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Natureza física, formação dos precipitados e Influência das condições de precipitação

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Grupo 1. Resumo da apresentação. Química Analítica II. 26/04/2018. UEG 
1. PROPRIEDADES DE PRECIPITADOS E AGENTES PRECIPITANTES 
Em uma amostra de íons solubilizados há seu analito. Por meio de métodos gravimétricos 
esse analito será extraído e pesado. Para isso, um dos primeiros passos é precipitar o analito, 
mas antes desse procedimento é importante a escolha do agente precipitante, este que pode ser: 
• Específico (apenas um): precipita apenas um íon em específico. Exemplo: 
Dimetilglioxima precipita apenas Ni2+ em meio alcalino. 
• Seletivo (alguns): precipita um grupo de íons, alguns íons. Exemplo: AgNO3 pode 
precipitar 𝐶𝑙−, 𝐵𝑟−, 𝐼− e 𝑆𝐶𝑁− em meio ácido. 
Além deste agente precipitante ser compatível com seu analito, o precipitado formado 
precisa ter características de estabilidade: 
I. Facilmente filtrado e lavado 
II. Pouco solúvel 
III. Não reagir com as vizinhanças 
IV. Composição química conhecida 
2. TIPOS DE PRECIPITADOS 
Os precipitados podem se classificar de algumas formas diferentes: cristalino, coagulado 
ou gelatinoso. Eles diferem entre si principalmente pelo tamanho de suas partículas. 
O precipitado cristalino apresenta cristais grandes; o coagulado consiste na aglomeração 
de partículas menores e o gelatinoso apresenta um coloide estabilizado. 
Destes citados, o precipitado gelatinoso é o que apresenta maior dificuldade para filtração, 
devido ao tamanho de suas partículas. 
3. FORMAÇÃO DE PRECIPITADOS 
Considera-se na formação de precipitados duas etapas: a nucleação e o crescimento dos 
cristais. A nucleação ou formação de núcleos primários é a primeira etapa da precipitação. Nesta 
etapa há uma aproximação entre as partículas que formam o precipitado. Como são formados e o 
tamanho dos núcleos primários é indefinido. A nucleação pode ser dividida em homogênea e 
heterogênea. Na nucleação homogênea, os íons juntam-se aleatoriamente e formam pequenos 
núcleos. Na nucleação heterogênea ocorre a aproximação dos íons devido um cristal suspenso. 
Logo, os precipitados podem ser classificados como coloidais, cristalinos e gelatinosos, e o 
que diferencia estes são o tamanho das partículas formadas. Quando a etapa de nucleação 
predomina, o precipitado contém partículas pequenas e estas são chamadas de colóides, que 
geralmente não precipitam sem auxílio de coagulantes, por exemplo. Colóides se mantém por 
repulsões elétricas entre os íons aderidos nas duplas camadas que envolvem o precipitado. No 
entanto, quando o crescimento dos cristais predomina, as partículas do precipitado são maiores e 
facilmente filtráveis, estes são denominados cristais. Cristais são os precipitados mais desejados 
por seu tamanho das partículas e sua pureza. 
 
4. INFLUÊNCIA DAS CONDIÇÕES DE PRECIPITAÇÃO 
O tamanho dos cristais depende do precipitado e também das condições do mesmo, isto é, 
o envelhecimento ou recristalização, sendo o efeito das concentrações dos reagentes expressa 
pela equação: 
𝐾(𝑄 − 𝑆)
𝑆
 
Segundo esta equação, a relação Q-S / S é chamada de grau de supersaturação relativa, e 
a constante K depende da natureza do precipitado. Quanto maior a concentração dos reagentes, 
maior o grau de dispersão e menor o tamanho das partículas. Por isso, soluções diluídas são 
utilizadas com tanta frequência para precipitação por desejar partículas maiores. No entanto, 
soluções diluídas geram soluções supersaturadas. Para isso, faz-se soluções com alta 
solubilidade, e com isso, logo vai haver perda de precipitados, portanto, muda-se as condições de 
precipitados. 
Vale ressaltar que na equação de Von Weimarn, deve-se considerar qualitativamente isto, 
porque ela não explica o aumento das partículas para baixas concentrações. 
5. O EFEITO DO pH NA SOLUBILIDADE 
O pH é um agente influenciador muito forte quando se trata da solubilidade dos precipi-
tados que comportam um ânion com propriedades básicas e um cátion com propriedades ácidas. 
Os precipitados que contenham um ânion que seja uma base conjugada de um ácido fraco são 
mais solúveis em pH mais baixo que em pH mais alto. 
Quando o pH é constante tem-se o cálculo de solubilidade que auxilia descobrir o valor da 
solubilidade molar em uma solução tamponada com pH é fixo. Quando pH varia, o cálculo da 
solubilidade de um precipitado torna-se mais complexo, sem valor fixo do pH. Portanto, para se 
determinar a solubilidade de um precipitado em casos como este, deve-se levar em conta a 
alteração do cátion e do ânion. 
6. SOLUBILIDADE DE PRECIPITADOS NA PRESENÇA DE AGENTES COMPLEXANTES 
A solubilidade de um precipitado pode aumentar drasticamente na presença de reagentes 
que formam complexos com o ânion ou cátion do precipitado. Muitos precipitados reagem com 
excessos de reagente precipitante para formar complexos solúveis. 
Em análises gravimétricas, essa tendência pode resultar no efeito indesejável de reduzir a 
recuperação dos analitos se um excesso muito grande de reagente for utilizado. 
7. REFERÊNCIAS 
BACCAN, N. et al. Química analítica quantitativa elementar. 2ª Ed. São. Paulo: Editora Blücher 
LTDA, 1979. 
 
SKOOG, WEST, HOLLER, CROUCH. Fundamentos de Química Analítica. Tradução da 8ª 
Edição norte-americana, Editora Thomson, São Paulo-SP, 2006.

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