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RECALQUE DIFERENCIAL

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Recalque Diferencial em Áreas Litorâneas
Nome: Beatriz Silva Cordeiro 15234355
Nome: Jéssica Costa Pereira 15185575 
7ºC – Engenharia Civil
Fundações- Prof° Larissa
São Paulo,
Abril 2018
Sumário
Introdução ...........................................................................................................3
Recalque Diferencial, o que é? ...........................................................................4
Recalque Diferencial em Regiões Litorâneas .....................................................5
Caso ....................................................................................................................6
Solução ...............................................................................................................8
Conclusão .........................................................................................................10
Referências .......................................................................................................11
Introdução
De acordo com a NBR 6122/1996 recalque é o movimento vertical descendente de um elemento estrutural. Quando o movimento for ascendente, denomina-se levantamento, e o recalque diferencial específico como a relação entre as diferenças dos recalques de dois apoios e a distância entre eles.
Normalmente o recalque ocorre em partes baixas das cidades, como exemplos áreas litorâneas, onde o lençol freático é aflorado e há presença de argila orgânica, e nessas áreas eram construídas casas sem muito conhecimento da engenharia e após as casas eram construídos prédios e que acabavam abalando o solo das construções ao redor.
Todos os tipos de solos, quando submetidos a um carregamento, sofrem recalques, em maior ou menor grau, dependendo das propriedades de cada solo e da intensidade do carregamento. Os recalques geralmente tendem a cessar ou estabilizar após certo período, mais ou menos prolongado, e que depende das características geotécnicas dos solos (MILITITSKY, 2008).
O recalque é a principal causa de trincas e rachaduras nas edificações, principalmente quando ocorre o recalque diferencial, que é quando uma parte da obra abaixa mais que a outra gerando esforços estruturais não calculados e podendo até causar um colapso.
A ocorrência de patologia em obras civis tem sido observada e reportada com frequência tanto na prática nacional como internacional. Alguns casos clássicos, como o da Torre de Pisa e o da Cidade do México, fizeram fama de determinados monumentos e locais, tendo sido extensivamente estudados e apresentados em publicações de divulgações e técnicas. No brasil, as edificações de Santos (São Paulo) merecem menção especial pelos desaprumos apresentados, e tem referências em inúmeras publicações especializadas (MILITITSKY, 2008).
Recalque Diferencial, o que é?
Recalque diferencial ou adensamento, é um fenômeno que acontece quando uma construção sofre um rebaixamento causado pelo espassamento do solo em que foi levantada.
Essa diferença de nível, nada mais é do que o rebaixamento de uma parte da fundação, resultando em esforços estruturais inesperados, e nos casos mais acentuados pode levar o desmoronamento da edificação.
Com os estudos atuais, é possível afirmar que as trincas e rachaduras em paredes e estrutura da edificação podem ter relação direta com o recalque diferencial.
Recalque Diferencial em Regiões Litorâneas
Esse fenômeno da engeharia civil é mais comum de localizar, nas regiões litorâneas, especificamente na região de Santos. Isso é causado devido a edificação ter sido construida com uma fundação “rasa”. 
O solo litorâneo comumente é composto por 1° camada de 12 metros de areia, 2° camada 25 metros de argila marinha, 3° camada acime de 26 metros areia e então os fragmentos de rocha e antigamente, por volta da década de 60, era construidas edificações com sapatas de 3 a 4 metros somente. 
Esse erro acontece pela falta de estudo no solo a ser construido. Na década de 60, como já citado, não havia as sondagens corretas no solo fazendo com que a construção da edificação inicasse no “escuro”. Porém, atualamente com o avanço tecnologico de meios de sondagem esses casos tendem a diminuir. 
Atualmente na orla de Santos, por exemplo, as fundações são feitas com estacas a mais de 50 metros, pois dessa maneira é garantido que o apoio será fragmetado em rocha.
Caso
Na década de 60 houve uma grande alta no mercado imobiliária em Santos, e de acordo com o Departamento de Controle e Normas do Uso e Ocupação do solo, as condições do solo não eram adequadas para receber uma construção do porte de um prédio, pois naquela época não se possuía os mesmos conhecimentos sobre solos como hoje, e a opção deles era utilizar fundações apoiadas diretamente na primeira camada de areia existente.
Sob essa camada, na maior parte da Orla, temos uma espessa faixa de sedimentos depositados ao longo de séculos, conhecidos como argila marinha, cuja consistência é muito frágil. Essa argila suporta uma carga muito pequena e o prédio, bastante pesado, quando apoiado diretamente na areia, pode, em determinadas circunstâncias, começar a afundar. Quando um prédio afunda mais de um lado do que do outro ocorre o que chamamos de recalque diferencial. O resultado é uma paisagem curiosa, com edifícios se inclinando nas mais diversas posições. Essa inclinação tem o nome de desaprumo. (ARQUITETO LUIZ NUNES, 2006).
Construído em 1967, o edifício Núncio Malzoni, com 17 andares, com apartamentos de 240m² por andar, afundou de forma irregular, e “tombou” para o lado direito, a diferença de uma lateral para outra é de 45 centímetros, um deslocamento do topo de 2,10m, e a cada ano que passava o prédio desaprumava 1 centímetro, podendo entrar em colapso em 8 anos, de acordo com o engenheiro Paulo de Mattos Pimenta.
Fonte: Blog Pet da Engenharia.
Solução
A empresa que solucionou o problema do Edifício Núncio Malzoni foi a FB Locação, Maffei Engenharia, Dywidag, Ekipe-C e Brasfond. A execução ocorreu em outubro de 2010 e janeiro de 2011.
A torre B estava com uma inclinação lateral de 1,90m e para frente 40cm fora de prumo, isso causado pelo afundamento de 46cm da fundação feita.
Foram feitas novas fundações profundas há 10 anos, quando foi feito o reaprumo da torre A estas chegam a até 55m de profundidade, estabilizando assim a velocidade do recalque. A execução do reaprumo começou pela retirada de todas as interferências no local que iria ocorrer o macaqueamento, no piso térreo, porém sem interferir no funcionamento do edifício. Foram feitas 6 etapas para executar esse reparo: execução de consolos em graut para servir de apoio auxiliar no momento de troca dos cilindros, corte dos pilares, colocação dos cilindros principais, execução de macaqueamento de reaprumo nos 36 pilares e finalmente a recomposição dos pilares.
1ª etapa em 1998
Implantação de fundações profundas por meio da execução de oito estacas em cada lado do edifício, com diâmetros entre 1,00 m e 1,40 m, escavadas com lama bentonítica e protegidas na camada de areia por meio da cravação de camisas metálicas. As estacas atingiram o solo residual a uma profundidade de 57 m em média. “Abaixo da camada mole de argila, encontramos outra faixa de areia e outra de argila, e só então o solo residual, seguro e resistente", explica a engenheira Heloísa. Antes do início da execução das fundações as redes hidráulica, elétrica e de telefonia tiveram que ser remanejadas. 
(REVISTA TÉCHNE, EFEITO SOLO, 2001).
2ª etapa em 1999/2000
Nesta etapa foram executadas oito vigas de transição trapezoidais para receber os esforços dos pilares e transmitir às novas fundações. 
(REVISTA TÉCHNE, EFEITO SOLO, 2001).
3ª etapa em 2000/2001
Os técnicos instalaram 14 macacos hidráulicos acionados por seis bombas, entre as vigas de transição e os blocos das novas fundações, que sustentaram todo o peso do prédio, cerca de 6,5 mil t, e proporcionaramo levantamento do lado mais adensado do edifício e seu posterior reaprumo. "Além de controlar a velocidade de cada macaco temos que manter as cargas dentro da margem de segurança", explica Fábio Bocciarelli, engenheiro responsável pelo macaqueamento.(REVISTA TÉCHNE, EFEITO SOLO, 2001).
Para cima e para o alto
No processo de macaqueamento, iniciado em 16 de dezembro de 2000, foram retiradas cerca de 200 t de terra entre as sapatas, que impediam o nivelamento por causa do peso que exerciam nas fundações. Com a escavação foi encontrada uma camada de concreto magro sob as sapatas que atrapalhava os serviços de reaprumo. "Para liberar o trabalho dos macacos tivemos que cortar essa camada e descolar a sapata do solo", conta o engenheiro José Eduardo de Carvalho Pinto, responsável pelas obras. As antigas fundações do Núncio também haviam sido travadas por vigas de concreto que enrijeciam a estrutura, executadas na época da construção. O macaqueamento durou quase três meses e foi supervisionado por toda a equipe que checava possíveis fissuras, forças e deslocamentos. "Em um dia efetuamos 20 operações, todas foram monitoradas e seus dados colocados no computador para uma análise estrutural detalhada", lembra o engenheiro José Eduardo. Com essa etapa cumpriu-se o objetivo de subir cerca de 45 cm na fachada lateral esquerda e 25 cm na fachada posterior, pois o prédio também havia inclinado para trás. (REVISTA TÉCHNE, EFEITO SOLO, 2001).
Conclusão
É possível compreender que o recalque diferencial era uma patologia que acontecia nos anos que já se passaram, isso devido a falta de informação e falta de instrumentos tecnológicos para auxiliar os engenheiros locais. Grande parte dos prédios construídos na década de 60 na orla de Santos no canal 4 e 6 sofrem de recalque diferencial.
Como o caso citado em Santos em que foi utilizado os macacos hidráulicos e todo o estudo geotécnico para que o prédio fosse aprumado, o recalque só aconteceu devido a sapata do prédio ter sido feita na primeira camada do solo, chamada argila marinha. 
Antes de se construir em região litorânea, deve-se realizar um estudo geotécnico e topográfico do local, pois dessa forma será constatado que a fundação naquele caso deva ser com mais de 50m de profundidade, assim evitando patologias.
Referências
MEDEIROS, Heloisa. Recalques indesejáveis. Edição 139 – Outubro/2018. Disponível em: <http://techne17.pini.com.br/engenharia-civil/139/artigo286546-1.aspx> Acesso em 27 de Março de 2018.
MILITITSKU, Jarbas; CONSOLI, Nilo Cesar; SCHNAID, Fernando. Patologia das Fundações. São Paulo, Oficina de Textos, 2008.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – NBR 6122/1996 – Projeto e execução de fundações. 
SAYEGH, Simone. Efeito Solo. Edição 51 – Março/2001. Disponível em: <http://techne17.pini.com.br/engenharia-civil/51/artigo285197-1.aspx1> Acesso em 03 de Abril de 2018.
FB Engenharia. Edifício Nuncio Malzoni B. Disponível em: <http://www.fbengenharia.com.br/77-fbengenharia/obras/68-nuncio-malzoni> Acesso em 03 de Abril de 2018.
BLANCO, Leticia. Construções em áreas litorâneas: cuidado redobrado. Disponível em: <https://blogdopetcivil.com/tag/santos/> Acesso em 03 de Abril de 2018.
CACZAN, Luciana. Recalque diferencial: entenda este fenômeno. Disponível em:<https://engcivil.maquinadeaprovacao.com/posts/artigo/recalque-diferencial-entenda-este-fenomeno/43> Acesso em 03 de Abril de 2018

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