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O Capital

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FACULDADE DE INTEGRAÇÃO DO SERTÃO – FIS 
SOCIEDADE DE ENSINO SUPERIOR DE SERRA TALHADA – SESST 
 
JOSÉ MATEUS DOS SANTOS TENÓRIO 
 
 
 
 
 
 
 
O CAPITAL: O PROCESSO DE PRODUÇÃO DO CAPITAL: 
A Mercadoria 
 
 
 
 
 
 
SERRA TALHADA 
2018 
 
 
JOSÉ MATEUS DOS SANTOS TENÓRIO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O CAPITAL: O PROCESSO DE PRODUÇÃO DO CAPITAL: 
A Mercadoria 
 
 
 
 
 
 
SERRA TALHADA 
2018 
Trabalho entregue ao professor do curso de 
Bacharelado em Direito, Bruno Celso Sabino 
Leite, referente à matéria de Metodologia da 
Pesquisa. 
 
 
 
O CAPITAL: O PROCESSO DE PRODUÇÃO DO CAPITAL: A Mercadoria 
 
José Mateus Dos Santos Tenório1 
 
MARX, Karl. “A mercadoria.” In: MARX, Karl. O Capital: Crítica da economia 
política. Livro I: O processo de produção do capital. Trad. J. Teixeira Martins e 
Vital Moreira. São Paulo: Edições Progresso-Editorial "Avante!", 1974. 
 
Karl Marx desdobra em seu livro “O Capital” abordagens diversas sobre o 
extensivo mundo da economia e suas críticas relativas ao tema. Iremos aqui nos 
debruçar sobre o primeiro capítulo de sua teoria que aborda o tema “A Mercadoria”. 
Marx apresenta o modo de produção capitalista como um “imenso conjunto de 
mercadorias”, sendo dessa forma um sistema elementar para a sociedade burguesa 
hodierna. Ressalta-se assim que, toda produção capitalista toma forma de 
mercadoria. Sobre os dois fatores de valor (de uso e valor) abstrai-se que a 
mercadoria é um objeto externo, cujas qualidades materiais a tornam útil para 
satisfazer as necessidades humanas, sendo que a dimensão da utilidade expressa 
no trabalho como mediação do homem para com a natureza. “A utilidade de uma 
coisa faz dela um valor de uso” (MARX, 1974, p. 158). Sendo mercadoria, tal objeto 
é visível e possui propriedades objetivas, pois como é condicionada pelas suas 
propriedades do corpo da mercadoria, não há com ela existir sem esse corpo. Para 
Marx, pois, utilidade é uma singularidade relacionada a cada espécie de mercadoria 
em particular. Logo, ele não pode explicar o valor de troca pela “utilidade”. 
“O valor de troca aparece, inicialmente, como a relação quantitativa, a 
proporção nas quais valores de uso de uma espécie se trocam contra valores de uso 
de outra espécie, uma relação que muda constantemente no tempo e no espaço.” 
(MARX, 1974, p. 158). O autor explicita na primeira frase, o valor de troca do ponto 
de vista do vivido, da assimilação do rotineiro. Ademais, ele também examina do 
 
1
 TENÓRIO, José M.S. O Capital. Livro I: O Processo de produção do capital: “A 
Mercadoria”. Resenha. Discente do 3º período curso de Bacharelado em Direito da 
Faculdade de Integração do Sertão – FIS, em Serra Talhada. 2018. E-mail: 
jmateusantos@hotmail.com. 
2 
 
ponto de vista científico que tem por meio explicar o valor de troca como mero 
fenômeno e como mera aparência. Os valores de troca apresentam-se em 
direção ao senso comum e 
para a ciência “comum” enquanto algo exclusivamente quantificativo. 
O valor de uso e o valor de troca são fundamentos que serviram para Marx 
desenvolver outro conceito, que é o duplo caráter do trabalho representado na 
mercadoria. 
A duplicidade do caráter do trabalho fundamenta-se basicamente no 
pressuposto de que o trabalho concreto (atividade ou fazer humano, criativo e 
produtivo) irá se manifesta no valor de uso e o trabalho abstrato terá manifestação 
no valor de troca. O valor de uso satisfaz uma necessidade de um particular e assim 
podemos afirmar que, os valores de uso de cada mercadoria contem um trabalho útil 
especial ou advém de uma atividade produtiva que responde a um fim particular. Os 
valores de uso não podem abrir combate entre si como mercadorias se nestes não 
residem trabalhos úteis qualitativamente diferentes. As mercadorias surgem como 
valores de uso ou de objetos mercadorias, como por exemplo, o ferro, tecido e a lã. 
Deduz-se claramente que estas são as formas naturais. Ademais, estes só se 
tornam mercadorias na proporção que se apresentam sob um aspecto duplo: como 
objetos de uso e como suportes de valor. Dessa forma, tais objetos só podem 
circular (como mercadorias ou como forma de mercadorias) na proporção em que se 
apresente uma duplicidade, sendo, a sua forma natural e a sua forma de valor. 
Comumente, o espectro de relação única entre as mercadorias é uma relação de 
valor, e a mais simples relação de valor é expressamente a relação de uma 
mercadoria com outra adversa. A relação de valor ou de troca de duas mercadorias 
fornece, portanto, a uma mercadoria, a expressão mais simples de seu valor. 
A forma valor2 pode se apresentar sob a forma equivalente3 e a forma relativa 
sendo, portanto, dois polos da expressão de valor correlativos. Como valores, as 
mercadorias se expressam no trabalho humano abstrato, pois, são produtos da força 
do trabalho humano, porém, essa força cria o valor não sendo ela mesma o valor. A 
explicação disso é quando Marx utiliza do linho para explicar a produção do casaco. 
 
2
 Para Marx a Forma Valor Relativa e a Forma Equivalente se desenvolvem simultaneamente na 
mesma proporção. Ao grau de desenvolvimento da forma valor relativa, corresponde o grau de 
desenvolvimento da forma equivalente. 
3
 O desenvolvimento da forma equivalente é expressão e resultado do desenvolvimento da forma 
valor relativa, há, portanto, uma relação dialética. 
 
3 
 
A força humana deve ser caracterizada em uma “objetividade” material adversa ao 
do próprio linho e ao mesmo tempo comum ao linho e a outras mercadorias. O linho 
se caracteriza como valor, mas em sua forma natural, enquanto casado se observa 
num caráter de valor de uso, sendo dessa forma o corpo de valor. 
Já a forma de valor equivalente, em síntese, se caracteriza quando o valor de 
uma mercadoria se expressa no valor de uso de outra mercadoria. Como no 
exemplo anterior, ao expressar o valor do linho no valor de uso de outra mercadoria, 
o casaco, representando a esta última forma uma forma peculiaridade, ou seja, 
equivalência. 
A forma valor simples (pode ser entendida também por “troca natural”, pois 
não envolve moeda) de uma mercadoria está inserida na sua íntima relação de valor 
de troca com qualquer outra mercadoria de outra espécie. Agora, Marx analisa a 
forma valor em sua conjuntura. A forma simples de valor simples é uma forma ainda 
“prematura” que sofre diversas transformações até que se finalize na sua forma 
preço. Ademais, a forma simples de valor relativo de uma mercadoria corresponde à 
forma de equivalente individual de outra mercadoria. 
Para Marx existe na forma mercadoria, uma contradição interna que é 
intrínseca (relação entre valor de uso e valor), esta, representada por meio de uma 
antítese externa, sendo essa por meio da relação de duas mercadorias. Marx 
adverte com a seguinte questão, esta, fundamental, para a investigação, a saber: 
O produto de trabalho é em todas as situações sociais (ou seja, em 
todos os modos de produção) objeto de uso, porém uma época 
historicamente determinada (a época da sociedade burguesa 
moderna) de desenvolvimento – a qual apresenta o trabalho 
despendido na produção de um objeto de uso como sua 
propriedade “objetiva”, isto é, como seu valor – transforma o 
produto de trabalho em mercadoria (MARX, 1974, p. 192). 
 
Para que o dinheiro funcione como valor de troca, dessa forma, não haverá 
mais a abertura de possibilidade para a troca simples, mas a troca de valor ou igual 
ou desdobrada. Marx analisa as duas formasde valor (forma relativa de valor e a 
forma equivalente). Para ele, a primeira forma só se encontra na prática dos 
primeiros, quando produtos de trabalho se transformam em mercadorias por meio de 
troca casual e ocasional. 
A segunda forma, por conseguinte, distingue o valor de uma mercadoria de 
seu próprio valor de uso de maneira mais completa, pois o valor do casaco, por 
exemplo, confronta agora sua forma natural em todas as formas possíveis, como 
4 
 
algo igual ao linho, ao ferro, ao chá etc., como tudo antes, exceto algo igual ao 
casaco. Vale observar que esse processo refere-se à gênese da constituição 
histórica da forma dinheiro. 
No que tange à forma valor geral, Marx adverte que ela surge como obra 
comum do mundo das mercadorias. Ou seja, uma mercadoria só ganha expressão 
geral do valor porque simultaneamente todas as demais mercadorias expressam seu 
valor no mesmo equivalente a cada nova espécie de mercadoria que aparece tem 
que fazer o mesmo. Ademais, a forma valor geral representa os produtos de trabalho 
como meras gelatinas (cristalizações, concentrações) de trabalho humano 
indiferenciado, trabalho abstrato. 
Para Marx, a forma de valor relativa e a forma equivalente se expressam 
sincronicamente na mesma razão. Ao grau de construção da forma relativa, 
representa-se o grau de progresso da forma equivalente, ou seja, o desenvolvimento 
da forma equivalente é expressão e produto do desenvolvimento da forma valor 
relativa, gerando consequentemente uma referência dialética. 
Primeiramente, Marx revela que a forma equivalente geral é uma forma de 
valor em si, ela é capaz de ser recebida por qualquer mercadoria. Além disso, a 
forma dinheiro é um desdobramento da mercadoria, porém, era um modelo 
particular de mercadoria que se converteu em mercadoria dinheiro, efetivando 
função exclusivamente social, sendo tradicionalmente concluída, por meio de uso 
geral. A forma dinheiro tem, portanto, função de ser semelhante comum, dentro da 
área das mercadorias. Marx expressa que o ouro, por máxima, só se opões com 
outras mercadorias como dinheiro por já antes ter-se confrontado a elas como 
mercadoria. 
Para desenvolver em relação à questão do caráter fetichista da mercadoria, 
Marx, prossegue a posição da mesma enquanto valor de uso4. 
O mistério da forma mercadoria representa, pois, meramente no fato de que ela 
representa aos homens as propriedades sociais do seu devido trabalho como 
qualidades práticas dos próprios produtos de trabalho, como características naturais 
sociais dessas coisas e, por isso, também expressas à relação social dos 
fornecedores com o trabalho global como uma relação social existente além de 
deles, entre materiais. 
 
4
 O valor de uso de uma mercadoria, segundo Marx, é determinado de acordo com a utilidade 
relacionada às suas propriedades físicas. 
5 
 
Ora faça-se, por meio de do trabalho, os homens alteram a natureza nos 
meios de produção e de subsistência importantes à sua reprodução, a partir desse 
sistema, os produtos do trabalho se tornam mercadorias, coisas físicas, metafísicas 
ou sociais, assumindo forma objetiva. 
No interior desta relação social está o fato de que os próprios homens 
produzem as mercadorias, que constituem relação externa ao homem, passam a ter 
vida própria, tornam-se figuras autônomas, que mantém relações entre si e com os 
homens. 
Marx observa que a cisão do produto de trabalho em coisa útil e coisa de 
valor realizam-se apenas na prática, tão logo a troca tenha adquirido extensão e 
valor eficientes para que se produzam coisas úteis para serem trocadas, de modo 
que o caráter de valor das coisas já seja considerado ao serem produzidas. 
Marx finaliza a parte da mercadoria em "O Capital" afirmando sob a 
perspectiva da formação social capitalista que, o processo de produção domina os 
homens. O ato histórico de libertação das amarras que os prende é, portanto, tarefa 
imprescindível para a construção de uma sociabilidade para além do capital, visto 
que, 
[...] a figura do processo social da vida, isto é, do processo da 
produção material, só se livra do seu místico véu de névoa quando, 
como produto de homens livremente socializados, encontra-se sob 
seu controle consciente e planejado (MARX, 1974, p. 216). 
 
O materialismo desse capítulo tem de se as relações de produção do 
fenômeno como efetivo da produção e da formação da vida. E não é simplesmente 
economia, por fim, a produção requer também ligações políticas e ideológicas; a 
forma equivalente geral só atinge seu ápice quando a produção tornou-se livre, que 
por sua ocasião é uma discussão jurídica. “A produção determina o processo”. 
Marx, com sua objetividade valorativa, expressa bem os conceitos e 
compreensões acerca do tema. O livro “O Capital”, em seu capítulo “A Mercadoria”, 
possui uma relevância no contexto tanto social quanto econômico, pois, mesmo 
tendo sido produzido no século XIX, este possui informações que perpassam o 
tempo e se tornam atuais, fazendo-nos compreender os processos capitalistas, 
tratados econômicos, as formas de valor e venda entre outros aspectos abordados.

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