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Logística do Petróleo

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Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas
FMU
Jéssica Domingos Da Silva
Lucas Abner Santos Silva
Lucas Almeida De Andrade
Logística do Petróleo
São Paulo
2018
Jéssica Domingos Da Silva
Lucas Abner Santos Silva
Lucas Almeida De Andrade
Logística do Petróleo
Trabalho apresentado à disciplina de Geologia ao Centro Universitário Faculdades Metropolitanas Unidas, referente à avaliação continuada ministrada pelo professor Guillermo Ruperto Martín Cortés.
São Paulo, 19 de Abril de 2018.
São Paulo
2018
SUMÁRIO
 
INTRODUÇÃO
Este trabalho tem como objetivo apresentar os diferentes leques da logística do petróleo e suas vertentes, explicando seu conceito, definição e apresentando os diferentes tipos de logística. Procuramos mostrar a importância do profissional atuante da área além de deixar claro quão complexa a cadeia de suprimentos de petróleo, gás e biocombustíveis é, transparecendo assim a importância da logística nesse ramo para um melhor funcionamento e entendimento das suas ramificações.
O trabalho também objetiva a infraestrutura no setor do petróleo mostrando assim a grande diversidade dos tipos de transporte, métodos de operação e navios da Transpetro.
 Logística do Petróleo 
2. Conceito de Logística
2.1 Definição 
Logística é um ramo da gestão cujas atividades estão voltadas para o planejamento da armazenagem, circulação (terra, ar e mar) e distribuição de produtos.
 
2.1.1 Objetivos  
Um dos objetivos mais importantes da logística é conseguir criar mecanismos para entregar os produtos ao destino final num tempo mais curto possível, reduzindo os custos. 
2.1.1.1 Importância 
Com o desenvolvimento do capitalismo mundial, sobretudo a partir da Revolução Industrial, a logística tornou-se cada vez mais importante para as empresas num mercado competitivo. Isto ocorreu, pois a quantidade de mercadorias produzidas e consumidas aumentou muito, assim como o comércio mundial. 
3. Tipos de Logística 
3.1 Logística Reversa
A logística reversa é um ramo da logística que remete para a movimentação de um determinado produto, desde o ponto onde foi consumido até o ponto onde foi produzido. Como por exemplo, o serviço dos Correios, mais concretamente na remessa de documentos e mercadorias em devolução.
3.1.1 Logística Integrada
O conceito de logística integrada remete para uma integração dos processos de logística da empresa em sistemas que aumentam a eficiência da empresa, melhorando os seus resultados. A logística integrada deve abordar o custo do armazenamento dos materiais usados para criação do produto em questão. 
3.1.1.1 Logística Empresarial
Atualmente, a logística é conhecida como uma parte essencial nas empresas, é um departamento responsável pela gestão dos materiais, sejam eles de qualquer tipo. A logística administra recursos financeiros e materiais, planeja a produção, o armazenamento, transporte e distribuição desses materiais.
4. Papel do Profissional de Logística na Indústria do Petróleo.
Na indústria do petróleo e gás, a logística sempre foi fundamental, se tornando um dos fatores mais preciosos da área. Na produção offshore, por exemplo, sem a logística adequada nada funcionaria. Para extrair o petróleo em águas profundas é necessário um trabalho ainda em terra, verificando tudo que será essencial, para que a ação se realize. Sem isso poderiam ocorrem falhas no processo logístico,como, por exemplo, paradas de produção e atraso no cronograma de perfuração de determinado poço.
Em 2017, segundo uma pesquisa realizada pelo IBP (Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis), o numero de plataformas no Brasil era de 198, sendo 67 fixas e 96 flutuantes, com capacidade média de produção de 2.7 milhões/ barris diários. Diante desta produção torna-se necessária uma estratégia eficiente para a distribuição do petróleo para as refinarias, onde será processado e refinado. O petróleo originário das plataformas é transportado para as refinarias, através de navios ou dutos.
A empresa PB-LOG (Petrobras Logística de Exploração e Produção S.A), é responsável por grande parte das atividades logísticas no País. Sediada no Rio de Janeiro, seu objetivo é auxiliar nas operações marítimas na área de E&P no Brasil, alem de serviços correlatos. Para cumprir com seu objetivo estratégico, a PB-LOG tem a seu favor a maior infraestrutura de serviços de E&P disponível, cobrindo quase toda a costa nacional com bases de apoio logístico próximas aos principais campos de produção offshore. 
5. Métodos de Operação
5.1. Logística integrada: A PB-LOG tem a capacidade de integrar todas as atividades típicas da cadeia logística (terrestre, marítima e aérea). A empresa oferece uma variedade de serviços, incluindo a estocagem, armazenagem e transporte de equipamentos e materiais, a disponibilização de aeronaves de atendimento a emergências médicas e a movimentação de cargas típicas das atividades de E&P através de um conjunto de embarcações especializadas. A Companhia disponibiliza embarcações apropriadas para o combate a derramamentos de óleo, com equipes treinadas para estes eventos. 
5.1.1. Construção, manutenção em poços e avaliação de formações: A Companhia provê os serviços de perfuração, estimulação, complementação e avaliação de formações, além de serviços de manutenção, tais como fluído, restauração, limpeza, reestimulação, dissociação de hidratos em árvores, isolamento e acesso a nova zona de produção e mudança de método de elevação. 
5.1.1.1 Engenharia Submarina: Esta atividade compreende a instalação, manutenção e descomissionamento de instalações submarinas, inclusive as etapas de engenharia técnica e geodésia. Também são contemplados os serviços de posicionamento geodésico, operações de ancoragem, comissionamento de sistemas, instalação de tubulações e árvores de natal e inspeção de equipamentos com a utilização de equipamentos e embarcações especializadas, suportados por logística terrestre.
6. Transporte
Uma das fases mais importante é o transporte, que será quando o petróleo e seus derivados estão próximos do consumo. Como a extração do petróleo ocorre muitas vezes em áreas distantes dos centros de consumo, seu transporte para as refinarias exige sistemas complexos e especializados, como os dutos, navios petroleiros, caminhões e vagões-tanques. Quando se trata de longas distâncias, o meio mais barato é o navio petroleiro que, com sua grandiosidade, contribui para a redução dos custos transporte. Já no transporte por terra, o rodoviário ainda toma conta da grande maioria dos transportes. Mas o meio mais econômico e seguro é o de dutos, que podem transportar uma grande quantidade de petróleo e reduzir problemas de contaminação.
7. Modais de Transporte
Os modais podem ser definidos como tipos de transporte. Atualmente, existem cinco formas de locomover uma carga: pelo modal aéreo, ferroviário, dutoviário, rodoviário e aquaviário. Para escolher o modal de transporte ideal, é importante entender as características de cada um e qual carga ele pode carregar. Claro que todos têm suas vantagens e desvantagens, a logística entra no papel de escolher qual será o meio mais viável para ser utilizado.
7.1. Rodoviário 
O transporte rodoviário é feito a partir de caminhões e carretas por meio de vias, como estradas, rodoviase ruas, que podem ser asfaltadas ou não. É um dos modais de transporte mais versátil para transportar os mais diversos tipos de mercadorias, como os combustíveis por exemplo. Segundo o IBGE, é o meio de transporte mais usado no Brasil.
7.2. Ferroviário 
 O transporte ferroviário é um modal apropriado para a condução de produtos agronômicos, tais como, soja, açúcar, milho, algodão, entre outros, mas também é utilizado para transportar minérios, derivados de petróleo e produtos siderúrgicos.
7.3. Dutoviário 
O transporte é realizado por meio de dutos e tubos, que podem ser subterrâneos, submarinos ou aparentes. Assim, o modal é interessante para quem quer transportar cargas perigosas, como petróleo, seus derivados, gás natural etc.
7.4. Aquáviario 
É a locomoção de cargas por meio de mares (marítimo), lagos (lacustre) ou rios (fluvial). Um agente de destaque nesse modal são os FPSOs (Floating Production and Offloading), navios, em geral de grande porte, com capacidade para produzir, processar e/ou armazenar petróleo e gás natural. Depois de separado da água e do gás, o petróleo produzido pode ser armazenado nos tanques do próprio navio e/ou transferido para terra através de navios aliviadores ou oleodutos.
7.5. Aéreo
O meio de transporte aéreo é bastante utilizado pelas petrolíferas para embarcar os trabalhadores na plataforma. Sua importância no transporte de carga também é bastante considerável, visto que, a tarefa no transporte de peças, ferramentas, alimentos, medicamentos, entre outros, é frequentemente utilizado através dos helicópteros cargueiros disponibilizados pelas empresas de táxi aéreo.
8. Armazenagem 
A produção, refino e distribuição de derivados de petróleo requerer diferentes tipos e tamanhos de tanques de armazenamento. Pequenos tanques parafusados ou soldados podem ser ideais para campos de produção, enquanto tanques de armazenamento maiores são usados em terminais de distribuição e refinarias em todo o mundo. Condições de funcionamento do produto, capacidades de armazenamento e questões de designs específicos podem afetar a processo de seleção do tanque.
Todas as fases da cadeia petrolífera tem sua importância e com o armazenamento não é diferente, pois antes de ser transportado todo o petróleo extraído precisa ser armazenado. Os tanques são recipientes cuja função é armazenar produtos químicos. Portanto podem ser construídos de diversas formas e materiais a depender das características e o tipo de produto. Para o uso eficaz deles, são feitas periódicas e regulares limpezas o que aumenta a qualidade da função do equipamento e não permite ou ameniza.
A forma mais utilizada é o tanque de armazenamento cilíndrico vertical. A capacidade varia de 100 barris para mais de 1,5 milhões de barris em um único tanque de armazenamento. Correspondentes tamanhos de tanques variam cerca de 10 m de diâmetro, a mais de 412 pés de diâmetro, para alguns dos maiores tanques flutuante telhado já construído.
A logística é presente no tipo de construção selecionada para um tanque de armazenamento que depende do tamanho do tanque, tipo de produto a ser armazenado, a localização, o espaço disponível, o clima predominante ou condições específicas do local, e segurança local ou considerações ambientais possíveis danos à natureza.
9. Tipos de Tanques
Os tanques, em relação ao nível do terreno, serão classificados em:
9.1. Tanques elevados 
Que se acham acima do solo, sustentados pôr qualquer tipo de estrutura;
9.2. Tanques de superfície 
São aqueles que estão com sua base diretamente apoiada sobre a superfície do terreno;
9.3. Tanques semienterrados 
Estão, em parte, abaixo do nível do solo;
9.4. Tanques subterrâneos 
Acha-se sob a superfície do terreno.
10. Tipos de Teto e sua classificação 	
10.1. Tanques de teto fixo 
São tanques cujos tetos estão diretamente ligados à parte superior de seus costados.
10.1.1. Tanques de teto flutuante 
São tanques cujos tetos estão diretamente apoiados na superfície do líquido do qual flutuam. Deixando o mínimo espaço entre o teto e a superfície do produto armazenado.
11. Principais elos das cadeias de suprimentos nas operações de Petróleo, Gás e Biocombustíveis. 
11.1 Cadeias de suprimentos de petróleo
O petróleo pode ser encontrado tanto em terra quanto no mar, sendo que a exploração de jazidas em terra é denominada onshore e, no mar, offshore. Tradicionalmente a cadeia de suprimentos do petróleo é classificada em dois segmentos: upstream (a montante) e downstream (a jusante). No upstream estão as atividades de exploração, desenvolvimento e produção e, no downstream, refino e distribuição.
Figura 1- Segmentos da cadeia de suprimentos do Petróleo. 
No upstream, a atividade de exploração tem início com levantamentos sísmicos (estudos geológicos e geofísicos) que avaliam as áreas e identificam possíveis jazidas. Esta atividade envolve muitos custos e riscos, já que os investimentos em capital e mão de obra especializada são altos e os resultados podem ser poços de baixo ou mesmo de nenhum potencial econômico. Os estudos apontam os locais com maior probabilidade de ocorrência do petróleo, mas sua existência só pode ser efetivamente comprovada com a perfuração dos poços exploratório. 
Na etapa de desenvolvimento, os poços são perfurados e preparados. As atividades para preparação do poço são denominadas completação. Simultaneamente, são instalados equipamentos para extração, tratamento e estocagem e, ainda, preparado um sistema para escoamento do óleo e do gás.
Finalmente, na etapa de produção, é iniciada a extração do óleo. Os fluídos produzidos pelos poços (água, óleo e gás) são, então, separados, tratados e armazenados para serem depois transportados (através de dutos, navios petroleiros, caminhões ou trens) para as refinarias.
Na exploração offshore, as plataformas (muitas delas adaptadas a partir de antigos petroleiros) possuem todos os equipamentos necessários para a exploração dos poços e processamento do óleo bruto, além de alojamento para as pessoas, geradores de energia, depósitos para materiais etc. O óleo extraído é armazenado na própria plataforma para, depois, ser transferido para o navio aliviador. Finalmente, já em terra, o óleo é levado dos terminais para as refinarias por meio de dutos. 
No downstream, o processo de refino envolve três etapas: destilação, conversão e tratamento. Inicialmente, o petróleo é aquecido a temperaturas elevadas até sua evaporação para, em seguida, ser resfriado e voltar ao estado líquido. Neste processo é feita a separação dos diferentes tipos de hidrocarbonetos que compõe o óleo cru. No processo de conversão, as partes mais pesadas e de menor valor são transformadas em moléculas menores que resultam em produtos mais nobres. 
E finalmente, no tratamento, as impurezas ou substâncias indesejadas são removidas, adequando os refinados à qualidade exigida pelo mercado. Os produtos são então armazenados em terminais de onde, finalmente, irão abastecer postos de combustíveis ou empresas do setor petroquímico e de fertilizantes.
12. Cadeia do Petróleo 
Na cadeia de petróleo, a logística é essencial em todas as etapas, tanto na exploração, desenvolvimento e produção quanto nas etapas de refino e distribuição. 
Mas, cada etapa têm particularidades e enfrenta seus próprios desafios logísticos. Assim, é preciso estudar cada uma delas de forma isolada sem, contudo, perder de vista o entendimento da cadeia como um todo.
No upstream, o projeto de rede é determinado a partir da localização da jazida. Em jazidas localizadas em terra, as instalações para armazenamento (terminais) estão próximas à área de exploração. 
Na offshore, o petróleo extraído do fundo do mar é armazenado nas plataformas fixas ou flutuantes e, em seguida, transferido para navios aliviadores para, finalmente, ser transportado para armazenamento nos terminais em terra.
Estoques são estratégicos nesta etapa. O estoque de óleo cru tem demanda volátil, de difícil previsão, comercializadoem grandes lotes e alto valor agregado. Mas, para operar as plataformas, é preciso também equipamentos e materiais para manutenção, reparo e operação (MRO). Nos MRO estão incluídos todos os materiais necessários para apoiar o desenvolvimento das atividades fins de uma indústria. No caso particular do petróleo, são centenas de itens, dos mais simples aos mais complexos. A gestão de materiais para MRO difere da de outros tipos de estoque porque sua demanda é imprevisível, já que é difícil prever quando uma máquina ou equipamento vai falhar.
Finalmente, para o transporte do óleo cru são utilizados dutos, petroleiros, caminhões ou trens. A escolha do modal de transporte depende da distância, tipo de óleo, custo e recursos disponíveis.
No downstream, a refinaria é composta por terminais para armazenamento de matéria prima, unidades de produção e de mistura, terminais intermediários e terminais para armazenamento dos produtos finais. O projeto de rede é fundamental porque questões como configuração da planta, capacidade das instalações, distâncias das fontes de petróleo e das áreas de consumo, infraestrutura existente (rodovias, dutos, etc.) é que irão garantir uma operação eficiente. Se a capacidade de armazenamento for insuficiente, por exemplo, pode ser necessário utilizar instalações externas, aumentando custos.
A etapa mais complexa no processo de refino é o planejamento da produção. O óleo cru pode ser transformado em diversos produtos. 
O planejamento da produção define quando, como e quanto será produzido de cada derivado. O planejamento envolve, também, outras variáveis como: capacidade das refinarias e dos terminais, tamanho dos lotes, processamentos intermediários, tratamento dos dejetos envolvidos nos processos etc.
O transporte dos derivados também tem grande complexidade. Os refinados são transportados geralmente por dutos. Um duto simples tem apenas uma origem, um destino e um tipo de produto para transportar. Mas os dutos podem ter múltiplos destinos e, mais ainda, transportar os diversos produtos resultantes do processo de refino.
Um dos principais desafios na operação dos dutos é planejar a sequencia de produtos bombeados. Nos dutos os produtos são bombeados lado a lado, sem qualquer separação física nas interfaces, tornando inevitáveis as contaminações. Estas misturas são denominadas transmix e não podem ser descartados sem passar por reprocessamento nas refinarias. O programador do transporte, a partir da disponibilidade dos produtos e da demanda por refinados, envia pedidos em lotes sequenciais evitando ao máximo a mistura de fluídos e contaminação.
Finalmente, na etapa de distribuição da cadeia, os combustíveis ficam armazenados em terminais primários, localizados próximos às refinarias de onde, em seguida, são transferidos para terminais secundários, geralmente próximos aos mercados consumidores. São transportados por caminhões para os postos de combustíveis ou para os grandes consumidores como, por exemplo, a indústria aeronáutica. A complexidade é atender uma rede logística dispersa e de grande capilaridade, composta de inúmeros pequenos clientes.
12.1 Desafios para a cadeia de suprimentos de petróleo
Setor com atuação global;
Cadeia inflexível e complexa;
Inúmeros fornecedores; 
Lead time longo do transporte; 
Limitação dos modais utilizados; 
Modais lentos e longa distância entre parceiros, alto custo de transporte e estoque em trânsito, para carregar estoque, e do estoque de segurança. 
13. Infraestrutura 
O transporte entre as instalações de Refinaria e as Bases Primárias é feito geralmente por modal dutoviário (cujo proprietário das instalações é a Petrobras Transportes S.A.) ou por navegação de cabotagem através da atracação de navios tanques (NT’s) nos portos. Já as transferências entre as instalações das Bases Primárias e Secundárias são feitas por modal rodoviário (caminhões-tanque), e modal ferroviário (vagões tanque) – sendo este último modal tema central desta Dissertação.
A Transpetro é responsável pela operação e manutenção de mais de 7.155 km de gasodutos. Esta malha integra as regiões Nordeste e Sudeste, permitindo grande flexibilidade operacional. Ainda contempla o transporte de gás natural de Urucu até Manaus, na Região Norte. Por essa rede de gasodutos são escoados 75% de todo o gás natural consumido no Brasil.
Malha de Gasodutos em números*:
Total: 7.155 km
Capacidade de 105 milhões de m3/dia  
69 Gasodutos e Ramais
29 Pontos de Recebimento
137 Pontos de Entrega
18 Estações de Compressão
Dados da malha de oleodutos:
10 milhões de m³ de capacidade
543 tanques
20 terminais terrestres
27 terminais aquaviários
Quantidade de Navios – 53
14. Os tipos de navios da Transpetro. 
14.1. Suezmax (18)
É um navio petroleiro para o transporte de óleo cru. Sua capacidade de carregamento está na faixa de 140 mil a 175 mil toneladas de porte bruto (TPB). 
14.1.1 Aframax (3)
Também é um navio petroleiro para transporte de óleo cru, e sua capacidade de carregamento está na faixa de 80 mil a 120 mil toneladas de porte bruto (TPB). 
14.1.1.1. Panamax (5)
É um navio petroleiro para o transporte de óleo cru e produtos escuros. Sua capacidade de carregamento está na faixa de 65 mil a 80 mil toneladas de porte bruto (TPB). 
14.1.2. Produtos (15)
Esse navio petroleiro transporta produtos derivados de petróleo, como diesel, nafta, gasolina, óleo combustível e querosene de aviação. A capacidade de carregamento está na faixa de 30 mil a 50 mil toneladas de porte bruto (TPB).
14.1.3. Gaseiro (7)
Esse tipo de embarcação é construída para o transporte de gás liquefeito de petróleo. A capacidade de carregamento está na faixa de 9 mil m³.
14.1.4. FPSO (Floating Production Storage and Offloading) (5)
O FPSO é um navio que provém, geralmente, da adaptação de um navio petroleiro em uma plataforma de produção, ou seja, da conversão do casco de um navio petroleiro. Diferentemente dos outros navios, que são responsáveis somente pelo transporte, o FPSO produz, armazena e transfere petróleo para os navios aliviadores, permanecendo posicionado sobre os poços produtores. Seu porte bruto chega até 105.283 toneladas.
15. Conclusão 
Levando-se em consideração esses aspectos, concluímos que a logística está presente desde a exploração do petróleo até a chegada do produto final aos consumidores. Durante o desenvolvimento deste trabalho, percebemos o quanto é de fundamental importância o planejamento lógico de todas as etapas que envolvem o petróleo e seus derivados. No Brasil, o setor está crescendo cada vez mais, principalmente depois da descoberta do pré-sal e o aumento da oferta e demanda dos produtos. Na cadeia do petróleo, o objetivo foi explicar como os segmentos de upstream e dowtream, são necessários para o desenvolvimento da indústria petrolífera e mostrar que a logística não pode ser ignorada, pois ela influencia diretamente nos resultados de uma empresa. 
 A finalidade do presente trabalho foi apresentar o tema e aprofundar conhecimentos com relação à maneira que a logística é aplicada. No Brasil, o setor está crescendo cada vez mais, principalmente depois da descoberta do pré-sal e com o aumento da oferta e demanda dos produtos. A infraestrutura construída para atender a demanda do país é composta por meios de transporte viáveis para cada tipo de produto. O papel da logística é justamente fornecer para cada conteúdo, um meio mais viável e seguro de transporte e armazenamento. Por todos esses aspectos pode-se imaginar que conforme o verdadeiro valor da logística for sendo reconhecido, os profissionais do ramo de petróleo e gás vão agradecer o apoio logístico que sempre esteve presente, porém pouco valorizado. 
16. Referências Bibliográficas 
ANP, Agência Nacional do Petróleo. Disponível em http://www.ANP.gov.br. Acessado em 08.04.2018.
BRAGA, Vanessa Mesquita. A Logística como Diferencial na Indústria do Petróleo: O Caso do Downstream Brasileiro. Banco Nacional de DesenvolvimentoEconômico e Social (BNDES). 2004.
CARDOSO, Luiz Cláudio dos Santos. Logística do Petróleo: Transporte e Armazenagem. Editora Interciência, Rio de Janeiro. 2004.
CORRÊA, Nátalia . Modais de transportes: Conheça os diferentes tipos. TruckPack. Disponivél em <https://blog.truckpad.com.br/dicas-de-logistica/modais-transporte-de-cargas/> . Acesso em 9 de abril de 2018.
FOGAÇA, Jennifer Rocha Vargas. "Como é feito o transporte do petróleo?"; Brasil Escola. Disponível em <https://brasilescola.uol.com.br/quimica/como-feito-transporte-petroleo.htm>. Acesso em 10 de abril de 2018.
LIMA, Adailton Henriques Teixeira. Estocagem de petróleo. 2014. Atividade avaliativa referente à disciplina de Sistemas de Produção. Universidade Federal de Campina Grande, Campina Grande, 2014.

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