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Intervenção Federal e Estadual no Brasil

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Intervenção - Art.34 CF/88
Antes de qualquer consideração acerca do instituto interventivo deve-se ressaltar que o Estado Brasileiro é constituído de modo Federado, isto pois autonomia e indissolução de seus entes e descentralização de poder.
Como regra do Federalismo a União não intervirá nos Estados nem no DF, havendo exceção apenas para situações especificas conforme assegurado pelo Art.34 da CF/88.
Embora a afirmação de intervenção soe contraditória, a mesma é permitida somente em período certo e determinado. Sendo que após o cumprimento deste prazo certo e solucionada a adversidade que motivou a intervenção, esta deverá ser suspensa imediatamente.
Em linhas gerais a intervenção vem a ser o afastamento temporário da autonomia concedida aos entes federados, tal modalidade subdivide-se em duas espécies, ora mais abrangente ora restrita, tais como: a) Intervenção Federal; b) Intervenção Estadual.
A primeira por sua vez aduz intervenção da União tanto nos Estados, quanto nos Municípios e DF, enquanto a segunda refere-se a intervenção do Estado de modo exclusivo aos seus Municípios.
A intervenção Federal por sua vez, pode ser tanto espontânea quanto provocada, em ambas a legitimidade para sua execução se faz exclusiva ao chefe do executivo, ou seja, o presidente da república.
A espécie espontânea, diz respeito a intervenção de modo discricionário por parte do presidente somente nos casos previstos pelos incisos: I, II, III e V do Art. 34.
Embora o chefe de estado tenha obrigatoriedade em comunicar a respeito da possível intervenção aos conselhos nacional e da republica, este tem total autonomia para decidir se a intervenção é procedente, podendo ser instaurada nos casos de: I – Manter a integridade nacional. Devemos entender por integridade nacional, a identidade do corpo nacional em todas as suas dimensões, quer geográfica, quer especialmente social. A União poderá intervir no Estado-membro, toda vez que necessitar manter a integridade nacional.
II – Repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da federação em outra. Ocorrendo violência, usurpação ou violação das linhas territoriais, nasce o direito da União Intervir com a finalidade de dar cabo à violência.
III- Pôr termo a grave comprometimento da ordem pública.
V – Reorganizar as finanças da unidade da federação que: a) Suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos salvo por motivo de força maior.
b) Deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas na CF, dentro dos prazos previstos em lei.
Por outro lado no que concerne a espécie provocada ainda que a legitimidade para execução continue a recair sobre o Presidente, nesta à vontade não lhe é exclusiva, sendo vinculada a provocação indispensável dos interessados, é importante destacar que no que abarca aos incisos IV, VI e VII se deflagrada a intervenção sem a provocação dos institutos legitimados para tal, a mesma terá caráter inconstitucional.
Sendo assim nos casos de: IV – Garantir o livre exercício de qualquer dos poderes nas unidades da Federação. Quando recair coação ou impedimento dos Poderes Legislativo ou Executivo, de exercerem suas atividades nas unidades, deverão por solicitar o decreto da intervenção federal (Art. 34º, IV, combinado com, o art. 36º, I, primeira parte). Ou seja, haverá solicitação de intervenção de tais poderes em face da União.
 Se a coação for exercida contra o Poder Judiciário, a decretação da intervenção dependerá de requisição ao STF (art. 34º, IV, combinado com o art. 36º, I, segunda parte).
VI – Prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial. No caso de desobediência à ordem ou decisão judicial, a decretação dependerá de requisição do STF, STJ ou TSE, de acordo com a matéria (art. 34º, VI, segunda parte, combinado com, o art. 36º, II)
VII – Assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais: a) Forma republicana, sistema representativo e regime democrático) Direitos da pessoa humana; c) Autonomia Municipal; d) Prestação de contas da adm. Publica direta ou indiretamente; e) A aplicação do mínimo exigido da compreendida a proveniente de transferências na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde.  No caso de ofensa aos princípios constitucionais sensíveis, previstos no art. 34º, VII – CF, a intervenção federal dependerá de provimento, pelo STF, de representação do Procurador-Geral da República (art. 34º, VII combinado com o art. 36º, III, primeira parte)
Os referidos princípios representam conteúdos direcionados aos Estados e ao Distrito Federal, e que não podem ser desrespeitados de forma alguma, sob pena de provocar a ocorrência da sanção mais grave no Direito Constitucional: a decretação de uma intervenção federal. *No que condiz a representação do PGR aduz ao fato dele ser um representante do Ministério Público, que tem como função a defesa da ordem jurídica, regime democrático e dos interesses sociais e individuais, como o enunciado deste inciso trata da lesão dos princípios sensíveis será ele o legitimado para representação neste caso.
Intervenção Estadual nos Municípios
Também poderá ser espontânea ou provocada a depender do motivo que a autorize. Sendo espontânea nas hipóteses dos incisos: I, II, III e provocada no que se refere o inciso IV.
O controle político administrativo dar-se-á por meio da assembleia legislativa do Estado e a competência privativa para o decreto interventivo é de discrição do Governador do Estado.
No caso do inciso IV é dispensado o controle político exercido pela assembleia legislativa.
Conforme diz a constituição o Estado intervirá nos Municípios nas seguintes situações do Art.35 da CF/88:
I – Deixar de ser paga sem motivo de força maior durante dois anos consecutivos a divida fundada.
II – Não forem prestadas contas devidas, na forma de lei.
 III - Não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na manutenção e desenvolvimento de ensino e nas ações e serviços públicos de saúde
Vale ressaltar que os incisos acima representam a intervenção estadual na modalidade espontânea, ou seja, quando a decisão de intervir cabe exclusivamente ao Governador do Estado.
 
IV – O TJ der provimento a representação para assegurar a observância a observância dos princípios indicados na Constituição Estadual (Princípios Sensíveis) ou para prover execução de lei, de ordem ou decisão judicial.
Tal inciso se refere a modalidade interventiva Estadual Provocada
Do Procedimento Interventivo
-O decreto de intervenção é o instrumento formal que operacionaliza a intervenção, este especificará a amplitude, o prazo e as condições de execução e se couber nomeará um interventor. O mesmo será expedido e publicado no prazo de 24h e será apreciado pelo Congresso Nacional.
- Caso o Congresso não esteja funcionando (Recesso) ocorrerá convocação extraordinária pelo presidente do Senado Federal no prazo de 24h.
- O Congresso poderá tanto aprovar quanto suspender a medida interventiva.
- Nos casos dos incisos VI e VII do Art.34 dispensam apreciação do Congresso Nacional, o decreto limita-se a suspender a execução do ato impugnado. Nesse caso conclui-se que nem sempre a apreciação pelo congresso é obrigatória.
- O congresso suspenderá apenas a s intervenções solicitadas ou espontâneas não atuando naquelas provocadas pelo STF.
- O interventor funciona como um preposto do Presidente da República, sendo uma autoridade federal.
 - O interventor no exercício de sua função poderá realizar atos de ordem federal ou estadual a depender da sua esfera de atuação. Assim, na hipótese de responsabilidade civil frente a execução de tais atos será responsabilizada a União ou o Estado.

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