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TRABALHO PROINTER IV N2 RELATORIO FINAL

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP
CURSO: TECNOLOGIA EM GESTÃO PÚBLICA
Projeto Interdisciplinar Aplicado ao Curso Superior de Tecnologia em
Gestão Pública (PROINTER IV)
Relatório Final
Disciplinas norteadoras: Gestão Urbana e Serviços Públicos; Licitações,
Contratos e Convênios; Financiamentos Públicos; Políticas Públicas e Estado e
Poder Local
ALUNO:– RA: 
 TUTORA EAD: 
CIDADE / SP 
MÊS 2018
PROINTER IV - Relatório Final
Trabalho desenvolvido para o curso de Tecnologia
em Gestão Pública, disciplinas norteadoras: Gestão
Urbana e Serviços Públicos, Licitações, Contratos e
Convênios, Financiamentos Públicos, Políticas
Públicas e Estado e Poder Local, apresentado à
Anhanguera Educacional como requisito para a
avaliação na Atividade Relatório Final - Prointer IV
CIDADE / SP 
MÊS 2018
Sumário
1. RESUMO........................................................................................................4
2. INTRODUÇÃO...............................................................................................5
3. RELATÓRIO PARCIAL..................................................................................6
4. RELATÓRIO FINAL.......................................................................................8
5. CONCLUSÕES FINAIS...................................................................................12
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...............................................................13
RESUMO
 A segunda parte do projeto PROINTER IV tem como objetivo apresentar o relatório completo abordando os estudos e sugestões de melhoria nos processos realizados na primeira parte que compõe o Relatório Parcial, a análise da interrelação entre a burocracia na Previdência, suas causas e efeitos, as Políticas Públicas aplicadas ao setor e os financiamentos públicos com foco na crise da Previdência Social que concluem o relatório final.
 A Previdência Social brasileira há muito era o retrato de tudo que representa para o cidadão a burocracia, com seus processos e estrutura complexa, ineficiência, desrespeito e descaso com direitos, inoperância e lentidão do atendimento. Nesse respeito, a estrutura responsável pela operacionalização do atendimento ao público no Instituto Nacional do Seguro Social, autarquia federal vinculada ao Ministério da Previdência e Assistência Social, não desempenhava sua missão com o nível de qualidade compatível com sua relevância social e econômica.
 Esta é a realidade que se projetou alterar com a implantação de inúmeros instrumentos de melhoria, dentre eles o atendimento prioritário e com qualidade através da Ouvidora-geral, que busca, dentro da organização, a solução do problema concreto apresentado pelo solicitante. Não obstante temos ainda muitos gargalhos a serem desfeitos para que o cidadão usufrua de seus direitos constitucionalmente adquiridos.
 Este trabalho traz a analise desta problemática, apresenta na primeira parte as sugestões de melhoria, e procura estabelecer no relatório final a relação entre a burocracia, as políticas públicas voltadas a Previdência, os financiamentos públicos e a crise do sistema previdenciário brasileiro.
INTRODUÇÃO
 Previdência social é um seguro social, mediante contribuições previdenciárias, com a intenção de prover subsistência ao trabalhador, em caso de perda de sua aptidão do ofício do trabalho, que tem como finalidade reconhecer e conceder direitos aos seus segurados.
 A Previdência Social é administrada pelo Ministério da Previdência Social, e as políticas referentes a essa área são executadas por autarquia federal denominada Instituto Nacional do Seguro Nacional (INSS). Todos os trabalhadores formais recolhem, diretamente ou por meio de seus empregadores, contribuições previdenciárias para o fundo da previdência. No caso de alguns servidores públicos brasileiros, existem sistemas previdenciários próprios. O artigo 201 da Constituição Federal brasileira prevê o regime geral da Previdência Social.
 É um direito do trabalhador, um dever do estado, e uma garantia de estabilidade financeira a todos que da aposentadoria necessitam, pois, a qualidade de vida dar-se a entender o reconhecimento do humano como ser absoluto. Contudo a previdência enfrenta grandes e exigentes desafios, é necessária uma reforma ampla para que não somente os usuários do sistema sejam atendidos em suas demandas como também garantir as futuras gerações o direito a previdência, visto que se não houver ações mitigadoras, é certo que as futuras gerações irão sofrer as consequências de nossa omissão. Da mesma forma, corrigir os injustos privilégios concedidos a determinadas categorias, reunir em uso regime contribuintes do setor publico e privado se faz necessário não somente para moralizar o sistema como também para restabelecer o equilíbrio fiscal do país.
 Os direitos sociais, como dimensão dos direitos fundamentais do homem, são prestações positivas proporcionadas pelo Estado direta ou indiretamente, enunciadas em normas constitucionais, que possibilitam melhores condições de vida aos mais fracos, direitos que tendem a realizar a igualização de situações sociais desiguais. São, portanto, direitos que se ligam ao direito de igualdade. (Silva, 2016. Pág. 27)
RELATÓRIO PARCIAL
 Ao analisarmos as demonstrações contábeis, identificamos as contribuições incidentes sobre o total da folha de pagamento, no decorrer do mês. O recolhimento previdenciário das empresas em geral corresponde à aplicação das seguintes alíquotas sobre o total das remunerações pagas ou creditadas, a qualquer título, no decorrer do mês, aos segurados empregados:
a) 20% referentes ao INSS Patronal para empresas não optantes do
Simples Nacional;
b) 1%, 2% ou 3% referente ao Risco de Acidente do Trabalho e contribuição adicional, se for o caso, variando conforme o grau de risco, acrescido do Fator Acidentário de Prevenção a partir de janeiro/2010 e;
c) Geralmente, 5,80% de contribuição variável de outras entidades (terceiros), destinadas às entidades SENAI, SESC, SESI, etc., onde o INSS se incube de arrecadar e repassar.
 A literatura evidencia que o sistema de seguridade social brasileiro desempenha um papel bastante relevante na minimização da pobreza e no sustento dos idosos após a queda de sua capacidade laborativa. As vantagens advindas da minimização da pobreza após a universalização e equiparação dos benefícios à população rural, nos resgatam a importância de um sistema previdenciário equitativo e justo na promoção do bem-estar.
 O regime adotado no Brasil é o de repartição simples, de filiação obrigatória, baseado na lógica de que cada geração custeia os benefícios previdenciários da geração anterior. Registre-se que o regime de repartição é o mais adequado para a previdência social, visto que está apoiado no princípio da solidariedade, do coletivo.
 As contas individuais, por sua vez, são uma forma de poupança, em que cada participante conta apenas com o produto das suas próprias contribuições ou depósitos. Não obstante o INSS inviabiliza ou torna extremamente difícil e burocrática a concessão do leque de benefícios previstos aos segurados ou seus dependentes.
 Em certa medida, a burocracia tem a sua importância. A razão de sua existência é a organização através das delegações de funções hierárquicas, com princípios definidos e procedimentos a serem seguidos e executados. Desta forma, supostamente, temos etapas em que algo é inspecionado, analisado, investigado, aceito ou recusado. Esta “rede” assume responsabilidades específicas no processo e busca administrar o interesse de ambas as partes. No caso da burocracia aplicada ao aparelho estatal, sua função é oferecer benefícios e direitos mediante as responsabilidades. Também julgam, analisam, ponderam e executam as mais diversas funções doEstado, utilizando o dinheiro público, arrecadado pelos impostos. No entanto sua própria estrutura burocratizada emperra e abre espaço para falhas e leviandades.
 O nível de detalhamento e a complexidade legal do processo de concessão de benefícios são um problema para os usuários do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). Nas filas de espera dos postos de atendimento da Previdência, a reclamação mais comum dos segurados é a falta de informação passada pelos atendentes. Sem entender quais são as pendências, os usuários acabam involuntariamente provocando o processo.
 Como maior geradora de documentos em toda a administração pública federal, a Previdência tem que encarar como prioridade a simplificação dos processos burocráticos e a redução no número de papéis em tramitação. As 1.390 agências da Previdência Social, espalhadas por todo o país, realizam 150 mil atendimentos por dia, produzindo cinco toneladas de papel.
 Essas informações demonstram que se torna cada vez mais do que explícita a necessidade de rever os modelos e simplificar os processos. Ferramentas administrativas como soluções de gerenciamento de documentos, tornado os documentos físicos em digitais, em conjunto com tecnologias de Workflow são indicadas para reduzir a burocracia e dar maior agilidade ao tramite, analise e validação de documentos e protocolos.
4. RELATÓRIO FINAL
 Diante do exposto, concluímos que apesar de alguns esforços direcionados a mitigar os problemas descritos, observa-se que o atendimento ao contribuinte está muito aquém do satisfatório. No entanto é possível estabelecer nova governança na previdência com o intuito de descentralizar ações, agilizar o atendimento e promover o acesso digno aos direitos adquiridos com qualidade.
 A grande preocupação consiste em saber se futuramente este modelo previdenciário poderá manter uma grande massa de beneficiários, já que a principal fonte de captação de recursos é proveniente do vínculo contributivo de empregados e empregadores. Ainda assim existe um vasto campo para ser explorado, tal como os trabalhadores informais, pois ainda sem nenhuma contribuição, poderá ter acesso ao benefício mínimo garantido a todo cidadão e os benefícios e pensões dos políticos, membros do judiciário e outras classes altamente privilegiadas que se mostram altamente desiquilibradas se comparadas à realidade da grande parcela da população.
 A temática em questão está presente em diversas fontes, e é objeto de discussão na Câmara, entre especialistas da área e na academia. Os enfoques principais a cerca desta questão se referem às reformas, à sustentabilidade da previdência, às questões demográficas, econômicas e fiscais. Além disso, o assunto também compreende um regime de repartição simples com características de capitalização escritural, na qual as contribuições arrecadadas servem para pagamento de benefícios e obrigações quanto aos seus inativos. Dessa forma, o modelo pressupõe que existirão contribuições que arcarão com as despesas.
 - Os dados do Ministério da Previdência Social (2010) mostram que o saldo previdenciário em 2009 chegou a R$ 42,9 bilhões, o que correspondeu a um aumento do déficit de 15,5%, se comparado com o ano anterior.
- A diferença entre o valor da arrecadação líquida e o total de benefícios foi de R$ 62,9 bilhões; cerca de 20% a mais que o déficit de 2008.
 Quando da elaboração de propostas para a previdência, diversos especialistas chegaram a uma visão sistêmica do modelo previdenciário vigente.
Fonte: adaptado do Ministério da Previdência Social/ 2012
 O modelo brasileiro é portador de uma doença endêmica que, com crescente intensidade, está consumindo sua saúde financeira e, com ela, a própria capacidade de geração de recursos públicos.
 Para que esse quadro se torne mais preocupante, basta dizer que a despesa previdenciária caminha para a porcentagem de 16% do PIB, caso não seja feito nada substancialmente consistente e capaz de reduzir progressivamente os riscos previdenciários.
 A insolvência, que o sistema está destinado, tem gerado debates sobre novas reformas, dentre elas o fim da diferença de idade entre homens e mulheres para a concessão do benefício, até uma mudança total, substituindo-se o sistema de repartição pelo sistema de capitalização como fez o Chile em 1981. Outro fator preponderante é a queda da relação entre contribuintes e inativos.
 De acordo com Santos (2009), existiam em 2009, 1,7 contribuintes para cada 01 beneficiário, enquanto que em 1950 esta relação era de 08 para 01. Isto se ocorreu principalmente por causa da migração para os centros urbanos e o não acesso à previdência para grande parte da população.
 O crescimento da base contributiva tem aumentado em índices menores que a base beneficiaria, assim, em um sistema onde a geração atual de contribuintes paga os benefícios de uma geração anterior, dependente de recursos provenientes das contribuições para financiar as aposentadorias sinaliza, no futuro, um desequilíbrio financeiro das contas previdenciárias.
 Projeções do IBGE apresentadas pelo MPS (2010) demonstram que em 2027 esta razão deverá ser de 3,4, enquanto que em 2008, para cada pessoa com mais de 60 anos havia 5,8 pessoas com idade entre 20 e 59 anos. Essa dinâmica sinaliza uma queda dos potenciais contribuintes para a previdência social em comparação ao incremento na população de idosos ou potenciais beneficiários.
 Levando em consideração a queda dos potenciais contribuintes no futuro e o aumento dos prováveis beneficiários, restam duas alternativas para um bom funcionamento do regime de repartição: aumentar os encargos sobre os mais jovens ou diminuir os benefícios concedidos aos idosos.
 Esse desequilíbrio estrutural causado nas contas públicas, oriundo dos déficits da previdência social, coloca em dúvida os modelos atualmente vigentes no país, gerando incertezas quanto a sua sustentabilidade hoje e, sobretudo, no futuro.
 Por conta da elevada despesa previdenciária, recursos deixam de ser repassados para áreas como: saúde, educação, segurança e infraestrutura, todas estas essenciais à sustentação do crescimento da economia.
 Para Rocha e Caetano (2008) surge então a necessidade de aumentar impostos e contribuições para fazer frente ao aumento de gastos, o que reduz a abertura de novos negócios e impõe elevado ônus ao setor produtivo, com potencial efeito inibidor sobre o crescimento econômico.
 É importante lembrar que o sistema previdenciário adotado no Brasil é o de repartição simples, que consiste num modelo no qual os recursos recolhidos dos contribuintes atuais são destinados a cobrir os gastos com os aposentados de hoje.
 Com este regime, estabelece-se um pacto entre gerações onde os segurados ativos financiam os inativos, na expectativa de que quando se aposentarem haverá outra geração de contribuintes financiando seus benefícios.
 Nesse sistema não existe acumulação das contribuições para garantir o pagamento da aposentadoria do próprio segurado contribuinte, como ocorre no sistema de capitalização. Cabe salientar que o § 5º do Art. 195 da Constituição Federal estabelece que “nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total”.
 Acrescente-se, ainda, que a Lei Complementar nº 101, de 04 de maio de 2000, que estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade fiscal impõe que a gestão da Previdência Social deverá pautar-se: no planejamento e previsibilidade das receitas e despesas; no equilíbrio entre receitas e despesas; na transparência dos seus registros; na prevenção de riscos e correção de desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas; e no caráter contributivo do regime, com equilíbrio financeiro e atuarial. No seu artigo 5º, a Lei determina que o projeto de lei orçamentária anual deverá ser acompanhado das medidas de compensação de aumento de despesasobrigatórias de caráter continuado.
 Deste modo, por ser um regime de repartição simples, o desenvolvimento econômico bem como as questões demográficas exercem influencia na captação e repartição dos recursos para gestão do sistema. Nas últimas décadas, o Brasil sofreu com índices de crescimento pouco relevantes. Por outro lado, via-se a crescente necessidade de cobrir gastos, pois o sistema previdenciário brasileiro trilhou uma trajetória progressiva de aumento de itens de benefícios, sem a devida contrapartida pelo lado das receitas, tornando-se um dos problemas mais graves das finanças públicas.
 A relação de contribuintes versus beneficiários vem decrescendo ao longo do tempo. Isto leva a uma situação em que se têm dez contribuintes para sete beneficiários. A estagnação econômica e o envelhecimento populacional, derivado da queda de natalidade, registrados nas últimas décadas, podem ser fatores que expliquem a queda nesta relação que já chegou a ser de mais de 30 contribuintes para 01 beneficiário na década de 30 conforme dados do IPEA.
 Partindo para o campo demográfico, nota-se que o principal problema a ser enfrentado pela Previdência consiste no envelhecimento populacional. Estudos do IBGE apontam uma população de mais de 18% de idosos acima de 65 anos em 2050.
Este envelhecimento tende a assumir maior dimensão no sexo feminino por conta da taxa de mortalidade ser menor quando comparado com o apresentado pelo sexo masculino.
 Outro ponto importante está nos benefícios designados para as mulheres serem disponibilizados com cinco anos a menos que os benefícios concedidos para o sexo masculino. Por uma questão cultural, tem-se a visão da mulher como o sexo frágil, como o ser que trabalha além do serviço, cuidando do seu lar, mas esta vantagem faz com que os gastos previdenciários sejam crescentes.
 Isso porque o usufruto deste benefício se dá mais cedo e permanece por mais tempo em virtude da expectativa de sobrevida feminina ser maior que a masculina, independente da área urbana ou rural. Vale salientar que um nicho onde a previdência pode atuar para auferir mais receitas sem elevar o custo de mão de obra para o empregador, pode ser encontrado no seguimento de pessoas economicamente ativas sem cobertura previdenciária, quer seja pela falta de oportunidade, pela informalidade do mercado ou simplesmente pela opção em filiação.
 Com foco neste nicho, novas regras que venham ser implantadas, por meio de novas reformas, devem ser pautadas por um prazo de carência de sua efetivação para não prejudicar as pessoas.
 É preciso que as mesmas se programem para um novo cenário, por uma mudança gradativa havendo uma transição leve para que não seja tão perceptível e serem pautadas pela rigidez para novos entrantes em virtude das mudanças demográficas.
 Ademais, não se pode deixar de apontar a previdência como um instituto de redistribuição de renda. Por mais paradoxal que seja os elevados gastos previdenciário em relação ao PIB, foram frutos dos princípios da Constituição de 1988: a universalidade da cobertura, da igualdade de direitos entre trabalhadores urbanos e rurais e do valor dos benefícios não menor que um salário mínimo.
 Em suma, os gastos previdenciários geram ganhos em termos de equidade, mas geram também limitações à melhoria futura de bem-estar social, ao resultar em carga tributária e composição de gastos públicos pouco favoráveis ao crescimento.
5. CONCLUSÕES FINAIS
 Diante de tantas mudanças sofridas na previdência social, e de rumores de uma reforma previdenciária, acreditamos que o governo deveria promover uma reforma previdenciária, mas com a finalidade de beneficiar os trabalhadores e não prejudicá-los, visto que a própria lei da organização da seguridade social – Lei 8.212.91, determina que a previdência fora criada para assegurar aos seus beneficiários meios indispensáveis de manutenção.
 Não se deve abrir mão de importantes requisitos, como por exemplo, o prazo da carência de alguns benefícios para não falir o sistema, mas também não se pode restringir o acesso do segurado a direitos que lhe concederão uma vida digna que nossa Constituição Federal tanto procura resguardar.
 O País possui elevada fonte de custeio que financia a seguridade social, desde os trabalhadores de carteira assinada, os contribuintes autônomos e facultativos, como também inúmeros tributos, receitas provenientes dos orçamentos da União, Estados, Municípios que são destinados a esse sistema.
 O ato de retribuir os segurados da previdência com prestação de benefícios quando necessitam certamente não será motivo para um colapso da Previdência Social, ora, o povo não merece pagar pelo erro do governo.
 Faz-se necessário, portanto, apoiado na literatura e na análise dos dados demográficos e econômicos, uma reforma que estabeleça um modelo de previdência sustentável e equilibrado financeira e atuarialmente, diminuindo a burocracia, democratizando o acesso aos benefícios, desfazendo as disparidades entre classes e eliminando os privilégios, pois todos são iguais perante a lei.
 Outro fator preponderante para que a previdência venha a ter a condição de apresentar resultados positivos se apresenta na urgência da aprovação da PEC 241 que limita os gastos do governo e exige maior responsabilidade fiscal e orçamentos realistas.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BERTUSSI, Luís Antônio Sleimann; TEJADA, César A. O. Conceito estrutura e evolução da Previdência Social no Brasil. Teoria e Evidência Econômica, Passo Fundo, v.11, n.20, p.28-54. Maio 2003
DELGADO, G. C.; JÚNIOR, J. C. C. O Idoso e a Previdência Rural no Brasil: experiência recente de universalização. Texto para discussão nº 688. Brasília: IPEA,
1999.
DIAMONT, P.A. (1977). A framework for social security analysis.J.of Public
Economics,8(3):275-298. SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. 27 a. edição – São Paulo: Malheiros, 2006.
Portal de e-governo, inclusão digital e sociedade do conhecimento. A efetivação dos
direitos sociais através das políticas públicas. Disponível em: http://www.egov.ufsc.br/portal/conteudo/efetiva%C3%A7%C3%A3dosdireitossociais-atrav%C3%A9s-das-politicas-p%C3%BAblicas. Acessado em: 15/10/2017.
Delphin Contabilidade. Encargos Sociais Sobre a Folha de Pagamento – Disponível em: http://www.delphin.com.br/orientacao/66-encargos-sociais-sobre-a-folha-depagamento. Acessado em 24/10/2017
Matias-Pereira, J: "Reforma da Previdência em Discussão: Expectativas e
Possibilidades Diante da Janela de Oportunidade Demográfica" en Observatório de
la Economía Latinoamericana, Número 136, 2010. Texto completo em
http://www.eumed.net/cursecon/ecolat/br/
Gestão: Simplificação de processos é prioridade na Previdência Social. Disponível em http://www.previdencia.gov.br/2013/06/gestao-simplificacao-de-processos-eprioridade-na-previdencia social/. Acessado em 24/10/2017
Inovação. Concurso Inovação na Gestão Publica Federal Disponível em:
http://repositorio.enap.gov.br/bitstream/handle/1/647/044_00%20Ouvidoria-Geral%20da%20Previd%C3%AAncia%20Social.pdf?sequence=1 
Acessado em 24/10/2017
Informe de Previdência Social Janeiro/2015. Disponível em:
http://www.previdencia.gov.br/wp-content/uploads/2016/06/informe_2015. 01. pdf> .
Acessado em 24/10/2017
ROCHA, Roberto de Rezende; CAETANO, Marcelo Abi-Ramia. O Sistema
Previdenciário Brasileiro: uma avaliação de desempenho comparada. Texto para discussão nº 1331, 2008. Disponível em:
http://www.ipea.gov.br/sites/000/2/publicacoes/tds/td_1331.pdf>. 
Acesso em 20/10/2017

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