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CASO CONCRETO 2

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL DA COMARCA DE ITAÚNA
JOANA, brasileira, solteira, técnico em contabilidade, portadora da carteira de identidade nº xxxx, expedida pelo xxx, inscrita no CPF/MF sob o nº xxx..., endereço eletrônico xxxx, domicílio, residente a Rua XXX , Itabuna/BA , por seu advogado Dra. XXXXXXXX, com endereço profissional XXXXXXXXXXX, para fins do artigo 77, inc. V,do CPC.
AÇÃO DE ANULAÇÃO DE NEGÓCIO JURÍDICO
Em face de JOAQUIM, brasileiro, solteiro, profissão, portador da carteira de identidade nº XXXXXX, expedida pelo XXXXX, inscrita no CPF/MF sob o nº XXXX, endereço eletrônico XXXXX , domicílio, residente Rua XXXX, Itabuna/BA, pelo procedimento comum, baseado nos fatos e fundamentos jurídicos que passa a expor.
 I- PRIORIDADE NA TRAMITAÇÃO
Não necessária
II- GRATUIDADE DE JUSTIÇA
Não necessária
III- DA OPÇÃO DO AUTOR PELA REALIZAÇÃO DA AUDIÊNCIA DE MEDIAÇÃO
A parte autora deseja a participação da audiência de mediação a ser designada por este respeitável juízo.
IV- DOS FATOS
A autora negociou com o réu, no dia 20/12/2006, a venda de seu carro pelo valor de R$ 20.000,00, um preço bem abaixo do mercado conforme tabela FIPE, o mesmo custa R$ 50.000,00. Usando de má-fé, o Sr. Joaquim, aproveitou-se do desespero da autora em contratar um advogado para que impetrasse o habeas corpus de seu filho Marcos, de 18 anos de idade, que havia sido preso de forma ilegal e encaminhado equivocadamente ao presidio XXX. Diante da situação que se encontrava, Joana resolveu celebrar o negócio jurídico para pagar as custas do advogado contratado. Ocorre que, no dia seguinte ao negócio jurídico realizado e antes de ir ao escritório do advogado criminalista Joana descobriu que a avó paterna de seu filho tinha contratado um outro advogado criminalista para atuar no caso e que tinha conseguido a liberdade de seu filho.
Após a negociação, fatos Joana fala com Joaquim para desfazerem o negócio, entretanto, Joaquim informa que não pretende desfazer o negócio jurídico celebrado.
V- DOS FUNDAMENTOS
Tendo em vista os fatos mencionados, é evidente que a autora foi dolosamente ludibriada para vender seu carro ao réu. Trata-se, pois, vício da lesão, quando em contrato cumulativo, a parte contrata por necessidade premente de forma que fique prejudicada em razão da desproporção entre as prestações reciprocamente acordadas.
O Código Civil, em seus artigos 157 e 171, II, trazem possibilidades de anulação em casos como este:
Art. 157. Ocorre a lesão quando uma pessoa, sob premente necessidade, ou por inexperiência, se obriga a prestação manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta.
Art. 171. Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio jurídico:
I - ...
II - Por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores.
DO PEDIDO
A vista do exposto, considerando-se o ora narrado, propõe-se a presente ação, visando-se à anulação do contrato de venda do mencionado bem, requerendo a citação do réu, para contestar, querendo, o presente pedido, em 15 (quinze) dias, sob pena de revelia, acompanhando-a até final decisão, quando a mesma deverá ser julgada procedente, condenando-se o réu nos efeitos da sucumbência.
DAS PROVAS
Protesta-se por provar o alegado por todos os meios de provas admitidas pelo Direito, admitidas, na amplitude do art. 319 e seguintes do CPC, em especial, o depoimento pessoal do réu, sob pena de confissão, caso não compareça ou comparecendo se recuse a depor, inquirição de testemunhas, juntada, requisição e exibição de documentos.
Dá-se a causa o valor de R$ 20.000,00 (vinte mil reais)
Pede deferimento.
(local e data)
(assinatura e n.º da OAB do advogado

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