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3-Gestão de Operações
Segundo Slack (1996, p.34) a produção é a função central das organizações já que é aquela que vai se incumbir de alcançar o objetivo principal da empresa, ou seja, sua razão de existir.
3.1Sistema de Produção
De acordo com Moreira (2008), um sistema de produção é o conjunto de atividades e operações inter-relacionadas envolvidas na produção de bens ou serviços. Esses sistemas podem ser classificados de diferentes formas sob o enfoque de diversos autores. Uma das utilidades dessas classificações é a possibilidade de discriminar as técnicas de planejamento e gestão da produção mais apropriada a cada tipo de sistema, permitindo uma melhor escolha sobre qual classificação adotar em determinada circunstância. 
O Sistema de Produção é classificado em:
Produção puxada (Just in Time); 
Produção empurrada;
Previsão de demanda;
Planejamento agregado;
Planejamento da capacidade;
Planejamento da necessidade de mão de obra e equipamentos;
Localização da Produção;
Controle da Produção;
Plano mestre de produção 
3.1.1 Produção puxada (Just in Time)
De acordo com Gianesi e Corrêa (1993, p. 44) o Just in Time, JIT como é conhecido, surgiu no Japão, em meados da década de 70, sendo o centro de sua criação e desenvolvimento a Toyota Motor Company. Essa por sua vez buscava um sistema de administração da produção que tivesse a capacidade de coordenar a produção de acordo com a demanda de diferentes modelos e cores de veículos e sem atraso. Desde já percebemos a necessidade de flexibilidade e confiabilidade do sistema.
O JIT trabalha com um sistema de produção “puxada”, ou seja somente se produz em cada uma das partes do processo aquilo que foi vendido, no tempo e no momento exato, também conhecido como sistema Kanbam. Nome dado aos cartões utilizados para autorizar e movimentar a produção ao longo do processo produtivo. O JIT principalmente no ocidente, também é reconhecido por outros nomes como:
• Produção sem estoques;
• Eliminação de desperdícios;
• Manufatura de fluxo contínuo;
• Esforço contínuo na resolução de problemas;
• Melhoria contínua dos processos.
3.1.2 Produção empurrada
É determinado a partir do comportamento do mercado. Neste modelo, a produção em uma empresa começa antes da ocorrência da demanda pelo produto. Ou seja, a produção depende de uma ordem anteriormente enviada, geralmente advinda de um sistema MRP (Material Requirement Planning). Após o recebimento de tal ordem, é feita a produção em lotes de tamanho padrão. Aqui não existe qualquer relação com a real demanda dos clientes da empresa.
O chamado fluxo contínuo de produção também não tem importância neste modelo de produção, uma vez que a produção ocorre isoladamente em cada unidade fabril utilizada no processo. Desta forma, é enviada uma ordem de produção ao setor responsável, que produz os itens e depois os “empurra” para a próxima etapa do processo produtivo, daí o nome “produção empurrada”. O controle do que deve ser produzido, qual quantidade e em que momento, é realizado pelo MRP.
Os lead times deste tipo de produção precisam ser conhecidos antecipadamente, uma vez que as quantidades produzidas sem o conhecimento da real demanda dependerão dos materiais fornecidos. A produção empurrada é conhecida como um sistema de inventário zero, mesmo isto não sendo um fato real.
Este modelo de produção surgiu no início da era industrial, onde a qualidade dos produtos não importava muito, uma vez que existia uma demanda praticamente infinita em um mercado sem competição. O volume dos produtos produzidos para atender à esta demanda era a única preocupação das indústrias. 
3.1.3 Previsão de Demanda
Segundo Slack et al. (2002, p. 86), “nenhuma organização pode planejar pormenorizadamente todos os aspectos de suas ações atuais e futuras, mas todas as organizações podem beneficiar-se de ter noção para onde estão dirigindo-se e de como podem chegar lá, o mesmo ocorrendo com a função produção”. A previsão de demanda é imperativa para que as organizações tenham vantagens competitivas, além é claro, da sua importância para o planejamento e controle da produção. 
Mas, a importância da previsão de demanda vai além de auxiliar apenas o controle e planejamento da produção. Kotler (1998, p. 129) caracteriza melhor quando diz que as previsões de vendas são utilizadas nos mais diversos setores da empresa. Um dos mais importantes fatores, entretanto, é a capacidade das organizações, conhecendo as previsões, reduzirem o tempo de entrega do produto ou serviço ao cliente. A partir do momento que a empresa possui a previsão da demanda, ela pode preparar-se antecipadamente, para gerenciar insumos, recursos humanos e capacidade produtiva.
3.1.4 Planejamento Agregado
O Planejamento Agregado é um processo de planejar a quantidade a ser produzida em longo prazo por meio de ajustes da cadência de produção, da disponibilidade de mão-de-obra, estoques e outras variáveis (PIRES, 1995). As estratégias do Planejamento Agregado são os cursos de ação disponíveis aos planejadores. Eles incluem tanto o uso de uma única estratégia (estratégia pura) como combinações (estratégia mista) de variáveis de decisão. As principais estratégias puras usadas nas atividades de fabricação, propostas por Moreira (2000), são:
1. Variação de tamanho de equipe de trabalho;
 2. Tempo ocioso e extra;
 3. Variação dos níveis de estoque;
 4. Aceite de pedidos para atendimento futuro;
 5. Subcontratação.
3.1.5 Planejamento da Capacidade
Slack et al (2002) definem capacidade de produção como sendo o máximo nível de atividade de valor adicionado em determinado período de tempo que o processo pode realizar sob condições normais de operação. 
Os pontos máximos convergentes das definições são representados: pela quantidade máxima que pode ser produzida por unidade produtiva ( que pode ser a empresa toda ou uma única máquina ou funcionário) em um intervalo de tempo fixo.
Stevenson (2001) considera que a capacidade se refere a um limite superior ou teto de carga que uma unidade operacional pode suportar. A unidade operacional pode ser uma fábrica, um departamento, uma loja ou um funcionário.
Medidas de capacidades
3.1.6 Planejamento da necessidade de mão de obra e equipamentos
 O planejamento de mão de obra em uma unidade produtiva está relacionado com a demanda por produtos e com as características do processo produtivo, especialmente com o número de máquinas e equipamentos que requerem trabalhadores especializados. Na indústria de saneamento básico, a demanda varia muito de um período para outro, uma alternativa bastante utilizada para ampliar a capacidade produtiva nos períodos de pico de demanda é a utilização de horas extras. 
Segundo Bard et al. (2007) muitas organizações que operam fora do período normal de horas diárias e que enfrentam flutuações de demanda constantemente buscam otimizar o tamanho e a composição da sua força de trabalho. Ainda de acordo com estes autores, uma pesquisa recente mostrou que a melhoria nos métodos de programação de pessoal considerando as incertezas pode levar a reduções significativas nos custos trabalhistas. 
3.1.7 Localização da produção
A localização é a posição geográfica de uma operação em relação a rede em que está inserida, ou seja, em relação aos clientes e fornecedores com os quais interage.
Para a produção de bens deve-se levar em conta: clima de trabalho favorável, proximidade dos mercados, qualidade de vida, localização dos recursos, proximidade das instalações da matriz e serviços públicos, impostos e custo dos imóveis;
Para a prestação de serviços os fatores dominantes são: localização dos clientes, custos de transportes e proximidade aos mercados, localização dos concorrentes e fatores específicos do local.
3.1.8 Controle de produção
O planejamento e controle da produção tem um papel importante no contexto de melhoria dos resultados da empresa. De acordo com Slack et al. (2009), as atividades de planejamento e controle harmonizam os sistemas, procedimentos e decisões queatrelam várias características da oferta e da demanda. Dessa forma, unir o suprimento e a demanda, é que fará com que os processos produtivos sejam eficazes e eficientes e que produzam produtos e serviço justamente como o cliente deseja.
 A programação da produção é um dos principais fatores responsáveis pelo bom desempenho da empresa, uma boa programação significa que todos os recursos disponíveis na empresa estão sendo utilizado de forma eficiente (PRADO, 2012).
Outra definição bastante difundida é que a administração da produção é: “o gerenciamento dos recursos diretos que são necessários para a obtenção dos produtos e serviços de uma organização”, sendo que essa função está concentrada em um processo de transformação de insumos (matéria- prima) através de componentes (pessoas, máquinas, ferramentas) obtendo o resultado desejado (DAVIS, AQUILANO E CHASE, 2001, p. 24 – 25).
3.1.9 Plano Mestre da Produção
O Planejamento-mestre de produção tem a função de dividir os planos produtivos estratégicos de longo prazo em planos específicos de produtos acabados para o médio prazo, visando direcionar as etapas de execução e programação das atividades de operação da empresa: montagem, fabricação e compras (TUBINO, 2009).
Tubino (2009) ressalta que como resultado do planejamento-mestre se tem o plano-mestre de produção, que torna formal a tomada de decisões relacionadas à necessidade de produtos finais para cada período verificado. É chamado de plano mestre de produção (PMP), o documento no qual contém as informações referentes aos itens que deverão ser produzidos e a quantidade em um determinado período. Normalmente este período cobre poucas semanas, podendo chegar a 6 meses ou até mesmo um ano (MOREIRA, 2011). 
 Para Corrêa e Corrêa (2012), o PMP, organiza a demanda do mercado com os recursos internos da empresa com finalidade de programar taxas adequadas de produção e produtos finais, especialmente aqueles de demanda independente, ou seja, a demanda futura tem que ser prevista.

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