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DIREITO DAS COISAS AULA 9B

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PERDA DA PROPRIEDADE
Modos de perda da propriedade
 Art. 1.275. Além das causas consideradas neste Código, perde-se a propriedade:
I - por alienação;
II - pela renúncia;
III - por abandono;
IV - por perecimento da coisa;
V - por desapropriação.
Parágrafo único. Nos casos dos incisos I e II, os efeitos da perda da propriedade imóvel serão subordinados ao registro do título transmissivo ou do ato renunciativo no Registro de Imóveis.
 
Modos de perda da propriedade
A) Alienação
É um negócio jurídico, gratuito ou oneroso, que causa a transferência de direito próprio sobre bem móvel ou imóvel a outrem.
O termo alienação deve ser reservado apenas às transmissões voluntárias, provenientes de negócio jurídico bilateral.
A perda da propriedade pela alienação sempre estará subordinada à tradição, no caso de bens móveis (exceto navios e aviões, que demandam registro) e ao registro do título aquisitivo, quando versar sobre bens imóveis.
Em regra, a alienação necessita da vontade do titular do bem para se perfazer. Todavia, há casos em que a alienação poderá ocorrer sem o consentimento do titular atual, como, por exemplo, na compra e venda com cláusula de retrovenda.
Modos de perda da propriedade
B) Renúncia
Segundo Nelson Rosenvald e Cristiano Farias, renúncia é o negócio jurídico unilateral pelo qual o proprietário declara formal e explicitamente o propósito de despojar-se do direito de propriedade. Na renúncia nada se transmite a ninguém, simplesmente o titular abdica do direito real, que nesse instante se converte em res nullius (Direitos reais. 6.ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2009. p. 245).
A renúncia é negócio jurídico que deve ser interpretado restritivamente. Por esse motivo, a lei não admite renúncia tácita, sobretudo quando se tratar de bens imóveis, devendo, nesse caso, o ato ser registrado no Cartório de Registro de Imóveis. 
Modos de perda da propriedade
C) Abandono
O abandono também implica em perda da propriedade por ato voluntário do seu titular, com a diferença que, nesse caso, o aninus de abandonar a coisa é presumido pela cessação dos atos de posse.
Quando a coisa abandonada for imóvel, o Município, o Distrito Federal ou a União poderão arrecadar o bem e após três anos adquirir a propriedade
Interessante e polêmica norma trouxe o art. 1.276, §  2º, CC:
Art. 1.276. O imóvel urbano que o proprietário abandonar, com a intenção de não mais o conservar em seu patrimônio, e que se não encontrar na posse de outrem, poderá ser arrecadado, como bem vago, e passar, três anos depois, à propriedade do Município ou à do Distrito Federal, se se achar nas respectivas circunscrições.
§ 1o O imóvel situado na zona rural, abandonado nas mesmas circunstâncias, poderá ser arrecadado, como bem vago, e passar, três anos depois, à propriedade da União, onde quer que ele se localize.
§ 2o Presumir-se-á de modo absoluto a intenção a que se refere este artigo, quando, cessados os atos de posse, deixar o proprietário de satisfazer os ônus fiscais.
A doutrina aponta a inconstitucionalidade desse dispositivo, alegando afronta direta ao devido processo legal (art. 5º, LIV, CR/88) na fixação de presunção absoluta de abandono
Modos de perda da propriedade
D) Perecimento
Perecimento material ou real: destruição da coisa.
Perecimento jurídico: a coisa continua a existir, mas uma situação jurídica superveniente faz com que se torne impossível o exercício do direito pelo seu titular. A doutrina diverge quanto a reconhecer o perecimento jurídico como modalidade de perda da propriedade. Ex: impossibilidade de o proprietário exercer seu direito sobre um imóvel em que foi erguida uma favela, antes de expirado o prazo da usucapião.
E) Desapropriação
A desapropriação é estudada no Direito Administrativo, tendo o Código Civil se limitado a indicá-la como forma de perda da propriedade.
PROPRIEDADE FIDUCIÁRIA
Propriedade fiduciária
Conceito, características e validade
Art. 1.361. Considera-se fiduciária a propriedade resolúvel de coisa móvel infungível que o devedor, com escopo de garantia, transfere ao credor.
§ 1o Constitui-se a propriedade fiduciária com o registro do contrato, celebrado por instrumento público ou particular, que lhe serve de título, no Registro de Títulos e Documentos do domicílio do devedor, ou, em se tratando de veículos, na repartição competente para o licenciamento, fazendo-se a anotação no certificado de registro.
§ 2o Com a constituição da propriedade fiduciária, dá-se o desdobramento da posse, tornando-se o devedor possuidor direto da coisa.
§ 3o A propriedade superveniente, adquirida pelo devedor, torna eficaz, desde o arquivamento, a transferência da propriedade fiduciária 
Art. 1.362. O contrato, que serve de título à propriedade fiduciária, conterá:
I - o total da dívida, ou sua estimativa;
II - o prazo, ou a época do pagamento;
III - a taxa de juros, se houver;
IV - a descrição da coisa objeto da transferência, com os elementos indispensáveis à sua identificação.
PROPRIEDADE FIDUCIÁRIA
Sujeitos:  
 Fiduciário: credor que recebe a propriedade e a posse indireta do bem.
Fiduciante: devedor que entrega a propriedade do bem e guarda para si a posse direta.
Na propriedade fiduciária, ocorre o desdobramento da relação possessória, sendo o credor fiduciário possuidor indireto, e o devedor fiduciante o possuidor direto.
Objeto:
bem móvel infungível. Há possibilidade de propriedade fiduciária incidente em bem imóvel na hipótese da alienação fiduciária da Lei 9.154/97. No entanto, a essas propriedades especiais, aplica-se a legislação específica, sendo o Código Civil mera fonte subsidiária, consoante disposto no art. 1.368-A, CC.
PROPRIEDADE FIDUCIÁRIA
A propriedade fiduciária tem por causa um negócio fiduciário, que é composto de dois elementos: 
a) de natureza real, que determina a transmissão do direito ou da propriedade; 
b) de natureza obrigacional, relativo à restituição, ao transmitente ou a terceiro, do bem, após exaurido o objeto do contrato. 
São características da propriedade fiduciária:
a) resolubilidade (condição: adimplemento do contrato);
b) transmissão da propriedade ao credor do negócio fiduciário;
c) transmissão da posse indireta ao credor fiduciário, através de constituto possessório;
d) permanência do devedor fiduciante como possuidor direto;
e) o bem objeto da propriedade fiduciária é utilizado como garantia ao adimplemento do negócio fiduciário;
f) devolução da propriedade e da posse indireta (traditio brevi manu) ao devedor uma vez adimplida a obrigação principal.
PROPRIEDADE FIDUCIÁRIA
Direitos e deveres. Conseqüências do inadimplemento do contrato.
Art. 1.363. Antes de vencida a dívida, o devedor, a suas expensas e risco, pode usar a coisa segundo sua destinação, sendo obrigado, como depositário:
I - a empregar na guarda da coisa a diligência exigida por sua natureza;
II - a entregá-la ao credor, se a dívida não for paga no vencimento.
Art. 1.364. Vencida a dívida, e não paga, fica o credor obrigado a vender, judicial ou extrajudicialmente, a coisa a terceiros, a aplicar o preço no pagamento de seu crédito e das despesas de cobrança, e a entregar o saldo, se houver, ao devedor.
Art. 1.365. É nula a cláusula que autoriza o proprietário fiduciário a ficar com a coisa alienada em garantia, se a dívida não for paga no vencimento.
Parágrafo único. O devedor pode, com a anuência do credor, dar seu direito eventual à coisa em pagamento da dívida, após o vencimento desta.
Art. 1.366. Quando, vendida a coisa, o produto não bastar para o pagamento da dívida e das despesas de cobrança, continuará o devedor obrigado pelo restante.
Para que o credor exerça o direito de executar a garantia, deve constituir o devedor em mora. Somente com tal constituição é que surge o interesse de agir para a ação de busca e apreensão. Não cabe falar em equiparação do devedor fiduciário com o fiel depositário, muito menos em prisão civil, máxime pela Súmula Vinculante nº 25.
AVALIAÇÃO
Uma confecção de São Paulo encomendou a umaoutra empresa a confecção de diversas etiquetas para serem acrescentadas aos seus produtos. Quanto às etiquetas, após costuradas nos produtos, pode-se afirmar que houve o fenômeno da adjunção ou da especificação? Justifique sua resposta.
AVALIAÇÃO
Sobre as causas de perda da propriedade, pode-se afirmar que:
a.     O abandono que dá origem à res derelicta não autoriza a perda da propriedade móvel ou imóvel.
b.     A desapropriação é forma de perda da propriedade e só pode ter como fundamento necessidade e interesse público.
c.     A renúncia à propriedade é considerada negócio jurídico bilateral pelo qual o titular expressa a vontade de excluir a coisa de seu patrimônio, gerando efeitos independente do registro do ato renunciativo, ainda que o bem seja imóvel.
d.     A desapropriação indireta não pode ser considerada forma de esbulho possessório, uma vez que o Poder Público não se sujeita aos interditos.
e.     Não há direito sem objeto, portanto, perecendo a coisa móvel ou imóvel extinta estará a respectiva propriedade.
AVALIAÇÃO
Sobre a desapropriação é correto afirmar que:
a.     A desapropriação é uma das formas de perda voluntária do domínio para atender necessidade ou utilidade pública ou interesse social.
b.     Todos os bens móveis ou imóveis, corpóreos ou incorpóreos, podem ser objeto de desapropriação. No entanto, os direitos de personalidade não são passíveis de desapropriação.
c.     O desapropriado não terá direito de preferência caso a Administração Pública desista de dar finalidade pública prevista no ato desapropriatório.
d.     Utilidade pública possui a conotação de urgência, algo indispensável para suprir carências. Necessidade é a qualidade do que acrescenta, dá funcionalidade, mas não se revela imprescindível.
e.     O apossamento administrativo é considerada prática lícita e admitida pelo ordenamento brasileiro. (art. 1276 CC)

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