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Conceitos de Geoprocessamento 3ª edição UFF Niterói-RJ 2008 Noções de Cartografia para Geoprocessamento Autora: Profa. Dra. Angelica Carvalho Di Maio UFF Niterói-RJ 2008 SIG APLICADO AO ORDENAMENTO TERRITORIAL MUNICIPAL Programa Nacional de Capacitação das Cidades - MCidades /UFF 2 1- CARTOGRAFIA Cartografia é a ciência e a arte de expressar graficamente o conhecimento humano da HUsuperfície terrestreUH por meio de representações gráficas. Dentre as principais representações cartográficas destacam-se o HUgloboUH, os HUmapasUH, as HUcartas topográficasUH, as HUcartas temáticasUH, e as UplantasU. As inovações tecnológicas e científicas têm levado a uma revisão do conceito tradicional de cartografia, que passa a ser vista como a organização, apresentação, comunicação e utilização de geoinformação em forma gráfica, digital ou táctil (Taylor, 1991). O desenvolvimento da Cartografia, desde épocas remotas até os dias atuais, acompanhou o próprio progresso da civilização (Figura 1). A Cartografia deve ter surgido, no seu estágio mais elementar, com as populações nômades da Antigüidade, sob a forma de mapas itinerários. Posteriormente, com o advento do comércio entre os povos e o conseqüente aparecimento dos primeiros exploradores e navegadores descobrindo novas terras e novas riquezas e ampliando o horizonte geográfico conhecido, o homem sentiu necessidade de se localizar sobre a superfície terrestre. Estabeleceu-se, então, o marco inicial da cartografia como ciência. A evolução da cartografia também foi incrementada pelas guerras, pelas descobertas científicas, pelo desenvolvimento das artes e ciências, e pelos movimentos históricos, que possibilitaram e exigiram cada vez mais, maior precisão na representação gráfica da superfície terrestre. No século XX, a grande revolução na cartografia foi determinada, principalmente, pelo emprego da aerofotogrametria e pela introdução da eletrônica no instrumental necessário aos levantamentos. Hoje, a cartografia contemporânea procura atender ao surto verificado em todos os ramos da atividade humana, tendo como objetivo uma produção em massa no menor tempo possível e com precisão cada vez maior. Para isso, conta com tecnologias modernas como o sensoriamento remoto, o GPS (Global Positioning System), e os SIGs (Sistemas de Informação Geográfica). UO Problema Fundamental da CartografiaU: Representação Gráfica da Superfície Terrestre Para isso, é necessário o conhecimento de sua forma. Inicialmente, adotou-se a Terra com a Forma Plana, como o homem via o seu entorno; posteriormente, o interesse do homem pela terra crescia com a distância dos lugares de comércio e com o desenvolvimento das ciências chegou-se à Forma Esférica. SIG APLICADO AO ORDENAMENTO TERRITORIAL MUNICIPAL Programa Nacional de Capacitação das Cidades - MCidades /UFF 3 1.1 A Relação entre Cartografia e Geoprocessamento (Cartografia para Geoprocessamento – Julio César Lima D´Alge -http://www.dpi.inpe.br/gilberto/livro/introd/) A razão principal da relação interdisciplinar forte entre Cartografia e Geoprocessamento é o espaço geográfico. A Cartografia preocupa-se em apresentar um modelo de representação de dados para os processos que ocorrem no espaço geográfico. O Geoprocessamento representa a área do conhecimento que utiliza técnicas matemáticas e computacionais, fornecidas pelos Sistemas de Informação Geográfica (SIG), para tratar os processos que ocorrem no espaço geográfico. Isso estabelece de forma clara a relação interdisciplinar entre Cartografia e Geoprocessamento. 2 - TIPOS DE LEVANTAMENTOS Os resultados dos diversos levantamentos possibilitam a elaboração de documentos cartográficos, a partir do estabelecimento das correlações espaciais e da observação dos fenômenos naturais e sociais que ocorrem na superfície terrestre. Mapeamento - > Processo de construção de um documento cartográfico, que tem seu início na organização sistêmica dos dados e informações provenientes de diversos levantamentos. Levantamento - > Caracteriza-se pela realização de medidas e observações, coleta de dados, e a seleção de documentos existentes, com o objetivo de elaborar uma informação cartográfica. Exemplos: Levantamentos topográfico, hidrográfico, climatológico. Para estas atividades utilizam-se equipamentos e técnicas da Topografia como teodolito, estação total, nível, e trena. Sendo que esses equipamentos estão sendo gradativamente substituídos e/ou complementados (dependendo do caso) pelo GPS (Figura 2). O GPS (Figura 3) é um importante aliado nos serviços que exigem informações de posicionamento confiáveis, dada a rapidez e segurança nos dados que fornece. Figura 1 – Ilustrações – Evolução dos conceitos sobre a forma da Terra Fontes: *Matsura, O.T. Atlas do Universo, Ed. Scipione, 1996, p.10 SIG APLICADO AO ORDENAMENTO TERRITORIAL MUNICIPAL Programa Nacional de Capacitação das Cidades - MCidades /UFF 4 Exemplos de aplicações: locação de obras na construção civil, como estradas, barragens, pontes, túneis, etc. Alguns casos atendidos pelo GPS são impossíveis através da Topografia, como o monitoramento contínuo de veículos (automóveis, aviões ou navios). Dentre muitas, outra grande vantagem do GPS é a não necessidade de intervisibilidade entre as estações em determinadas áreas. Sensoriamento Remoto - > Processo de medição e obtenção de dados sobre um objeto ou fenômeno, ou mesmo alguma propriedade deste, através de sensores que não se encontram em contato físico com o objeto ou fenômeno estudado. Princípio básico: a transferência de dados do objeto para o sensor é feita através de ENERGIA – ENERGIA ELETROMAGNÉTICA ou radiação eletromagnética (REM) (Figuras 4 e 5). A energia solar é a base dos princípios que fundamentam essa tecnologia. Figura 2 - Constelação dos satélites do sistema GPS Fonte: HUhttp://www.garmin.com/aboutGPSU Figura 3 – Aparelhos GPS SIG APLICADO AO ORDENAMENTO TERRITORIAL MUNICIPAL Programa Nacional de Capacitação das Cidades - MCidades /UFF 5 �Aerolevantamento - > Realização de observações, ou coleta de dados com o emprego de equipamentos aerotransportados. Sistema suborbital (Avião) (Figura 6) → Fotografias Aéreas (Figura 7) Figura 4 – Espectro eletromagnético Figura 5 – Comprimento de Onda Fonte:Batista,G; Dias,N. Curso de Introdução ao Sere, XII SBSR . SIG APLICADO AO ORDENAMENTO TERRITORIAL MUNICIPAL Programa Nacional de Capacitação das Cidades - MCidades /UFF 6 � Sistemas Orbitais (Landsat, Spot, CBERS, IKONOS, etc.) -> Imagens Orbitais A obtenção de informações a partir de dados de SR baseia-se no estudo das interações entre a energia eletromagnética e os alvos da superfície terrestre (Figuras 8 e 9).Figura 6 – Vôo Fotogramétrico Figura 7 – Fotografia aérea Figura 8a - Sensoriamento Remoto Orbital SIG APLICADO AO ORDENAMENTO TERRITORIAL MUNICIPAL Programa Nacional de Capacitação das Cidades - MCidades /UFF 7 Fonte: MIRANDA, E. E. de; COUTINHO, A. C. (Coord.). Brasil Visto do Espaço. Campinas: Embrapa Monitoramento por Satélite, 2004. Disponível em: <http://www.cdbrasil.cnpm.embrapa.br>. Acesso em: 2 nov. 2007. Figura 8b – Sensoriamento remoto orbital Fonte:Batista,G; Dias,N. Curso de Introdução ao Sere, XII SBSR. SIG APLICADO AO ORDENAMENTO TERRITORIAL MUNICIPAL Programa Nacional de Capacitação das Cidades - MCidades /UFF 8 3 - A BASE CARTOGRÁFICA DO PAÍS: A Carta Topográfica Entender um mapa não é apenas saber localizar geograficamente a partir das coordenadas Hum rioH, Huma cidade, uma estradaH ou qualquer Houtro fenômenoH em um mapa. É compreender que o mapa é a representação de um espaço real, um modelo transmitido em linguagem cartográfica que se utiliza de 3 elementos básicos: sistema de signos, redução e projeção. Entender mapas, portanto, significa dominar essa linguagem cartográfica. É entender o espaço em uma representação bidimensional. A cartografia divide-se basicamente em dois ramos principais: o temático e o topográfico. • UO ramo topográficoU trata os detalhes planialtimétricos, que incluem aspectos naturais e artificiais de uma área tomada de uma superfície planetária, possibilitando a determinação de altitudes através de Hcurvas de nívelH, a avaliação precisa de direções e distâncias, e a localização de detalhes, com grau de precisão compatível com a escala. Produto: Carta topográfica (Figura 9). Figura 9 - Carta topográfica inserida no SIG SPRING SIG APLICADO AO ORDENAMENTO TERRITORIAL MUNICIPAL Programa Nacional de Capacitação das Cidades - MCidades /UFF 9 • O ramo temático trata de temas ligados às diversas áreas do conhecimento. Os produtos gerados constituem documentos cartográficos em quaisquer escalas (Figuras 10 e 11), onde, sobre um fundo geográfico básico (extraído da cartografia topográfica), são representados os fenômenos geográficos, geológicos, demográficos, econômicos, agrícolas, etc., visando o estudo, a análise e a pesquisa dos temas no seu aspecto espacial (Oliveira, 1988). Produto: Carta temática, Mapa temático. Figura 10 – Da Imagem ao Mapa Fonte: Atlas. Ed. Moderna Figura 11 – ArcView Fonte: http://Hwww.universia.com.br/mit/curso.jsp?menucurso SIG APLICADO AO ORDENAMENTO TERRITORIAL MUNICIPAL Programa Nacional de Capacitação das Cidades - MCidades /UFF 10 4- LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA: Coordenadas Geográficas Para que cada ponto da superfície terrestre possa ser localizado, existe um sistema de linhas imaginárias ao redor do globo. Essas linhas são representadas nas cartas pelos meridianos e paralelos. Cada ponto na superfície é dado em termos de sua HLatitudeH e HLongitudeH, constituindo assim as coordenadas geográficas. As coordenadas geográficas baseiam-se em 2 linhas: o HEquador e o Meridiano de GreenwichH (Figura 12). • HLatitude:H é ângulo de arco norte-sul em relação ao Equador, ou seja, é o arco contado sobre o meridiano do lugar e que vai do Equador até o local considerado. Varia de 0o a 90o, sendo convencionado + para Norte e – para o Sul. • HLongitude:H é ângulo de arco leste-oeste do Meridiano Principal, ou seja, é o arco contado ao longo do paralelo do ponto, que vai do Meridiano de Greenwich até o meridiano considerado. Varia de 0o a 180o, sendo convencionado – para oeste e + para leste de Greenwich. Possuindo-se os ângulos de latitude e longitude de um local estão determinadas as coordenadas geográficas do mesmo. EXEMPLO: As coordenadas geográficas do Centro de Niterói (RJ) são: • Lat.: 22º 53´ 54”S ou – 22o 53´54” • Long.: 43o 06´ 42”W ou – 43o 06´42” Figura 12 - Meridianos e Paralelos, Longitudes e Latitudes Sugestão: Site para consulta: http://www.fourmilab.ch/cgi-bin/uncgi/Earth?imagesize=1024 SIG APLICADO AO ORDENAMENTO TERRITORIAL MUNICIPAL Programa Nacional de Capacitação das Cidades - MCidades /UFF 11 5- NOÇÕES SOBRE SISTEMAS DE PROJEÇÕES A confecção de um mapa exige, antes de tudo, o estabelecimento de um método segundo o qual a cada ponto da Terra corresponda um ponto no mapa e vice-versa. Projeção Cartográfica → um arranjo sistemático de linhas, ou seja, um “sistema plano de meridianos e paralelos sobre os quais pode ser traçado um mapa” (Erwin Raisz, 1969). Como esse arranjo pode ser estabelecido segundo diferentes condições, cada conjunto de novas condições resultará em uma projeção diferente, existindo, então, vários sistemas de projeção. Propriedades dos Sistemas de Projeção Não existe nenhuma projeção que elimine todos os tipos de deformações advindas da transformação da esfera em um plano. As deformações refletem-se nos ângulos, nos comprimentos e nas áreas. Podemos obter representações que conservam em VG ou ângulos, ou em distâncias, ou áreas, de modo que uma se mantenha em detrimento das outras duas. Propriedade refere-se ao elemento geométrico que não sofreu deformação. Sistema Equidistante → conserva as distâncias em uma ou mais direções. Sistema Conforme → conserva os ângulos, mantendo a verdadeira forma. Sistema Equivalente → conserva as áreas. A tabela a seguir mostra exemplos de projeções e suas características: Projeção Classificação Aplicações Características Albers Cônica Equivalente Mapeamentos temáticos. Serve para mapear áreas com extensão predominantes leste-oeste. Preserva áreas. Cilíndric a Equidista nte Cilíndrica Equidistante Mapas Mundi. Mapas em escalas pequenas. Trabalhos computacionais. Altera áreas. Altera ângulos. Estereogr áfica Polar Plana Conforme Mapeamento das regiões polares. Mapeamento da Lua, Marte e Mercúrio. Preserva ângulos. Oferece distorções de escala. Lambert Cônica Conforme Cartas gerais e geográficas. Cartas militares. Preserva ângulos. Maior dificuldade em cartografia: Transferir tudo o que existe numa superfície curva, que é a Terra, para uma superfície plana, que é o mapa, considerando-se que uma figura esférica não se desdobra em um plano, permanecendo, na planificação, deformações. Como a esfera não se desenvolve sobre o plano, passou-se a utilizar superfícies intermediárias, ou auxiliares, que tenham a propriedade de se desenvolver. O cilindro (Figura 13), o cone e o plano constituem esses tipos de figuras. SIG APLICADO AO ORDENAMENTO TERRITORIAL MUNICIPAL Programa Nacional de Capacitação das Cidades - MCidades /UFF 12 Cartas aeronáuticas do mundo. Lambert Million Cônica Conforme Cartas ao milionésimo. Preserva ângulos. Mercator Cilíndrica Conforme Cartas náuticas. Cartas geológicas e magnéticas. Mapas Mundi. Preserva ângulos. Miller Cilíndrica Mapas Mundi. Mapas em escalas pequenas. Altera ângulos. Altera áreas. UTM Cilíndrica Conforme Mapeamento básico em escalas médiase grandes. Cartas topográficas. Preserva ângulos. Altera áreas (mas as distorções não ultrapassam 0,5%). Fonte: Manual do Spring. Dicas SIG • Para que os planos de informação sejam corretamente sobrepostos em um SIG, é necessário que eles apresentem a mesma projeção. Caso contrário, deve ser feita a conversão para uma projeção comum utilizando o próprio SIG ou um outro programa com esta rotina. • Os SIG denominam de Geográfica a projeção que utiliza como referência o HUsistema de coordenadas geográficasUH. A superfície de referência é a esfera e a origem do sistema é o cruzamento entre a linha do Equador e o meridiano de Greenwich. As coordenadas do hemisfério norte e do hemisfério oriental possuem valores positivos, enquanto as coordenadas do hemisfério sul e do hemisfério ocidental possuem valores negativos (HUESRI, 1999UH). Fonte: www.professores.uff.br/cristiane Figura 13 – Projeção Cilíndrica SIG APLICADO AO ORDENAMENTO TERRITORIAL MUNICIPAL Programa Nacional de Capacitação das Cidades - MCidades /UFF 13 Figura 14 – Fuso de Projeção UTM Projeção UTM - Universal Transversa de Mercator Hhttp://www.dpi.inpe.br/gilberto/livro/introd/ Além das coordenadas geográficas, muitas cartas são construídas em coordenadas plano-retangulares, que correspondem matematicamente às coordenadas geográficas da Terra. O sistema de coordenadas UTM divide a Terra em 60 fusos (Figura 14) que são numerados de 1 a 60, com início no antimeridiano de Greenwich e contado no sentido oeste-leste. O mapeamento sistemático do Brasil é feito na projeção UTM (1:250 000, 1:100 000, 1:50 000). Relacionam-se, a seguir, suas principais características: • a superfície de projeção é um cilindro transverso e a projeção é conforme; • o meridiano central pode ser representado em verdadeira grandeza; • a escala aumenta com a distância em relação ao meridiano central; • a Terra é dividida em 60 fusos ou zonas de 6o de amplitude na longitude. • o cilindro transverso adotado como superfície de projeção assume 60 posições diferentes já que seu eixo mantém-se sempre perpendicular ao meridiano central de cada fuso ou zona. Unidade Extensão aproximada no Equador 1° 111,11 km 1’ 1,85 km 1” 30,86 m SIG APLICADO AO ORDENAMENTO TERRITORIAL MUNICIPAL Programa Nacional de Capacitação das Cidades - MCidades /UFF 14 Datum Para caracterizar um datum utiliza-se uma superfície de referência posicionada em relação à Terra real. Trata-se, portanto, de um modelo matemático que substitui a Terra real nas aplicações cartográficas. Dicas SIG • Em um SIG, os sistemas de coordenadas utilizados para armazenamento e visualização da componente gráfica são o geográfico e o cartesiano. Este último corresponde ao sistema de coordenadas da projeção cartográfica, dentre estes, o mais conhecido é a HUUTMUH. • Para que seja possível a correta sobreposição entre os planos de informação, o sistema de coordenadas deve ser comum entre os planos, bem como as unidades das coordenadas que devem ser as mesmas. Caso contrário, é necessário que se faça uma conversão para um sistema e uma unidade comuns, utilizando o próprio SIG ou um outro sistema computacional que apresente esta rotina. • Em geral, as coordenadas cartesianas apresentam-se em unidades métricas – quilômetro ou metro - enquanto as coordenadas geográficas são expressas em graus decimais. • Em um SIG, é possível definir apenas um único fuso UTM para um plano de informação. Assim, para que um único plano de informação contenha áreas localizadas em mais de um fuso UTM, é necessário converter o sistema de coordenadas de todos os planos de informação para um único sistema e assim uni-las em um único plano. A seguir, estão descritos alguns procedimentos que podem ser adotados. • Converter a projeção dos planos de informação para uma projeção comum, passando-se a adotar o sistema de coordenadas da respectiva projeção ou sistema de coordenadas geográficas. • Deslocar o meridiano central do fuso para que toda a área em estudo pertença a um único fuso. Com este procedimento, não será possível sobrepor os planos de informação com o fuso deslocado a outros planos de informação com fuso padrão. • Converter o fuso do plano de informação com a menor área de interesse para o fuso do plano com maior área de interesse. Como resultado, a área de estudo ficará inserida em um único fuso estendido. Este procedimento é indicado quando a área do fuso estendido não ultrapassar 30’ ou, no máximo, 1 grau, pois o coeficiente de ampliação cresce demasiadamente após transposição dos limites leste e oeste do fuso, gerando distorções cartograficamente inadmissíveis. Neste caso, recomenda-se utilizar um dos procedimentos anteriormente descritos. Fonte: www.professores.uff.br/cristiane SIG APLICADO AO ORDENAMENTO TERRITORIAL MUNICIPAL Programa Nacional de Capacitação das Cidades - MCidades /UFF 15 Um datum planimétrico ou horizontal é estabelecido a partir de parâmetros como a latitude e a longitude de um ponto inicial, azimute, e duas constantes necessárias para definir o elipsóide de referência. Assim, forma-se a base para o cálculo dos levantamentos de controle horizontal. Os mapas mais antigos do Brasil adotavam o datum planimétrico Córrego Alegre. Mais recentemente, o datum planimétrico SAD-69 passou a ser utilizado como referência. Modernamente, com o advento das medições GPS, tem sido comum o emprego do datum planimétrico global WGS-84. Desde fevereiro de 2005, o Brasil possui um novo referencial geodésico, chamado SIRGAS2000 (Sistema de Referência Geocêntrico para as Américas) - Elipsóide GRS 80. (Hwww.ibge.gov.br/home/geociencias/geodesia/sirgasH). O sistema GPS adota o elipsóide como modelo matemático para desenvolver os cálculos necessários ao posicionamento e determinação dessas coordenadas. O elipsóide de referência utilizado pelo sistema GPS é o WGS-84. No Brasil, existem hoje dois sistemas Geodésicos. Um adota como superfície de referência o elipsóide SAD 69 para todos os trabalhos de mapeamento realizados no país, embora também sejam encontrados mapas e cartas do território nacional que utilizam o datum Córrego Alegre. Sendo assim, é importante que se conheça o sistema de referência a ser configurado no receptor GPS, mas recomenda-se adotar sempre o WGS-84 quando o objetivo for levantamento. Legalmente, o outro sistema geodésico de referência é o SIRGAS 2000 (Sistema de Referencial Geocêntrico para as Américas), em vigor desde 2005. Este sistema é compatível Córrego Alegre SAD 69 Latitude: 19o 45' 41.34" S Latitude: 19o 45' 41.6527" S Longitude: 48o 06' 07.08" W Longitude: 48o 06' 04.0639" W Um dos problemas típicos na criação da base de dados de um SIG no Brasil temsido a coexistência de dois sistemas geodésicos de referência: Córrego Alegre e SAD-69. Algumas cartas topográficas referem-se a Córrego Alegre, que é o antigo datum planimétrico brasileiro, enquanto outras utilizam como referência o SAD-69, que é o atual datum planimétrico. Os usuários de SIG já estão relativamente acostumados a conviver com escolhas de projeção e seleção de datum sempre que precisam realizar entrada ou importação de dados, mas costumam ignorar que as coordenadas geográficas - na verdade, geodésicas - são definidas sobre a superfície de referência do datum selecionado e que, portanto, variam de um para outro datum. SIG APLICADO AO ORDENAMENTO TERRITORIAL MUNICIPAL Programa Nacional de Capacitação das Cidades - MCidades /UFF 16 com os dados GPS (WGS84). O período de transição é de 10 anos e a adoção definitiva será em 2014. Modelos de Elipsóide Para fins práticos, aproxima-se a Terra por um elipsóide de revolução, que é um sólido gerado pela rotação de uma elipse em torno do eixo dos pólos (eixo menor). Estudos geodésicos apresentam valores levemente diferentes para os elementos do elipsóide, medidos nos vários pontos da Terra. Assim, cada região deve adotar como referência o elipsóide mais indicado. O elipsóide de Hayford é utilizado pelo datum Córrego Alegre e o elipsóide de referência 1967, ou seja, o da União Astronômica Internacional, é utilizado pelo Datum SAD- 69. Nota: A diferença dos valores das coordenadas de SAD69 para o SIRGAS2000 é, em média, de 65 metros no terreno (i.e., significativa em escalas > 1:325.000). Dicas SIG ULongitude de origem:U Trata-se de um meridiano de referência escolhido para posicionar o eixo y do sistema de coordenadas planas ou de projeção. A definição da longitude de origem depende da projeção utilizada pelo usuário. UA longitude de origem para a projeção UTM corresponde ao meridiano central de um fuso ou zonaU (a cada 6° define-se um fuso), ou seja, o meridiano central de uma carta ao milionésimo. Para saber a longitude de origem, o usuário deve localizar a área de interesse e verificar a que fuso ela pertence. O meridiano central corresponderá à longitude de origem. Manaus (AM), por exemplo, situada a cerca de 3°S e 60°W, encontra-se no fuso que vai de 60°W a 66°W; sua longitude de origem, portanto, é 63°W. No caso da projeção de Gauss, usada em cartas topográficas antigas no Brasil, a longitude de origem equivale aos limites das cartas ao milionésimo. ULatitude de origem: UCorresponde a um paralelo de referência escolhido para posicionar o eixo x do sistema de coordenadas planas ou de projeção. A latitude de origem costuma ser o Equador para a maior parte das projeções. Nas cartas ao milionésimo, que usam a projeção cônica conforme a de Lambert, adota-se sempre o paralelo superior de cada carta como latitude de origem. SIG APLICADO AO ORDENAMENTO TERRITORIAL MUNICIPAL Programa Nacional de Capacitação das Cidades - MCidades /UFF 17 6 - ORIENTAÇÃO Entre outras finalidades, as cartas servem para orientação no terreno. O termo orientação tem origem no termo oriente, tomado como referência na Antigüidade e correspondente à posição do nascer do Sol. O primeiro contato relativo à orientação está associado aos pontos cardeais (Figura 15). Estando a mão direita indicando o nascer do Sol, estaremos de frente para o norte, tendo o oeste à esquerda e o sul nas costas. Nos dias atuais, tornou-se usual o uso do norte como referencial de orientação. A informação mínima que um mapa deve ter é a indicação do norte. Normalmente, o norte está indicado para o topo da folha. Isto não impede, porém, que o mapa esteja orientado em outra direção. No caso de haver indicação simultânea de dois sistemas de coordenadas sobre a carta – coordenadas geográficas e coordenadas UTM, pode haver a indicação de mais de um norte (Figura 16): Norte geográfico verdadeiro (NG) ou (NV) corresponde à orientação do eixo de rotação da Terra. Norte magnético (NM) indica a direção do pólo norte magnético. É a direção apontada pela agulha da bússola (Figura 17). Norte da quadrícula (NQ) indica o norte da grade de coordenadas UTM. A única linha desta grade que aponta para o norte verdadeiro ou geográfico é a que coincide com o meridiano central do fuso. Dicas SIG • Na preparação de uma base cartográfica para uso em um SIG, é comum encontrar documentos cartográficos e imagens de sensoriamento remoto referenciados a diferentes data. • Apesar da origem das coordenadas dos sistemas Córrego Alegre e SAD-69 serem próximos, a utilização de bases referenciadas a estes dois data em um mesmo projeto pode inferir erros da ordem de 10 a 80 m (HURIPSA, 2000UH). Dependendo da escala e do objetivo do trabalho, este erro não deve ser ignorado. • Assim, caso a base de dados apresente data distintos, é necessário fazer a conversão para um datum comum, utilizando o próprio SIG ou um outro sistema computacional que apresente esta rotina. • O mesmo cuidado deve ser adotado ao se levantar dados com GPS. É necessário que o datum seja devidamente configurado para o sistema de interesse do mapeamento. Fonte: www.professores.uff.br/cristiane • Figura 15 – Rosa dos Ventos Fonte: www.uff.br/geoden SIG APLICADO AO ORDENAMENTO TERRITORIAL MUNICIPAL Programa Nacional de Capacitação das Cidades - MCidades /UFF 18 7 - ESCALA A representação da superfície terrestre sob a forma de carta implica na representação de uma superfície muito grande sobre outra de dimensões bastante reduzidas. Daí decorrem 2 problemas: 1) determinados detalhes não permitem uma redução pronunciada, pois se tornariam imperceptíveis. Solução: Convenção Cartográfica 2) necessidade de reduzirmos as proporções dos acidentes a representar a fim de que seja possível representá-los dentro das dimensões que foram estabelecidas para a carta. Solução: Escala O que é traçar uma planta do terreno? É traçar, no papel, uma figura semelhante à do terreno levantado, onde os ângulos mantêm-se em VG, e as distâncias reduzidas numa proporção constante. Assim, podemos definir escala como uma relação constante entre uma medida na carta e a mesma dimensão no terreno. Esta relação é traduzida por uma fração em que o numerador (invariavelmente a unidade) representa uma distância no mapa, e o denominador, a distância correspondente no terreno. Exemplo: 1/25.000, 1:25.000. Qualquer medida linear na carta é no terreno 25.000 vezes maior. Se considerarmos como unidade o centímetro, teremos que 1 cm na carta corresponde a 25.000 cm no terreno, ou 250 m. Escala Numérica Escala = medida sobre a carta = medida gráfica (d) medida sobre o terreno = medida real (D) E = 1 = d N D iD=d x N iRegra de três Figura 17 - Bússola Figura 16 – Diagrama com a indicação do norte na carta topográfica. SIG APLICADO AO ORDENAMENTO TERRITORIAL MUNICIPAL Programa Nacional de Capacitação das Cidades - MCidades /UFF 19 Escala Gráfica A escala gráfica é representada por um segmento de reta graduado, pode ser uma linha ou uma barra subdividida em partes denominadas de talões. Cada talão apresenta a relação de seu comprimento com o correspondente no terreno. O talão deve ser preferencialmente umnúmero inteiro. Precisão Gráfica É a menor grandeza medida no terreno, capaz de ser representada em desenho na mencionada Escala. A experiência demonstrou que o menor comprimento gráfico que se pode representar em um desenho é de 1/5 de milímetro ou 0,2 mm, sendo este o erro admissível. Fixado esse limite prático, pode-se determinar o erro tolerável nas medições cujo desenho deve ser feito em determinada escala. O erro de medição permitido será calculado da seguinte forma: e=0,0002m x N O erro tolerável, portanto, varia na razão direta do denominador da escala e inversa da escala, ou seja, quanto menor for a escala, maior será o erro admissível. Os acidentes cujas dimensões forem menores do que os valores dos erros de tolerância não serão representados graficamente. Em muitos casos, é necessário utilizar-se convenções cartográficas, cujos símbolos irão ocupar no desenho dimensões independentes da escala. Figura 18 - Exemplos de Escalas Gráficas Fonte: http://www.ibge.gov.br/home/geociencias/cartografia/manual_nocoes/representacao.html SIG APLICADO AO ORDENAMENTO TERRITORIAL MUNICIPAL Programa Nacional de Capacitação das Cidades - MCidades /UFF 20 8 - ARTICULAÇÃO DAS CARTAS – Índice de Nomenclatura do Mapeamento Sistemático Nacional Este índice tem origem nas folhas ao Milionésimo e se aplica à denominação de todas as folhas de cartas do mapeamento sistemático (escalas de 1:1.000.000 a 1:25.000). Para escalas maiores que 1:25.000 ainda não existem normas que regulamentem o código de nomenclatura. O que ocorre na maioria das vezes é que os órgãos produtores de cartas ou plantas nessas escalas adotam seu próprio sistema de articulação de folhas, o que dificulta a interligação de documentos produzidos por fontes diferentes. (Hhttp://www.ibge.gov.br/home/geociencias/cartografia/manual_nocoes/representacao.htmlH) A distribuição geográfica das folhas ao Milionésimo foi obtida com a divisão de um modelo esférico da Terra em 60 fusos de amplitude 6° numerados a partir do fuso 180° W - 174° W no sentido Oeste-Leste. Cada fuso está subdividido a partir da linha do Equador em 21 zonas de 4° de amplitude para o Norte e 21 para o Sul. Uma folha ao Milionésimo pode ser acessada por um conjunto de três caracteres: 1. Letra N ou S – Indica se a folha está ao Norte ou ao Sul do Equador. 2. Letras de A até U – Cada letra se associa a um intervalo de 4° de latitude se desenvolvendo a Norte e a Sul do Equador e indica a latitude limite da folha. A faixa compreendida entre as latitudes 8° e 4° Norte recebe a letra B e passa pelo extremo norte do Brasil. 3. Números de 1 a 60 – Indicam o número de cada fuso que contém a folha. O Brasil é coberto por oito fusos; do fuso 18 que passa por parte do Acre e do Amazonas ao fuso 25 que cobre parte do Nordeste e Fernando de Noronha. Dicas SIG • Em um SIG, um plano de informação, desde que georreferenciado, pode ser exibido e manipulado em qualquer escala, inclusive maiores do que o seu original. Porém, o usuário deve ficar atento, pois a inexistência de limite técnico não o habilita a manusear planos de informação em escalas muito ampliadas em relação ao original e em diferentes escalas. Como o erro cartográfico é função direta da escala do mapa, a ampliação da escala provoca igualmente a ampliação dos erros associados à escala do mapa. • Desta forma, antes de iniciar a manipulação de mapa em formato digital, é fundamental que o usuário tome conhecimento da escala do original e do método utilizado na elaboração do mapeamento. No caso de um arquivo em formato raster, a resolução espacial é uma boa dica da escala adequada às suas análises. Fonte: www.professores.uff.br/cristiane SIG APLICADO AO ORDENAMENTO TERRITORIAL MUNICIPAL Programa Nacional de Capacitação das Cidades - MCidades /UFF 21 4. A carta 1:1.000.000 é subdividida em 4 cartas 1:500.000, que são identificadas pelas letras V, X, Y ou Z, sendo que a carta V é a do canto superior esquerdo e a seqüência obedece o sentido horário. 5. Da mesma forma, a carta 1:500.000 é subdividida em 4 cartas 1:250.000, identificadas pelas letras A, B, C ou D. 6. Assim, a carta 1:250.000 é subdividida em 6 cartas 1:100.000 identificadas pelos algarismos romanos de I a VI. 7. A subdivisão da carta 1:100.000 em 4 cartas 1:50.000 que recebem como identificação os números 1, 2, 3 ou 4. 8. A carta 1:50.000 é subdividida em 4 cartas 1:25.000, que são identificadas pelas siglas NO (noroeste), NE (nordeste), SO (sudoeste) ou SE (sudeste). A convenção permite localizar uma carta no globo terrestre por meio de sua nomenclatura. → Figura 19 – Articulação das folhas 1:1.000.000 SIG APLICADO AO ORDENAMENTO TERRITORIAL MUNICIPAL Programa Nacional de Capacitação das Cidades - MCidades /UFF 22 9 - REPRESENTAÇÃO DE FATOS GEOGRÁFICOS EM CARTOGRAFIA 1) Representação do Relevo Terrestre (altimetria) A representação do relevo pode ser feita por vários métodos (sombreamento, pontos cotados ou curvas de nível), sendo o mais usual o das curvas de nível, uma vez que este fornece ao usuário, em qualquer parte da carta, um valor aproximado da altitude. As curvas de nível constituem linhas imaginárias do terreno, materializadas na carta por linhas que ligam os pontos de mesma cota, em relação a uma superfície de referência (NMM). Figura 20 – Curvas de Nível As curvas de nível indicam se o terreno é plano, ondulado, montanhoso, íngreme ou de declive suave. Elas são eqüidistantes, isto é, a distância vertical – o desnível entre as curvas - é constante e varia de acordo com a escala da carta. A eqüidistância é alterada quando se representa área predominantemente plana como a Amazônia, onde pequenas altitudes são de grande importância, ou quando o detalhe é muito escarpado e a representação de todas as curvas dificultaria a leitura. ESCALA EQÜIDISTÂNCIA CURVAS MESTRAS 1:25.000 10 m 50 m 1:50.000 20 m 100 m 1:100.000 50 m 250 m 1:250.000 100 m 500 m 1:500.000 100 m 500 m 1:1.000.000 100 m 500 m Fonte: Apostila de GPS. HMiguel Gorgulho Datum vertical O datum vertical ou altimétrico refere-se à superfície de referência usada para definir as altitudes de pontos da superfície terrestre. Na prática a determinação do datum vertical envolve um marégrafo ou uma rede de marégrafos para a medição do nível médio dos mares. Fonte: Adaptação de ANDERSON, P.S. 2002 http://lilt.ilstu.edu/psanders/cartografia Fonte: Hwww.ibge.gov.br/.../elementos_representa cao.html SIG APLICADO AO ORDENAMENTO TERRITORIAL MUNICIPAL Programa Nacional de Capacitação das Cidades - MCidades /UFF 23 No Brasil, o ponto de referência para o datum vertical é o marégrafo de Imbituba, em Santa Catarina. 2) Representação Planimétrica (convenções) Em cima da base cartográfica, assenta-se todo um conjunto de variados detalhes representando elementos naturais e artificiais. Os primeiros correspondem aos aspectos hidrográficos (Figura 21), de vegetação e de solo, e os outros aos aspectos decorrentes da ocupação humana, como o sistema viário, localidades, aeroportos, igrejas, escolas, barragem,ponte, etc. (Figuras 22 e 23). Obs.: Convenção Cartográfica e Legenda Convenção Cartográfica → simbologia convencional Legenda → significado classificatório, ex.: uso do solo → Lógica 10 - A SEMIOLOGIA GRÁFICA É uma proposta no mundo das imagens que permite transformar mapas feitos para ler em mapas para ver. Com exceções muito raras, as representações gráficas sob quaisquer de suas formas (diagramas, mapas, etc.) são concebidas como ilustrações que não condizem com regras da linguagem visual. O ponto de partida da semiologia gráfica é não admitir um mapa ou um gráfico como sendo mera ilustração. Tanto no processo de construção gráfica como no de sua apresentação, o autor deve obedecer às propriedades específicas da percepção visual. Passa-se, assim, ao domínio do raciocínio lógico (Martinelli, 1996). Não há convenções; fazer esta Cartografia significa mostrar a diversidade pela diversidade visual; a ordem pela ordem visual e a proporção pela proporção visual. Transgredir esta regra básica significaria realizar uma comunicação enganosa (Martinelli, 1990). A eficácia de uma representação gráfica pode ser conseguida, principalmente, observando-se duas etapas na sua construção: Figura 21 - Hidrografia Figura 22 – Sistema Viário Figura 23 - Aeroporto SIG APLICADO AO ORDENAMENTO TERRITORIAL MUNICIPAL Programa Nacional de Capacitação das Cidades - MCidades /UFF 24 1- Definir as características do tema. Os elementos que constituem o tema podem ser diferentes entre si, ou podem estar unidos por uma relação de ordem, ou podem exprimir quantidades; isto permite distinguir 3 níveis de organização: o nível diferencial (#), o nível ordenado(O) e o nível quantitativo(Q). 2- Escolher dentre as variáveis visuais disponíveis qual ou quais representariam melhor aquele tema. As variáveis visuais são exploradas pela variação de tamanho, valor, granulação, cor, orientação e forma. Nem todas as variáveis visuais admitem todos os níveis de organização, e esta condição é uma das fontes de erros nas representações gráficas. O quadro a seguir (Figura 24) resume a questão das relações fundamentais (O, Q, # , = ) e sua organização em relação às variáveis visuais, e que aspectos estas assumem nas diferentes implantações. 11- INTEGRAÇÃO DE DADOS DE DIVERSAS FONTES: O Sensoriamento Remoto, A Questão da Correção Geométrica e do Registro de Imagens As imagens produzidas por sensores remotos, sejam elas fotografias aéreas ou imagens de satélite, apresentam uma série de distorções espaciais, não possuindo, portanto, precisão cartográfica quanto ao posicionamento dos objetos, superfícies ou fenômenos nelas representados. Erros geométricos resultam das seguintes causas: -rotação da Terra -curvatura da Terra -movimento do espelho de imageamento -variações da altitude, posição e velocidade da plataforma -distorção topográfica Freqüentemente, a informação extraída da imagem de sensoriamento remoto precisa ser integrada com outros tipos de informação, representados na forma de mapas, especialmente quando se trabalha com sistemas de informação geográfica, nos quais as imagens de sensoriamento remoto são uma das principais fontes de dados. Por outro lado, Figura 24 – Quadro das variáveis visuais SIG APLICADO AO ORDENAMENTO TERRITORIAL MUNICIPAL Programa Nacional de Capacitação das Cidades - MCidades /UFF 25 os dados contidos em uma imagem de satélite precisam ser apresentados na forma de um mapa, com uma grade de coordenadas geográficas de referência traçada sobre a mesma. O registro de uma imagem compreende uma transformação geométrica que relaciona coordenadas de imagem (linha, coluna) com coordenadas de um sistema de referência (Figura 25). Outros termos comuns para a designação do procedimento de registro são geocodificação e georreferenciamento. É importante, contudo, fazer uma distinção clara entre registro e correção geométrica. - O processo de correção geométrica de imagens elimina as distorções geométricas sistemáticas introduzidas na etapa de aquisição das imagens; - O registro apenas usa transformações geométricas simples - usualmente transformações polinomiais - para estabelecer um mapeamento entre coordenadas de imagem e coordenadas geográficas. Por isso, sugere-se que o registro seja sempre utilizado como uma técnica que busca refinar a qualidade geométrica de imagens com correção geométrica de sistema. O registro é uma operação necessária para se fazer a integração de uma imagem à base de dados existente num SIG. Há muitos anos, os projetos na área de sensoriamento remoto pressupõem que as imagens possam ser integradas aos dados extraídos de mapas existentes ou às medições de certas grandezas feitas diretamente no terreno. O registro também é importante para se combinar imagens de sensores diferentes sobre uma mesma área ou para se realizar estudos multitemporais, caso em que se usam imagens tomadas em épocas distintas. Fonte: Inpe (www.inpe.br) Figura 25 – Registro de Imagens SIG APLICADO AO ORDENAMENTO TERRITORIAL MUNICIPAL Programa Nacional de Capacitação das Cidades - MCidades /UFF 26 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CARDOSO, J. A Construção de Gráficos e Linguagem Visual. História: Questões & Debate, Curitiba 5(8):37- 58, 1984 ESRI. What is Arc GIS? Disponível em: http://www.esri.com. Acesso em: março/2004. GORGULHO, M. Apostila de GPS. Disponível em: http://www.epamig.br/geosolos/MN_GEO/GPS.php MARTINELLI, M. A Cartografia do Meio Ambiente: A Cartografia do Tudo? In: X Encontro Nacional de Geógrafos.(Mesa Redonda: Cartografia do Meio Ambiente) Pernambuco, RE, 14-19 julho de 1996. MARTINELLI, M. Orientação Semiológica para as Representações da Geografia: Mapas e Diagramas. Orientação, No 8, p.53-69, USP, São Paulo, 1990. OLIVEIRA, C. Curso de Cartografia Moderna. Rio de Janeiro, IBGE, 1988. RAISZ, E. Cartografia Geral. Rio de janeiro, Ed. Científica, 1969. RIPSA. Conceitos Básicos de Sistemas de Informação Geográfica e Cartografia aplicados à Saúde. Org: Carvalho, M.S; Pina, M.F; Santos, S.M. Brasília: Organização Panamericana da Saúde, Ministério da Saúde, 2000. TAYLOR,D.R.F. Geographical Information Systems: the microcumputer and modern cartography. Oxford, England, Pergamon Press, 1991, 251. BIBLIOGRAFIA ALBUQUERQUE, Paulo César Gurgel & SANTOS, Cláudia Cristina dos. GPS Para Iniciantes. INPE-9602- PUD/124. IBGE Noções básicas de cartografia - manuais técnicos em geociências n.8 - nova edição, 1999 ______ Noções básicas de cartografia - caderno de exercícios - manuais técnicos em geociências n.8 - nova edição, 1999 MARTINELLIi, M. Gráficos e Mapas: Construa-os Você Mesmo. São Paulo, Ed. Moderna, 1998. ROCHA, C.H.B. Geoprocessamento: Tecnologia Transdisciplinar. Juiz de Fora, MG, Ed do Autor, 2000, 220 p SÍTIOS PARA CONSULTA GEODEN – Profa. Angelica Di Maio Hwww.uff.br/geoden www.professores.uff.br/cristiane Coordenadas Geográficas http://www.fourmilab.ch/cgi-bin/uncgi/Earth?imagesize=1024 IBGE http://www.ibge.gov.br/cidadesat/default.php Hhttp://www.ibge.gov.br EMPRAPA http://www.relevobr.cnpm.embrapa.br/ Hhttp://www.cdbrasil.cnpm.embrapa.br/ Google Hhttp://maps.google.com/ Hhttp://earth.google.com/ Sensoriamento Remoto Autores: Profa. Dra. Angelica CarvalhoDi Maio Prof. Dr. Ivan de Oliveira Pires UFF Niterói-RJ 2008 SIG APLICADO AO ORDENAMENTO TERRITORIAL MUNICIPAL Programa Nacional de Capacitação das Cidades - MCidades /UFF 28 1- SENSORIAMENTO REMOTO Conjunto de tecnologias que permite a aquisição de informações sobre objetos ou fenômenos na superfície, através da utilização de sensores, sem que haja contato físico entre eles. Princípio básico: a transferência de dados do objeto para o sensor é feita através de ENERGIA ELETROMAGNÉTICA ou radiação eletromagnética (REM). A energia solar é a base dos princípios que fundamentam essa tecnologia, sem, contudo, ser a única. 2- O ESPECTRO ELETROMAGNÉTICO A obtenção de informações a partir de dados de SR baseia-se no estudo das interações entre a energia eletromagnética e os alvos da superfície terrestre. As características particulares de como cada alvo ABSORVE, REFLETE ou EMITE radiação ao longo do espectro eletromagnético definem as faixas espectrais mais adequadas à obtenção de informações sobre determinado objeto. - A radiação com comprimentos de onda inferiores a 0,3 µm (raios gama, raios X e radiação ultravioleta) não é praticamente transmitida pela atmosfera. - A região entre 0,38 µm e 3,0 µm corresponde à porção refletida do espectro. Esta subdivide-se em 3 regiões: visível (0,38 - 0,72µm), infravermelho próximo (0,72 – 1,3µm) e infravermelho médio (1,3 -3,0µm). Os sensores termais operam entre 7 e 15µm (infravermelho termal ou emissivo). Na região das microondas, os sistemas sensores operam numa região do espectro caracterizada por ondas de 1 mm e 1m. A REM, nesta faixa, tem sido utilizada em SR pois sua pouca atenuação pela atmosfera ou pelas nuvens propicia um excelente meio de uso de sensores de microondas (radar) em quaisquer condições meteorológicas. 3- BANDAS ESPECTRAIS Ondas de Rádio → Estas ondas eletromagnéticas têm freqüências relativamente baixas e, conseqüentemente, maiores comprimentos de onda, indo de aproximadamente alguns centímetros a algumas centenas de metros (comunicação a longa distância). Microondas → Nesta faixa de comprimentos de onda, pode-se construir dispositivos capazes de produzir feixes de REM altamente concentrados, chamados radares, que podem ser usados como meio de sondagem de maneira semelhante ao uso de um sonar na água. • Sugestão de sítio: www.geocities.com/heartland/meadows/8277/espectro.htm SIG APLICADO AO ORDENAMENTO TERRITORIAL MUNICIPAL Programa Nacional de Capacitação das Cidades - MCidades /UFF 29 Infravermelho → Este tipo de radiação engloba radiação de comprimentos de onda de 0,75 µm a 1,0 mm. Uma das características da radiação infravermelha é sua facial absorção pela maioria das substâncias, nelas produzindo um efeito de aquecimento. Deve-se notar que a energia emitida pelos corpos aquecidos situa-se principalmente nesta faixa. Visível → A radiação visível pode ser definida como aquela capaz de produzir a sensação de visão para o olho humano normal. Esta radiação indo desde o violeta até o vermelho tem somente uma pequena variação de comprimento de onda, que vai de 380 a 750 nm aproximadamente. Este tipo de radiação pode ser produzido por luminescência ou por corpos muito quentes. Ultravioleta → Engloba uma extensa faixa do espectro. Serve para detecção de minerais por luminescência, e de poluição marinha. A forte atenuação atmosférica apresenta- se como obstáculo. 4- INTERAÇÃO Interação da Radiação Solar e a Atmosfera Terrestre Radiação 26% Refletida pelas nuvens 11% Dispersa por partículas 16% Absorvida por gases e vapor d’água 53% Perdida na radiação global (Rg) 47% Chega à superfície Terrestre 19% Raios solares diretos 26% Raios solares difusos Principais barreiras à radiação solar que dificultam a operação dos sistemas sensores Refração Passagem do meio menos denso para o meio mais denso – concentração de gases que compõem a atmosfera é bastante variada. Absorção Por gases e CO2 – Total no Ultravioleta ou parcial (em todo o espectro) Espalhamento Por partículas dispersas e nuvens – As nuvens impedem a passagem da radiação solar. Este comportamento por qualquer tipo de matéria é seletivo em relação ao comprimento de onda e específico para cada tipo de matéria, dependendo basicamente de sua estrutura atômica e molecular. Torna-se possível, assim, em princípio, a identificação de um objeto por um sensor, mediante o registro de sua assinatura espectral. Reflexão Um dos processos de maior relevância na interação da REM com a superfície dos alvos é o da reflexão, pois a maior parte das informações é obtida por meio da análise da energia refletida pelos alvos. } RETORNA AO ESPAÇO SIG APLICADO AO ORDENAMENTO TERRITORIAL MUNICIPAL Programa Nacional de Capacitação das Cidades - MCidades /UFF 30 Reflectância (ρρρρ)– Razão entre o fluxo refletido e o fluxo incidente numa superfície, ou ainda, é a capacidade de um alvo refletir REM ao longo do espectro eletromagnético. Para os propósitos do SR, são importantes as mudanças introduzidas nas características espectrais do fluxo refletido. O conhecimento dos espectros de reflectância é fundamental para a escolha dos melhores canais ou faixas espectrais onde algumas características dos alvos sejam realçadas e para a interpretação de imagem. 5- NÍVEL DE AQUISIÇÃO DE DADOS A altitude do sensor em relação à superfície imageada é um fator de grande interferência, não só na intensidade e qualidade do sinal, mas também nas formas de registros e análise dos dados. A altitude do sensor em relação ao alvo, ou seja, a distância alvo-sensor, define o que se convencionou chamar de nível de aquisição de dados. Existem basicamente 3 níveis de coleta de dados por SR: terrestre, aéreo ou suborbital e orbital. No nível terrestre, os sistemas sensores podem, ainda, ser instalados em mastros, colocados em barcos, fixados em bóias ou fixados dentro de laboratórios. No nível aéreo ou suborbital, geralmente, utiliza-se como plataforma de coleta de dados aeronaves, e, para o nível orbital, empregam-se os satélites não-tripulados e balões. 1 - Nível de laboratório / campo: Trabalha-se com porções reduzidas dos alvos e estuda-se seu comportamento espectral, quase sem interferência de fatores ambientais. A área analisada por este método é reduzida e pode-se obter a curva espectral do objeto a partir de radiômetros. A medida que um sensor é colocado mais distante do objeto de interesse, sua caracterização espectral torna-se mais complexa, pois em laboratório é possível fixar variáveis. 6- PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DAS IMAGENS SENSOARIAMENTO REMOTO Imagens de Sensoriamento Remoto Uma imagem digital pode ser vista como uma matriz de dimensões composta de n linhas por m colunas, na qual cada célula (pixel) dessa matriz possui um valor numérico correspondente ao valor de brilho proporcional à reflectância do alvo na respectiva posição e que varia do branco ao preto. Imagens Multiespectrais: São aquelas adquiridas em diferentes porções do espetro eletromagnético simultaneamente. Características das imagens: Estrutura: → As imagens de Sensoriamento Remoto são constituídas por um arranjo de elementos sob a forma de uma malha ou grid; → Cada cela (pixel) desse grid tem sua localização definida em um sistema de coordenadas do tipo “linha e coluna”, representadas por “X” e “Y”, e um atributo numérico “Z”, que indica o nível de cinza dessa cela, conhecido como DN, de digital number (varia de preto ao branco); → O DN de um pixelcorresponde à média da intensidade da energia refletida ou emitida pelos diferentes materiais presentes nesse pixel; → Uma imagem digital pode então ser vista como uma matriz, de dimensões X linhas por Y colunas, com cada elemento possuindo um atributo Z (nível de cinza). SIG APLICADO AO ORDENAMENTO TERRITORIAL MUNICIPAL Programa Nacional de Capacitação das Cidades - MCidades /UFF 31 Resolução É a habilidade de um sistema de sensoriamento remoto para produzir uma imagem nítida e bem definida. As características dos sistemas sensores são expressas em função de quatro domínios de resolução: espectral, espacial ou geométrica, temporal e radiométrica. Banda 1 0,45-0,52 µm (azul) Banda 2 0,52-0,59 µm (verde) • Mapeamento de águas costeiras; • Diferenciação entre solo e vegetação; • Diferenciação entre vegetação conífera e decídua • Mapeamento de vegetação; • Qualidade d’água Banda 3 0,63-0,69 µm (vermelho) Banda 4 0,77-0,89 µm (infravermelho próximo) • Absorção de clorofila; • Diferenciação de espécies vegetais; • Áreas urbanas, uso do solo; • Agricultura; • Qualidade d’água • Delineamento de corpos d’água; • Mapeamento geomorfológico; • Mapeamento geológico; • Áreas de queimadas; • Áreas úmidas; • Agricultura; Vegetação Aplicações das bandas da Câmara CCD do satélite CBERS http://www.inpe.br/unidades/cep/atividadescep/educasere/ SIG APLICADO AO ORDENAMENTO TERRITORIAL MUNICIPAL Programa Nacional de Capacitação das Cidades - MCidades /UFF 32 7- ALGUNS SISTEMAS SENSORES E RESOLUÇÕES Resolução Espacial – Representa a capacidade do sistema sensor de “enxergar” objetos na superfície terrestre: quanto menor o objeto passível de ser visto, maior sua resolução. Resolução Temporal - Diz respeito à freqüência com que as imagens de uma mesma área são obtidas. Resolução Radiométrica – É a capacidade do detector de perceber diferenças do sinal recebido e é dada pelo número de níveis digitais representando níveis de cinza. Quanto maior for o número de níveis, maior será também a resolução radiométrica. Representa a capacidade de discriminar entre diferentes intensidades de sinal ou números digitais em que a informação encontra-se registrada. Fig. 1 – Imagens de uma área no Estado do Rio de Janeiro, obtidas nas sete bandas do sensor TM do Landsata-5 Fonte: http://www.ltid.inpe.br/dsr/mauricio/sensores.htm SIG APLICADO AO ORDENAMENTO TERRITORIAL MUNICIPAL Programa Nacional de Capacitação das Cidades - MCidades /UFF 33 Tabela 1 -Características espectrais e espaciais do sensor ETM+ DO LANDSAT-7 Banda FAIXA ESPECTRAL REGIÃO DO ESPECTRO RESOLUÇÃO ESPACIAL Nm µm (m x m) 1 450 – 520 0,45 – 0,52 Azul 30 2 530 – 610 0,53 – 0,61 Verde 30 3 630 – 690 0,63 – 0,69 Vermelho 30 4 780 – 900 0,76 – 0,90 IV/Próximo 30 5 1550 – 1750 1,55 – 1,75 IV/Médio 30 6 10400– 12500 10,4 – 12,5 IV/Termal 120 7 2090 – 2350 2,08 – 2,35 IV/Médio 30 8 (PAN) 520 - 900 0,52 – 0,90 VIS/IVPróximo 15 Tabela 2 -Características do Satélite SPOT SATÉLITE SENSOR BANDA FAIXA ESPECTRAL (µM) RESOLUÇÃO (metro) SPOT 3 HRV X1 X2 X3 PAN 0,5 – 0,59 0,61 – 0,68 0,79 – 0,89 0,51– 0,73 20 20 20 10 SPOT 4* HRV X1 X2 X3 PAN SWIR 0,5 – 0,59 0,61 – 0,68 0,78 – 0,89 0,61 – 0,68 1,68- 1,75 20 20 20 10 20 SPOT 5* HRV X1 X2 X3 2- PAN SWIR 0,5 – 0,59 0,61 – 0,68 0,78 – 0,89 0,48 – 0,71 1,68- 1,75 10 10 10 5 - 2,5 20 *Vegetation – 3 bandas (BGR) no visível 1 no IR (1,58-1,75µM) Tabela 3 - Características do Sensor do Satélite IKONOS Sensor Resolução Espectral µµµµm Resolução Espacial (m x m) Faixa de varredura Resolução Radiométrica Pancromático 0.45-0.90 1 1100 km 11 bits (2048 níveis) Multiespectral 0.45-0.52 4 1100 km 11 bits (2048 níveis) 0.52-0.60 4 1100 km 11 bits (2048 níveis) 0.63-0.69 4 1100 km 11 bits (2048 níveis) 0.76-0.90 4 1100 km 11 bits (2048 níveis) SIG APLICADO AO ORDENAMENTO TERRITORIAL MUNICIPAL Programa Nacional de Capacitação das Cidades - MCidades /UFF 34 Tabela 4 - Satélite CBERS – Características do Sensores CCD, IR-MSS e WFI SENSOR FAIXA ESPECTRAL(µm) RESOLUÇÃO ESPACIAL (m x m) VARREDURA NO TERRENO (km) CCD 0,45 - 0,52 0,52 – 0,59 0,63 – 0,69 0,77 – 0,73 0,51 – 0,73 (PAN) 19,5 113 IR-MSS 0,50 – 1,10 1,55 – 1,75 2,08 – 2,35 10,04 – 12,05 77,8 120 WFI 0,63 – 0,69 0,77 – 0,89 256 890 O satélite CBERS-2B, lançado em setembro de 2007, foi construído para dar continuidade ao programa de imageamento do País, e é praticamente idêntico aos CBERS-1 e 2. Algumas melhorias foram introduzidas, a principal delas é quanto à carga útil, com a substituição do imageador IRMSS por uma Câmera Pancromática de Alta Resolução (HRC). Características da Câmera Pancromática de Alta Resolução - HRC Banda espectral 0,50 - 0,80 µm (pancromática) Campo de Visada 2,1º Resolução espacial 2,7 x 2,7 m Largura da faixa imageada 27 km (nadir) Resolução temporal 130 dias na operação proposta Taxa de dados da imagem 432 Mbit/s (antes da compressão) Quantização 8 bits Sensor do RADARSAT é um radar de alta tecnologia. A obtenção de imagens por parte deste satélite não se encontra dependente das condições climáticas, nomeadamente da nebulosidade, como acontece com a maioria dos satélites de detecção remota com sensores ópticos (Tabela). SIG APLICADO AO ORDENAMENTO TERRITORIAL MUNICIPAL Programa Nacional de Capacitação das Cidades - MCidades /UFF 35 TABELA 6 – Características do Sensor SAR Sensor Resolução Espectral Modo de Operação Resolução Espacial Faixa de Varredura Ângulo de incidência (Graus) SAR SAR Syntethic Aperture Radar Opera na banda “C” 5.3 GHz ou (5.6cm) Standard 25 x 28 m 100 km 20-49 5.3 GHz Wide-1 48-30 x 28 m 165 km 20-31 5.3 GHz Wide-2 32-25 x 28 m 150 km 31-39 5.3 GHz Fine resolution 11-9 x 9 m 45 km 37-48 5.3 GHz ScanSAR Narrow 50 x 50 m 305 km 20-40 5.3 GHz ScanSAR Wide 100 x 100 m 510 km 20-49 5.3 GHz Extended (H) 22-19 x 28 m 75 km 50-60 5.3 GHz Extended (L) 63-28 x 28 m 170 km 10-23 8- COMPORTAMENTO ESPECTRAL Para que possamos extrair informações a partir de dados de sensoriamento remoto é fundamental o conhecimento do comportamento espectral dos objetos da superfície da terra e dos fatores que interferem neste comportamento. O CEA resulta das interações entre a REM incidente sobre o objeto e as propriedades físicas, químicas e biológicas do objeto. O conhecimento do CEA não é importante apenas para a extração de informações de imagens obtidas pelos sensores, é também importante na própria definição de novos sensores. Quando selecionamos, por exemplo, a melhor seleção de canais para uma composição colorida, temos que conhecer o comportamento espectral do alvo de nosso interesse, pois, sem conhecê-lo, corremos o risco de desprezar FAIXAS ESPECTRAIS DE GRANDE SIGNIFICÂNCIA NA SUA DISCRIMINAÇÃO. • A maior fonte de REM é o Sol. A Terra também é uma grande fonte desta energia. • A Terra é uma grande fonte de REM termal, que é emitida, em grande quantidade, durante a noite. •Durante este percurso (Sol/atmosfera/Terra) acontecem alguns fenômenos já conhecidos por nós, como: - a cor azul do céu: resultado do espalhamento, pela atmosfera, da radiação eletromagnética na faixa do azul; - a cor avermelhada do céu ao amanhecer e no poente: resultado do espalhamento, pela atmosfera, da radiação eletromagnética na faixa do vermelho; SIG APLICADO AO ORDENAMENTO TERRITORIAL MUNICIPAL Programa Nacional de Capacitação das Cidades - MCidades /UFF 36 - a cor branca das nuvens: resultado do espalhamento, pela atmosfera, de todos os tipos de REM. A quantidade de energia refletida por um alvo irá definir o seu comportamento espectral e esta informação será captada por um sensor, que é o equipamento responsável por essa detecção. Para que possamos extrair informações a partir de dados de sensoriamento remoto, é fundamental o conhecimento de comportamento espectral dos objetos da superfície terrestre e dos fatores que interferem neste comportamento (ex.: atmosfera). Por exemplo: - A vegetação possui a cor verde porque ela reflete a REM (ou comprimento de onda) na faixa do verde; - O mar possui a cor azul-esverdeada porque reflete o azul e um pouco do verde. EXEMPLO: Sistema TM Bandas Faixa espectral (µm) Aplicações 1 0,45 – 0,52 (azul) � mapeamento de águas costeiras � diferenciação entre solo e vegetação � diferenciação entre vegetação conífera e decídua 2 0,52 – 0,60 (verde) � mapeamento de vegetação � qualidade da água 3 0,63 – 0,69 (vermelho) � absorção de clorofila � diferenciação de espécies vegetais � áreas urbanas e uso do solo � agricultura � qualidade da água 4 0,76 – 0,90 (infravermelho próximo) � delineamento de corpos d’água � mapeamento geomorfológico � mapeamento geológico � áreas de queimadas � agricultura � vegetação 5 1,55 – 1,75 (infravermelho médio) � uso do solo � medidas de unidade da vegetação � diferenciação entre nuvem e neve � agricultura � vegetação 6 10,40 – 12,50 (infravermelho termal) � mapeamento de estresse térmico em plantas � correntes marinhas � propriedade termal do solo � outros mapeamentos térmicos 7 2,08 – 2,35 (infravermelho médio) � identificação de minerais � mapeamento hidrotermal SIG APLICADO AO ORDENAMENTO TERRITORIAL MUNICIPAL Programa Nacional de Capacitação das Cidades - MCidades /UFF 37 9- COMPORTAMENTO ESPECTRAL DE ALVOS O comportamento espectral de alvos pode ser definido pela forma como diferentes alvos interagem com a radiação eletromagnética. Algumas absorvem, refletem ou transmitem a radiação em proporções que variam com o comprimento de onda, de acordo com as suas características físicas, biológicas e químicas. A figura acima mostra três tipos de alvos água, solo, e vegetação, que, em uma faixa do espectro eletromagnético compreendida entre 0,4 a 2,6 µm, apresentam diferentes formas e intensidade de reflectância. Graças a isso, podemos discriminar e identificar os diferentes alvos existentes na natureza. Estes objetos da superfície refletem, absorvem e transmitem radiação eletromagnética em proporções que variam com o comprimento de onda, de acordo com as suas características bio-fisico-químicas. No espectro eletromagnético, a absorção de energia é caracterizada por uma diminuição relativa na porcentagem de reflectância em certas faixas de comprimento de onda, denominadas bandas de absorção. Vegetação a) Até 0,7 µm - a reflectância é baixa (< 0,2), dominando a absorção da radiação incidente pelos pigmentos da planta em 0,48 µm (caratenóides) e em 0,62 µm (clorofila). Em 0,56 µm há um pequeno aumento do coeficiente de reflectância; b) Entre 0,7 µm e 1,3 µm – região dominada pela alta reflectância da vegetação (0,3 < ρ < 0,4), devido à interferência da estrutura celular; Fig.2 – Assinatura Espectral SIG APLICADO AO ORDENAMENTO TERRITORIAL MUNICIPAL Programa Nacional de Capacitação das Cidades - MCidades /UFF 38 Fig.3 – Capacidade da água em refletir Fonte: http://www.inpe.br/unidades/cep/atividadescep/educasere/ c) Entre 1,3 µm e 2,5 µm, a reflectância da vegetação é dominada pelo conteúdo de água nas folhas (correspondem também às bandas de absorção atmosférica). Solos Regiões do espectro mais adequadas ao estudo de propriedade físico- química. Regiões Espectrais Propriedades 0,57 µm Monitoramento de matéria orgânica em solos sem cobertura vegetal 0,7 µm e 0,9 µm Monitoramento do conteúdo de compostos de ferro férrico 1,0 µm Monitoramento do conteúdo de compostos de ferro ferroso 2,2 µm Monitoramento de umidade do solo Água a) A água em estado líquido apresenta baixa reflectância entre 0,38 µm e 0,70 µm, absorvendo toda a radiação acima de 0,7 µm (Figura 3); b) A água em forma de nuvens apresenta altíssima reflectância (0,70 µm) entre 0,38 µm e 2,5 µm, com absorção ampla em torno de 1,0 µm, com absorção ampla em torno de 1,0 µm, 1,3 µm e 2 µm; c) A água em forma de neve apresenta elevada reflectância (maior do que as nuvens) entre 0,7 µm e 1,2 µm. De 1,2 µm a 1,4 µm a reflectância decresce com um gradiente altíssimo (de 0,8 a 0,2) atingindo valores de ρ inferiores a 0,1 em 1,5 µm. Entre 1,5 µm e 2,0 µm há um aumento de reflectância da neve (máximo em aproximadamente 1,5 µm quando atinge um valor deρ = 0,2). Em 2,0 µm a reflectância aproxima-se de zero para aumentar até 0,2 em torno de 2,25 µm. Asfalto a) Reflectância baixa e decrescente entre 0,3 µm e 0,4 µm; b) Reflectância crescente entre 0,4 µm e 0,6 µm; c) Reflectância de 0,2 entre 0,6 µm e 1,0 µm; d) Reflectância crescente até 1,3 µm. SIG APLICADO AO ORDENAMENTO TERRITORIAL MUNICIPAL Programa Nacional de Capacitação das Cidades - MCidades /UFF 39 Concreto a) Aumento da reflectância com o comprimento de onda; b) Apresentando feições amplas entre 0,38 µm, entre 0,64 µm e 0,8 µm e em 1,1 µm. Comportamento Espectral de áreas urbanas As áreas urbanas são caracterizadas por uma aparência heterogênea, causada pelo fato da variação interna dessas áreas ser muito grande, devido à sua própria natureza. As áreas residenciais, por exemplo, são formadas por materiais variados tais como: concreto, asfalto vidro, ferro e vegetação. Há que se considerar ainda a influência das sombras causadas por edificações altas. Por isso, a resposta espectral de cidades só pode ser descrita de uma forma generalizada. A região do vermelho do espectro visível é a que mostra um contrate maior entre a área construída e a vegetação. Composição Colorida (Divino Figueiredo/Conceitos Básicos de Sensoriamento Remoto) Trata-se de um dos artifícios de maior utilidade na interpretação das informações do SR. Ela é fundamental para uma boa identificação e discriminação dos alvos terrestres. O olho humano é capaz de discriminar mais facilmente matizes de cores do que tons de cinza. A composição colorida é produzida na tela do computador, ou em outro dispositivo qualquer, atribuindo-se as cores primárias (vermelha, verde e azul) a três bandas espectrais quaisquer. Este artifício é também conhecido como composição RGB (do inglês: Red, Green, Blue). Associando, por exemplo, a banda 3 à cor vermelha (R), a banda 4 à cor verde (G) e a banda 5 à cor azul (B), produz-se uma composição colorida representada por 345 (RGB) (Figura 4). A formação das cores na imagem pode ser considerada similar ao trabalho de um pintor que tenha à sua disposição 3 latas detinta, uma de cada uma das cores acima. Com estas latas de tinta pintamos a imagem. A imagem é pintada pixel a pixel. Os pixels são pintados individualmente usando um pouco de tinta de cada lata. A quantidade de tinta de cada cor é determinada pelo nível de cinza do pixel na banda associada à cor. Se o nível de cinza for 0 em uma banda, significa que nenhuma tinta deve ser utilizada da correspondente cor. Pixels que têm nível de cinza igual a 0 nas 3 bandas ficam completamente sem tinta, portanto em cor preta (ou sem cor). Se o nível de cinza em uma banda for máximo, digamos 255, significa que se deve utilizar o máximo de tinta da cor correspondente. Pixels que têm o máximo valor de nível de cinza nas 3 bandas ficam, na imagem, em cor branca intensa. Pixels que têm o mesmo nível de cinza nas 3 bandas ficam em tons da cor cinza, (não confundir nível de cinza, que é o valor digital do pixel, com a cor cinza que estamos agora utilizando). Neste caso de valores iguais dos níveis de cinza, o tom da cor cinza será mais escuro para valores menores e mais claro para valores maiores. A título de ilustração, suponhamos que na composição 345 (RGB), um determinado pixel tivesse os seguintes níveis de cinza: banda 3 = 180, banda 4 = 70 e banda 5 = 10. Este pixel teria um tom de cor mais puxado para o vermelho do que para o azul, uma vez que o valor 180 determina que se utilize muito mais tinta da cor vermelha (R) do que da cor azul (B), que corresponde ao valor 10 da banda 5 que está associada a esta cor. O olho humano não consegue distinguir, na tela do computador, um único pixel de uma imagem em resolução plena, mas, embora pintados individualmente, eles formam, no conjunto, a imagem colorida. A quantidade total de cores possíveis de uma imagem no computador depende da faixa de valores dos níveis de cinza. Em uma imagem LANDSAT, SIG APLICADO AO ORDENAMENTO TERRITORIAL MUNICIPAL Programa Nacional de Capacitação das Cidades - MCidades /UFF 40 por exemplo, onde a faixa é de 0 a 255, tem-se 256 níveis de cinza, neste caso, portanto, a quantidade de cores discretas na imagem é 256 X 256 X 256 = 16.777.216. São 256 quantidades diferentes de tinta que se pode tirar de cada lata que podem ser combinadas entre si.Como os níveis de cinza de cada banda representam a assinatura espectral dos alvos, as colorações que as feições terrestres recebem nas imagens representam valioso meio de reconhecimento e de obtenção de informações, de modo indireto. 10- SISTEMA MUNDIAL DE REFERÊNCIA (World Reference System) O Sistema Mundial de Referência, composto pelo número da órbita e pelo número do ponto, é utilizado para localizar a imagem da área de interesse para estudo. O número da órbita se refere à órbita base a que pertence a cena, da área de interesse, no Sistema Mundial de Referência, e o numero do ponto é associado a uma latitude padrão representada em um Mapa índice. As imagens LANDSAT/TM podem ser adquiridas da seguinte forma: � Cena inteira – cobre uma área de 185 x 185 Km. � Quadrante – representa um quarto da cena inteira – cobre uma área de 90 x 90 km � Subquadrante – representa um quarto do quadrante – cobre uma área de 46 x 46km Fig. 4 – Combinação das cores RGB e a Composição Colorida Fonte: http://omnis.if.ufrj.br/~coelho/DI/texto.html SIG APLICADO AO ORDENAMENTO TERRITORIAL MUNICIPAL Programa Nacional de Capacitação das Cidades - MCidades /UFF 41 Fig. 5 - Mapa do sistema mundial de referência. Fonte: http://www.ltid.inpe.br/selper/frame.html SIG APLICADO AO ORDENAMENTO TERRITORIAL MUNICIPAL Programa Nacional de Capacitação das Cidades - MCidades /UFF 42 1 – Data da passagem do satélite; 2 – Tipo de projeção; 3 - Tipo de processamento geométrico; 4 – Tipo de efemérides; 5 – Área imageada; 6 – Órbita e ponto; 7 – Tipo de processamento; 8 – Coordenadas: C – coordenadas do centro da imagem; N – coordenadas do Nadir; 9 – Sensor; 10 – Satélite; 11 – Banda; 12 – Ângulo de elevação do sol; 13 – Ângulo de azimute solar; 14 – Orientação do satélite; 15, 16 – Parâmetros de processamento; 17 – Qualidade de gravação; 18 – Número de órbitas; 19 – Data de processamento; 20 – Escala de nível de cinza. 11- INTERPRETAÇÃO DE IMAGENS Uma imagem orbital contém muitos DADOS. Para esses dados tornarem-se INFORMAÇÃO, é necessário a interpretação dos dados a partir das diferentes áreas do CONHECIMENTO. Interpretar imagens é identificar objetos nelas representados e dar um significado a esses objetos, assim, quando identificamos uma represa, uma mancha urbana ou uma mata, estamos fazendo a sua interpretação. As imagens obtidas por sensores remotos, qualquer que seja seu processo de formação, registram a energia proveniente dos objetos da superfície observada. Independente da resolução e escala, as imagens apresentam os elementos básicos de reconhecimento que são: Fig.6 - Rodapé de uma imagem TM Fonte: http://www.ltid.inpe.br/selper/frame.html SIG APLICADO AO ORDENAMENTO TERRITORIAL MUNICIPAL Programa Nacional de Capacitação das Cidades - MCidades /UFF 43 O Texto abaixo foi baseado em: http://www.tamoio.dmz.inpe.br/unidades/cep/atividadescep/educasere/ Padrão Este conceito de padrão indica que um alvo no dado de sensoriamento remoto apresenta uma organização peculiar que o distingue de todos os outros. Tonalidade e Cor A tonalidade refere-se à intensidade de energia eletromagnética refletida por um tipo de alvo na superfície terrestre, em uma determinada banda do espectro eletromagnético, em outras palavras, a tonalidade está estreitamente relacionada com o comportamento espectral das diferentes coberturas da superfície terrestre. Em uma imagem de satélite, estas diferentes quantidades de energia refletida pelos alvos são associadas a tons de cinza, isto é, quanto mais energia um alvo reflete mais energia chega ao sensor a bordo do satélite. Assim, este alvo será associado a um tom de cinza claro. Se, ao contrário, o alvo na superfície da terra reflete pouca energia, menos energia chegará ao sensor. Assim, este alvo será associado a tons de cinza mais escuros. Fig. 7 - Imagem do Sensor AVIRIS apresentando dois padrões de drenagem diferente Fig. 8 - Padrão típico de áreas agrícolas, imagem LANDSAT-TM SIG APLICADO AO ORDENAMENTO TERRITORIAL MUNICIPAL Programa Nacional de Capacitação das Cidades - MCidades /UFF 44 O olho humano é mais sensível a cores que a tons de cinza. As cores que podemos ver são fruto da reflexão seletiva dos alvos existentes na superfície terrestre, nas distintas bandas do espectro eletromagnético. Assim, para facilitar a interpretação visual dos dados de sensoriamento, são associadas cores aos tons de cinza. Forma e Tamanho Textura É a qualidade que se refere à aparente rugosidade ou suavidade de um alvo em uma imagem de sensoriamento remoto. Fig. 9 - Imagem LANDSAT /TM do encontro das águas dos rios Solimões (azul claro) e Negro (preto) formando o rio Amazonas Fig. 10 - Imagem IKONOS com forma característica de sistema viário Fig. 11 - Imagem CBERS apresentando açudes, no estado do ceará com tamanhos diferentes. O açude grande é o açude de Orós. Fig. 12 - Imagens do sensor AVIRIS apresentando
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