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Aula 6 - Vascularização do Sistema Nervoso

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VASCULARIZAÇÃO DO SISTEMA NERVOSO 
 
O cérebro precisa de muito sangue para manter sua atividade metabólica que é muito alta. 10 
segundos sem sangue já podem provocar sofrimento celular, sendo que com 3 a 5 minutos, 
dependendo do indivíduo, já pode existir um dano irreversível. As áreas mais novas, como as áreas 
corticais, são muito mais suscetíveis a essa falta de sangue do que as áreas mais antigas, como por 
exemplo o bulbo. 
Apesar do cérebro ser correspondente a apenas 2% do nosso peso, ele recebe 20% do O2 e 
15% do fluxo sanguíneo. O fluxo sanguíneo cerebral é dependente de 3 variáveis: FLUXO = PA (pressão 
arterial) - PV (pressão venosa) /RCV (resistência cerebrovascular) 
A pressão arterial depende de vários fatores, não apenas cerebrais. Mas o cérebro consegue 
regular a RCV das artérias e veias do cérebro (resistência da parede do vaso, calibre e PIC). 
O fluxo é maior nas áreas mais ativas. Toda vez que você tem um metabolismo alto, você tem 
uma grande produção de gás carbônico que faz vasodilatação e aumenta o fluxo sanguíneo. Além do 
gás carbônico, o óxido nítrico também é uma substância bastante utilizada para isso. 
Além do fluxo sanguíneo, também é importante levar em consideração com que pressão esse 
sangue chega ao cérebro --> PPC (pressão de perfusão cerebral) = PAM (pressão arterial média) - PIC 
(pressão intracraniana). Se há um trauma ou alguma situação que aumente a PIC, vai ser preciso elevar 
a PAM para conseguir manter a PPC. 
PAM = (PS + 2PD) /3 
 
VASCULARIZAÇÃO ARTERIAL 
 
 
 
 O cérebro é vascularizado por uma circulação anterior (carótida interna) e posterior 
(vertebrais). Essas duas circulações se comunicam através do polígono de Willis. 
As artérias cerebrais são muito mais propensas a hemorragias porque sua camada muscular é 
muito menos desenvolvida, mas por outro lado elas tem a parte elástica bem desenvolvida, para 
tentar diminuir a percussão da pulsação no parênquima cerebral. É preciso lembrar que as artérias 
 
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estão em íntimo contato com o parênquima cerebral e justamente essa pulsação contínua pode causar 
algum tipo de lesão. Para evitar isso, as artérias correm nos espaços perivasculares (pia-máter com 
líquor ao redor dos vasos) e possuem a camada elástica mais desenvolvida. 
 
Carótida Interna 
 Ramo da carótida comum  bifurcação na região cervical 
 Não dá ramos no pescoço 
 Percorre a região cervical e entra no crânio pelo canal carotídeo  penetra no interior do seio 
cavernoso e forma uma curva (sifão carotídeo)  ao sair do seio cavernoso, penetra na dura-
máter e começa a dar seus ramos importantes 
 Dá 3 ramos importantes antes de se bifurcar: 
 Artéria oftálmica  vasculariza as estruturas do globo ocular 
 Artéria comunicante posterior  comunica a circulação anterior com a cerebral 
posterior (ramo da basilar) 
 Artéria coroidea anterior  penetra no plexo coroide passando pelo corno temporal 
do ventrículo lateral. Sempre está abaixo do trato óptico  vasculariza a cápsula 
interna 
 A bifurcação da carótida ocorre exatamente na altura da substância perfurada anterior (final 
do trato olfatório) 
 Artéria cerebral média  vasculariza a parte lateral 
 Artéria cerebral anterior  vasculariza a parte medial e superior até o sulco parietoccipital 
 
Vertebral 
 Ramo da artéria subclávia 
 Penetra nos forames transversos das vértebras cervicais e entra no crânio pelo forame magno 
 Se situam a frente a medula e do bulbo 
 Dá 3 ramos principais antes de formar a basilar: 
 PICA (Artéria Cerebelar Posteroinferior)  vasculariza a porção posterolateral do 
bulbo e do cerebelo  Sd. de Wallenberg 
 2 Artérias espinhais anteriores  se unem na linha média e formam uma só  corre 
na fissura mediana anterior, que vai desde a região cervical até o final da medula 
 2 Artérias espinhais posteriores  correm nos sulcos laterais posteriores até a região 
terminal inferior da medula 
 Se une com a contralateral formando a basilar, que fica no sulco basilar na ponte 
 AICA (Artéria Cerebelar Anteroinferior) 
 Artéria Labiríntica  penetra no meato acústico interno junto com o VII e o VIII  
vasculariza o VIII  lesão: surdez completa e irreversível 
 Ramos pontinos 
 Artéria Cerebelar Superior 
 A basilar se bifurcar em cerebral posterior  contorna o tronco cerebral, posterior e 
vai para o sulco calcarino, vascularizando occipital e base 
 
Entre a cerebral posterior e a cerebelar superior sempre vai estar o III 
 
Polígono de Willis 
 Formado pelas cerebrais anteriores que se unem pela comunicante anterior, cerebrais 
médias, comunicante posterior e cerebrais posteriores 
 Está na base do cérebro 
 Quando as artérias vão acabando, elas vão dar os ramos corticais, mas existem estruturas da 
profundidade do cérebro que também precisam ser vascularizadas. Para isso existem os 
 
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chamados ramos centrais, que são as artérias perfurantes que penetram no cérebro através 
da substância perfurada 
 Substância perfurada anterior  entrada das artérias lenticuloestriadas  
vascularizam núcleo lentiforme e estriado 
 Substância perfurada posterior  entrada das artérias tálamoperfurantes  
vascularizam o tálamo 
 
TERRITÓRIO DE VASCULARIZAÇÃO 
 
Cerebral Anterior 
 Ramo terminal da carótida interna 
 Penetra na fissura inter-hemisférica, dá a volta no corpo caloso, se une pela comunicante 
anterior 
 Vasculariza a parte média e superior até o sulco parietoccipital 
 Na face lateral só pega a parte superior 
 Na face medial pega quase tudo, com a exceção da parte superior 
 Na face inferior pegar a parte medial do frontal (giro reto e trato olfatório) 
 Abrange a área sensitiva e motora do membro inferior 
 AVC: paresia e parestesia de membro inferior contralateral 
 
Cerebral média 
 Sai da carótida interna e vai para a fissura Sylviana 
 Vasculariza a face lateral  frontal, parietal e o temporal na face lateral 
 Na face medial só fica com a pontinha do temporal 
 Na face inferior além da pontinha do temporal, ela pega a parte mais lateral do frontal basal 
que são os giros orbitários 
 Abrange a área motora e sensitiva da face e membro superior 
 Vasculariza a área de Broca e Wernicke 
 AVC: paralisia facial central contralateral e uma paresia e anestesia de membro superior 
contralateral  lado esquerdo (dominante): fala  comprometimento da mácula 
 
Cerebral Posterior 
 Contorna o tronco cerebral e vai para o sulco calcarino 
 Na face lateral quase nada, só a pontinha do occipital 
 Contorna o tronco cerebral  base do temporal e lobo occipital 
 AVC: Hemianopsia homônima contralateral que poupa a mácula 
 
Coroidea anterior 
 Sai da carótida e vem lateral para o ventrículo 
 Sempre segue o trato óptico 
 Vasculariza a cápsula interna (trato corticonuclear, trato corticoespinhal, radiação talâmica 
e óptica) 
 AVC: Síndrome dos 3 H's  hemiplegia contralateral, hemianestesia contralateral e 
hemianopsia contralateral 
 
Como diferenciar clinicamente uma lesão da coroidea anterior de uma lesão da carótida interna 
bem na bifurcação da média e da anterior? 
A lesão da carótida não dá hemianopsia. 
 
 
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VASCULARIZAÇÃO VENOSA 
 Geralmente não seguem as artérias 
 Seios venosos  são endotélio dentro das duas camadas da dura-máter: sagital superior  
sagital inferior que vira seio reto  confluência dos seios  seio occipital  depois saem os 
seios transversos  virão seios sigmoides  desembocam na jugular  entre esses existem 
os seios profundos: petroso superior e inferior e seio cavernoso 
 Todas as veias do cérebro vão drenar para os seios 
 Os seios do cérebro não têm camada vascular  rompimento provoca grande sangramento 
 A drenagem é feita principalmente pela pressão torácica negativa da inspiração, gravidade e 
pulsação das artérias 
 Existem dois tipos de veias no cérebro 
 Superficiais  ficam na corticalidade 
o Cerebral média superficial 
o Superior 
o Inferior 
 Profundas  ficam na parte inter-hemisférica 
o Cerebrais internas  ficam no teto do 3º ventrículo abaixo do fórnice ´ 
confluem para formar a veia cerebral magna (Galeno) 
o Veia cerebral magna  fica abaixo da pineal e do esplênio do caloso  junto 
com o seio sagital inferior formam o seio reto 
 
VASCULARIZAÇÃO MEDULAR 
 Feita principalmente pela vertebral 
 Artéria espinhal anterior na fissura anterior 
 Artérias espinhais posteriores no sulco lateral posterior 
 Artérias radiculares que correm junto com os nervos espinhais (ramos das artérias 
intercostais) 
 
BARREIRAS ENCEFÁLICAS 
As artérias do cérebro não apresentam fenestrações para que as substancias tóxicas não 
lesionem o parênquima cerebral. O endotélio desses vasos é extremamente fechado. Além disso ainda 
existem astrócitos "abraçando os vasos", impedindo a entrada de substâncias. 
Existem algumas regiões do cérebro que não podem ter barreira hematoencefálica porque 
elas precisam saber o que está acontecendo. Essas regiões são chamadas de órgãos 
circunventriculares porque ficam ao redor dos ventrículos. São regiões que ou secretam hormônios 
ou apresentam receptores para regular algumas funções básicas como por exemplo a osmolaridade 
sanguínea  glândula pineal, eminência medial (onde se insere a hipófise), adenohipófise, órgãos 
subfornicial e vascular da lâmina terminal, área postrema

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