a “identidade social” e “papéis” exercem uma mediação ideológica, ou seja, criam uma ilusão” de que os papéis ao “naturais e necessários” e que a identidade é consequência de “opções livres” que fazemos no nosso conviver social, quando, de fato, são as condições sociais decorrentes da produção da vida material que determinam os papéis e a nossa identidade social. (LANE, 2006, p. 22).
Lane questiona a importância de levantar o problema da “Consciência de Si”, que ao invés do indivíduo apenas reproduzir o esperado pelos grupos que o cercam e ser julgado de forma justa, esse indivíduo questiona a sua história, mesmo sabendo de onde veio, procurando saber o porquê de poucos que dominam e muitos são dominados através da exploração da força de trabalho, questionando os papéis quanto a sua determinação e suas funções históricas, somente desta forma é que o indivíduo consegue ser um agente de mudança social, pois quando um sujeito se tem consciência de Si, é mais fácil chegar a consciência social.
Linguagem 
A linguagem surge para transmitir ao outro o resultado, os detalhes de uma atividade ou da relação entre uma ação e uma consequência. A linguagem tem o poder de manipulação, meio de comunicação e influência. O agir, o pensar e o falar estão muito ligados, o problema é que em muitas situações as pessoas separam essas coisas. 
Raízes da Psicologia Social Moderna 
A Psicologia social moderna surgiu nos Estados Unidos da América sob influência das questões sociais levantadas no período da segunda guerra mundial, e o que se viu nos estudantes de pós-graduação, da geração pós-guerra, foi a formação de grupos acadêmicos possuidores de enorme talento, que acabaram caracterizando a psicologia social moderna como tipicamente americana. 
A Migração e o conhecimento dessas ideias só se deram por conta de suas raízes, os psicólogos da Gestalt vindos da Europa, mais precisamente da Áustria e da Alemanha. Apesar de terem seguido para vertentes diferentes, tanto a Psicologia Social Europeia como a Psicologia Social Americana tiveram uma mesma vertente original, tanto porque a americana foi originada da europeia, o que a faz jus ao codinome flor. A Psicologia Social moderna é caracterizada por essa vertente cognitiva, porém, não psicológica, como iniciou a Psicologia Social Europeia e sim, como ciência.
Com isso pode-se perceber que o enraizamento (criação) é de uma origem totalmente social psicológica e que suas flores, o seu desenvolvimento, são carregadas por uma vertente mais científica. Porém tem suas teorias associadas direta ou indiretamente, a Psicologia cognitiva.
As Raízes da Psicologia Social Contemporânea 
O autor propõe uma abordagem da história da Psicologia Social com a utilização de uma lógica centrada no Positivismo, tomando a Psicologia Social como um fenômeno norte-americano, embora europeu em suas raízes, para então finalizar com um apanhado dos desdobramentos que tal fenômeno teve no contexto brasileiro.
Seu método de relato é histórico relativístico: são consideradas as limitações do historiador, ou daquele que conta a história, em razão dos vieses que carrega consigo e que lhe foram transmitidos por aquele que lhe contou a história que pretende agora relatar. Existe uma noção de “história ideal” e “história de fato”, diferenciada pela percepção incutida no povo por aqueles que estão no poder e por aquilo que os registros factuais são capazes de revelar.
 Como ponto de partida o autor trata daquele que é considerado o pai da Psicologia no mundo Ocidental, Wilhelm Wundt (1832-1920). Wundt havia se proposto a dar nascimento à Psicologia experimental da mente, tornando a Psicologia independente da Filosofia, uma vez que esta era um campo de estudo filosófico em Leipzig, e iria fazer isso sendo extremamente metódico em suas investigações experimental-introspectivas da experiência imediata à consciência, seu objeto de estudo. Por meio do uso de uma Lógica, de uma Ética e de Sistemas Filosóficos, tudo na melhor tradição filosófica, Wundt criaria um corpo teórico metafísico para sua nova ciência.
Tais procedimentos trouxeram a crítica dos positivistas, que seguiam o pensamento de Auguste Comte, segundo o qual uma Ciência Metafísica não seria justificável pois seria um oximoro, na sua concepção, com o perdão da redundância. Para aqueles que seguiam o pensamento de Comte, um homem muito doente e atormentado, havia três estágios para o desenvolvimento do conhecimento humano: o teológico, baseado em crenças e superstições; o metafísico, baseado na lógica filosófica; e o científico, que seria um corpo de conhecimento experimental a posteriori, calcado no rigor científico. Wundt era rigoroso, porém falhou ao escolher a mente, ou a consciência, na forma de experiência imediata consciente, como objeto de estudo. Esta seriasua única falta ao método científico.
Contudo, a mesma crítica que é feita pelos positivistas àquilo que vieram a chamar amplamente de mentalismo, também revela uma falha muito simples no próprio pensamento positivista: o método científico depende do rigor lógico da Matemática, ciência amplamente aceita desde a Antiguidade Clássica, como modelo de lógica para qualquer corpo teórico científico. Mas a própria Matemática é uma abstração, uma representação mentalista estruturada e organizada da realidade e dos objetos reais – e também dos irreais – que o ser humano consegue perceber e conceber.
Num apanhado geral, o positivismo teve mais aspectos positivos do que negativos para a ciência dos Séculos XIX e XX, suas críticas são um constante lembrete, a todos os cientistas, da necessidade de seriedade e metodologia em suas investigações.
Mais um exemplo de como isso ocorre, é na crítica à Psicologia Social de Wundt, a Volkerpsychologie, que por carecer de métodos de amostragem válidos para testar suas hipóteses, apresentava, neste caso, uma falha em sua lógica. Todos os seus achados eram sujeitos a estarem inferindo na população uma característica obtida por meio de uma amostra não representativa, criando uma falácia de composição.
Segundo o autor, a questão da criação de um cenário de “nascimento” para a Psicologia, colocada de forma um tanto caricata mas fiel à maneira como é ensinada nos cursos de História da Psicologia. A crítica que o autor faz não é realmente a este cenário criado mais com fins didáticos e celebrativos do que propriamente políticos ou filosóficos, mas sim à atribuição da paternidade da Psicologia Social à Auguste Comte. Neste ponto concordo inteiramente com a crítica do autor, uma vez que não podemos dissociar a Psicologia, qualquer Psicologia, dos aspectos subjetivos humanos, sejam eles enquanto indivíduos ou enquanto grupo, sob o risco de tratar humanos como menos do que humanos, como coisas. A existência dos trabalhos anteriores à Comte em Psicologia Social, e as diferenças de abordagem e interesses no ser humano nos campos da Sociologia e da Psicologia, fazem com que a atribuição de “paternidade” à Comte possa levar a enganos e a precipitações nos procedimentos de estudo no campo da própria Psicologia Social.
No terceiro ponto, o autor trata do florescimento da Psicologia Social durante a Segunda Grande Guerra, onde suas aplicações militares foram exploradas, sem deixar de dar frutos que foram utilizados, posteriormente, para o bem e para o mal da população civil. 
O que é Atitude?
A Atitude refere-se ao indivíduo, não aos grupos. é uma tendência para responder a um objeto social (situação, pessoa, acontecimento) de modo favorável ou desfavorável. Ou seja, a uma pré-disposição do indivíduo à ação.
As atitudes desempenham um papel importante no modo como processamos a informação do mundo social em que nos encontramos inseridos, permitindo-nos poder interpretar, organizar e processar as informações. 
As atitudes são divididas em três partes: Cognitiva (tem a ver com informação: Coca-Cola tem cafeína), Afetiva (tem a ver com gostar ou não gostar do objeto (gosto de Coca-Cola) e Comportamental (refere-se à ação: vou comprar Coca-Cola).
Cognitiva: É o conjunto de ideias e de informações, de crenças, que se têm sobre um certo objeto social (pessoa, grupo, objeto, situação). 
Afetivo: É o conjunto de valores e emoções, positivas ou negativas, relativamente ao objeto social (pessoa, grupo, objeto situação). Ela está ligada ao sistema de valores, sendo sua direção emocional.
Comportamental: É o conjunto de reações, de respostas ao objeto social. A maneira como de agimos depende crença e dos valores que se têm relativamente ao objeto social. O Conjunto de comportamentos depende da forma como as pessoas interpretam.
Formação da Atitude
As atitudes não nascem com a gente, elas formam-se e aprendem-se no processo de socialização no meio social em que estamos inseridos. São vários os agentes sociais responsáveis pela formação de atitude: os pais, a família, a escola e etc...
Na família, são os parentes mais próximos que exercem o papel fundamental na formação da atitude da criança, ou seja, os pais, são os modelos principais que imitam e com os quais procuram-se identificar.
Mudanças de Atitude
Apesar de relativa estabilidade das atitudes, ao longo das vidas, elas podem mudar. Acontecimentos extraordinários, impressionantes podem resultar na modificação das nossas atitudes. Também as experiências vividas pela própria pessoa podem conduzir as alterações da atitude
O que é Estereótipo?
É a imagem preconcebida(projetado, concebido, antecedido) de determinada pessoa, coisa ou situação. São usados principalmente para definir e limitar pessoas ou grupo de pessoas na sociedade. O estereótipo é geralmente imposto, segundo as características externas, tais como a aparência (cabelos, olhos, pele), roupas, condição financeira, comportamentos, cultura, sexualidade, sendo estas classificações (rotulagens) nem sempre positivas que podem muitas vezes causar certos impactos negativos nas pessoas.
Essa impressão pode dar através da cultura ou das diferenças apresentadas entre os grupos sociais. Tradicionalmente herdamos estas informações de nossos ancestrais num movimento de várias gerações.
O fato é que muitos estereótipos são geralmente adquiridos na infância sob a influência dos pais, familiares, amigos, professores e através da mídia. E quando um estereótipo é aprendido e armazenado no cérebro, a tendência é que seja passado para outras pessoas.
Define-se estereótipo social como crença coletivamente compartilhada acerca de algum atributo, característica ou traço psicológico, moral ou físico atribuído extensivamente a um agrupamento humano, formado mediante a aplicação de um ou mais critérios, como por exemplo, idade, sexo, inteligência, filiação religiosa e outros.
Curiosidade sobre os Estereótipos:
Estereótipos de gênero: São estereótipos direcionados ao gênero masculino e feminino. 
Estereótipos raciais e étnicos: São estereótipos direcionados a diferentes etnias e raças. 
 Estereótipos sócio-econômicos: São estereótipos relacionados com a questão financeira de indivíduos e grupo de indivíduos.
 Estereótipos no meio profissional: direcionados a certas profissões. 
 Estereótipos em relação à orientação sexual: gays, lésbicas e bissexuais. 
Estereótipos da estética: moda, arte, mídia 
Estereótipo nas escolas: “Nerd” ou “CDF” que representam os alunos que se destacam pela sua inteligência e pelo seu jeito introvertido.
O que é Preconceito?
É um "juízo" de valor, preconcebido, manifestado geralmente na forma de uma atitude "discriminatória" perante pessoas, lugares ou tradições considerados diferentes ou "estranhos". Costuma indicar desconhecimento pejorativo de alguém, ou de um grupo social, ao que lhe é diferente. Mas também pode representar algo positivo, infelizmente o senso comum acabou reforçando uma ideia sempre negativa a palavra, embora estabelecer previamente conceitos sobre alguém ou algo, não necessariamente é algo negativo.
O preconceito racial é caracterizado pela existência de indivíduos com características físicas hereditárias, determinados traços de caráter e inteligência e manifestações culturais superiores a outros pertencentes a etnias diferentes. O preconceito racial, ou racismo, é uma violação aos direitos humanos, visto que fora utilizado para justificar a escravidão, o domínio de alguns povos sobre outros e as atrocidades que ocorreram ao longo da história.
Nas sociedades, o preconceito é desenvolvido a partir da busca, por parte das pessoas preconceituosas, em tentar localizar naquelas vítimas do preconceito o que lhes “faltam” para serem semelhantes à grande maioria. Podemos citar o exemplo da civilização grega, onde o bárbaro (estrangeiro) era o que "transgredia" toda a lei e costumes da época. Atualmente, um exemplo claro de discriminação e preconceito social é a existência de favelas e condomínios fechados tão próximos fisicamente etão longes socialmente. Outra forma de preconceito muito comum é o sexual, o qual é baseado na discriminação devido à orientação sexual de cada indivíduo.
O que é Discriminação?
A discriminação refere-se ao tratamento injusto ou negativo de uma pessoa ou grupo, por ela pertencer a uma determinada classe, grupo ou categoria (como raça, idade ou gênero). É o preconceito ou racismo em forma de ação.  Pode ser causada pelo racismo ou preconceito para com pessoas de diferente idade, gênero, raça, habilidades, orientação sexual, educação, estado civil ou antecedentes familiares. 
Conduz a rejeição e exclusão de um certo grupo de pessoas, assim como causar o bullying, segregação racial e outras práticas injustas.
O que é Racismo?
O racismo é a crença de que os membros de cada raça possuem características, habilidades ou qualidades específicas dessa raça e, portanto, algumas raças são superiores às outras. É um resultado do preconceito, causado pelo antipatia e pelo ódio à pessoas com diferente cor de pele, costumes, tradições, idioma, local de nascimento, etc. 
As Minorias Psicológicas: 
Tendo em vista toda discriminação e ódio por parte dos nazistas contra os judeus, Kurt Lewin, após sua emigração para os EUA decide levantar um estudo sobre o problema social que seu grupo étnico estava enfrentando, deu-se início à Psicologia das minorias judias. Lewin procurou compreender de maneira cientifica os fenômenos dessa interação discriminatória de um grupo para com o outro considerado inferior apenas por sua etnia. Depois da sua pesquisa na Psicologia das minorias judias, Lewin se interessa em criar a Psicologia dos grupos minoritários. Lewin estabelece alguns termos de uso para seu trabalho a fim de separar o entendimento do significado demográfico para o da Psicologia:
Maioria e Minoria pouco tem ligação demográfica, ou seja, uma maioria psicológica não é determinada pela quantidade.
Maioria: grupo de pessoas que dispõe de estruturas para se autodeterminar, tem autonomia.
Minoria: são os grupos que não tem autonomia para se afirmar, dependem e estão a mercê da boa vontade dos outros grupos. Seus direitos e sua autonomia ficam comprometidos.
Maioria Psicológica: Um grupo que dispõe de estrutura e direitos que garantam o seu sustentamento independente e privilegiado.
Minoria Psicológica: Um grupo do qual seu destino está sob o controle de outros, esse grupo se percebe como inferior, e não possui os mesmos direitos que garantam sua autonomia.
Minoria discriminada: O grupo inferior em direitos e que está sob controle, mas também sofre de um leque de agressões e atos discriminatórios.
Minoria privilegiada: Pequena parte de indivíduos dentro da Maioria Psicológica que acabam manipulando e tomando para si direitos exclusivos, estando assim acima de todos.
Kurt Lewin também publicou quatro estudos sobre a Psicologia dos Judeus, todos eles de caráter fenotípico ou sintomático, assim apresentando as características étnicas de seu povo e também um psicodiagnóstico.
1º- “Psycho sociological problem of a minority group.” -1935
2º- “When facing danger.”-1939
3º-“Bringing up the Jewish child.” -1940
4º-“Self-hatred among Jews.” -1941
O primeiro estudo é apenas um esboço das teorias que os três seguintes aprofundarão.
 O segundo “When facing danger” se concentra em analisar o futuro ou nas possibilidades de sobrevivência dos judeus no Ocidente. Lewin escreve sobre as perseguições em massa dos judeus nos países nazistas, se questionando como tal minoria conseguiria manter-se nessas condições nada favoráveis. 
 Estudos sociológicos apontaram que os judeus nos últimos séculos lutaram nas guerras de seus países adotivos tendo que sofrer certas vezes maus tratos de seus amigos e inimigos; após a tomada dos nazistas eles foram usados em forma de batalhões nos lugares mais perigosos do front. 
 Através da doutrina nazista os judeus estiveram sob a imposição de um status “não humano” na Europa Ocidental como aponta Lewin, apenas depois das revoluções francesas e americanas eles foram reconhecidos como humanos e receberam seus direitos e privilégios. Lewin tenta entender em qual parte o problema judeu se encaixa, individual ou social. 
 Ele termina classificando como sendo um problema social, assimilando com seu termo “Minoria discriminada” tendo em vista que o grupo estava sempre sujeito as vontades e necessidades de seus superiores em todos esses anos. Ele acrescenta dizendo sobre uma Minoria Privilegiada que manipula as massas para atacar os judeus empregando o antissemitismo que por sua vez aumentava cada vez que os judeus se destacavam em seus trabalhos. Lewin apontou também que nos séculos passados o preconceito contra os judeus era baseado na religião, porém nas décadas de seu tempo foram utilizadas biologia e antropologia como justificativa.
 O terceiro “Bringing up the Jewish child” fala sobre que tipo de educação deveria receber as crianças judias para que crescessem normalmente. Lewin compara a educação de um jovem judeu com a educação de um criança adotada, ele diz que tanto a criança adotada quanto a judia devem conhecer sua condição dentro do seu grupo, aprendendo suas leis e regras para que possam se situar e mover-se dentro dele de forma saudável e respeitando-o. 
 Lewin também fala que um status social do qual o individuo situado em um grupo deixa de receber causa insegurança e possível não identificação com o grupo. Lewin também se preocupa em tentar entender até que ponto um indivíduo pode realizar suas vontades sem atrapalhar o funcionamento do grupo e seus objetivos. 
 Lewin descreve que o maior perigo na formação do jovem judeu seria se tornar um eterno adolescente que não é capaz de se identificar com o grupo que pertence. E conclui o estudo fazendo uma afirmação sobre o sistema de socialização do ser humano, que não seria o pertencimento a diversos grupos que gera os conflitos, mas sim a incerteza sobre sua própria participação num grupo determinado.
 O último estudo “Self-hatred among the Jews” é considerado o mais importante entre os quatro, tratando das formas de auto - depreciação que os judeus praticavam. Para Lewin esse fenômeno de ódio de si pode ser encarado de duas formas: fenômeno individual e fenômeno de grupo. 
 Como fenômeno de grupo o ódio afeta as relações grupais da família judia e também as relações entre os subgrupos judeus do mundo; como observara Lewin a razão entre as brigas dos grupos se dava porque um grupo dizia que o outro que havia causado a perseguição de todos. Já o ódio de si como um fenômeno individual pode aparecer de distintas formas, indivíduos que culpavam o grupo, indivíduos que rejeitavam ser judeus etc. 
 Lewin aponta que este tipo não aparece abertamente, mas é camuflado. Lewin observa que o ódio de si é recorrente em todas as minorias discriminadas, levando os indivíduos a se sentirem de forma negativa ao seu próprio grupo étnico. Ele também observa que os indivíduos que tem suas ambições não realizadas devido às limitações de seu grupo passam a atribuir o fracasso ao grupo e passam a odiá-lo. Lewin conclui que o ódio de si é criado pela situação em que o indivíduo é forçado a viver, sendo assim um problema sócio -psicológico.
 O estudo seguinte de Lewin tenta formular uma teoria para explicar a psicologia de todo o grupo minoritário, sendo sua última pesquisa envolvendo os macro - fenômenos de grupo e terá como centro da experimentação em psicologia social o estudo dos microgrupos. No estudo intitulado “Cultural Reconstruction” pode ser encontrada uma tese fundamental e três outras, dela deduzidas:
 1º- “A origem das minorias.”- Lewin conta que a existência de uma minoria depende da tolerância de uma maioria, que é originada por motivos extrínsecos aos comportamentos da minoria que vão sendo aumentados com o passar do tempo. A maioria segundo Lewin está sempre almejando privar a minoria de seus direitos, essasituação acaba se agravando nos períodos de perigo coletivo despejando toda a agressividade sobre a minoria.
 2º-“Constituintes, constituídos e constitutivos das minorias”- Os constituintes das minorias são definidos de formas diferentes conforme se referencia às estruturas ou à dinâmica dos grupos minoritários. Sobre as estruturas pode-se falar sobre suas camadas, as camadas que estão no centro são as sólidas, que aceitam sua posição dentro do grupo e seus costumes. As camadas periféricas são constituídas pelos indivíduos que conseguem se sobressair em seus trabalhos e por isso acabam aderindo à ilusão de que podem ser aceitos pela maioria. 
 Em relação à dinâmica de grupos as minorias estão no processo de estabilização em dois campos de força. Um campo que tem uma função de integralizar, atraindo os indivíduos para a cultura do grupo minoritário com a intenção de criar um desejo de distanciamento da maioria. O outro campo é exatamente o contrário, tem uma força de atração pela maioria, podendo ser associado ao desgosto pela minoria devido às frustrações de suas limitações. 
 A minoria como constituída leva em conta os fatores unificadores que formam os indivíduos em um grupo coerente. Assim Lewin conta que existem dois tipos de minorias, uma cujas camadas centrais englobam a maioria dos membros, portanto esses indivíduos são aqueles leais às tradições e à cultura de seu grupo. O outro tipo de minoria é formado em sua grande parte por indivíduos que almejam fazer parte da maioria, olham para seu grupo e veem um grupo forçado, artificial e que tem suas características não por cultura, mas por imposição de outros. 
 O fator constitutivo das minorias segundo Lewin é a interdependência da sorte dos seus membros, no caso das minorias integralizadas a sua condição é aceita, então seus membros se unem para lutar pela sua emancipação. Já os grupos mal integralizados tem sua condição suportada não existe interdependência entre os membros, o único fator que os une é o consentimento em todas as baixezas que os ajudem a se assimilar à maioria.
 3º-“O futuro das Minorias”- O futuro dependerá da sobrevivência que o grupo terá socialmente no seu meio, Lewin nos dá três possibilidades, uma fala sobre minorias que perdem a crença na sua sobrevivência e tentarão se assimilar à maioria, outro tipo de minoria tentará de tudo para ter sua emancipação e o último tentará se integralizar a maioria adquirindo os mesmos direitos. Lewin termina este estudo comparando esses três tipos e seus comportamentos coletivos com os comportamentos dos adolescentes que tentam se provar adultos.
 Precisamos fazer uma ressalva: não necessariamente uma maioria psicológica é dominada e controlada por uma maioria, mas as maiorias tendem se tornarem manipulados pelas maiorias, segundo Lewin.
 Como já dito, Lewin coloca a sua vivência pessoal como primeiro problema a ser estudado, esse investimento de energia foca nas minorias judaicas e somente quando ele estabelece uma “psicologia das minorias judaicas” – que atende aquele grupo específico – é que decide ampliar tal conceito, buscando somente uma “psicologia das minorias”. Essa problemática exposta e explorada por Lewin é que o ajuda a desenvolver a ideia manifesta de Dinâmica de Grupo. 
 A existência de uma minoria qualquer, para Lewin, dependeria apenas que a maioria tolerasse essa última, no meio da qual está inserida. Lewin vai além, expõe que essa aceitação independe dos “comportamentos aceitáveis, [...] ou comportamentos repreensíveis de alguns indivíduos” (2013, p. 47).Teremos então uma explicação do comportamento entre minoria e maioria – e devemos lembrar do conceito dessas palavras para Kurt Lewin -, a maioria somente transpassa as barreiras sociais negativas que cercam as minorias através do próprio comportamento delas, que seriam fatores de fortalecimento de sua própria identidade (das minorias).
Resumindo: minoria seria o grupo que está à mercê e boa vontade de um grupo, ou seja, não é um grupo autônomo tão pouco goza de plenos direitos de se autodeterminarem; a maioria seria justamente o oposto da minoria, seriam pessoas que são capazes de se autodeterminarem porque possuem estruturas para serem autônomos, independendo da sua quantidade numérica. quando o grupo dispõe de estruturas de um estatuto e de direitos que lhe permita auto determinar-se no plano do seu coletivo, independente do numero ou da porcentagem de seus membros. 
Minoria Psicológica: quando o destino depende da boa vontade de um grupo. Os membros que se percebem com menor, isto é não possuindo direitos totais, ou tento um estatuto completo, se reconhecem num estado de tutela, independente da porcentagem de seus membros em relação ao todo. Maiorias demográficas poder ser minorias psicológicas.
Os Constituintes das Minorias… As Minorias são constituídas de várias camadas do ponto de vista da sua estrutura:
1) Ao centro: estão as camadas mais solidificadas, elas compõem-se membros que aderem com a maior boa vontade as instituições, aos costumes, as tradições, e aos sistemas de valores, que distinguem seu grupo dos outros grupos. Identificam-se positivamente com tudo aquilo que é tipicamente próprio ao seu grupo. 
2) As camadas periféricas: longe de serem solidificadas, são moveis e fluidas. São compostas de membros que experimentam um ambivalência marcante em relação tudo que distingue e por isto mesmo isola seu grupo da maioria. São membros marginais das minorias.
 Não suportam as barreiras impostas pela maioria mas invejam. Estão ai os minoritários de maior sucesso, aqueles que conseguiram sobressair-se profissionalmente em seu trabalho ou profissão e em consequência disto sentem maior atração pela maioria. Liderança recrutadas pela minorias nestas camadas. Em relação a sua dinâmica: As minorias se revelam ao observador como constituindo um equilíbrio mais ou menos estável entre dois campos de força. De um lado um campo de forças que exerce sobre seus membros uma influência integrante de coesão. Forças centrípetas. São as responsáveis pelas atitudes de lealdade para com seu grupo.
 No extremo oposto situa-se um campo de forças centrífugas que exerce uma influência dissolvente sobre os membros da minoria. Forças constituídas pela atração algumas vezes irresistível, exercida pela maioria. As atitudes coletivas provocadas pelas forças centrífugas soa de desamor ao próprio grupo, falta de lealdade, e desejo de assimilação pela maioria.
Lewin distingue dois tipos de minorias: 
1) Algumas constituem unidades articuladas de modo orgânico. Membros em ligações muito estreitas e uma forte adesão ao seu destino. Seu grupo é percebido em termos de valência positiva.
2) Por outro lado existem as minorias mal integradas, se apresentam ao observador com uma unidade aparente, artificial, resultante de pressões e de coerções exteriores. Agregado de pessoas, e não um grupo submetidos as mesmas privações e frustrações. Ligações são mais frágeis, equilíbrio muito instável e polarizado por valências negativas.
 O que diferencia para Lewin entre um grupo e outro é a interdependência de seus membros. No caso das minorias integradas, sua condição de minoritário é aceita, o que permite aos membros se unirem na luta peal emancipação. No outro caso, sua condição de minoria é suportada.
 O que observar… Inserção na sociedade global: quais são as ligações que o grupo mantém com o conjunto da sociedade? Referência ao contexto social, quem tomou a iniciativa da formação do grupo? Quem está na origem da autoridade existente no grupo, qual a função ocupada pelo grupo na sociedade que se insere?
 Qual a natureza da tarefa? Quais são os recursos que dispõe para sua realização. Pôr que o grupo se reúne? Propõem-se fins lucrativos ou gratuitos, satisfação de necessidades interpessoais ou realização de uma obra coletiva? A tarefa é voluntária ou imposta de fora/ Realiza-se em um contexto de cooperação ou de competiçãoentre os indivíduos? A tarefa é clara, bem definida, e aceita pelos indivíduos. Personalidade dos membros: atitudes dos membros em relação ao próprio grupo e aos outros membros, especialmente as relações com as figuras de autoridade.
 Estrutura de um Grupo… Alguns elementos foram observados que facilitam ou não sua funcionalidade: Tamanho em torno de uma dezena de pessoas, pressupõem-se que sejam pessoas competentes tecnicamente e emocionalmente, saibam trabalhar em grupo Composição de um grupo de trabalho: sexo, idade, origem étnica, as modalidades de aquisição de suas competências e os anos de experiência. Quanto mais homogêneo o grupo mais as identificações com a autoridade e a tarefa no grupo são facilitadas, mais rápida é a integração. Nos grupos heterogêneos, a integração é mais lenta, porém tende a fazer-se com mais profundidade.
Tipos de Liderança… Autoritário: O comando aspira o poder absoluto, o controle daqueles que trabalham para eles. Não são capazes de dividir as responsabilidades ou de delegar seus poderes Laissez-faire: a liderança é incapaz de assumir suas responsabilidades. Deixa que façam tudo, deixa acontecer. Tudo se resolverá por si só. 
Democrático: É capaz de assumir e dividir suas responsabilidades.
Toda minoria psicológica é sempre considerada como uma minoria discriminada ou susceptível de sê-lo pelo fato de estarem na dependência de um grupo majoritário. Por outro lado, toda maioria psicológica tende a tornar-se um grupo privilegiado. Com o tempo as maiorias psicológicas estratificam-se. No interior deste grupo é possível construir uma oligarquia e atribuir-se privilégios exclusivos. A minoria privilegiada é, portanto uma minoria demográfica no seio de uma maioria psicológica que ela controla e manipula a seu favor.
Conceito de Grupo e Coesão… Conceito de grupo para Lewin: é uma totalidade dinâmica, isto quer dizer que uma mudança de estado em qualquer de suas partes reflete sobre todo o resto. Seu caráter fundamental é a interdependência generalizada. Coesão: se refere à totalidade do campo de forças que tem por efeito manter reunidos os membros de um grupo e resistir as forças de desintegração e que exprime um fenômeno muito geral de pressão no sentido da uniformidade.
Dinâmica e Gênese dos Grupos
A Pesquisa-Ação permite em PSO: Descobrir as constantes e variáveis em jogo na transformação de agrupamento humano. Os processos e os determinantes da formação dos grupos, as leis essenciais da dinâmicas dos grupos poderão, assim, pouco a pouco, serem definidas. Para serem científicas, estas definições deverão ser operacionais, ou seja, aplicáveis. experimentação e pesquisa em psicologia social Pesquisa em PSO deve ser uma Ação-Social Duas condições fundamentais: operar-se em pequenos grupos e preocupados em reestruturar-se realizada por pequenos grupos-testemunhas, compostos por experimentadores motivados
 Sociólogo, psicólogo social e filósofo norteamericano nascido em 1863,nos EUA, e falecido em 1931. Apesar de ter escritopouco (todas as suas obras são póstumas e resultam de compilações dassuas aulas), deixou marcas influentes para o desenvolvimento dointeracionismo simbólico na sociologia norte-americana.
George Mead
Caracterizando a sua sociologia como social behaviourism (foi Herbert Blumer quem a apelidou de interacionismo simbólico), os seres humanos agem em relação ao mundo segundo significados que este próprio mundo lhe oferece. Esses significados surgem a partir da interação social com os demais indivíduos e são manipulados por um processo interpretativo da pessoa que se relacione com eles. Resumidamente, essas são as três premissas nas quais o interacionismo simbólico se baseia.
Outros estudos tendem a analisar tipos de comportamento como algo resultante de fatores desencadeadores, tanto de ordem psicológica como sociológica. Estabelece-se uma relação direta entre fatores e comportamentos, onde o significado dos elementos em relação aos quais o homem age são desconsiderados ou reduzidos a vínculos neutros entre eles. Para o interacionismo simbólico, os significados são parte fundamental para a formação do comportamento, e logo, para sua análise.
“Quanto à origem dos significados, também há divergências. Pode-se entender o significado como algo intrínseco e natural ao elemento, que emana dele e não passa por um processo de formação. Outra forma é entender o significado como uma expressão dos fatores psicológicos concedidos ao elemento pelo indivíduo para quem esse elemento possui significado. O interacionismo simbólico defende que o significado é formado através do processo de interação humana, ou seja, são produtos sociais. “Para um indivíduo, o significado de um elemento nasce da maneira como outras pessoas agem em relação a si no tocante ao elemento.” (BLUMER, p.121)
Por último, o interacionismo simbólico vê o uso do significado, não apenas como a reprodução ou aplicação de significados já existentes, mas acredita que esse uso é feito a partir de um processo de interpretação. Esse processo consiste em duas etapas: a primeira o indivíduo especifica para si mesmo quais os elementos que possuem significado para ele, estabelece-se um comunicação ou interação do indivíduo com ele mesmo. Na segunda, o indivíduo transforma significados de acordo com a situação em que se encontra e a direção de seus atos. Desse modo, a interpretação é um processo formativo, onde significados são utilizados para orientar e formar ações.
O interacionismo preocupa-se com o empenho dos seres humanos em agir enquanto indivíduos, interagindo entre si nas diversas situações, que acaba por constituir a sociedade humana. Essa interação é responsável pela formação do comportamento. Ao interagir entre si, os homens estabelecem uma relação de expectativa em relação à ação do outro pelo fato de conseguirem se colocar no lugar dele. Essa relação faz com que ambos adaptem suas linhas de ação um em relação ao outro, possibilitando uma partilha de valores.
George Herbert Mead identifica duas formas de interação social na sociedade: a “conversação dos gestos” (interação não-simbólica) e o “uso de símbolos significantes” (interação simbólica). A interação não simbólica diz respeito ao processo associativo, onde o homem reage irrefletidamente à ação do outro. Já a interação simbólica refere-se à apresentação de gestos, a interpretação e reação a eles. Nesse tipo de interação o gesto possui significado tanto para quem o realiza quanto pra quem reage a ele. 
Segundo Mead, o gesto possui uma natureza triádica: indica qual deve ser a reação da pessoa a quem está sendo destinado, a intenção de quem realizou o gesto e significa a ação como um todo, articulando os atos de ambos. 
“A coexistência grupal humana representa um complexo processo de definição recíproca sobre como proceder e de interpretação das mesmas; através desse sistema os seres humanos vêm a adaptar suas atividades uns aos outros e formar sua própria conduta pessoal.” (BLUMER, p.127)
Um mesmo objeto, seja físico, social ou abstrato, pode possuir diferentes significados para pessoas diferentes, devido a esses significados serem gerados para uma pessoa a partir de como as pessoas com quem ela interage definem o objeto. Assim, cada indivíduo possui um universo de seus objetos com os quais se relaciona e orienta suas ações. Tais objetos são criações sociais formadas a partir do processo de definição e interpretação estabelecido na interação social, e através desse processo com que são criados são passíveis de transformações, reiterações ou descarte.
A interação simbólica é possível a partir do momento que o indivíduo torna-se um objeto para si mesmo a partir das definições que as outras pessoas lhe dão para ele mesmo. Isso que o possibilita analisar-se a partir de um suposto ponto de vista dos outros e interagir consigo próprio. Assim, o homem não se caracteriza como mero organismo respondente, mas um organismo agente que norteia suas ações de acordo com um processo de auto - indicação dos objetos, onde lhes atribuisignificados e guia seus atos.
Para a coexistência, os indivíduos adaptam uns às linhas de ação dos outros, originando um ação conjunta, composta por diferentes atos, mas diferente e independe deles. A ação conjunta sempre passa por um processo de formação, mesmo que aconteça de forma repetitiva e constante, ela sempre passa por um processo de reelaboração. Dessa forma, não pode ser considerada uma ação pré-estabelecida, já que os significados que a sustentam estão sempre sujeitos à confirmação ou questionamentos, e a ação como um todo estará sempre sujeita a enfrentar situações problemáticas onde deverá se ajustar ou transformar.
Também as instituições, longe de imporem comportamentos de acordo com um sistema autônomo, são constituídas por diversas linhas de ação encadeadas gerando um resultado de acordo com a situação em que foram levados a agir. Por último, todo comportamento de ação conjunta surge a partir de uma base de experiências anteriores que norteiam a ação atual. No novo ato conjunto, como em qualquer linha de ação pretendida por um indivíduo, os participantes trazem consigo significados, objetos e interpretações anteriores.
Construção da Realidade social
  O texto trata do conhecimento que rege a conduta da vida cotidiana; para esclarecer esse conhecimento, o método usado é a análise fenomenológica. Essa realidade social da vida cotidiana é dividida entre um indivíduo e outro, num sistema de relação face a face (este é ‘’o’’ exemplo de interação social). Essa situação é a única que consegue reproduzir os sintomas e as situações que ocorrem no momento da interação entre os indivíduos. 
 Como o outro é plenamente real, não se pode esconder as interpretações, os gestos e as “caretas”, principalmente no momento da conversa. Para essa interação é preciso de um sistema de sinais, na vida cotidiana o sistema de sinal mais importante é a linguagem, e sua compreensão é essencial para entender a realidade. A linguagem simbólica é capaz de transcender a realidade, por isso é um de seus componentes essenciais. O universo simbólico é um nível de legitimação, esses processos simbólicos mostram realidades diferentes das que compõe a experiência da vida cotidiana, eles são produtos sociais e tem uma história. 
      Tudo que é feito pelo homem está sujeito a tornar-se hábito, este fornece a direção e a especialização da atividade humana. Esse processo de formação do hábito precede a institucionalização; esta ocorre sempre que existe uma tipificação recíproca de ações habituais entre tipos de atores (uma tipificação é uma instituição). A instituição, sendo um fato social, é coercitiva, coletiva e exterior ao homem. Então quando se desvia da ordem da instituição, afasta-se da realidade.
Processo de socialização: Primaria e Secundária
 A abordagem de Peter Berger e Luckmann apreende a sociedade como uma realidade ao mesmo tempo objetiva e subjetiva, na qual a sociedade é uma produção humana e o homem é uma produção social. Contudo, entende-se como um processo dialético de exteriorização, objetivação e interiorização. Os autores explicam a sociedade como realidade subjetiva, considerando que a socialização é o processo pelo qual ocorre a interiorização da realidade. 
 A socialização é explorada num duplo viés, a dizer a socialização primária e a socialização secundária.
 “A socialização primária é a primeira socialização que o indivíduo experimenta na infância, e em virtude da qual torna-se membro da sociedade” (p. 175). 
 Através da socialização primária o indivíduo toma posse de um “eu” e de um “mundo” objetivo, ou seja, é integrado a uma dada realidade. O indivíduo adquire conhecimento do papel dos outros e neste processo entende o seu papel, em suma, apreende sua personalidade através de uma atitude reflexa. A consolidação dos papéis sociais é entendida como tipificações de condutas socialmente objetivadas. 
A socialização primária envolve o sentimento de emoção, já a secundária não. 
 “A socialização secundária é qualquer processo subsequente que introduz um indivíduo já socializado em novos setores do mundo objetivo de sua sociedade (p. 175)”. 
 A socialização secundária é a interiorização de “submundos” institucionais e baseados em instituições. Estes submundos são geralmente realidades parciais, em contraste com o mundo básico adquirido na socialização primária. A socialização secundária não sobrepõe a identidade criada na socialização primária. A socialização secundária admite reelaboração, pode ser reconstruída. A mudança social ocorre na relação entre a socialização primária e secundária. 
 Na socialização primária orienta-se para a formação da identidade social, ela é essencialmente reprodutora do mundo social. É o processo de incorporação da realidade tal qual ela é, ou seja, intenta a integração dos indivíduos nas relações sociais de produção e reprodução existentes. A socialização secundária produz as identidades. Nela ocorre a invenção de novos jogos, de novas regras e de novos modelos relacionais. 
 A partir de um processo de diferenciação da realidade social que ocorre na socialização secundária se implementam novas formas de socialização primária. A socialização das gerações é diferenciada, os aparelhos de socialização primária (famílias, escola) entram em interação com os aparelhos de socialização secundária (empresas, profissões) provocando crises de sentido nos saberes. 
 A socialização secundária pode por em causa as hierarquias e saberes da socialização primária. 
 Afinal, não é a criança quem vai mudar as regras.
 No entanto, a possibilidade de construção de outros mundos interiorizados a partir da socialização secundária para além dos que foram interiorizados na socialização primária seria a base da mudança social. A linguagem especializada, própria de cada “campo” é um dos principais mecanismos de socialização secundária. A teorização dos autores sobre o duplo viés da socialização é muito interessante, tornando, por exemplo, a concepção de que parte, qual seja de George Mead, mais completa. 
Resumindo: Segundo Berger e Luckmann, é o social que permite a individualização, o indivíduo não nasce como membro de uma sociedade, mas nasce com a predisposição para a sociabilidade e torna-se membro da sociedade, concepção do processo de socialização em um duplo viés é o centro da teorização proposta, principalmente no que se refere à socialização secundária, assim a socialização primária segue os moldes do que propôs George Mead. 
 Mas a socialização secundária é original, pois ela impõem compreender uma constituição dialética da socialização que dá ênfase à mudança social a partir do próprio processo de socialização tendo por plano de fundo o processo de diferenciação de esferas – ou campos – sociais. e subjetividade interagem.

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