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Parnasianismo e Simbolismo na poesia brasileira

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Exercício
1. Dentre as sugestões que Bilac extraiu dos parnasianos
franceses, destaca-se o princípio da objetividade constru-
tiva, que implica a idéia de que a poesia resulta antes do
esforço de composição do que da inspiração. Esse esforço
pressupõe a tentativa de aplicar à poesia certos princípios da
pintura e da arquitetura, tal como se observa no soneto “A
Um Poeta”, de Tarde, editado em 1919, logo após a morte
do poeta. Assinale a melhor alternativa sobre o seu sentido.
Longe do estéril turbilhão da rua,
Beneditino, escreve! No aconchego
Do claustro, na paciência e no sossego,
Trabalha, e teima, e lima, e sofre, e sua!
Mas que na forma se disfarce o emprego
Do esforço; e a trama viva se construa
De tal modo, que a imagem fique nua,
Rica mas sóbria, como um templo grego.
Não se mostre na fábrica o suplício
Do mestre. E, natural, o efeito agrade,
Sem lembrar os andaimes do edifício:
Porque a Beleza, gêmea da Verdade,
Arte pura, inimiga do artifício,
É a força e a graça na simplicidade.
a) Texto sobre desenho: o frade Beneditino deve desenhar
com equilíbrio e perfeição, tal como fizeram os gregos,
que atingiram a Beleza e a Verdade em seus edifícios.
b) Texto metalingüístico: o objetivo da arte é a Beleza e a
Verdade, que são efeitos produzidos pelo texto eficiente,
aquele que esconde o esforço técnico do artista (= arti-
fício).
ALFA-5 ★ 850750509 149 ANGLO VESTIBULARES
Aula 35
PARNASIANISMO E SIMBOLISMO
setor 1522
15220509
15220509-SP
PARNASIANISMO
CARACTERÍSTICAS OLAVO BILAC (1865-1918)
• Oposição ao Romantismo:
✓ objetividade OBRA POÉTICA
✓ impassibilidade • Poesias, 1888
• Descritivismo • Tarde, 1919
• Plasticidade:
✓ poesia-pintura TEMÁTICA
✓ poesia-escultura • A poesia: metalinguagem
• Linguagem elegante e esmerada • A mulher e o amor (erotismo)
• Formalismo: rigor e perfeição formal • Assuntos greco-romanos
• Esteticismo: Arte pela Arte • Assuntos cívicos e patrióticos
• Universalismo:
✓ Tradição clássica (forma e conteúdo)
✓ Exotismo (orientalismo)
ESTILO
• Face ortodoxa: Parnasianismo
• Face heterodoxa:
✓ forma parnasiana
✓ conteúdo neo-romântico
Alberto de Oliveira Raimundo Correia
c) Metalinguagem: ao falar do templo grego, o poeta pretende insinuar que a Beleza e a Verdade decorrem da simplicidade de
inspiração (= inimiga do artifício), de onde nasce a força universal dos clássicos.
d) Texto metalingüístico: proposta de volta aos padrões clássicos de Beleza, que se assemelham à crença de um frade Beneditino
em seu esforço religioso.
e) Metalinguagem: fusão de literatura, arte plástica e liturgia (= frade Beneditino), todas dependem do esforço para a
obtenção da Beleza, que é gêmea da verdade e inimiga do artifício.
ALFA-5 ★ 850750509 150 ANGLO VESTIBULARES
SIMBOLISMO
NOÇÕES FUNDAMENTAIS
• Arte = sugestão
• Palavra = símbolo das coisas
• Coisas = mistério
• Poesia = expressão do mistério = dizer o indizível
• Senso de efemeridade: ser é não-ser
ATITUDES GERAIS
• Anseio de Absoluto: espiritualismo
• Escapismo: sonho; loucura; morte
• Ilogismo
ESTILO
• Expressões vagas e insólitas
• Versos nominais
• Reticências
• Iniciais maiúsculas (universalismo)
• Parataxe (sintaxe de coordenação)
• Sensorialismo:
✓ Musicalidade (aliterações e assonâncias)
✓ Cromatismo
✓ Sinestesias (mistura de sensações)
PORTUGAL
• Eugênio de Castro: Oaristos, 1890
• Antônio Nobre: Só, 1892
• Camilo Pessanha: Clepsidra, 1920
BRASIL
• Cruz e Sousa (1861-1898)
✓ Missal e Broquéis, 1893
✓ Faróis, 1900
✓ Últimos sonetos, 1905
• Alphonsus de Guimaraens (1870-1921)
✓ Dona mística, 1899
✓ Setenário das dores de Nossa Senhora, 1899
✓ Kyriale, 1902
✓ Pastoral aos crentes do amor e da morte, 1923
Cruz e Souza
Exercícios
2. Leia as seguintes estrofes de “Antífona”, de Cruz e Sousa,
observe as asserções e assinale a alternativa correta:
Ó Formas alvas, brancas, Formas claras
De luares, de neves, de neblinas!...
Ó Formas vagas, fluidas, cristalinas...
Incensos dos turíbulos das aras. 
[...]
Indefiníveis músicas supremas,
Harmonias da Cor e do Perfume...
Horas do Ocaso, trêmulas, extremas, 
Réquiem do Sol que a Dor da Luz resume...
[...]
Infinitos espíritos dispersos,
Inefáveis, edênicos, aéreos,
Fecundai o Mistério destes versos
Com a chama ideal de todos os mistérios.
Tudo! Vivo e nervoso e quente e forte,
Nos turbilhões quiméricos do Sonho,
Passe, cantando, ante o perfil medonho
E o tropel cabalístico da Morte...
I. O poema propõe uma poesia baseada na sugestão, na
musicalidade e na abstração. Ao abandonar a precisão re-
ferencial do Parnasianismo, a poética simbolista volta-se
para o ideal da insinuação, da alusão onírica de realidades
mais próprias do sujeito que do objeto. Mallarmé dirá,
em franca oposição à prática parnasiana: “sugerir, eis o
sonho”.
II. A poética simbolista implica o culto do mistério, do sonho
e da crença nas forças inconscientes da imaginação,
representadas no signo verbal por meio da musicalidade,
que se obtém por rigorosa construção de poemas que
desencadeiam efeitos de sensorialidade musical, como se
percebe no verso “Horas do Ocaso, trêmulas, extremas”. 
III. “Antífona” está para o Simbolismo brasileiro assim co-
mo “Profissão de Fé” está para o Parnasianismo, pois
ambos os poemas funcionam como manifestos das
respectivas estéticas. “Antífona”, sendo uma proposta
literária, está no primeiro livro simbolista de Cruz e
Sousa: Faróis.
a) Todas estão corretas.
b) Todas estão incorretas.
c) Somente I e III estão corretas.
d) Somente I e II estão corretas.
e) Somente II e III estão corretas. 
3. Observe o verso de Alphonsus de Guimaraens: “Ó sonora
audição colorida do aroma”. Nele, observa-se um procedi-
mento típico do Simbolismo, que consiste na fusão dos
sentidos por meio de uma só expressão verbal. O procedi-
mento ocorre também no verso “Harmonias da Cor e do
Perfume”, lido em “Antífona”. Trata-se de:
a) Sinestesia. d) Eco.
b) Assonância. e) Metonímia.
c) Aliteração.
• Faça os exercícios 1 a 10, série 9.
• Faça os exercícios 1 a 5, 15 a 20, série 10.
• Leia o capítulo 9, Parnasianismo.
• Leia o capítulo 10, Simbolismo.
• Faça os exercícios 11 a 19, série 9.
• Faça os exercícios 6 a 14, 21 a 30, série 10.
Tarefa Complementar
Tarefa Mínima
� Livro 3
Caderno de Exercícios — Unidade III
ORIENTAÇÃO DE ESTUDO
ALFA-5 ★ 850750509 151 ANGLO VESTIBULARES
PRÉ-MODERNISMO (1902-1922)
SITUAÇÃO HISTÓRICA
• República Velha
• Revoltas populares
• “Belle Époque”
• I Grande Guerra
• Revolução Bolchevique
CARACTERÍSTICAS
• Materialismo cientificista
• Visão crítica da realidade brasileira
ESTILO
• Prosa: permanência do Realismo e do Naturalismo
• Poesia: mescla de Parnasianismo e Simbolismo
• Experiências precursoras da linguagem modernista na poesia e na prosa.
EUCLIDES DA CUNHA (1866-1909)
OS SERTÕES, 1902
EEssttrruuttuurraa ddeetteerrmmiinniissttaa::
• 1ª- parte: “A Terra” — meio
• 2ª- parte: “O Homem” — raça
• 3ª- parte: “A Luta” — momento
TTeemmááttiiccaa::
• Os dois Brasis (litoral e sertão)
• A Guerra de Canudos
Estilo: “Barroco científico”
LIMA BARRETO (1881-1922)
TRISTE FIM DE POLICARPO QUARESMA, 1915
• A vida suburbana
• O parasitismo da burocracia
• Incompetência, corrupção e hipocrisia de
políticos e do governo
• Mediocridade e autoritarismo dos militares
• Quixotismo patriótico
• Coloquialismo
ALFA-5 ★ 850750509 152 ANGLO VESTIBULARES
Aulas 36 a 38
PRÉ-MODERNISMO: EUCLIDES DA CUNHA, LIMA BARRETO, MONTEIRO LOBATO E AUGUSTO DOS ANJOS
Os sertões (1902)
Euclides da Cunha
Canaã (1902)
Graça Aranha
Antônio Conselheiro
Exercícios
1. Leia o seguinte trecho de Os Sertões, observe as asserções
e assinale a alternativa correta.
Os menores vinham às costas dos soldados agarrados
às grenhas despenteadas há três meses daqueles valentesque havia meia hora ainda jogavam a vida nas trincheiras e
ali estavam, agora, resolvendo desastradamente, canhestras
amas-secas, o problema difícil de carregar uma criança. Uma
megera1 assustadora, bruxa rebarbativa2 e magra — a ve-
lha mais hedionda3 talvez destes sertões — a única que ale-
vantava a cabeça espalhando sobre os espectadores, como
faúlhas4, olhares ameaçadores; e nervosa e agitante5, ágil
apesar da idade, tendo sobre as espáduas de todo despidas,
emaranhados, os cabelos brancos e cheios de terra, — rom-
pia, em andar sacudido, pelos grupos miserandos, atraindo a
atenção geral. Tinha nos braços finos uma menina, neta,
bisneta, tataraneta talvez. E essa criança horrorizava. A sua
face esquerda fora arrancada, havia tempos, por um esti-
lhaço de granada; de sorte que os ossos dos maxilares se
destacavam alvíssimos, entre os bordos6 vermelhos da feri-
da já cicatrizada... A face direita sorria. E era apavorante
aquele riso incompleto e dolorosíssimo aformoseando7 uma
face e extinguindo-se repentinamente na outra, no vácuo de
um gilvaz8. 
Aquela velha carregava a criação mais monstruosa da
campanha9. Lá se foi com o seu andar agitante, de atáxica10,
seguindo a extensa fila de infelizes...
Notas: 1. Mulher cruel, feia, imunda. 2. Que parece ter duas barbas, exces-
sivo, repugnante. 3. Imunda, asquerosa. 4. Faísca, centelha. 5. Que agita, per-
turbador. 6. Lado, face, borda. 7. Embelezando. 8. Golpe ou cicatriz no rosto.
9. Guerra, expedição. 10. Sem coordenação motora.
I. Pelo contexto, trata-se de fragmento da terceira parte:
“A Luta”, em que se narra propriamente a Guerra de
Canudos. O trecho pertence aos momentos finais do
livro, em que desfilam os derrotados.
II. Em Os Sertões, há passagens dominadas por termos
técnico-científicos, passagens com acúmulos de vocá-
bulos do português erudito e passagens jornalísticas, em
que a linguagem é bastante direta e não muito difícil
para os padrões da época. O trecho lido exemplifica essa
terceira hipótese.
III. Ao acentuar os aspectos desagradáveis de uma vítima
da guerra, o autor pretende denunciar os horrores da
campanha da República contra os sertanejos, e não
apenas exibir vocação para o grotesco.
a) Todas estão corretas.
b) Todas estão erradas.
c) Somente I está correta.
d) Somente II está correta.
e) Somente I e III estão corretas.
ALFA-5 ★ 850750509 153 ANGLO VESTIBULARES
MONTEIRO LOBATO (1882-1948)
URUPÊS (1918), CIDADES MORTAS (1919)
E NEGRINHA (1920)
• Regionalismo
• Decadência do Vale do Paraíba
• O caipira (Jeca Tatu) e a vida cabocla
• Cultura e crendices populares (folclore)
• Humor/Ironia
• Coloquialismo/Purismo lingüístico
AUGUSTO DOS ANJOS (1884-1914)
EU, (1912)
• Virtuosismo e experimentalismo
• Expressionismo (o grotesco e o bizarro)
• Materialismo e ateísmo
• Temática metafísica e escatológica
• Cientificismo
• Pessimismo
• Niilismo
2. Leia o seguinte trecho de Triste Fim de Policarpo Quaresma,
observe as asserções e assinale a alternativa correta.
Os militares estavam contentes, especialmente os pe-
quenos, os alferes, os tenentes e os capitães. Para a maioria
a satisfação vinha da convicção de que iam estender a sua
autoridade sobre o pelotão e a companhia, a todo esse re-
banho de civis; mas, em outros muitos havia sentimento
mais puro, desinteresse e sinceridade. Eram os adeptos des-
se nefasto1 e hipócrita positivismo, um pedantismo tirânico,
limitado e estreito, que justificava todas as violências, todos
os assassínios, todas as ferocidades em nome da manuten-
ção da ordem, condição necessária, lá diz ele, ao progresso e
também ao advento do regime normal, religião da humani-
dade, a adoração do grão-fetiche2, com fanhosas músicas de
cornetins e versos detestáveis, o paraíso, enfim, com inscri-
ções em escritura fonética e eleitos calçados com sapatos de
sola de borracha!...
Os positivistas discutiam e citavam teoremas de mecâ-
nica para justificar as suas idéias de governo, em tudo seme-
lhantes aos canatos3 e emirados4 orientais. 
A matemática do positivismo foi sempre um puro fala-
tório que, naqueles tempos, amedrontava toda a gente. Ha-
via mesmo quem estivesse convencido que a matemática
tinha sido feita e criada para o positivismo, como se a Bíblia
tivesse sido criada unicamente para a Igreja Católica e não
também para a Anglicana. O prestígio dele era, portanto,
enorme.
Notas: 1. Que causa mau, trágico, funesto, danoso. 2. Objeto ao qual se
atribui poder sobrenatural; alusão a Augusto Comte, criador do positivismo,
ou a seus representantes nas igrejas positivistas, a quem se prestava obediên-
cia cega. 3. Território que pertence à jurisdição de um Khan, entre os tár-
taros. 4. Território dirigido por um emir, entre os árabes. 
I. O texto exemplifica a franqueza com que Lima Barreto
se confundia com seus narradores, expondo suas idéias
sobre cultura, sociedade e política. Pode ser considerado
uma interpolação panfletária na ficção propriamente
dita, o que era incomum em seus romances.
II. Trata-se de uma sátira contra o exército, que fundava
seus princípios no positivismo. Havia nessa instituição
os aproveitadores do regime de exceção política (o au-
toritarismo de Floriano Peixoto na época da Revolta
da Armada), mas havia também os autênticos, que re-
presentavam a facção respeitável do exército.
III. O texto alude com respeito à inscrição da bandeira
nacional brasileira, desvinculando-a de sua origem
positivista, mas não poupa o aspecto pseudo-científico
do positivismo.
a) Todas estão corretas.
b) Todas estão incorretas.
c) Somente I está correta.
d) Somente I e III estão corretas.
e) Somente I e II estão corretas. 
Texto para a questão 3
UM HOMEM DE CONSCIÊNCIA
Chamava-se João Teodoro, só. O mais pacato e modesto
dos homens. Honestíssimo e lealíssimo, com um defeito
apenas: não dar o mínimo valor a si próprio. Para João
Teodoro, a coisa de menos importância no mundo era João
Teodoro.
Nunca fora nada na vida nem admitia a hipótese de vir a ser
alguma coisa. E por muito tempo não quis nem sequer o que
todos ali queriam: mudar-se para terra melhor.
Mas João Teodoro acompanhava com aperto de coração o
deperecimento visível de sua Itaoca.
Isto já foi muito melhor, dizia consigo. Já teve três
médicos bem bons — agora só um e bem ruinzote. Já teve
seis advogados e hoje mal dá serviço para um rábula ordinário
como o Tenório. Nem circo de cavalinhos bate mais por aqui. A
gente que presta se muda. Fica o restolho. Decididamente, a
minha Itaoca está se acabando…
João Teodoro entrou a incubar a idéia de também mudar-
se, mas para isso necessitava dum fato qualquer que o
convencesse de maneira absoluta de que Itaoca não tinha mais
conserto ou arranjo possível.
— É isso, deliberou lá por dentro. Quando eu verificar
que tudo está perdido, que Itaoca não vale mais nada de nada
de nada, então eu arrumo a trouxa e boto-me fora daqui.
Um dia aconteceu a grande novidade: a nomeação de João
Teodoro para delegado. Nosso homem recebeu a notícia como
se fosse uma porretada no crânio. Delegado ele! Ele que não
era nada, nunca fora nada, não queria ser nada, não se julgava
capaz de nada…
Ser delegado numa cidadezinha daquelas é coisa serís-
sima. Não há cargo mais importante. É homem que prende os
outros, que solta, que manda dar sovas, que vai à capital falar
com o governo. Uma coisa colossal ser delegado — e estava
ele, João Teodoro, de-le-ga-do de Itaoca!…
João Teodoro caiu em meditação profunda. Passou a
noite em claro, pensando e arrumando as malas. Pela madru-
gada botou-os num burro, montou no seu cavalo magro e
partiu.
— Que é isso, João? Para onde se atira tão cedo, assim
de armas e bagagens?
— Vou-me embora, respondeu o retirante. Verifiquei que
Itaoca chegou mesmo ao fim.
— Mas, como? Agora que você está delegado?
— Justamente por isso. Terra em que João Teodoro che-
ga a delegado, eu nãomoro. Adeus.
E sumiu.
(Lobato, Monteiro. Cidades Mortas. São Paulo, 
Editora Brasiliense, 2004, 26ª- edição, pp. 167-8)
3. (Ibmec) Este texto de Lobato é legítimo representante do
Pré-Modernismo brasileiro por:
a) ir ao encontro das idéias parnasianas, principalmente
no que se refere à estrutura formal e temática, daí tre-
chos descritivos tão intensos.
b) trazer, nas entrelinhas, a denúncia do escândalo do pe-
tróleo junto às cidades do norte do Vale do Paraíba.
c) trabalhar uma linguagem subjetiva, carregada de figu-
ras estilísticas que forçam a interpretação do leitor em
busca das mensagens subliminares.
ALFA-5 ★ 850750509 154 ANGLO VESTIBULARES
d) ser uma denúncia clara da realidade brasileira e do des-
caso das autoridades em relação às cidades do norte
paulista do Vale do Paraíba que o autor assim caracte-
riza: “onde tudo foi e nada é. Não se conjugam verbos
no presente. Tudo é pretérito. (…) cidades moribun-
das arrastam um viver decrépito, gasto em chorar na
mesquinhez de hoje as saudosas grandezas de dantes”.
e) apresentar diálogos objetivos que obedecem à norma
culta da língua portuguesa e reforçam a criação de
tipos humanos marginalizados — já que João Teodoro,
mudando de cidade, passa a ser Jeca Tatu.
4. Leia o soneto de Augusto dos Anjos, observe as asserções
e assinale a alternativa correta.
Psicologia de um Vencido 
Eu, filho do carbono1 e do amoníaco2,
Monstro de escuridão e rutilância3,
Sofro, desde a epigênesis4 da infância,
A influência má dos signos do zodíaco5. 
Profundissimamente hipocondríaco6,
Este ambiente me causa repugnância...
Sobe-me à boca uma ânsia análoga à ânsia
Que se escapa da boca de um cardíaco. 
Já o verme — este operário das ruínas —
Que o sangue podre das carnificinas7
Come, e à vida em geral declara guerra,
Anda a espreitar meus olhos para roê-los,
E há de deixar-me apenas os cabelos,
Na frialdade inorgânica da terra.
Notas: 1. Um dos principais constituintes da matéria orgânica. 2. Gás que se
encontra nas matérias em decomposição. 3. Brilho. 4. Teoria da geração dos
seres por estágios graduais. No texto, pode significar apenas origem. 5. Zona
da esfera celeste dividida ao meio pela elíptica e que contém as doze
constelações, representadas por animais, que o Sol parece percorrer durante
um ano. Conjunto dos signos que compõe uma carta astrológica. 6. Melan-
cólico, doentio. 7. Grande quantidade de corpos mortos; matança. 
I. O poema contém os elementos centrais da poética de
Augusto dos Anjos, que, basicamente, se funda na
adoção pessoal do vocabulário científico para produzir
o efeito poético de angústia existencial diante da ine-
xorabilidade das leis da natureza. 
II. Os quartetos caracterizam-se pela adoção de vocábulos
dominantemente coloquiais, em contraste evidente com
os tercetos, em que se acentua a preferência por termos
técnico-científicos. 
III. No segundo quarteto, demonstra-se o princípio de que
um verso decassílabo necessariamente requer diversos
vocábulos, processo em que o poeta demonstra grande
virtuosismo técnico.
a) Todas estão corretas.
b) Todas estão incorretas.
c) Somente I e II estão corretas. 
d) Somente I está correta.
e) Somente I e III estão corretas.
• Leia o capítulo 11 — Pré-Modernismo —, do início até os itens
relativos a Lima Barreto.
• Resolva os exercícios 1, 2, 3, 14, 17, 18 e 19, série 11.
• Leia, no capítulo 11, os itens relativos a Monteiro Lobato e Augusto
dos Anjos.
• Resolva os exercícios 5 a 11, série 11.
• Resolva os exercícios 12, 13, 16, 20 a 23, série 11.
• Resolva os exercícios 24 a 26, 32 a 34, série 11.
• Resolva os exercícios 27 a 30, 38 a 40, série 11.
• Resolva os exercícios 4, 15, 31, 35 a 37, série 11.
AULA 38
AULA 37
AULA 36
Tarefa Complementar
AULA 38
AULA 37
AULA 36
Tarefa Mínima
� Livro 3
Caderno de Exercícios — Unidade III
ORIENTAÇÃO DE ESTUDO
ALFA-5 ★ 850750509 155 ANGLO VESTIBULARES
VANGUARDAS ARTÍSTICAS EUROPÉIAS
MODERNIDADE CUBISMO FUTURISMO
• Sociedade industrial
• Velocidade
• Fragmentação
• Simultaneísmo
• Pluriperspectivismo
• Primitivismo
• Irracionalismo (o inconsciente)
• Arte = deformação da realidade
EXPRESSIONISMO DADAÍSMO SURREALISMO
MODERNISMO EM PORTUGAL
• 1915, marco inicial do Modernismo lusitano: publicação da revista Orpheu. Daí deriva o vo-
cábulo “orfismo”, com o significado de movimento modernista português.
• “Sensacionismo”, “paulismo” e “interseccionismo” são nomes que designam correntes desse movi-
mento literário.
• Polêmica contra o saudosismo de Teixeira de Pascoaes, que predominava na literatura portu-
guesa do início do século XX.
• Introdução de idéias e práticas artísticas das vanguardas, especialmente do futurismo: verso
livre, coloquialismo, prosaísmo, paródia e demais noções associadas à idéia de modernidade.
• Autores e obras de destaque:
✓ Fernando Pessoa (1888-1935): Obra completa.
✓ Mário de Sá-Carneiro (1890-1916): Dispersão, 1914; A confissão de Lúcio, 1914; Céu em
fogo, 1915.
✓ Almada Negreiros (1893-1970): Nome de guerra, 1938.
SEGUNDA GERAÇÃO TERCEIRA GERAÇÃO
• 1927: Revista Presença • 1940: Neo-Realismo
• Autor e obra destacados: • Autor e obra destacados:
✓ José Régio (1901-1969): Poemas de Deus e do Diabo, 1925 ✓ Alves Redol (1911-1969): Gaibéus, 1940
ALFA-5 ★ 850750509 156 ANGLO VESTIBULARES
Aula 39
VANGUARDAS ARTÍSTICAS EUROPÉIAS E MODERNISMO EM PORTUGAL
Senhoritas de Avignon, Picasso Trem Armado, Severini
O Grito, Munch Fonte, Duchamp A Reprodução Proibida,
Magritte
Exercícios
1. (ENEM-adaptada)
a) O autor da tira utilizou os princípios de composição de um
conhecido movimento artístico para representar a ne-
cessidade de um mesmo observador aprender a consi-
derar, simultaneamente, diferentes pontos de vista. Iden-
tifique esse movimento e cite os nomes de seus principais
representantes.
No primeiro quadrinho da tira, Calvin começa a “ver os
dois lados da questão” em tudo. No segundo, ele anun-
cia que o “tradicional único ponto de vista foi aban-
donado! A perspectiva foi fraturada”. Essas conside-
rações associam-se ao Cubismo, vanguarda artística 
européia, surgida em 1907. As principais propostas
desse movimento eram o abandono da mimesis aristo-
télica, a ruptura com a perspectiva tradicional, o uso de
formas geométricas que corresponderiam à decom-
posição e à fratura da realidade. Dentre os artistas
mais importantes do movimento, estão Pablo Picasso, 
Georges Braque, Marcel Duchamp, G. Appolinaire. Den-
tre os brasileiros que praticaram livremente as propos-
tas do Cubismo, contam-se Vicente do Rego Monteiro, 
Tarsila do Amaral e Oswald de Andrade, além de outros. 
b) Das obras reproduzidas, todas de autoria do pintor espa-
nhol Pablo Picasso, aponte aquela em cuja composição foi
adotado um procedimento semelhante.
Texto para as questões 2 e 3
Ah, poder exprimir-me todo como um
motor se exprime!
Ser completo como uma máquina!
Poder ir na vida triunfante como um
automóvel último modelo!
(Fernando Pessoa, Álvaro de Campos.) 
2. Assinale a alternativa correta a respeito do texto:
a) A oralidade, o versilibrismo e a exaltação da máquina
não bastam para caracterizar o texto como mani-
festação da vanguarda européia do início do século XX. 
b) O traço tipicamente vanguardista do texto decorre da
imagem contida no verso final, em que se reflete sobre
a necessidade da velocidade na vida cotidiana.
c) O texto pode ser entendido como manifestação da
vanguarda do início do século XX, sobretudo por causa
da idéia de que o poeta deve ser expressivo e autên-
tico.
d) O principal traço vanguardista do texto resulta da ado-
ção do verso livre e da identidade da voz poética com a
máquina.
e) O tema da máquina aproxima o texto das vanguardas
do início do século XX, mas sua configuração verbal
impossibilita verdadeira identidadeentre ambos.
3. Na apóstrofe contida nos versos de Álvaro de Campos, a
voz lírica toma a máquina como parâmetro de excelência
existencial, sugerindo que a tecnologia acabou por pro-
duzir a totalidade que faltava ao homem moderno. Res-
ponda:
Os pobres
na praia
(C)
Marie-Thérèse
apoiada no
cotovelo
(E)
Retrato de
Françoise
(B)
Os dois
saltimbancos
(D)
Os amantes
(A)
TUDO COMEÇOU QUANDO CALVIN
PARTICIPOU DE UM PEQUENO
DEBATE COM O SEU PAI! LOGO
CALVIN PODIA VER OS DOIS
LADOS DA QUESTÃO! ENTÃO O
POBRE CALVIN COMEÇOU A VER
OS DOIS LADOS DE TUDO!
O TRADICIONAL ÚNICO PONTO
DE VISTA FOI ABANDONADO!
A PERSPECTIVA FOI FRATURADA!
Adaptado de WATTERSON, Bill. Os dez anos de Calvin e Haroldo. V.2,
São Paulo: Best News, 1996.
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a) Essa visão das coisas aproxima o texto de uma cor-
rente específica da vanguarda européia do início do sé-
culo XX. De que corrente se trata? Qual seria um traço
formal do texto que justifica essa aproximação?
Trata-se do Futurismo. O traço formal típico dessa 
corrente presente no texto é a adoção do verso livre. 
Outro traço formal importante é a ênfase da elo- 
cução, indicada pelos sinais de exclamação no 
final de cada verso. 
b) Observe os quadros de Picasso apresentados no pri-
meiro exercício desta aula. Assim como o fragmento de
Álvaro de Campos recusa os dispositivos tradicionais da
métrica e da rima, a pintura de Picasso abandona a no-
ção de perspectiva. Qual seria uma razão possível para
essa ruptura?
De fato, é possível traçar um paralelo entre a recusa 
da métrica e da rima em literatura com o abandono 
da perspectiva nas artes plásticas. Um e outro 
podem ser interpretados como um passo em favor 
da autenticidade das vanguardas. Prende-se a isso 
a idéia de desautomatização inerente ao conceito 
de arte moderna.
c) Como se sabe, o tipo de ruptura abordada nos itens an-
teriores iniciou-se no Brasil por meio da Semana de Arte
Moderna. Quando e por meio de que veículo teve início
em Portugal? Além de Fernando Pessoa, mencione dois
outros autores que se envolveram nesse processo.
As rupturas de vanguarda foram introduzidas em 
Portugal por meio da revista Orpheu, editada em 
Lisboa, em 1915. Além de Fernando Pessoa, parti-
ciparam dela Mário de Sá-Carneiro e Almada Negreiros,
entre outros. 
• Leia, no capítulo 12, os itens “Apresentação”, “Panorama histórico-
literário”, “Vanguardas artísticas européias” e “O modernismo em
Portugal”.
• Resolva os exercícios 1, 21 a 24 e 27, série 12.
Tarefa Complementar
Tarefa Mínima
� Livro 3
Caderno de Exercícios — Unidade III
ORIENTAÇÃO DE ESTUDO
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Exercícios
Texto para os exercícios 1 e 2 
Os Avisos 
Terceiro
Escrevo meu livro à beira-mágoa. 
Meu coração não tem que ter. 
Tenho meus olhos quentes de água. 
Só tu, Senhor, me dás viver.
Só te sentir e te pensar 
Meus dias vácuos enche e doura. 
Mas quando quererás voltar? 
Quando é o Rei? Quando é a Hora? 
Quando virás a ser o Cristo 
De a quem morreu o falso Deus, 
E a despertar do mal que existo 
A Nova Terra e os Novos Céus?
Quando virás, ó Encoberto, 
Sonho das eras português, 
Tornar-me mais que o sopro incerto 
De um grande anseio que Deus fez? 
Ah, quando quererás, voltando, 
Fazer minha esperança amor? 
Da névoa e da saudade quando? 
Quando, meu Sonho e meu Senhor? 
(Fernando Pessoa. Mensagem. “O Encoberto”, 3ª- parte.) 
1. Identifique a figura de pensamento contida no verso “Só tu,
Senhor, me dás viver.”
Esse verso contém a figura de pensamento chama-
da apóstrofe, por meio da qual o eu lírico interpela,
direta e veementemente, um suposto interlocutor. 
No caso, uma figura histórica transformada em 
personagem mítica.
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Aula 40
FERNANDO PESSOA ELE-MESMO (POESIA ORTÔNIMA)
FERNANDO PESSOA (1888-1935)
POESIA ORTÔNIMA: FERNANDO PESSOA ELE-MESMO
I. ÉPICA: MENSAGEM, 1934
• Partes:
✓ 1ª- “Brasão”
✓ 2ª- “Mar Português”
✓ 3ª- “O Encoberto”
• Estrutura fragmentária:
44 poemas = 1 poema
• Fusão de gêneros (épico e lírico)
• Celebração de mitos, heróis e grandes
feitos lusitanos
• Simbologia esotérica: hermetismo
• Nacionalismo místico:
✓ Sebastianismo (mito português)
✓ Quinto Império (mito bíblico associa-
do ao sebastianismo)
• Intertextualidade/Paródia
(Os Lusíadas)
• Linguagem clássica
• Formas tradicionais e formas livres
II. LÍRICA
• Anti-sentimentalismo
• Racionalismo: análise de emoções
• Neo-Simbolismo: musicalidade sugestiva
(influência de Camilo Pessanha)
• Metalinguagem
• Coloquialismo
• Formas tradicionais:
✓ Estrofes rimadas (quadras ou quinti-
lhas)
✓ Metros curtos ou versos decassílabos
• Formas livres (Modernismo)
✓ Versos livres
✓ Prosaísmo
2. Identifique o interlocutor evocado e explique sua função
no poema.
Trata-se de D. Sebastião, rei português desapareci-
do, em 1578, na batalha de Alcácer-Quibir. Sua fun-
ção no poema é a de um messias muito desejado, 
cujo regresso ao mundo viria inaugurar uma nova era 
de grandeza para Portugal.
Texto para o exercício 3 
Liberdade
Ai que prazer 
Não cumprir um dever. 
Ter um livro para ler 
E não o fazer! 
Ler é maçada, 
Estudar é nada. 
O sol doira 
Sem literatura. 
O rio corre, bem ou mal, 
Sem edição original. 
E a brisa, essa, 
De tão naturalmente matinal, 
Como tem tempo não tem pressa... 
Livros são papéis pintados com tinta. 
Estudar é uma coisa em que está indistinta 
A distinção entre nada e coisa nenhuma. 
Quanto é melhor, quando há bruma, 
Esperar por D. Sebastião, 
Quer venha ou não! 
Grande é a poesia, a bondade e as danças... 
Mas o melhor do mundo são as crianças, 
Flores, música, o luar, e o sol, que peca 
Só quando, em vez de criar, seca. 
O mais que isto 
É Jesus Cristo, 
Que não sabia nada de finanças 
Nem consta que tivesse biblioteca.
(Fernando Pessoa ele-mesmo. Cancioneiro.) 
3. Nas primeiras estrofes, o eu lírico faz uma crítica aos li-
vros e à literatura, de modo geral. Essa crítica envolve a
poesia? Justifique sua resposta. 
Não, porque o próprio eu lírico faz, na quarta estrofe,
uma ressalva: “Grande é a poesia, a bondade e as
danças...”. Diante da natureza, considera a literatura
ornato inútil (“O sol doira / Sem literatura.”). Mas a
poesia, sendo natural, terá razão de ser e de existir.
• Leia, no capítulo 12 — Modernismo em Portugal —, os tópicos rela-
tivos a Fernando Pessoa, até “Poesia lírica: Cancioneiro” e seu res-
pectivo item de Leitura.
• Resolva os exercícios 4, 6, 14, 19, 30, 31, 33 e 35, série 12.
Tarefa Complementar
Tarefa Mínima
� Livro 3
Caderno de Exercícios — Unidade III
ORIENTAÇÃO DE ESTUDO
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