Buscar

Santo Agostinho, São Tomás de Aquino, Idade Média e Influências do Cristianismo no Direito

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO DO SUL
JOÃO VITOR SENA FIGUEIREDO
Filosofia:
Agostinho de Hipona, São Tomás de Aquino, Idade Média e influencias do Cristianismo no Direito.
Três Lagoas – MS
2018
Agostinho de Hipona
Principal filósofo do período da filosofia conhecido como Patrística, Agostinho de Hipona ou Santo Agostinho foi um filósofo da idade média cujo trabalho ajudou a fundar as bases da filosofia adotada pela Igreja Católica, bem como levantar questões que influenciaram a toda a história posterior da filosofia. Surge como um reformulador da filosofia patrística, praticada nos primeiros séculos do cristianismo, explorando temas que estavam além das questões do platonismo cristão, corrente filosófica mais popular nos primeiros anos da Patrística. Até Agostinho os filósofos cristãos defendiam que o fundamento e a essência da vida deveriam ser a fé, particularmente, a fé cristã. A partir da fé os homens tomariam decisões importantes em suas vidas e realizariam os julgamentos morais, para a razão era legada a atuação na vida cotidiana, em decisões menores e rotineiras.
Agostinho, por outro lado, conhecedor da filosofia por traz de diversas religiões e muito bem versado em filosofia geral, buscava na razão a justificativa para a fé. Se de um lado entendia que a fé era fundamental, e nunca pretendeu que a razão a subjugasse, de outro entendia que era preciso algo além da própria fé para levar os homens descrentes a considerá-la, utilizando a si mesmo como exemplo, uma vez que nunca foi particularmente inclinado ao cristianismo até encontrar-se com Ambose de Milão e reavaliar-se, convertendo-se em seguida. Entre os muitos tópicos nos quais trabalhou, explorou a questão da liberdade humana, na forma do livre arbítrio, defendendo que a Graça Divina seria o elemento garantidor da liberdade. Formulou ainda a doutrina do pecado original e a teoria da guerra justa.
Como o inovador da filosofia patrística, Agostinho também se utilizou de argumentos céticos, especialmente em sua refutação à corrente filosófica conhecida como acadêmicos. Em sua De Genesi ad literam, defendeu o conhecimento natural e a razão, ao afirmar que, se passagens da bíblia cristã contradizem a ciência ou a razão, estas passagens devem ser reinterpretadas como metáforas estendidas, não como história. Sua justificação é a de que a razão teria sido dada por Deus que, sendo benevolente, não daria aos homens uma razão enganadora que fosse inclinada a contradizer a bíblia, por mero capricho ou erro.
No que concerne a sua teoria do conhecimento, contrariando Platão, Agostinho defendeu que o testemunho de outras pessoas, mesmo quando não nos traz uma informação verdadeira ou passível de verificação, pode nos trazer novos conhecimentos. De acordo com Gareth Matthews, Agostinho desenvolveu ainda o "argumento a partir da analogia a outras mentes" como solução padrão para o problema das outras mentes, antecipando um debate que seria levado a cabo, com mais enfase, por Descartes, séculos depois.
Segundo Agostinho, os cristãos deveriam ser filosoficamente e pessoalmente pacifistas. Isto significa dizer que os cristãos deveriam defender a paz, optando por ela por princípio, sempre que possível, mas permite que, quando não for possível estabelecer a paz, faça-se a guerra. Entendeu que uma postura pacifica perante um mal que apenas poderia ser parado pela violência é um pecado, uma vez que permite a perpetuação deste mal. Nestes casos os cristãos deveriam considerar que uma guerra só é justa se seu objetivo for a manutenção da paz, havendo um comprometimento duradouro com a mesma. Ainda, a guerra não pode ser preventiva, mas apenas defensiva, com o objetivo de restaurar a paz, nunca de atacar aqueles que tem potencial para violar a paz, pois isto seria equivalente a punir antes do crime. Uma vez que nenhum humano é capaz de, com absoluta certeza, garantir que um crime de fato ocorrerá é injusto punir antes que o crime ocorra. Da mesma forma, a guerra só é justa quando defensiva.
São Tomás de Aquino
Um dos principais filósofos do período conhecido como escolástica, Tomás de Aquino foi um filósofo da idade média proponente da teologia natural, disciplina dedicada a provar a existência de Deus ou de seus atributos por modos puramente filosóficos, e originador do tomismo, uma tentativa de conciliar as posições e métodos de Aristóteles com o cristianismo, adotado como a principal corrente filosófica oficial da Igreja Católica. Diversos aspectos da filosofia ocidental floresceram como respostas a posicionamentos de Aquino, com influência na ética, teoria política e metafísica.
Diferente de seus antecessores, Tomás de Aquino foi mais ligado à filosofia de Aristóteles do que a Platão e o platonismo, colocando a escolástica em uma nova fase, com maior ênfase no uso da razão e ampliando o uso das novas fontes aristotélicas, novas transcrições e traduções dos escritos de Aristóteles, especialmente acerca de metafísica e epistemologia. Aquino promoveu, acompanhado por Alberto Magnus, uma síntese da doutrina cristã e da teoria aristotélica, ajudando a definir o que seria a filosofia da igreja Católica. Defendeu a razão e argumentação como base da filosofia, rejeitou o platonismo e agostinianismo, posições que dominaram os primeiros anos da escolástica.
Embora tenha defendido que o conhecimento da verdade é facultado ao homem pela graça divina, Aquino defendeu que há muitas coisas que os humanos podem conhecer, sem a necessidade de intervenção da divindade. Aquelas coisas que se pode aprender pelos sentidos, seriam passíveis de conhecimento por ser esta a característica humana. Aquino compara os humanos com a água, que não tem o poder de aquecer a si mesma, mas quando exposta ao fogo aquece-se, da mesma maneira, os humanos não teriam o poder de revelar a verdade a si mesmos, mas quando expostos aquelas coisas feitas para serem conhecidas pelos sentidos, inteligíveis, são capazes de conhece-las.
No campo da ética, defendeu que a razão de cada pessoa dita que esta aja de maneira virtuosa, pois são prescritos pela lei natural. Por outro lado, aceita que nem todos os atos virtuosos sejam contidos na lei natural, quando consideramos o ato em si mesmo, como ele aparece no contexto. Esta lei natural seria, segundo ele, identificada com os princípios primeiros da ação humana. Definiu ainda, baseado na Ética a Nicômaco, de Aristóteles, quatro virtudes cardinais a prudência, temperança justiça e coragem. Virtudes estes naturais e inerentes a todos. Por outro lado, definiu um outro conjunto de três virtudes que seriam sobrenaturais, as quais chamou "virtudes teológicas", seriam elas a fé, esperança e caridade.
Na teoria da guerra justa que Agostinho de Hipona desenvolvera séculos antes, definiu ainda as três condições para uma guerra justa. Aquino não apresentou conclusões diferentes daquelas apresentadas por Agostinho, mas procurou definir os critérios de modo mais claro e objetivo. Embora defende-se o pacifismo filosófico, a posição de que as pessoas deveriam evitar a guerra tanto quanto possível, acreditava que as pessoas deveriam aderir a guerra, se esta fosse necessária para manter a paz no longo prazo. Em primeiro lugar deve-se analisar se a guerra é levada a cabo por uma boa causa, caso seu objetivo seja o poder ou a riqueza, a adesão a tal guerra deve ser rejeitada. Em seguida, verificar se a guerra foi declarada por uma autoridade legítima. Por último, em meio a violência, característica da guerra, a paz como motivação central deve ser o objetivo a todo o tempo.
Aquino dedicou-se ainda a apontar o que considerou erros de interpretação do comentador Averróis, importante pensador islâmico, permitindo a incorporação da filosofia de Aristóteles. O aristotelianismo cristão promovido a partir de seu trabalho seria criticado posteriormente por Maquiavel e discutido por diversos filósofos modernos e contemporâneos.
Idade Média
A História Medieval é o período da história do Ocidente situado entre aHistória Antiga e a História Moderna.
A definição do “etapismo” histórico é algo que gera muita discussão entre os historiadores. A forma como estamos acostumados com os períodos históricos é uma convenção totalmente baseada na realidade da história européia. Usualmente, utilizamos História Antiga, História Medieval, História Moderna e História Contemporânea para determinar os momentos em que as condições de vida e as relações humanas foram diferenciadas ao longo da história. Mas este ponto de vista eurocêntrico não leva em consideração a existência de outros povos e outras civilizações fora do continente europeu ou de sua área de abrangência antes da Idade Moderna. América e África, por exemplo, apenas são inseridas na história da humanidade, segundo esta conceituação, a partir da História Moderna, enquanto, na verdade, possuíam civilizações tão bem estruturadas quanto àquelas que existiam na Europa.
A História Medieval representa uma quebra nos padrões existentes em seu período anterior, a História Antiga. Esta fase chegou ao fim através de variações em fatores políticos. É preciso lembrar que as mudanças nos períodos históricos não são variações que ocorrem em datas estabelecidas, as pessoas em suas épocas não tinham consciência de que passaram a viver um período diferente da história da humanidade. Essas divisões e determinações dos períodos são elaboradas pelos historiadores, depois que tudo já ocorreu, para estabelecer recortes cronológicos que favorecem didaticamente e nas pesquisas.
O início da Idade Média, também chamada de era medieval, é caracterizado pela queda do Império Romano, em 476. A invasão dos povos bárbaros causou a fragmentação de um gigantesco império, alterando as relações políticas daí por diante.
Historiadores dividem a Idade Média em três períodos: Alta Idade Média, Idade Média Clássica e Baixa Idade Média. Essa divisão ocorre porque é possível notar variações na estrutura geral dentro do próprio período Medieval. Assim, a Alta Idade Média é compreendida entre os séculos V e X, marcada pelo período de fragmentação total do Império Romano e transição para uma nova realidade estrutural. A Idade Média Clássica é situada entre o século XI e o XIII, é neste momento em que estão os elementos mais populares do período Medieval, como feudos, suserana e vassalagem e cavalaria, por exemplo. A Baixa Idade Média, correspondente aos séculos XIV e XV, já representa uma fase de transição para o novo período, no qual novos elementos começam a alterar a estrutura Medieval.
Na Idade Média, a Igreja Católica aumenta significativamente seu poder e capacidade de influência sobre a população. É neste período da história que a instituição tem mais poder e por isso condiciona o cotidiano de todas as relações. A soberania da Igreja interfere nas Artes, na Arquitetura, na Política, na Cultura, na Filosofia, nas guerras, além, claro, das questões religiosas.
As principais características da Idade Média são: o feudalismo, as relações de suserania e vassalagem, as Cruzadas, as ordens de cavalaria e a Peste Negra.
O feudalismo foi o sistema pelo qual as terras dos reis foram divididas em feudos, nos quais trabalhavam os servos para seus senhores. Os feudos produziam para subsistência através dos esforços dos servos. Estes tinham apenas um dia na semana para produzir para si mesmos, mas deviam aos seus reis uma série de impostos.
As relações de suserania e vassalagem aconteciam entre nobres. Um deles concedia porções de terra ao outro, o que recebia terras para aumentar suas propriedades passavam a realizar tarefas de fidelidade. Como proteção em guerras, que era o mais comum.
As Cruzadas talvez foram os eventos mais famosos da Idade Média. Consistiram em investidas militares dos cristãos contra os muçulmanos nas guerras pelo domínio da Terra Santa.
As ordens de cavalaria uniam nobres que destinavam suas vidas aos combates. Tornaram-se muito respeitadas e bem qualificadas na sociedade Medieval e engrossaram o combate dos católicos contra os islâmicos.
A Peste Negra representou um dos momentos de crise da Idade Média. Na ocasião, dois terços da população da Europa morreram em decorrência de peste bubônica.
A transição da Idade Média para a História Moderna envolveu uma série de fatores que alterou as estruturas do período. A mudança está relacionada com a ascensão das monarquias nacionais europeias, a recuperação demográfica após a Peste Negra, os descobrimentos marítimos, a redescoberta da cultura clássica e a contestação à Igreja Católica. Mas o evento político determinante que marcou o fim do período Medieval foi a queda de Constantinopla, em 1453.
A Idade Média é também frequentemente relacionada como a Idade das Trevas, pois se acreditava que o período representava uma estagnação da humanidade, principalmente por estar situada entre dois períodos tão ricos culturalmente. Mas as pesquisas mostraram que o período é rico em cultura e tem muito a oferecer e esclarecer sobre a humanidade tanto quanto os outros.
Influências do Cristianismo no Direito

Outros materiais