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Reeducação Funcional

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ALONGAMENTO PASSIVO E INIBIÇÃO ATIVA
 
 “É a amplitude máxima fisiológica passiva de um dado movimento articular”
(Barros Neto & Ghoraveb, 1999; Araújo, 2000)
“Exercício físico que tem por finalidade manter ou desenvolver a flexibilidade”. (ACHOUR, JR 1999)
“Manobra terapêutica elaborada para aumentar o comprimento de estruturas de tecidos moles encurtados e assim aumentar a amplitude de movimento”.
(Kisner, Colby,1998).
 
Aspectos Gerais do alongamento:
 
- Recupera o comprimento dos músculos com redução da tensão e aumento da
flexibilidade, permitindo movimentos mais coordenados e eficientes (Marques et al., 1994)
- Quanto maior o comprimento muscular maior capacidade contrátil do músculo, melhor rendimento, porém não mais forte. Portanto, a manutenção e recuperação da elasticidade muscular garante um maior desempenho muscular (Durigon, 1995)
- Músculo encurtado danos teciduais tecido conjuntivo = Fibrose e sarcômeros em série
- Deve ser realizado em extensão completa, sem ultrapassar a amplitude máxima
- Realizar movimentos graduais até o ponto de ligeiro desconforto
- O alongamento ocorre mais facilmente se o músculo está aquecido
Alongamento
 
Indicações:
 
1)Quando a ADM estiver limitada
2)Quando as limitações podem levar as deformidades estruturais
3)Quando as contraturas interferem com as atividades funcionais cotidianas
 
Benefícios do alongamento:
 
-Relaxamento do estresse e da tensão
-Relaxamento muscular, manutenção da mobilidade articular
-Reduzir o risco de entorse articular ou lesão muscular
-Melhora eficiência do movimento
-Melhora da aptidão corporal, postura e simetria
-Alívio de câimbras
-Diminuir a dor e a sensibilidade dolorosa nos tenders points tratados
 
Influências Internas:
 
1) Tipo de articulação.
2) Resistência interna da articulação.
3) Estrutura óssea que limita o movimento.
4) Elasticidade do tecido muscular.
5) Elasticidade de tendões e ligamentos.
6) Elasticidade da pele.
7) Habilidade do músculo de contrair e relaxar de acordo com a intensidade do movimento.
8) Temperatura das articulações associadas aos tecidos.
 
Influências Externas:
 
1) Temperatura ambiente
2) Hora do dia
3) Idade
4) Sexo
5) Roupa ou equipamento inadequados
6) Nível de condicionamento
7) Habilidade particular em alguns movimentos
8) Recuperação da articulação ou músculo após uma lesão.
 
Recomendações práticas:
 
1) Realizar alongamento somente quando houver bem estar físico
2) Usar roupas adequadas
3) Evitar uso de sedativos
4) Evitar extremo de temperatura e umidade
5) Iniciar atividade lenta e gradativamente para permitir adaptação
 
Conseqüências do encurtamento muscular:
 
1) Desestabilização da postura;
2) Utilização de fibras musculares compensatórias;
3) Compressão das fibras nervosas;
4) Prejuízo das técnicas nas habilidades esportivas;
5) Diminuição da capacidade de trabalho e lazer;
6) Aumento das incidências de câimbras e dor.
 
Ojetivos das técnicas de alongamento:
 
1) Desenvolver e manter níveis satisfatórios de flexibilidade
2) Desenvolver a consciência corporal
3) Reduzir os encurtamentos musculares decorrentes da falta de movimento e stresse emocional
4) Diminuir as dores musculares
5) Corrigir e prevenir problemas posturais
 
Métodos para desenvolvimento da flexibilidade:
 
1) Alongamento passivo
2) Inibição Ativa
a) sustentar-relaxar
b) contração-relaxamento
c) sustentar-relaxar com contração do agonista
d) contração do agonista
3) Alongamento Balístico
4) Alongamento Ativo
 
Alongamento Passivo
 
É feito com ajuda de forças externas (manual ou mecanicamente). Aplica-se uma força externa e controla a direção, velocidade, intensidade e duração do alongamento (Kisner & Colby, 1998)
 
Vantagens Alongamento Passivo
 
Com ajuda externa, ajusta-se o membro corporal numa postura ótima para o desenvolvimento da flexibilidade.
 
Desvantagens Alongamento Passivo
 
O executante depende de um companheiro que conheça as técnicas corretas dos exercícios de alongamento.
 
Alongamento Passivo Mecânico
 
            Aplica-se uma força externa de 5 a 10% do peso corporal nos tecidos encurtados por um período prolongado de tempo usando um equipamento mecânico
 
Inibição Ativa
 
O Paciente relaxa reflexamente o músculo a ser alongado antes da manobra de alongamento.
 
Vantagem: mais confortável ao alongamento
 
Técnicas de inibição ativa:
a) sustentar-relaxar
b) contração-relaxamento
c) sustentar-relaxar com contração do agonista
d) contração do antagonista
 
Sustentar-Relaxar
O paciente faz uma contração isométrica no final da amplitude do músculo retraído antes que ele seja passivamente alongado
 
Contração-Relaxamento
Após o músculo retraído ter sido alongado passivamente, o paciente faz uma contração concêntrica contra resistência do músculo retraído antes dele ser alongado
 
Sustentar-Relaxar com contração do agonista
É a contração isométrica de pré-alongamento do músculo retraído e relaxamento deste seguido por uma contração concêntrica do músculo oposto ao músculo retraído
 
Contração do antagonista
O paciente contrai o músculo oposto ao m. retraído contra resistência. Isso provoca uma inibição recíproca do m. retraído e esse alonga-se facilmente à medida que o m. se move.
 
Alongamento Balístico
 
O método é contra indicado para desenvolvimento da flexibilidade pois ativa o reflexo neuromuscular, utilizado como aquecimento
 
Alongamento Ativo
 
O paciente, aluno realiza sozinho, sem ajuda externa. Os princípios de intensidade e duração de alongamento que se aplicam são os mesmos usados para o alongamento passivo. ( Kisner & Colby, 1998)
 
Erros a serem evitados:
1) Excesso de tensão nos exercícios de alongamento;
2) Técnica incorreta na realização dos exercícios de
alongamento;
3) Tensão excessiva nos exercícios de alongamento passivo;
4) Excesso de exercícios de alongamento para conquista rápida
da flexibilidade;
5) Bloqueio da respiração durante os exercícios de alongamento;
6) Alongamento de um grupo musculoarticular em preferência
ao outro
Benefícios: eleva a temperatura do tecido muscular
 
MÉTODOS DE ALONGAMENTO
 
Existem três tipos básicos de alongamento, o estático, o balístico e por facilitação neuromuscular proprioceptiva (FNP).
No método de alongamento estático, músculos e tecidos são estirados e mantidos em posição estacionária em seu maior comprimento possível por um período de 15 a 60 segundos (HALL, BRODY, 2001). Já de acordo com Brandy (2003), o procedimento realizado é alongar
o músculo de forma lenta e gradual. A baixa velocidade de alongamento do músculo evita a resposta neurológica do reflexo do estiramento e estimula a atividade dos órgãos tendinosos de golgi facilitando o alongamento muscular, o arco de movimento de ser mantido por um tempo de no mínimo 15 segundos e no
máximo 60 segundos, para que haja adaptação das fibras ao novo comprimento. Nessa posição uma leve tensão deve ser percebida, o alongamento progride, aumentando de intensidade, à medida que o paciente se adapta a posição para então adquirir um novo posicionamento.
Dentre as vantagens do alongamento estático Allsen (1999), descreve que contribui para o alivio das dores musculares e para melhora da flexibilidade, já Hall e Brody (2001) acrescentam que reduzem o gasto de energia global, diminuem a possibilidade de ultrapassar a extensibilidade tecidual e diminui a possibilidade de causar dores musculares, Brandy (2003) afirma também que ele reduz a atividade dos fusos musculares e aumenta consideravelmente a atividade dos órgãos tendinosos de golgi (OTG).
O alongamento Balístico, o músculo é levado a se contrair e relaxar de forma rápida e repetida, levando a deflagração de estímulos que mandam o músculo contrair ao invés de relaxar (reflexo de estiramento), aumentando a possibilidade de causar micro lesões que posteriormente podem interferir no bom funcionamento do músculo. Apesar disso, esse tipo de técnica tem eficácia para melhora daflexibilidade de uma população restrita (atletas), uma vez que para um bom rendimento em atividades dinâmicas são necessárias atividades balísticas.
Para tanto se sugere um programa de flexibilidade dinâmico em que o individuo passa por uma serie de alongamentos balísticos, onde se varia a velocidade (lento – rápido) e a amplitude de movimento (arco completo ou incompleto), sendo que antes desse programa o individuo passa por uma serie de alongamentos estáticos até progredir para as atividades balísticas de baixa, média e alta velocidade (BRADY, 2003). Allsen (1999), concorda com o autor quando ele se refere à reação muscular ao alongamento balístico e possibilidade de lesões, mas acrescenta que seus efeitos benéficos podem ser potencializados quando realizados como atividade pós-quecimento, pois a temperatura dos tecidos encontram-se mais elevada, tornando-os mais maleáveis e menos passiveis de lesão. Acredita-se, também, que o condicionamento possa afrouxar as conexões de actinamiosina aumentando a eficácia do alongamento (HALL; BRODY, 2001).
Um dos tópicos mais controversos da ciência dos esportes é o valor relativo dos programas de alongamento balístico versus estático para desenvolver a flexibilidade. A controvérsia é complicada pela falta de pesquisa sobre a flexibilidade balística.
O alongamento balístico é difícil de avaliar por causa da necessidade de equipamento elaborado e habilidade técnica na mensuração da força que é requerida para mover a articulação através de sua amplitude de movimento em ambas as velocidades, rápida e lenta (STAMFORD, 1981). Há, contudo, uma quantidade considerável de pesquisas indicando que ambos os métodos, balístico e estático, são eficazes no desenvolvimento da flexibilidade (CORBIN e NOBLE, 1980; LOGAN e EGSTROM, 1961; SADY, WORTMAN e BLANKE, 1982; STAMFORD, 1981; WEBER e KRAUS, 1949, apud ALTER, 1999).
O alongamento por facilitação proprioceptiva neuromuscular é a outra técnica utilizada, que de acordo com Knott e Voss, as técnicas de FPN são métodos “para promove ou acelerar a resposta de um mecanismo neuromuscular pela estimulação de proprioceptores”. Com base nesses conceitos de influenciar a resposta muscular, podem-se usar as técnicas de FPN para fortalecer os músculos e aumentar sua flexibilidade articular (ALLSEN, 1999).
Uma contração breve antes de um alongamento estático do músculo é o ponto chave para as técnicas de FPN para aumentar a flexibilidade muscular. A terminologia usada para descrever as atividades de alongamento por FPN tem variado consideravelmente, incluindo o uso de novos termos como: contrair-relaxar, manter-relaxar, manter em reversão lenta-relaxar, contração do agonista, contrair—relaxar com contração do agonista e manter—relaxar com contração do agonista. Além disso, às vezes, se usa o mesmo termo para diferentes técnicas de alongamento por FPN, portanto três técnicas de alongamento por FPN vão ser definidas como: manter-relaxar, contrair-relaxar e manter em reversão lenta-relaxar (ALLSEN, 1999).
Na técnica manter-relaxar, o profissional move passivamente o membro a ser alongado até o final da amplitude de movimento. Uma vez atingido o final da amplitude de movimento, o paciente aplica uma contração isométrica, no músculo que se quer alongar, contra resistência imposta pelo profissional por 6s, após a remoção da contração o músculo relaxa-se e o profissional aplica alongamento, mantendo-o por cerca de 10 a 20s. Sem abaixar o membro, pode-se repetir este processo de três a cinco vezes, para então retorná-lo ao seu posicionamento inicial. A contração isométrica do músculo que está sendo alongado acarreta um aumento da tensão nesse músculo, o que estimula o órgão tendinoso de golgi. O OTG causa então um relaxamento reflexo do músculo (inibição autógena) antes que o músculo seja movido a uma nova posição de alongamento e alongado passivamente (ALLSEN, 1999).
Uma outra técnica utilizada é contrair-relaxar, em que se faz o mesmo procedimento da técnica anterior, assim o profissional solicita ao paciente para tentar executar uma contração concêntrica do músculo oposto ao músculo que está sendo alongado, causando um alongamento maior, ou seja, em qualquer grupo muscular sinérgico uma contração do agonista causa um relaxamento reflexo do músculo antagonista, possibilitando ao músculo antagonista relaxar para um alongamento mais eficaz (inibição recíproca). Enquanto o paciente executa a contração concêntrica do músculo, causando um alongamento maior, o profissional aproveita qualquer amplitude de movimento que tenha sido ganha, mantendo assim, o membro na nova posição de alongamento, o profissional pede ao paciente a relaxar e manter a posição por 10 a 20 s. Sem abaixar o membro, pode-se repetir a técnica de três a cinco vezes para retorná-la a posição inicial (ALLSEN, 1999).
A técnica de manter em reversão lenta-relaxar segue os mesmos procedimentos das técnicas anteriores, em que o paciente aplica uma força isométrica contra o profissional por 6s, contraindo assim o músculo a ser alongado (inibição autógena). Depois da contração isométrica do músculo, o profissional solicita ao paciente para tentar executar uma contração concêntrica do músculo oposto, causando um alongamento maior (inibição recíproca), aproveitando qualquer amplitude de movimento que tenha sido ganha, mantendo o membro na nova posição de alongamento, o profissional solicita ao paciente relaxar e manter a posição por 10 a 20 s. Sem retornar a posição inicial, pode-se repetir a técnica três a cinco vezes e depois retornar ao posicionamento inicial.
Portanto as técnicas de alongamento por FPN são eficazes em aumentar a flexibilidade muscular, a escolha da técnica depende da situação apresentada pelo paciente (ALLSEN, 1999).
PROPRIOCEPÇÃO
 
            O termo propriocepção foi primeiramente introduzido por Sherrington em 1906, que a descreveu como um tipo de feedback dos membros ao sistema nervoso central (SNC) (Dover & Powers, 2003); propriocepção é um tipo de informação vinda dos membros até o SNC (Lephart et al., 1997). O SNC processa estas informações vindas de terminações nervosas especializadas ou de mecanoceptores que estão localizados na pele, músculo, tendão, cápsula articular e ligamento. Juntamente com os inputs vestibular e visual, os mecanoceptores fornecem ao SNC informações sobre a posição do membro (Beynnon et al., 1999).
            Hoje a propriocepção é descrita como a conciliação do senso de posição articular (habilidade do indivíduo identificar a posição do membro no espaço) e da cinestesia (movimento articular) (Dover et al., 2003); outros autores ainda consideram que o termo propriocepção tem um sentido mais amplo, que inclui nesta definição o controle neuromuscular (Laskowski et al., 1997).
            Propriocepção refere-se à percepção consciente e inconsciente do posicionamento articular, enquanto cinestesia é a sensação do movimento ou da aceleração articular. Vamos entender como funciona este mecanismo: Inicialmente, os sinais proprioceptivos e os cinestésicos são transmitidos para a medula espinhal por meio das vias sensoriais aferentes, a informação é processada em nível do córtex cerebral, que devolve em resposta eferente motora. A esta resposta chamamos de controle neuromuscular.
“Lesão - déficit proprioceptivo - controle neuromuscular alterado - instabilidade funcional - lesão repetitiva.”
 
OBJETIVOS
            O objetivo do treinamento/tratamento proprioceptivo e cinestésico é restaurar as propriedades sensoriais das estruturas capsulares e ligamentares lesionadas com isto, melhorando as aferências nervosas para o córtex cerebral.
REESTABELECIMENTO DO CONTROLE NEUROMUSCULAR
            Exercícios em cadeia fechada, ao longo da amplitude do movimento estimulam os receptores articulares.
            Uso de bandagens elásticas compressivas ou suportes (órteses) de neoprene estimulam os receptores cutâneos fornecendo informações proprioceptivas e cinestésicas.
            Mobilização articular melhora a acuidade proprioceptivae cinestésica consciente.
            Exercícios de estabilização dinâmica: requer a antecipação e a reação às cargas articulares, obtém-se colocando a articulação em situações vulneráveis, nas quais o equilíbrio dinâmico é estabelecido em situações controladas. Os exercícios de equilíbrio (giroplano, cama elástica, pedalinho, balancinho, caixa de areia etc.) e os pliométricos (saltos com obstáculos e em profundidade), são bastante adequados.
            Controle neuromuscular reativo: devem induzir “perturbações” articulares inesperadas, deslocamentos laterais, saltos, saltitos, deslocamentos frontais e de costas, exercícios com bola, chutes, arremessos, etc.
            Atividades funcionais: têm como objetivo retornar o atleta/desportista ao nível de atividade antes da lesão, restaurando a estabilidade funcional e dos padrões de movimentos específicos para o esporte, minimizando o risco de nova lesão.
            Por fim, os testes funcionais: o objetivo é avaliar se o atleta/desportista está recuperado e pronto para retornar às atividades desportivas. Neste caso, deve-se incluir exercícios que envolvam posicionamentos e manobras em que a articulação fica vulnerável, adaptando as tarefas de movimento próximas do gestual motor desportivo utilizado no esporte que atua.
            É importante considerar que os exercícios de controle neuromuscular (proprioceptivo) devem se fazer presentes no processo de recuperação fisioterapeutica, sendo atletas ou não. Em sendo atletas ou praticantes de atividades desportivas regulares, estes são necessários para restabelecer o controle e a eficiência biomecânica do movimento, atividades que geram instabilidades para ganhar estabilidade funcional.
            No tocante à prevenção de lesões, deve-se incluir num programa de treinamento, exercícios de equilíbrio estático e dinâmico baseados na interação entre corpo e ambiente.
 
Proprioceptores
            Para a formulação de um programa de reabilitação-treinamento proprioceptivo é fundamental um conhecimento da fisiologia básica, isto é, de como estes mecanoceptores musculares e articulares funcionam conjuntamente na produção de movimento fluente, controlado e coordenado (Ellenbecker, 2002).
            Três tipos de mecanoceptores nos músculos e articulações sinalizam a posição estacionária dos membros e a velocidade de direção dos membros em movimento: (a) receptores especializados sensíveis ao estiramento muscular, denominados receptores do fuso muscular; (b) órgãos tendinosos de Golgi, receptores do tendão que são sensíveis a fora de contração e ao esforço exercido por um grupo de fibras musculares; e (c) receptores localizados nas cápsulas articulares que são sensíveis à flexão ou extensão da articulação (Kandel, 2003).
 
Vias proprioceptivas
 
            Esses mecanoceptores iniciam o laço aferente do feedback proprioceptivo ao SNC (Laskowski et al., 1997). Os axônios que transportam informações dos órgãos para a medula são chamados de aferentes e são denominados de acordo com seu tamanho, ou seja, I, II, e assim por diante, conforme o diâmetro e a velocidade de condução relativa. Transportam as informações dos órgãos do fuso (Ia) e dos órgãos de Golgi do tendão (Ib) (Cailliet, 2000).
            Muitos axônios que trazem a informação proprioceptiva entram no corno dorsal da medula e fazem sinapses com os interneurônios. A essência da integração aferente com a coluna espinhal é quando estes sinais se encontram com os interneurônios e estes se conectam com os altos níveis do SNC. A maioria dessas informações proprioceptivas propaga-se até os altos níveis do SNC através do trato dorsal lateral ou trato espinocerebelar. Os dois tratos dorsais laterais estão localizados na região posterior do corno espinhal e finalmente carregam os sinais ao córtex somatosensorial. Embora a maioria das sensações que este trato é responsável seja toque, pressão e vibração, grande quantidade da compreensão consciente do senso de posição articular e cinestesia também é atribuída a este trato (Riemann & Lephart, 2002).
 
Exercícios proprioceptivos preventivos
 
            Os exercícios proprioceptivos são uma parte integral do processo de reabilitação e talvez seja prudente o uso clínico na prevenção de lesões desportivas, pois os estudos realizados comprovaram que a prescrição destes exercícios melhora o senso de posição articular e evita que as lesões ocorram (Dover et al., 2003).
            A prática regular de exercícios proprioceptivos ajuda a manter uma excelente resposta do sistema somatosensorial, comprovando que a utilização destes exercícios auxilia na manutenção do equilíbrio (Gauchard, 1999).
      O programa de exercícios proprioceptivos, para compor um trabalho proprioceptivo preventivo, deve ter exercícios dinâmicos, multidirecionais e específicos de cada esporte. Estes exercícios trabalham principalmente com componentes da estabilidade dinâmica das articulações (unidades músculo-tendíneas) que mantém os membros e as articulações estáveis durante os movimentos. Este treinamento de exercícios dinâmicos específicos de cada esporte, permite facilitações na adaptação proprioceptiva na articulação do joelho em atletas (Hewett, 2001).
      Em um estudo controlado prospectivo de 600 jogadores de futebol relacionou os possíveis efeitos preventivos de um treinamento proprioceptivo. Trezentos jogadores foram instruídos a treinar 20 minutos por dia com 5 diferentes fases de dificuldade aumentada. A primeira fase consistiu de treinamento equilibrado sem qualquer prancha de equilíbrio, a fase 2 de treinamento em uma prancha de equilíbrio retangular, fase 3 de treinamento em uma prancha redonda, fase 4 de treinamento em uma prancha retangular e redonda combinado, fase 5 de treinamento em uma prancha chamada BABS. Um grupo controle de 300 jogadores de outros times comparáveis treinava normalmente e não receberam qualquer treinamento. Ambos os grupos foram observados durante três temporadas e possíveis lesões de ligamento cruzado anterior (LCA) foram diagnosticadas por exames clínicos. Um total de 10 lesões de LCA foram encontradas no grupo propriocepção, contra 70 lesões nos jogadores que somente realizaram o treinamento normal foram registradas. Este trabalho concluiu que o treinamento proprioceptivo pode reduzir significativamente a incidência de lesões de LCA nos jogadores de futebol (Caraffa, 1996).
      No futebol Suíço durante as temporadas de 1999 e 2000, 101 jovens atletas participaram de um grupo de intervenção, realizando diversas atividades que tinham o intuito de prevenir lesões, entre elas um programa de exercícios destinados a aumentar a estabilidade das articulações do tornozelo e joelho, enquanto 93 jovens atletas do grupo controle continuaram a praticar o esporte normalmente. A incidência de lesões no grupo de intervenção foi de 6.7 a cada 1000 horas de treinamentos ou jogos, enquanto no grupo controle foi de 8.5, o que representa um número 21% menor de lesões no grupo de intervenção comprovando claramente que a incidência de lesões no futebol pode ser reduzida com um programa de prevenção (Junge et al., 2002).
      Em um trabalho nos anos de 2000 e 2001 com jogadoras de futebol com idade entre 14 e 18 anos de equipes norte-americanas, 1041 e 844 atletas participaram do grupo de intervenção no primeiro e segundo ano respectivamente, enquanto o grupo controle contou com 1905 e 1913 em cada ano do estudo. O grupo de intervenção realizou um programa de treinamentos neuromusculares e proprioceptivos, além de exercícios de aquecimento, alongamento e fortalecimento, com o intuito de reduzir o índice de lesões dos ligamentos cruzados anteriores destes atletas enquanto o grupo controle continuou sua rotina normal de treinamentos. No primeiro ano de estudos ocorreram 2 lesões de ligamento cruzado anterior no grupo de intervenção, enquanto no grupo controle ocorreu 32 lesões deste ligamento. No segundo ano de pesquisa ocorreram 4 e 35 lesões do ligamento em questão no grupo de intervençãoe no grupo controle respectivamente. Ocorreram 88% e 74% menos lesões do ligamento cruzado anterior no grupo de intervenção em comparação com o grupo controle no primeiro e segundo ano respectivamente (Mandelbaum et al., 2005).
      No estudo com 1263 jovens atletas de futebol, basquetebol e voleibol dos sexos masculino e feminino para verificar a incidência de lesões de joelho em atletas do sexo feminino. Havia dois grupos de atletas do sexo feminino, o grupo de intervenção que foi submetido a um programa de treinamento neuromuscular durante 6 semanas que consistia de alongamentos, exercícios pliométricos e treinos com pesos enfatizando as características de cada esporte, o grupo controle em que continuou realizando sua prática desportiva de modo habitual e um terceiro grupo controle de atletas do sexo masculino. Ocorreram 14 lesões severas de joelho durante o estudo, em que 10 ocorreram no grupo controle de atletas (8 lesões sem contato) e 2 (0 sem contato) lesões no grupo de intervenção de atletas do sexo feminino respectivamente. E no grupo controle de atletas do sexo masculino ocorrera 2 lesões severas de joelho, sendo que uma lesão de contato e outra sem contato. O menor número de lesões severas de joelho em atletas que se submeteram ao treinamento neuromuscular pode ser devido ao aumento da estabilidade dinâmica articular destes atletas (Hewett, 1999).
      No estudo com 765 jovens jogadores (523 do sexo feminino e 242 do sexo feminino) de basquetebol e voleibol foram divididos no grupo de intervenção (373 atletas) que participaram de um programa de treinamento de equilíbrio e no grupo controle (392 atletas) que mantiveram suas atividades desportivas rotineiras. O programa de exercícios escolhidos para a realização do trabalho foi baseado nos exercícios usados durante a reabilitação de lesões de joelho e tornozelo. Os exercícios foram divididos em 5 fases, sendo que da fase 1 a 4 foi desenvolvida durante 4 semanas antes do início da temporada com a realização dos exercícios 5 vezes por semana. A fase 5 do treinamento ocorreu após o início das competições com a realização dos exercícios 3 vezes por semana. O objetivo foi verificar a incidência de lesões de tornozelo nestes atletas, e o grupo de intervenção teve significativamente menos lesões o grupo controle (1.13 e 1.87 lesões de tornozelo a cada 1000 horas de prática esportiva). Então, um programa de treinamento de equilíbrio reduziu significativamente o risco de entorses de tornozelo em jovens atletas de futebol e basquetebol (de McGuine & Keene, 2006).
      Em pesquisa realizada durante a temporada 2001-2002 do voleibol holandês masculino e feminino sobre treinamento proprioceptivo com o objetivo de diminuir o número de entorses de tornozelo contou a participação de 641 jogadores no grupo controle e 486 jogadores no grupo de intervenção. O programa de treinamento consistiu em 14 exercícios básicos com e sem o uso de pranchas de equilíbrio, e foram realizados durante as 36 semanas da temporada de voleibol. O entorse de tornozelo teve incidência de 0.5 por 1000 horas de jogo no grupo de intervenção e 0.9 por 1000 horas de jogo no grupo controle. A incidência total de lesões no grupo de intervenção foi de 2.1 por 1000 horas de treinamentos ou jogos, enquanto no grupo controle foi de 2.9 por 1000 horas. Concluiu-se que um programa proprioceptivo em pranchas de equilíbrio foi suficiente para prevenir a ocorrência de entorses de tornozelo (Verhagen et al., 2004 ).
      O treinamento em discos de tornozelo influenciou o tempo de reação de músculos selecionados durante um entorse de tornozelo simulado em pessoas sem lesões prévias e sem instabilidade funcional do tornozelo (Sheth et al., 1997).
     São exercícios específicos que visam estabelecer o equilíbrio dinâmico das articulações. São executados mediante tomada de peso sobre a articulação e situações criadas a fim de promover a reeducação do equilíbrio.
     Promovem desequilíbrio músculo-articular, que proporcionam movimentos complexos e estabilizam a articulação.
     A importância e o objetivo destes exercícios consistem em após uma lesão provocar desequilíbrios, através de diferentes estímulos para que haja equilíbrio e conseqüente formação de novo engrama.
Finalidade:
     - Diminuição do período de latência nervosa, ou seja, do tempo existente entre a introdução de um estímulo e uma resposta a ele.
     - Formação de engrama sensorial, importante para que se evite lesões repetitivas.
     - Aquisição de confiança por parte do paciente para voltar as suas atividades.
     - Importância emocional.
Os exercícios proprioceptivos podem ser divididos em três fases:
1. Fase ativa-estática: desequilíbrio provocado pelo fisioterapeuta, onde o paciente fica aproximadamente 40 segundos tentando reagir para manter-se equilibrado.
2. Fase ativa-dinâmica: exercícios mais complexos, com adição de superfícies de apoio para execução de cada exercício.
3. Fase de proteção de prática desportiva: alterna-se o ritmo, as superfícies de execução e as posições de simulações dos gestos desportivos, tendo como principal objetivo à integralização dos movimentos globais e específicos do gesto desportivo.
     Podem ser utilizados ainda na propriocepção aparelhos como o "skate", "cama elástica", "balancinho", "giro-plano", podem ser feitos circuitos, enfim, o mais importante para o terapeuta e ter criatividade para inventar o máximo de situações diferentes de desequilíbrio do paciente para que haja posteriormente o equilíbrio.
 
    
EXERCÍCIOS PLIOMÉTRICOS
 
            A pliometria surgiu na Rússia, há aproximadamente 10 anos, quando um atleta tentou apanhar uma bola que estava em cima de um armário. Ele descobriu que pulando de um banco e logo dando impulso com seu corpo (como uma mola) pegaria o objeto com mais facilidade.
            “No começo, usava-se a altura para descobrir o nível de cada pessoa”, afirma Souza. “Nos experimentos iniciais alguns atletas saltavam mais de 2m de altura, o que provocava lesões”. A partir daí, chegou-se à conclusão que esse trabalho com plataforma é eficiente até uma altura entre 50 a 70cm.
            A pliometria é uma forma de treinamento de força com a finalidade de desenvolver potência explosiva em atletas, os exercícios pliométricos acentuam a geração rápida de força principalmente durante a fase excêntrica (alongamento) da ação muscular, e aceleram a transição entre as fases excêntrica e concêntrica (encurtamento), isto aumenta a capacidade do músculo de sustentar uma carga durante a amplitude de movimento, permitindo que o atleta traduza força em potencia de maneira mais eficiente.
            Nos últimos 10 anos a pliometria tem sido utilizada não apenas nas extremidades Inferiores, mas também nas extremidades superiores como importante ferramenta na reabilitação, e também como parte de programas de prevenção de lesões em atletas.
            Clinicamente a pliometria é realizada de forma especifica em relação ao treinamento, isto significa que o movimento realizado pelo paciente (atleta) deve corresponder ao máximo possível, aos movimentos realizados durante a competição sem prejudicar o estado de saúde do paciente.
            Nas pesquisas fisiológicas a pliometria foi descrita como uma ação muscular chamada de CICLO ALONGAMENTO ENCURTAMENTO (CAE), que pode ser definido como um fenômeno em que o padrão natural de alongamento do músculo ativo produz a energia que é armazenada na junção musculotendinosa, para uso futuro, em uma contração subseqüente de encurtamento ou concêntrica do CAE. Este binômio excêntrico concêntrico forma a base do CAE. Este armazenamento de energia elástica nos tecidos musculotendinosos contribui para a força aumentada produzida subseqüente fase de contração concêntrica e para uma maior eficiência de movimento, este fenômeno pode ser compreendido como a ação de uma mola.
            A pliometria é descrita como exercícios de alongamento e contração ou treinamento neuromuscular reativo, há basicamente trêsfases no exercício pliometrico.
            A fase de pré-carga; excêntrica refere-se aos momentos iniciais do movimento nos quais os fusos musculares são estimulados e alongados durante a contração excêntrica em movimentos como descer degraus ou agachar absorvendo a força de reação do solo, é ai que ocorre o armazenamento de energia elástica. 
            A fase de amortização; refere-se ao intervalo entre o fim da contração excêntrica e inicio da contração concêntrica, reação explosiva que acelera o corpo ou membro ativo na direção desejada, sendo que esta fase deve ser o mais breve possível, pois um longo intervalo pode se perder muita energia elástica. Quanto mais rápido um atleta puder dominar a força excêntrica complacente e produzir uma contração concêntrica mais energia este atleta poderá produzir
            A fase concêntrica; representa o efeito cumulativo das fases excêntricas e da amortização durante uma poderosa contração concêntrica.
            Recentemente o uso da pliometria na extremidade inferior chamou a atenção por ser um possível coadjuvante na prevenção de lesões do LCA por não contato, pois é possível que alguns atletas apresentem uma técnica ruim para saltos, aterrissagem, paradas ou giros, o que pode levar a lesões, a pliometria tem se mostrado eficiente também na melhoras desses aspectos o que leva a uma diminuição na incidência de lesões.
            O controle neuromuscular deve ser desenvolvido nos três planos frontal, sagital e transversos para diminuir a pressão do LCA e transferi-la para os músculos e tendões, um treinamento adequado pode diminuir o torque e a força impostas ao joelho. Uma técnica adequada aumenta a carga colocada sobre os músculos e tendões e diminui sobre a articulação e ligamentos. Os princípios de treinamento pliométrico, padrões motores funcionais, reflexos e de propriocepção são úteis na prevenção de lesões no joelho.
            Um dos aspectos importantes no tratamento pliométrico a ser ressaltado é o salto que é importante para o condicionamento, e é a aterrissagem de cada salto que é importante na prevenção teórica das lesões do joelho. O detalhe importante a ser destacado para a prevenção de lesões do LCA é que a hiperextensão deve ser evitada durante todas as atividades como girar aterrissar, parar, cortar ou desacelerar.
            É importante na prevenção que o atleta ao realizar algum desses movimentos é que ele “crave” e mantenha a aterrissagem. Isto se consegue quando o equilíbrio é mantido por 5 a 6 segundos após a aterrissagem e nenhum passo adicional é dado, não deve haver nenhum movimento dos pés após a aterrissagem.
            O teste de potencia de agachamento pode ser utilizado como um bom exercício de cadeia cinética fechada para determinar se um paciente (atleta) possui força base para a realização da pliometria no membro inferior, este exercício é realizado com 60% do peso corporal da pessoa onde são realizadas 5 repetições de agachamento em 5 segundos com a profundidade dos joelhos a 90º caso o mesmo não consiga realizar o exercício no tempo determinado com a técnica adequada o profissional deve continuar a enfatizar o treino de força e descartar o programa pliométrico. Importante lembrar que o paciente que possui força base necessária para ingressar a pliometria não deve obscurecer a necessidade de resistência e condicionamento apropriados.
            Em relação à freqüência desses exercícios, normalmente são efetuadas de uma a três sessões por semana, conforme aperfeiçoada a condição do atleta as sessões passam a ser mais intensas duas vezes por semana quando realizada pré temporada, e durante a temporada a realização de uma sessão por semana é adequada para a maioria dos esportes, é importante ressaltar que esses exercícios não devem ser realizados em dias consecutivos.
            Outro fator importante a ser destacado é a realização de um pré-aquecimento e alongamento, antes da realização dos exercícios pliométricos, podem realizar assim uma sessão de exercícios mais segura e eficaz.
            O pré-aquecimento pode ser realizado com 5 a 10 minutos de caminhada ou trote leve, que aumenta a freqüência da respiração, os batimentos cardíacos e a temperatura do corpo especialmente nos tecidos moles, este pré-aquecimento é importante antes da realização do alongamento diminuindo assim um risco de lesão dentro da execução do alongamento.
            Alongamentos devem ser realizados com todos os grupos musculares envolvidos, agonistas primários, antagonistas e estabilizadores exemplos: Quadríceps, flexores do quadril, glúteos, isquiotibiais, tríceps sural, bem como rotadores mediais, laterais externos do quadril, fibulares, tibial anterior e espinhal lombar, devem ser alongados de 5 a 10 minutos.
            É muito importante ressaltar que alongamentos balístico também é de suma importância assim como o alongamento por F.N.P (Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva).
            Após a realização do pré-aquecimento e alongamento, é realizada a sessão de exercícios pliométricos depois de concluída a sessão de exercícios a realização de uma caminhada de 3 a 5 minutos ou exercícios leves em bicicleta ergométrica para resfriamento são recomendados, o alongamento de 3 a 5 minutos após o treinamento também é indicado.
            Devemos observar que durante a inatividade de um atleta a flexibilidade se perde muito rapidamente. Por isso, ela tem de ser trabalhada durante toda a temporada. Outro aspecto é que os exercícios de alongamento precisam ser incluídos nos treinos da temporada e até mesmo nos períodos sem competições.
 
Vantagens do treinamento pliométrico:
-Produção de movimentos explosivos mais facilmente, como por exemplo, arrancar.
- Capacitação do músculo para conseguir uma força máxima em um período de tempo mais curto possível: mais agilidade e força.
- Produção de trocas musculares e neuronais que facilitam o rendimento de gestos de movimentos mais rápidos e potentes. 
- Melhora da eficiência mecânica dos músculos utilizados. 
- Aumento da tolerância a cargas de alongamento mais elevadas. 
 
PLIOMETRÍASE   
           
            Consiste em realizar saltos de todo tipo, em forma ordenada, sistemática e dosada.
            A realização de saltos de maneira multilateral e variada desenvolve a capacidade e habilidade à execução dos mesmos.
            Um trabalho de multi-saltos progressivos e em terrenos adequados fortifica as articulações, tendões e ligamentos do esportista.
            As melhores superfícies para realizar o trabalho de multisaltos são: 
-      Grama,
-      Tatame, etc.
            Deve-se evitar fazer saltos em terrenos com superfícies muito duras como asfalto e cimento.
 
 
 DISPOSITIVOS AUXILIARES DA MARCHA
 
 Existem numerosos equipamentos auxiliares para pessoas que têm dificuldade de marcha, ou não podem andar independentemente sem usar algum equipamento. Esses auxílios externos são muletas, bengalas e andadores. Cada uma delas apresenta diversas modificações do modelo básico, muitas delas desenvolvidas em atendimento às necessidades de um problema específico de determinado paciente, ou de um grupo diagnóstico. Os dispositivos auxiliares são prescritos por uma série de razões, inclusive problema de equilíbrio, dor, fadiga, fraqueza, instabilidade articular, carga esquelética excessiva, e com finalidade estética. Outra função primária dos dispositivos auxiliares é a eliminação da carga do peso, de modo parcial ou completo, sobre um membro.
 
 
Marcha com auxílio de bengala
 
A função de uma bengala é ampliar a base de sustentação e melhorar o equilíbrio. Bengalas não são projetadas para o uso em marchas em que há restrições de sustentação do peso (como nos casos em que há sustentação do peso, ou sustentação parcial do peso). Os pacientes são tipicamente instruídos para segurar a bengala com a mão oposta ao membro afetado. Este posicionamento da bengala se aproxima mais intimamente ao padrão recíproco da marcha normal, com o braço e pernasopostos movimentando-se simultaneamente. Ele também amplia a base de sustentação, com menor desvio lateral do centro de gravidade do que quando a bengala está segura ipsolateralmente (Basmajian,1987;Sulivan,1993).
O posicionamento contralateral da bengala é particularmente importante na redução das forças criadas pelos músculos abdutores atuantes nos quadris. Durante a marcha normal, os abdutores do quadril pertinentes ao membro na fase de apoio do ciclo da marcha se contraem, para contrabalançar o movimento gravitacional ao nível da pélvis no lado contralateral, por ocasião da fase de balanço do ciclo. Isto impede a inclinação da pélvis no lado contralateral, mas resulta em numa força compressiva que atua sobre o quadril em fase de apoio (Basmajian,1987; Sulivan,1993).
O paciente deve ser ensinado a apoiar-se na bengala quando o membro inferior não afetado inicia a fase de oscilação. Quando executado com sucesso, esta manobra evitará a guinada e a inclinação do tronco sobre a extremidade afetada, resultando num padrão de marcha mais normal. Os utilizadores de bengala, bem sucedidos, descrevem uma maior tolerância e menos dor e fadiga. Em parte isto é devido à recuperação de um padrão mais normal de marcha e conseqüentemente um uso mais eficiente dos músculos (Basmajian,1987).
 
 
Marcha com auxílio de muleta
 
Conforme Basmajian(1987), Sulivan(1993) as muletas são usadas com maior freqüência no aumento do equilíbrio e para o alívio completo ou parcial da sustentação do peso sobre o membro inferior. Elas são tipicamente usadas bilateralmente e funcionam para aumentar a base de sustentação, para melhorar a estabilidade lateral, e para permitir que os membros superiores transfiram o peso corporal para o solo. Esta transferência de peso através dos membros superiores permite uma deambulação funcional, enquanto é mantido um estado de sustentação restrita do peso. A marcha com muletas é uma habilidade que se aprende e que precisa de repetição contínua e atenção constante aos detalhes para ser aperfeiçoada. Dos três fatores o equilíbrio é aquele em que é mais importante atingir o nível máximo antes de ser permitido ao paciente a deambulação com muletas, por rotina.
O tipo de marcha com muletas que se vai ensinar às pessoas incapacitadas dependerá certamente de vários fatores: tipo, extensão e grau da incapacidade e padrão de fraqueza residual. Estes fatores variam de paciente para paciente e cada um deve ser estudado individualmente. Contudo existe uma progressão na marcha, de mais simples para mais difícil, de mais lenta para mais rápida. As marchas mais simples são a “marcha de tripé com arrastamento”, a “marcha de cadeira de balanço” e a “marcha de tripé com passos alternados”. Essas marchas são “simples” apenas no sentido de que não são muito complexos os padrões dos movimentos necessários para produzir deslocamento e avanço para frente. Para a maior parte elas são a continuação direta dos exercícios de equilíbrio em muletas e de pé, sem sustentação. As muletas são colocadas alguns centímetros adiante do paciente, que a seguir inclina-se para frente e, ou arrasta os dois pés até às muletas, ou oscila para diante e para trás até que os seus pés avancem até às muletas, ou traz primeiro um pé até às muletas e depois o outro. Nos dois primeiros casos os pés raramente se levantam do chão de forma que é constantemente mantido um “tripé” que proporciona um equilíbrio e uma estabilidade consideráveis. No terceiro tipo de marcha, o tripé é momentaneamente perturbado cada um dos pés avança. É necessário um equilíbrio melhor para esta marcha, de forma a absorver o menor desvio de peso de um lado para o outro e pra trás.
Para Sulivan(1993), os padrões de marcha diferem significativamente em suas necessidades energéticas, base de sustentação e na velocidade com que podem ser executados. Marcha em três pontos; neste tipo de deslocamento, três pontos de apoio contatam o solo. É usada quando há necessidade de uma situação de não - sustentação de peso em um membro inferior. O peso corporal é exercido sobre as muletas, e não sobre o membro inferior afetado. Marcha com sustentação parcial de peso; esta marcha é uma modificação do padrão de três pontos. Durante a progressão para frente do membro envolvido, o peso é suportado parcialmente por ambas as muletas e pelo membro afetado. Durante a instrução da marcha com sustentação parcial de peso, deve ser enfatizado o uso de uma progressão normal do tipo “calcanhar- dedos dos pés” pelo membro afetado. Marcha em quatro pontos; este padrão propicia uma marcha lenta e estável, pois são mantidos três pontos de contato com o solo. O peso é lançado sobre ambos os membros inferiores; o padrão é tipicamente usado nos casos de envolvimento bilateral, relacionados ao equilíbrio problemático, incoordenação ou debilidade muscular. Neste padrão de marcha, uma muleta é avançada e, então, o membro inferior oposto é avançado. Por exemplo, a muleta esquerda é movimentada para frente e, em seguida, o membro inferior direito, seguindo-se a muleta direita, e então o membro inferior esquerdo. Marcha em dois pontos; este padrão de marcha é similar à marcha de quatro pontos. Contudo, é menos estável porque são mantidos apenas dois pontos de contato no solo. Assim, o uso desta marcha requer um melhor equilíbrio. O padrão em dois pontos simula aproximadamente a marcha normal, visto que o membro inferior e o superior oposto se movem simultaneamente.
 
 
Marcha com auxílio de andadores
 
Andadores são usados para melhorar o equilíbrio e para o alívio da sustentação do peso, completa ou parcialmente, sobre um membro inferior. Dentre as três categorias de dispositivos auxiliares deambulatórios, os andadores asseguram a maior estabilidade. Eles propiciam uma ampla base de sustentação, melhoram a estabilidade anterior e lateral, e permitem que os membros superiores transfiram o peso corporal para o solo.
Há três tipos de padrões de marcha empregados com os andadores; são as marchas com sustentação de peso completa, parcial, ou ausente. Sustentação de peso completa: 1). o andador é segurado e movimentado para frente cerca de um braço de comprimento;2). o primeiro membro inferior é movimentado para frente; 3). o segundo membro inferior é movido para frente, para além do primeiro; 4) o ciclo é repetido. Sustentação de peso parcial: 1). O andador é segurado e movimentado para frente cerca de um braço de comprimento; 2.) O membro inferior envolvido é movimentado para frente, e o peso do corpo é transferido parcialmente para este membro, e parcialmente através dos membros superiores para o andador; 3.) O membro inferior não envolvido é movimentado para a frente, para além do membro envolvido; 4.) O ciclo é repetido. Sem sustentação de peso: 1.) O andador é segurado e movimentado para frente cerca de um braço de comprimento; 2.) O peso é então transferido, através dos membros superiores, para o andador. O membro envolvido é mantido anteriormente ao corpo do paciente, mas não faz contato com o solo; 3.) O membro não envolvido é movimentado para frente; 4.) O ciclo é repetido (Sulivan,1993).
 
EXERCÍCIOS AERÓBICOS
 
 
 
Metabolismo energético
 
Toda atividade física realizada corresponde à utilização de algum tipo de substrato energético obtido da alimentação, que passa por transformações químicas no processo digestivo, absortivo e metabólico até gerar energia.
 
Entre os substratos energéticos que são estocados no organismo (energia química) e posteriormente disponibilizados como substrato para o trabalho muscular (energia mecânica), destacam-se os carboidratos e as gorduras.
 
A forma de energia química utilizável pelas fibras musculares durante as atividades físicas é o ATP; sendo este o componente básico para a contração muscular.
 
Em condições ideais de trabalho mecânico, os músculos são capazes de transformar 25% da energia mobilizada em trabalho e os 75% restantes são dissipados na forma de calor. São três as vias de transformação da energia química estocada para utilizaçãopelo trabalho muscular:
 
1 - Reservas do sistema ATP – CP
2 - Glicólise (Metabolismo anaeróbico)
3 - Metabolismo oxidativo (Metabolismo aeróbico)
 
Sistema ATP – CP (anaeróbico alático)
 
Ao iniciar um exercício, o organismo primeiramente lança mão da energia mais prontamente disponível, que provém do ATP – CP ou sistema adenosina trifosfato – fosfocreatina. Essa fonte energética, embora bastante limitada, não é dependente da presença do oxigênio e nem produz lactato e, portanto, é denominada via anaeróbica alática.
 
Como referido acima, o estoque de ATP – CP disponível está limitado, sendo que a quantidade celular disponível de ATP é de aproximadamente 2,43 mmol/100g de tecido seco, o que permite que uma atividade de alta intensidade dure apenas 2 segundos às custas desse substrato. Entra então em ação a fosfocretatina (CP) (disponível em torno de 6,78 mmol/kg de tecido seco) que é consumida em aproximadamente 0,10 segundo de exercício.
 
Nesse mecanismo, é ativada a enzima responsável pela “quebra” da fosfocreatina, trata-se da creatinafosfoquinase (CPK). Essa “quebra” é responsável pela liberação da energia utilizada na ressíntese do ATP que serviu de substrato energético para a atividade. Por isso a disponibilidade de fosfocreatina é muito importante nas atividades anaeróbicas aláticas, ou seja, atividades que demandem energia rapidamente e com curta duração, como é o caso das corridas de 100 metros rasos, o levantamento de pesos e salto em altura, entre outras.
 
Entre as características desse sistema, destacamos: alta potência, e baixa capacidade, o que quer dizer que ocorre liberação de grande quantidade de energia em um curto espaço de tempo, com baixa quantidade total de trabalho em duração prolongada.
 
Metabolismo glicolítico (anaeróbico lático)
 
Nessa via metabólica, ocorre liberação de energia para o trabalho muscular a partir da quebra do glicogênio estocado, passando a liberar a glicose-6-fosfato para ser utilizada como substrato energético.
 
A enzima responsável por essa quebra é a fosfofrutoquinase, que está envolvida em uma série de reações responsáveis pela produção de ácido pirúvico.
 
Em condições de reduzidas taxas de oxigênio disponível no músculo, esse ácido pirúvico será metabolizado formando duas unidades de ATP e ácido lático, sendo esta via conhecida como anaeróbica lática, por ser realizada em situações de baixos teores de oxigênio e pela formação de lactato.
 
Este sistema opera predominante até aproximadamente 30 a 40 segundos de exercício intenso, sendo sua contribuição fundamental para eventos como corridas de 400m ou provas de 100m nos diferentes estilos de natação.
 
Comparado ao sistema ATP - CP, o processo glicolítico é de menor potência e de maior capacidade.
 
 
Sistema oxidativo (Metabolismo aeróbico)
 
Já na presença de oxigênio, o ácido pirúvico formado pela glicose vai até Acetil-coenzima A, que por meio das etapas do ciclo de Krebs, ou do ácido cítrico, dará origem a 38 moléculas de ATP, água e gás carbônico. Por utilizar oxigênio, esta via é denominada aeróbica (ou metabolismo aeróbico).
 
Esse sistema é de capacidade ilimitada e, em termos de potência, produz 18 vezes mais ATP que o sistema anaeróbico lático, antes comentado.
 
Em condições de repouso, o organismo exige um certo nível de consumo de oxigênio para manter suas reações vitais que poderiam ser chamadas de nível x. Iniciada uma atividade física qualquer, como, por exemplo, subir e descer um degrau, as necessidades do organismo aumentam, exigindo um nível de oxigênio maior, que poderia ser chamado de nível Y. No entanto, entre o início do exercício até o momento em que se atinge o consumo de oxigênio (VO2) de nível Y, decorre um intervalo de 3 a 5 minutos em que o organismo contrai uma dívida de oxigênio denominada déficit de oxigênio.
 
Terminado o exercício, as necessidades energéticas do organismo voltam praticamente ao nível de repouso, mas, o organismo mantém índices metabólicos superiores necessários para que pague aquela dívida (déficit em O2) contraída, fase esta chamada também de “Débito de oxigênio”. O Débito de oxigênio é, no entanto, maior que o déficit, uma vez que nesta fase de recuperação o organismo ainda deve arcar com a energia para ventilação e para eliminação de calor, entre outros fatores.
 
Então, quando um atleta está envolvido em uma atividade física de curtíssima duração, como corridas de 50 a 100m, tem como fonte principal de energia o sistema ATP-CP ou o metabolismo anaeróbico alático. Já em provas curtas como corridas de 250 a 300m, com duração aproximada de 40 segundos, a energia produzida é função principalmente do sistema do ácido lático. Já nas competições que possuem uma duração superior a 3 minutos, como as maratonas e corridas de fundo, a energia provém principalmente do sistema aeróbico.
 
 
Excesso de consumo de O2 pós-exercício (EPOC)
 
Segundo Hill (1914), o termo débito em O2 é utilizado para designar o excesso de O2 consumido acima das condições de repouso logo após o término do exercício, explicando que tal fenômeno se deve ao pagamento da dívida de O2 contraída da fase de déficit. Esse período seria dividido em duas etapas:
 
A) uma mais rápida, de 2 a 3 minutos pós-esforço, que corresponderia ao O2 requerido para ressíntese de ATP-CP e representaria 20% aproximadamente do débito de O2.
 
B) uma mais lenta, que corresponderia à conversão oxidativa do lactato a glicogênio no fígado e representaria aproximadamente 80% do débito de O2.
 
Segundo Brooks (1984), como não mais de 20% do débito de O2 corresponderiam à conversão oxidativa do lactato do nível hepático, a expressão débito de O2 passou então a ser muito criticada, pois não representaria um período de “pagamento de empréstimo de O2”. O mesmo autor e Geasser propuseram então o termo EPOC, que corresponderia em inglês a “excesso de consumo de oxigênio pós-exercício”.
 
Diversas têm sido as hipóteses para se explicar o EPOC, ressaltando-se os fatores envolvidos na sua produção.
 
A) trabalho extra para dissipação do calor;
 
B) energia necessária para os músculos respiratórios e coração, desde que as freqüências cardíaca e respirtória se mantenham elevadas;
 
C) um aumento de níveis de catecolaminas, que levaria per se a um aumento das requisições energéticas celulares e que deixaria a membrana celular mais permeável a K+ e Na+, fato que explicaria uma maior ação da bomba de K+ / Na+ ;
 
D) aumento na oxidação fosforilativa de ácidos graxos em tecido gorduroso marrom;
 
E) estimulação mitocondrial induzida pelos íons Ca++
 
A magnitude do fenômeno de EPOC tem sido estimada desde 3 até 175 Kcal e sua duração de menos de uma hora a até mais de 12 horas.Quando se procurou explicar o montante de EPOC, a intensidade do exercício (80% VO2 máx) foi mais importante que a duração, embora se tenha demonstrado que exercícios extremamente prolongados (90 min), entremeados por intervalos de 5 minutos de repouso, também possam levar a duração do EPOC para até 12-24h. Interessantemente, também determinou-se que duas sessões de 25 minutos de duração produziriam um EPOC de maior magnitude que uma sessão de 50 minutos, na mesma intensidade (70% VO2 máx).
 
A explicação prática desses conhecimentos para aqueles que fazem exercício buscando um controle de peso corporal, poderia ser que, embora esforços mais intensos consumam mais calorias, a dificuldade de mantê-los por longo período é enorme, indicando-se então programas com exercícios mais moderados e duradouros.
 
Exercícios acumulados funcionam.
 
As novas recomendações de atividade física em programas para população em nosso meio indicam que seus benefícios poderiam ocorrer também quando realizada de forma intervalada, ou seja, em pequenas sessões de 10-15 minutos. Essa proposta nem sempre é compreendida pelos profissionais de saúde e principalmente por treinadores, porque como os primeiros protocolos usados pelos fisiologistas do esforço contemplavam apenas exercícios realizados de formacontinuada, sempre se acreditou que somente dessa forma ininterrupta a atividade poderia ter impacto sobre a saúde e, em particular, sobre o peso/gordura corporal. Haskell e col. publicaram que pessoas que faziam atividades em três sessões de 10 minutos de duração, com intervalos de quatro horas, apresentavam o mesmo efeito na resposta cardíaca, no gasto energético para esforços submáximos, o mesmo foi observado na diminuição da pressão arterial que aqueles que faziam em sessões contínuas de 30 minutos, estava aberta a porta para uma nova perspectiva de análise de impacto e de prescrição de exercícios. Fulton e colaboradores4 mostraram que o gasto energético em mulheres submetidas a exercícios contínuos por 30 minutos foi praticamente igual ao despendido pelo grupo que realizou os mesmos 30 minutos divididos em três sessões de 10 minutos (Tabela 2).
 
Esses resultados foram posteriormente confirmados por Murphy e Hardman,5 que mostraram que mulheres submetidas por 10 semanas a protocolos intermitentes (três sessões de 10 minutos; 5 x/semana) conseguiram melhorar a potência aeróbica, a pressão arterial, as dobras cutâneas, o peso corporal e a relação cintura-quadril em valores semelhantes ou superiores aos obtidos pelas mulheres que fizeram os 30 minutos em uma só sessão, 5x/semana. Importante ressaltar que esses estudos reforçam a adoção de períodos de atividades física com baixa duração e períodos intervalados com a resultando do gasto similar.
 
 
Limiar de Lactato
 
O tema de maior controvérsia em fisiologia do esforço tem sido sem dúvida o que se refere ao, assim chamado, limiar anaeróbico. Wasserman e Mcllory (1964), introduziram o termo que foi definido como “a intensidade de exercício em que ocorre um aumento súbito na concentração do lactato plasmático”.
 
Desde então, o fenômeno recebe uma impressionante quantidade de denominações, das quais as mais significativas e aceitas são: Limiar de lactato e Ponto de deflexão do lactato – OBLA (onset of blood lactate; Sjodin A. Jacobs, 1981).
 
De acordo com seus propositores, esse ponto de deflexão na curva de concentração de lactato plasmático, em intensidades progressivas de exercício, indicaria um aumento de participação anaeróbica. Normalmente ocorreria entre 55 – 65% do VO2Máx em indivíduos saudáveis não treinados.
 
Em pessoas treinadas, esse ponto deslocar-se-ia mais à direita (por exemplo, 70 – 75% VO2 máx), sendo que, em atletas envolvidos em eventos de endurance, estaria acima de 80 – 85% do VO2máx.
 
Essa mesma tendência de deslocamento à direita é observada em pessoas que passam a treinar endurance; por essa razão, a tendência é passar a usar esse indicador de desempenho em eventos de longa duração e alta intensidade (tolerância aeróbica), ao invés do VO2máx.
 
A técnica de determinação do OBLA seria mais segura, por não exigir levar diretamente o indivíduo a esforços máximos, mas a esforços submáximos progressivos, embora tivesse algumas desvantagens de custo.
 
As primeiras críticas às razões do ponto de deflexão no lactato surgiram quando foi observado que pacientes portadores da síndrome de McArdle - que não apresentavam o ponto de deflexão na curva de lactato plasmático – demonstravam esse fenômeno quando o limiar anaeróbico era determinado pelo método de equivalente ventilatório do oxigênio (VE/VO2).
 
Na busca de métodos mais práticos, Conconi (1982) propôs o uso da freqüência cardíaca, que mostraria um platô a despeito do aumento na velocidade de corrida em adultos. Apesar de tal fenômeno ter sido confirmado, inclusive em crianças (Mahon, 1981), outros autores não puderam detectar o mesmo platô, sendo desde então o seu uso matéria de discussão.
 
Resumindo, pode-se afirmar que até o presente momento não existiria um consenso sobre as razões bioquímicas do ponto de deflexão do lactato. Em termos fisiológicos, continua sendo um indicador de desempenho em eventos de endurance, facilitando a monitorização do treinamento.
 
A grande aplicação do limiar de lactato parece estar em que, em uma vez determinado, poder-se-ia orientar o treinamento em intensidades iguais ou imediatamente abaixo desse valor, permitindo que o atleta realize grandes volumes de treinamento sem alcançar o nível de fadiga. Não é recomendável o seu uso como preditor de desempenho em eventos anaeróbicos (de curta ou curtíssima duração), assim como para sedentários, atletas amadores ou em fases iniciais de treinamento, além de existirem outras prioridades, a prescrição pode ser feita com igual precisão, usando a escala de percepção do esforço de Borg.
Série de Williams
 
Definição: São exercícios que buscam o alongamento e a estabilização da região toracolombar, através de movimentos voluntários de flexão dos membros inferiores sobre o abdome.
Indicações: Lombalgia, lombocialtagia, cialtagia, artrose, hérnias...
Contra-indicações: Osteoporose, fraturas recentes, placas, parafusos, fios...
Os exercícios de flexão de William são indicados para dor na coluna, uma vez que ajudam no fortalecimento dos músculos que fazem sua flexão. Deve-se salientar que, para surtir efeito, estes exercícios devem ser realizados diariamente
 
 
Exercício 1Com as costas apoiadas sobre uma superfície dura, e com os joelhos dobrados, encolha a barriga e contraia os músculos das nádegas. Permaneça por 5 segundos e relaxe. Repita esse exercício 10 vezes.
             
 
Exercício 2Deitado na posição inicial contraia os músculos abdominais, cruze os braços sobre o peito, levante a cabeça e leve o queixo em direção ao peito. Mantenha-se nessa posição durante 5 segundos. Relaxe. Repita esse exercício 10 vezes.
             
Exercício 3Deitado na posição inicial, levante um joelho em direção ao tórax, alternadamente (direito e esquerdo). Ao mesmo tempo, levante a cabeça e os ombros do chão como no exercício 2. Mantenha esta posição durante 5 segundos. Relaxe. Repita esse exercício 10 vezes.
             
Exercício 4Deitado na posição inicial, puxe os dois joelhos em direção ao tórax e, ao mesmo tempo, levante a cabeça e o ombro do chão. Mantenha esta posição durante 5 segundos. Relaxe. Repita esse exercício 10 vezes.
             
 
 
Método Klapp
 
Rudolph Klapp, pediatra alemão, estudou os animais e observou que os quadrúpedes não apresentavam escoliose, então quis adotar essa posição nos humanos e pediu que todos andassem de "quatro". Observou também os desvios da coluna nos planos frontal e sagital e que na posição bípede os humanos podem apresentar escoliose pela ação da gravidade.Os seus exercícios se baseiam no: treinamento e fortalecimento da musculatura do tronco na posição de "gatas" e joelhos. As extremidades, coxo-femurais e escápulo-umerais não são imobilizadas (mobiliza para atuar na coluna) pelo Fisioterapeuta. São utilizados para amplos movimentos (a coluna fica fixa). Princípios básicos:
1) Relaxamento dentro da posição inicial;
2) Sucessão de fases: mobilização, alongamento, fortalecimento, correção (deslocamento dinâmico);
3) Movimento braço-mão precede, em geral, o deslocamento do joelho;
4) Limite do equilíbrio (dentro de uma posição/deslocamento possível);
5) Coxa de sustentação (mais próxima da vertical para manter a retroversão do quadril);
6) Ponta do pé (desliza sobre o chão);
7) Equilíbrio entre a tração cervical e retroversão;
8) Pequenos grupos;
9) Comando de voz (muito importante);
10) As cinturas voltam obrigatoriamente à horizontal.
 
Fundamentos da técnica:
1) Movimentos em linha reta;
2) Material para proteger as articulações;
3) Roupas adequadas e que exponham melhor o corpo;
4) Intercalar exercício respiratório e relaxamento;
5) Posição inicial: * Apoio sobre os joelhos e mãos* Braços estendidos* Dedos das mãos para frente* Mãos apoiadas em distância biacromial* Cabeça em extensão axial* Ângulo reto entre coxa e perna* Ponta dos pés em contato com o solo*
 
Contra-indicações:- Limitação de movimento, hiperfrouxidão ligamentar, quadro álgico aumentado, cervicalgia aguda, etc.*
 
Exercícios:1º) Engatinhar ou marcha em 4 apoios -posição inicial: 4 apoios;- deslocamento feito em marcha cruzada em avanço alternando mão e joelho do lado oposto;- ao avançar, o joelho deverá estar inteiramente ao lado da mão;- os joelhos deslizam sem deixar o chão;- os cotovelos permanecem estendidos;- a cabeça segue a movimentação lateral do tronco;- olhar em direção ao joelho avançado;- o braço impulsionado descreve um semi-círculo com a curva para fora razante ao chão;- dedos voltados para frente.
2º) Deslizar- posição inicial : 4 apoios;- o tronco é inclinado em posição baixa;- cotovelos estendidos para frente;- mãos deslizam para frente sobre o solo ficando bem afastadas do tronco;- as coxas permanecem verticais durante todo o movimento.
3º) Deslizar com movimento de cobra- Idem "deslizar", só que no deslocamento a marcha é cruzada.
4º)Pulo do coelho- Posição inicial : 4 apoios;- Levantar o tronco até a vertical mantendo os braços elevados ficando de joelhos;- Abaixar o tronco mantendo os cotovelos no mesmo plano e estendidos até tocar as mãos no chão;- Pular para frente : os joelhos são trazidos para frente por u salto contraindo os músculos abdominais, indo para trás das mãos;- Voltar à posição inicial com deslizamento simétrico ou não das mãos à frente.
5º) Virar o braço- posição inicial : 4 apoios;- com os braços alongados para frente sem apoio dos cotovelos;- estender um dos braços levando-o para trás e para o alto (mantendo o cotovelo estendido), olhando para ele;- abaixar o braço;- olhar para frente;- realizar o pulo.
6º) Arco grande- posição inicial : 4 apoios;- alongar o braço direito diagonal à frente (para a esquerda);- o joelho esquerdo dá um passo à frente enquanto que o cotovelo esquerdo flete a 90º e fica ao lado do joelho esquerdo;- estender a perna direita levando a ponta do pé direito para trás da perna esquerda;- fazer a rotação externa da coxofemural direita;- o tronco permanece bem inclinado;- ombros em linha horizontal;- cabeça erguida olha a mão esquerda;- levar a mão esquerda para frente;- a perna estendida (direita) dá um passo;- o braço direito volta para direção do joelho direito.
7º) Engatinhar perto do chão ou marcha em 4 apoios baixos com mergulho e extensão- posição inicial : 4 apoios com cotovelos fletidos à 90º, dedos das mãos para frente;- cabeça erguida;- "pular" para frente com as mãos;- um dos joelhos faz um pequeno passo;- cifose total do tronco que se desloca para trás;- aproximação do nariz ao joelho avançado;- estender progressivamente o tronco bem perto do chão.
8º) Grande curva- posição inicial : 4 apoios;- levar com um impulso para trás e cima o braço direito até a posição vertical;- manter a palma da mão direita voltada para dentro;- dar um passo à diante com o joelho esquerdo indo até a mão esquerda;- neste momento, a mão esquerda fica apoiada sobre os dedos;- a cabeça vira para mão que está no chão;- fletir o cotovelo esquerdo;- descer o braço direito para o lado esquerdo mantendo o cotovelo estendido;- o braço direito volta para o lado direito numa meia volta sem levar junto o tronco.
9º) Marcha em 4 apoios com lançamento do braço à frente e extensão da perna- posição inicial : 4 apoios;- passo com o joelho esquerdo junto à mão esquerda;- braço direito é estendido ao longo do tronco mantendo a palma da mão para fora;- com um impulso, levar o braço direito para frente e estender simultaneamente a perna direita;- a cabeça para a mão que está no chão.
10º) Andar de joelhos com extensão- posição inicial : ajoelha com braços abertos horizontalmente;- flexionar o tronco até a posição horizontal;- um dos joelhos dá o passo;- braços são lançados para frente ao longo da cabeça e do tronco;- "mergulhar" o tronco ( a cabeça vai em direção ao joelho avançado) estendendo simultaneamente os braços;- voltar a posição inicial.
 
 
Método Mackenzie
 
 
A técnica de McKenzie foi elaborada pelo fisioterapeuta R.A. McKenzie, e aborda o tratamento das dores da coluna relacionadas aos distúrbios do sistema articular da coluna vertebral. Esta técnica de terapia manual utiliza os movimentos do próprio paciente no alívio da dor e na recuperação da função.Ela é uma técnica de avaliação e um método terapêutico baseado na avaliação da resposta sintomática na avaliação da dor ou redução da deformidade tecidual.Os indivíduos que respondem bem a esta técnica são: "pacientes que sofrem de dores agudas, subagudas ou crônicas da coluna vertebral, que se manifestam pelo aparecimento repentino de uma dor comumente aguda, podendo ocorrer irradiação para os membros superiores ou inferiores, com concomitante restrição do movimento. È importante a inclusão de pacientes com ciatalgias ou braquialgias intermitentes, sem que haja déficits neurológicos já instalados."A dor na fase crônica e menos severa, pode persistir por mais de 2 meses.Regra geral estes pacientes irão referir sintomas recorrentes.
O Método McKenzie classifica as algias da coluna em 3 diferentes categorias:
A) Síndrome Postural
B) Síndrome da Disfunção
C)Síndrome do Desarranjo
 
Síndrome Postural : é a deformação mecânica de origem postural que promove dor de natureza intermitente. Os tecidos ao redor dos segmentos da coluna são submetidos a estresses por longos períodos, decorrentes da má postura estática e prolongada. São geralmente pacientes com menos de 30 anos de idade, sedentários e podem relatar dor irradiada para outros níveis da coluna vertebral.O tratamento tem como objetivo a correção e orientação postural .
 
Síndrome da Disfunção: os tecidos ao redor dos segmentos vertebrais envolvidos apresentam-se encurtados ou fibrosados. Ao realizar-se um movimento normal estas estruturas são submetidas a alongamentos além do seu limite, gerando um aumento da sua tensão, impedindo que a sua amplitude normal máxima possa ser alcançada. A tentativa de ultrapassar este limite causará um alongamento excessivo destas estruturas provocando dor.Em decorrência se verifica uma perda do movimento e da função, por exemplo, perda de função da coluna cervical observada ao se manobrar um carro.Geralmente são pacientes com idade acima de 30 anos, que referem rigidez maior no período da manhãO tratamento consiste na orientação postural , alongamento de partes moles e do tecido fibrótico ,tendo cuidado de não provocar microtraumas.
 
Síndrome do Desarranjo: De todas as síndromes da coluna vertebral acima descritas, esta é potencialmente a mais limitante (95% dos casos ). O posicionamento normal das superfícies articulares de 2 vértebras adjacentes é desestruturado ,devido a alteração da posição do núcleo pulposo do disco intervertebral . Pequena protusão do disco intervertebral pode provocar uma limitação do movimento e causar deformidades como escoliose e cifose. Este desarranjo envolvendo o material do núcleo do disco pode ser revertido por certos movimentos aplicados a coluna, podendo reduzir o volume da protusão epromover uma centralização dos sintomas. Ao contrário, movimentos que favorecem um aumento da protusão acarretam uma periferalização dos sintomas. A Síndrome do Desarranjo pode ser devido a uma progressão das síndromes anteriormente mencionadas, caso não tratadas adequadamente. Os sintomas podem se manifestar de modo central ou simétrico na coluna, unilateral ou assimétrico, com ou sem irradiação para membro superior ou inferior, com ou sem deformidade postural.O tratamento consiste na redução do deslocamento do núcleo pulposo do disco intervertebral, provocando uma centralização dos sintomas, ou seja, trazendo a dor irradiada de uma região distal para uma região proximal no membro acometido. Ainda a manutenção desta redução, recuperação da função, do membro,prevenção de reincidência e orientação postural
 
 
 
 
 
 
 
 
.Exercícios :
1) Paciente em decúbito ventral, braços abduzidos e fletidos, testa encostada no chão, na inspiração fazer uma hiperextensão da cabeça e volta. Para promover o alongamento, sustente o movimento.
2) Na mesma posição, eleva o tronco sem retirar os cotovelos do chão(sempre levantar na inspiração e voltar na expiração) e volta.
3) Ainda na mesma posição, elevar o tronco transferindo o peso para as mãos.
4) Paciente em pé, mãos fechadas em direção da articulação coxofemural, fazer a extensão do tronco. Quando utilizar o arco completo de movimento, o olhar potencializa.
 
 
 
Método Feldenkrais
 
Dr. Moshe Feldenkrais (1904-1984). Russo, físico, cientista, primeiro campeão de judo europeu. Feldenkrais fez revolucionárias descobertas sobre a relação entre nossos movimentos corporais e a maneira como nós pensamos, sentimos e aprendemos.
 
Em que consiste o método CONSCIÊNCIA PELO MOVIMENTO
 
Utiliza uma grande diversidade de seqüências de movimentos, inicialmente simples, evoluindo para movimentos complexos e de maior amplitude, envolvendo imaginação, atenção e percepção.
 
CONHECER O FUNCIONAMENTO DO CORPO
 
A finalidade principal é perceber como o corpo funciona, e as relações das diferentes partes do corpo.
 
NADA COM ESFORÇO
 
O que precisamos na realidade é diminuir o esforço no movimento, para isso, precisamos primeiro desenvolver a nossa percepção para sentir e descobrir outros caminhos que exigem menos esforço e menos desgaste nas nossas articulações que preservem a integridade física.
 
“REEDUCAÇÃO POSTURAL DINÂMICA”
 
A nossa postura relaciona-se com nosso estado mental e os hábitos posturais segundo Feldenkrais, afetaria a personalidade.
 
"O volume de estímulos que chega ao sistema nervoso é proveniente da atividade muscular constantemente afetada pela gravidade”
 
"Portanto a postura é uma das chaves mais importantes não apenas para a evolução, mas também para a atividade do cérebro.”
 
BENEFÍCIOS DO MÉTODO FELDENKRAIS.
 
Promove mudanças na respiração e na postura e torna os movimentos mais elegantes.
Desenvolve as qualidades físicas de coordenação e flexibilidade.
Desenvolve a qualidade e eficiência de seus movimentos, com um menor gasto energético.
A melhora da respiração associada com a diminuição da tensão muscular crônica reduz a fadiga e o stress.
Elimina dores e restrições na amplitude de movimento, eliminando desconforto.
Restaura as funções em pacientes neurológicos e ortopédicos.
 
"O método Feldenkrais faz do impossível possível, do possível fácil, e do fácil elegante".
 
 
O Método Feldenkrais é um processo de aprendizagem que produz novas formas de movimentos — mais eficazes, confortáveis e saudáveis — pela exploração do grande potencial do sistema nervoso. Moshe Feldenkrais, seu criador, acreditava que a capacidade humana de aprender — incomparavelmente maior do que a de qualquer outra criatura viva “— dá-nos a extraordinária oportunidade de formar uma espécie de massa de reações aprendidas. Mas, junto com esse dom, temos uma” vulnerabilidade especial “para desenvolver maus comportamentos. Ao contrário, “as reações dos outros animais aos estímulos estão ligadas ao sistema nervoso em forma de padrões instintivos de ação, o que faz com que errem com menos freqüência e só diante de mudanças ambientais”. Mas, segundo Feldenkrais, nós podemos mudar — apesar dessa tendência. Se tiver oportunidade, nosso cérebro escolhe a maneira mais fácil e mais eficaz de agir. Mas cabe a nós fornecer-lhe os meios.
É isso que faz o Método Feldenkrais. Por meio de experiências físicas, e não de palavras, ele apresenta novas informações ao cérebro, retreinando-o para aceitar uma imagem melhorada em substituição à antiga imagem distorcida. Isso é realizado pelo desmembramento de movimentos e padrões funcionais em componentes menores, estabelecendo novas conexões neurais entre o córtex motor do cérebro e o sistema muscular. Depois de repetir muitas vezes uma seqüência de exercícios, a nova forma começa a parecer «normal “e natural. A repetição é necessária. Feldenkrais acreditava que ficamos tão acostumados ao padrão habitual e ineficaz, que nosso julgamento é prejudicado, o que faz com que qualquer mudança muscular nos pareça anormal. Não é suficiente tomar consciência de um padrão, diz ele, pois a “melhora na ação e no movimento aparece só depois que ocorre uma mudança no cérebro e no sistema nervoso”.
O Método Feldenkrais usa dois procedimentos para «religar “ou reeducar sutilmente o sistema nervoso. Na Integração Funcional, o trabalho de manipulação é feito na mesa, cada sessão é sob medida, pois o professor adapta cada aula de movimento às necessidades do corpo de cada aluno, usando, sensitivamente, as mãos para comunicar uma nova configuração sensorial e urna nova organização motora”.
 
 
BOLA SUIÇA
 
 
A Bola Suíça tem se tornado um instrumento terapêutico muito bem aceito entre aqueles que buscam promover um estilo de vida saudável, pois promove uma ampla gama de aplicações clínicas. Atualmente a bola tem sido utilizada em treinos e sessões de reabilitação de jogadores de futebol e os resultados têm sido mais do que satisfatórios. O profissional deve conhecer bem o seu paciente e os exercícios e usar o bom senso para um resultado mais seguro e eficiente.
 
A terapia sobre a bola é útil no tratamento de pacientes em todas as áreas da fisioterapia: casos agudos e crônicos, neurologia, cardiologia, ortopedia e postura (Correção Postural sobre a Bola), medicina esportiva, distúrbios ginecológicos e incontinência, e também como método preventivo. A bola suíça pode ser utilizada na avaliação das deficiências de força, mobilidade, equilíbrio, coordenação e também na terapia manual.
 
As sessões sobre a bola visam aplicações para:
 
- Amplitude de movimento (assistência passiva/ativa);
- Fortalecimento de tronco, membros inferiores e superiores;
- Alongamento global;
- Treino cardiopulmonar (melhorando oxigenação e, portanto nutrição celular);
- Mobilização articular;
- Manutenção de tônus muscular;
- Propriocepção postural;
- Relaxamento.
 
Qualquer pessoa de qualquer idade pode realizar a terapia sobre a Bola Suíça, porém existe a necessidade de uma avaliação anteriormente aos exercícios. A terapia com a bola, além de trazer resultados físicos, também trabalha com o emocional, pois é um trabalho de grande motivação para o paciente, fazendo-o sentir-se bem e capaz de vencer desafios. Essa prática pode ser realizada em grupos, separados de acordo com a idade ou com a patologia apresentada, ou ainda sessões individuais, programada de acordo com a característica e necessidade de cada paciente.
 
O nome da técnica se diferencia bastante: Bola Suíça, Bola Bobath, Ballness e Prana Ball, mas a proposta é a mesma. A bola grande (com 65 e 75 cm) auxilia no alongamento da musculatura. Pode ser inflada de acordo com o peso e a altura do aluno, desde que forme um ângulo de 90o graus quando estiver sentado sobre ela. A bola média (do tamanho de um melão) promove um relaxamento mais profundo e as pequenas (como as bolinhas de frescobol) servem para exercitar as mãos e os dedos, em movimentos de pressão, fazendo uma automassagem, que ativa a circulação sanguínea e desfaz pontos de tensão.
 
A modalidade não visa um alto gasto calórico, mas o alongamento, fortalecimento, equilíbrio e relaxamento.Todos os movimentos são feitos lentamente para aliviar as tensões e proporcionar bem-estar. “Os exercícios mobilizam o tronco utilizando uma superfície instável com a bola. Trabalha cintura pélvica e movimenta todos os músculos”,
 
O treino com a bola suíça trabalha:
 
Alongamento;
Equilíbrio físico e mental;
Força;
Flexibilidade;
Resistência;
Postura;
Automassagem;
Consciência corporal;
Coordenação motora.
 
Alguns movimentos da aula com a bola suíça:
 
- Sente sobre a bola, mantenha as mãos apoiadas, a coluna reta, os pés paralelos tocando o solo e as pernas flexionadas a 90o graus. Estenda uma das pernas e flexione o tronco à frente tocando a ponta do pé com uma das mãos. Permaneça nesta postura por 20 segundos. Volte à posição inicial e faça o mesmo com a outra perna.
- Fique na mesma posição do exercício anterior. Movimente o quadril para frente rolando a bola. Também movimente o quadril para

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