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15
 SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
serviço social
daniela borges moreira, iolanda gomes de oliveira cardoso, letícia beatriz de Santana texeira, samara alves silva
Política social e Serviço social: projeto ético político
Barreiras – Bahia
2017
daniela borges moreira, iolanda gomes de oliveira cardoso, letícia beatriz de Santana texeira, samara alves silva
Política social e Serviço social: projeto ético político
Trabalho apresentado ao Curso Serviço Social da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para a disciplina FHTM do Serviço Social III, Fundamentos das Políticas Socias,Administração e Planejamento em Serviço Social, Ética Profissional em Serviço Social, Seminarios da Prática IV
Orientador: Prof. Maria Angela Santini,Maria Lucimar Pereira,Rosane Malvezzi,Paulo Sergio Aragão
Barreiras-Bahia
2017
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO..........................................................................................................3
2 DESENVOLVIMENTO.............................................................................................4
2.1 CONCEITO DE POLÍTICAS SOCIAIS E SEU SURGIMENTO NO BRASIL.........................................................................................................................4
2.2 O CRESCIMENTO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS NO GOVERNO DE LULA.............................................................................................................................6
2.3 INVESTIMENTOS NAS POLÍTICAS SOCIAIS NO GOVERNO DE DILMA E TEMER.........................................................................................................................6
2.4 A INFLUÊNCIA DAS POLÍTICAS SOCIAIS NO ESTADO ATUAL........................7
 2.5 MOVIMENTO DE RECONCEITUAÇÃO................................................................8
 2.6 AS COMPETENCIAS PROFISSIONAIS...............................................................8
 2.7 O DIRECIONAMENTO ÉTICO ...........................................................................11
3 CONCLUSÃO.........................................................................................................13
REFERÊNCIAS..........................................................................................................15
INTRODUÇÃO
O Projeto Etico Politico Social ajustado há pouco mais que trinta anos, com o objetivo de reemplantar uma nova democracia,renunciando o conservadorismo profissional presente no Serviço social brasileiro ,apontando para a origem de uma nova ética social. A interferência da suspenção dá início a uma direção vinculada com as classes trabalhadoras e, com isso, alistam-se em valores que dão um desenvolvimento sustentavel à construção do projeto ético – político da profissão.
Sob a interferência das críticas operadas na apetidão do Movimento de Reconceituação Latino Americano e da conciliação com o marxismo, origina-se uma nova ética profissional com novo sentido e caminho,assim criando uma nova moralidade pautada na participação política e no trabalho com movimentos populares. Diálogo esse que sucedeu na convocação dos profissionais ao compromisso político, mostrando-se impossibilitado para desvendar tanto a sucessão intelectual do Serviço Social como seu exercicio nas relações de poder econômico e nas relações do Estado com o movimento das classes sociais
Este abreviado texto que oferecemos a público tem por objetivo propocionar elementos que coopere para a compreensão e a execução desse projeto. 
DESENVOLVIMENTO 
CONCEITO DE POLÍTICAS SOCIAIS E SEU SURGIMENTO NO BRASIL 
 O Brasil é um país com uma grande desigualdade social, onde a classe alta possuía uma realidade extremamente diferente da classe baixa, além de que as massas populares não tinham direitos como a classe alta. Mediante a isso, com intuito de acabar com essas divisões de classes e construir um país mais justo, surgiram as politicas sociais, que consiste em ações e orientações com o intuito de proporcionar o bem – estar da sociedade de forma igualitária. A partir disso, a população mais pobre pode ter acesso a benefícios, que antes apenas quem poderia ter era a classe superior. Segundo John Rawls em sua obra Uma Teoria da Justiça afirma que “Todos os valores sociais – liberdade e oportunidade, renda e riqueza, e as bases sociais da autoestima - devem ser distribuídos igualitariamente, a não ser que uma distribuição desigual de um ou de todos esses valores traga vantagens para todos.” Sendo assim dever do Estado proporcionar esse direito a todos sem distinção de natureza. 
 Essas politicas surgiram a partir do governo Vargas, apelidado como “pai dos pobres”, as ações feitas por este presidente deu início a uma nova realidade para classe trabalhista. A partir da década de 30 o país modernizou-se e cresceu o número de direitos sociais. Em 1930 foi criado o Ministério do Trabalho e anos mais tarde a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). Ainda nessa década surgiram programas voltados aos pagamentos de aposentadoria e pensões em diversas profissões. Apesar de algumas mudanças no setor trabalhista e de direitos estabelecidos, que trouxe um maior bem-estar para os trabalhadores, ainda havia um problema com a má distribuição de renda.
 Ainda no mandato de Vargas houve também alguns direitos estabelecidos para as mulheres como o direito ao voto. Com a imposição da ditadura pelo governo militar, muitos direitos civis, sociais e políticos foram retirados da população brasileira. Foram criados o Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) e o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Na década de 70 foi criado o Ministério da Previdência que atuava na área de saúde e na área social.
Políticas sociais no Brasil de 1994 a 2002 
 Em 1990 houve as privatizações de empresas estatais no Brasil, juntando esse fato com os diversos problemas sociais, principalmente a desigualdade social, o Estado não teve alternativa a não ser procurar estabelecer um governo assistencial. Mediante a isso surgiu o Plano Real, que foi instituído em 1994, pelo então Ministro da Fazenda Fernando Henrique Cardoso. O Plano Real consistiu em medidas para modificar a economia, que sofria com inflações exorbitantes. A introdução de programas sociais neste período diminuiu a marginalização da massa popular, colocando essa classe a favor do governo e sem revoltas políticas por direitos. Mas após a instabilidade econômica o país aumentou os juros internos e o número de privatizações, o que consequentemente trouxe a concentração de renda e má distribuição de ren
 Com a Constituição de 1998 muitos direitos foram colocados em vigor, com a intenção de um maior bem-estar social e qualidade de vida adequada de maneira igualitária. Consequentemente as criações de novos projetos sociais envolvendo educação, saúde, lazer e outros benefícios básicos. Neste mesmo ano a LOAS/ Lei Orgânica de Assistência Social (lei 8742/1993) firmou a assistência social com um “ direito do cidadão e um dever do Estado.” 
 A regulamentação de fundos de financiamento para os programas governamentais foi decisiva nesse processo de combate à pobreza. O Fundo Nacional de Assistência Social (FNAS), instituído pela LOAS (Lei 8.742/1993, regulamentado pelo Decreto 1.606/1995), assegurou os benefícios sociais aos idosos e pessoas com deficiência. Na educação básica, fonte estável de recursos se estabeleceu com o FUNDEF (EC 14/1996, regulamentado pela Lei 9.424/1996 e pelo Decreto 2.264/1997). Na saúde, o FNS, embora criado em 1989, somente foi estruturado pelos Decretos 806/1993, 3774/2001 e 3964/2001, tornando financeiramente viável o SUS (Sistema Único de Saúde). Como fonte principal para assegurar os recursos dos programas de transferência de renda, surgiu o Fundo Nacional de Combate e Erradicação da Pobreza (EC 31/2000, regulamentado pela LC111/2001), beneficiando famílias abaixo da linha de pobreza.
 No mandato de Fernando Henrique Cardoso incrementou mais Políticas Sociais no país como programas de distribuição de rendas, que foram ampliadas pelos seus sucessores. As Politicas Sociais no Brasil mudaram de paradigma durante o período governamental de FHC. Antes, predominavam auxílios variados, quase sempre intermediados pelo poder público local: doações de cestas básicas entrega de leite, distribuição de água na seca. Depois, estruturou-se uma rede de proteção social para combater a pobreza, introduzindo ações públicas coordenadas contra suas causas estruturais e transferências de renda aos cidadãos. 
2.2 O CRESCIMENTO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS NO GOVERNO DE LULA
 Logo após o mandato de FCH, Entrou Lula com uma política popular e com implantações de programas sociais visando à classe baixa da população. Em seu período na presidência ele manteve alguns projetos do governo de Fernando Henrique, como programas sociais de transferência de renda, como o Bolsa Família. O resultado, além da diminuição da pobreza, foi à ascensão social da chamada “classe C”, cujo ingresso no consumo foi o motor – junto com o alto preço das commodities – do crescimento acelerado na economia doméstica. Lula será lembrado ainda por dois fatos que, em última instância, também têm consequências econômicas: a descoberta da camada pré-sal de petróleo e a vitória da candidatura do Rio de Janeiro para sediar as Olimpíadas de 2016.
 O jornal Estadão publicou uma matéria sobre programas sociais de Lula. Segundo o jornal ele investiu 11,3 bilhões para os municípios com o programa Territórios na Cidade, esse programa foi implantado com intuito de auxílio à população da zona rural. Nesta matéria de 25 de fevereiro de 2008 cita também outros programas como o Bolsa Família, Brasil Alfabetizado, Luz Para Todos e outros programas sociais. Para o Bolsa Família o investimento previsto no ano de 2008 era de 10,9 bilhões. 
2.3 INVESTIMENTOS NAS POLÍTICAS SOCIAIS NO GOVERNO DE DILMA E TEMER 
 
 Neste ano, Dilma sofreu impeachment e seu vice Michel Temer assumiu o poder. Hodiernamente, o presidente falou sobre reajustes nas políticas sociais, com o intuito de torná-los mais eficientes. Michel também lançou projetos para modificações da educação como a PEC 241 que fala sobre reajustes nas escolas e nos gastos com a educação. Em 2017, governo anunciou a liberação de 850 milhões para realizar ações na Pronatec. 
“No governo de Dilma em 2015, oito dos nove programas sociais que entraram em vigor ou tiveram seu auge nos governos de Lula perderam seus recursos. A previsão fo a queda drástica desses projetos em 2016,e foi o que aconteceu. Nesse ano, houve várias restrições em programas como o Pronatec caiu 44% e o programa Minha Casa Minha Vida sofreu corte de 58%.” (Jornal Estadão, Fevereiro de 2016)
2.4 A INFLUÊNCIA DAS POLÍTICAS SOCIAIS NO ESTADO ATUAL
 Apesar de haver investimento, ainda é pouco para os programas sociais estabelecidos. A crise política no país afeta diretamente a maneira de administrar, bem como o crescimento dos problemas sociais, principalmente a desigualdade social. 
 “Porém, é valido ressaltar que o sistema previdenciário brasileiro buscava controlar as classes subalternas e principalmente as classes operárias, de maneira a tentar superar a crise de hegemonia que sofria o Estado oligárquico. Assim, a legislação trabalhista, muito antes de afetar as relações de produção agrária, preservou um modelo de acumulação adequado para a expansão industrial. Ou seja, pode-se perceber que essa mudança de modelo econômico, com o surgimento de Estado de Bem Estar Social moderno não provocou alterações no padrão de dominação política e econômica.” (FREITAS, 2005) 
 Um país com tamanha capacidade de desenvolvimento sofre pela má administração e da corrupção vivenciada pela própria sociedade, que carrega esse legado desde sua formação. Isso é refletido nos problemas sociais que não podem ser resolvidos apenas com políticas publicas, entretanto com uma boa administração e medidas de mudanças começando pela sociedade, que em um país democrático a vontade popular prevalece. Um país não se desenvolve apenas com projetos, mas com ações efetivas que tragam novas perspectivas de vida para a sociedade civil.
2.5 MOVIMENTO DE RECONCEITUAÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL E SEU REFLEXO NO EXERCÍCIO PROFISSIONAL NA CONTEMPORANEIDADE
O Movimento de Reconceituação é um marco do Serviço Social, pois é através dele que surge um outro aspecto sobre a atividade profissional, voltada a um estudo crítico da realidade social, procurando assim uma melhor performace no agir profissional ao respeitar as exigências da questão social, pautado em bases teórico-metodologicas que procuram exceder as práticas tradicionais do Serviço Social.
Essa nova fase da profissão teve incio no Brasil no ano de 1964 a 1985,durante a ditadura militar motivada po interesses imperialistas que procuravam uma irradiação do modelo econômico capitalista.Neste contexto o Serviço Social vem assumir as novas solicitações que se apresentavam no correr desde cenário. Sendo assim o Serviço Social neste primeiro momento se mostrava como reprodutor das formas tradicionais do início da profissão, com uma prática balsâmica, generosa, assistencialista, sendo essa pratica reforçada pela autocracia burguesa.
Podemos dizer que os três pilares fundamentais do PEPSS são:
Código de Ética de 1993
Lei de Regulamentação da Profissão de 1993
Diretrizes Curriculares da ABPESS de 1996.
2.6 AS COMPETÊNCIAS PROFISSIONAIS
O trajeto historico da profissão, os assistentes sociais se empenharam à implementação das políticas pública sociais, mantendo uma intrínseca relação com o Estado e suas demandas. Considerando que desde o surgimento da profissão, o Serviço Social esteve presente nas diversas áreas de intervenção estatal, como mediador e executor das políticas sociais, desenvolvidas e implementadas como estratégia de enfrentamento e principalmente de controle as desigualdades sociais. No âmbito governamental, o profissional sempre foi chamado a intervir junto às manifestações daquestão social, nas áreas da saúde, educação, assistência, habitação entre outras políticas sociais. 
Na luta contra as desigualdades sociais, o Estado atribui legitimidade á instituições, políticas sociais e profissionais, entre os quais o assistente social, que é requisitado e reconhecido, enquanto profissional que intervém diretamente nas relações sociais e atua na gestão das políticas sociais, tanto no âmbito municipal, estadual e federal. Dessa forma, o Estado se qualificou como maior empregador de assistentes social, isto é, se constituiu como campo privilegiado de contratação do trabalho do assistente.
Observa-se que interiorização das demandas se deve ao fato dos municípios absorverem á carga maior na implementação das políticas púbicas, especialmente as políticas sociais, e consequentemente a esfera municipal termina por contratar mais profissionais para o planejamento, implementação e operacionalização dos serviços públicos. A descentralização político-administrativa das políticas públicas para os municípios, prevista pela Constituição Federal de 1988, atribuiu uma nova dimensão ao trabalho do assistente social. Visto que, os espaços sócio-cupacionais vêm aumentando consideravelmente em virtude da responsabilização dos municípios no provimento dos serviços prestados a população usuário, e nessa orbita os assistentes sociais passam a desempenhar papel fundamental no desenvolvimento e operacionalização das politicas sociais. O trabalho do assistente social no âmbito da gestão pública tem se mostrado importante para implantação das politicas sociais. Contudo, a complexidade da demanda estatal requisita um profissional em que a atuação vá além da execução terminal dos serviços públicos, mas que atue também, na formulação, planejamento, avaliação e gestão das políticas, programas e serviçossociais.
É preciso compreender que a administração se consolida como processo intrínseco a qualquer atividade que envolva recursos e que visa atingir algum objetivo. Portanto, compreende-se que administração ou a gestão consiste em uma atividade inseparável de qualquer situação que envolve pessoas, recursos e a intenção de desenvolver e realizar objetivos. Isto é, o processo de tomar decisões sobre os objetivos e a utilização de recursos é entendido por administração ou gestão. Desta forma, a administração ou a gestão constitui-se de todo processo que tem a finalidade de garantir a eficiência3 e a eficácia4 de ações realizadas pelas organizações. 
Na administração o processo administrativo compreende quatro funções básicas para que uma organização consiga a concretização de objetivos: o planejamento, a organização, a direção, o controle e avaliação. A administração é uma ciência organizada por uma série de teorias, possui um corpo sistematizado de conhecimentos, baseados em princípios e conceitos que tratam diretamente dos seres humanos. As teorias que fundamentam a administração demonstram que as funções gerenciais podem ser desempenhadas por qualquer pessoa responsável por algum tipo de atividade organizada no âmbito organizacional. Sob esta diretriz e sendo o assistente social um agente que intervém diretamente nas relações e na realidade social, o profissional dispõe de relativa autonomia para formular e planejar propostas de trabalho. 
O assistente social demanda competência ehabilidade para construir modalidades interventivas no cotidiano de trabalho. E para tal proposição, deve lançar mão de teorias que lhe possibilite o aperfeiçoamento do conhecimento adquirindo, voltando-se para o desenvolvimento de competências e habilidades no âmbito da gestão, enquanto instrumento de trabalho e de domínio do assistente social. Os instrumentos de gestão podem contribuir para o desenvolvimento de competências e habilidades profissionais no âmbito da Assistência Social, considerando que esses instrumentos podem favorecer a construção de planos de trabalho nas diferentes etapas da Política de Assistência Social. No entanto, o profissional deve estar aberto às possibilidades de incorporar os princípios da gestão no cotidiano de trabalho, agregando-os enquanto recurso legal no desenvolvimento do trabalho. Mas, compreende-se que este processo de apropriação, perpassa pela necessária aquisição ou aperfeiçoamento de conhecimentos sobre os conceitos e princípios que fundamentam a gestão enquanto metodologia de realização do trabalho profissional. Entretanto, ressalta-se que preciso competência crítica para discernir exigências burocráticas puramente executivas de funções gerenciais que são requeridas do profissional. Pois, as particularidades que envolvem o trabalho do assistente social postula uma postura crítica e comprometida com a consolidação dos direitos dos direitos sociais e não com a execução burocrática e alienada dos serviços sociais na esfera pública. As funções gerenciais desempenhadas pelos assistentes sociais devem estar alinhadas com os princípios e valores fixados no Projeto Ético Político profissional e com as prerrogativas legais que regulamentam a profissão, objetivando assim, afastar o trabalho profissional de abordagens funcionalistas e meramente executivas.
2.7 O DIRECIONAMENTO ETICO DO SERVIÇO SOCIAL
			O Serviço Social brasileiro tem sua trajetória permeada pelo movimento que impulsionou o processo de ruptura com o tradicionalismo moral, juntamente com os questionamentos que emergiram e amadureceram dando novos rumos ao país, ou seja, as condições históricas que transformaram e trouxeram novas exigências ao Serviço Social. O Código de Ética (CE) de 1993 surge pela defasagem e a necessidade de mudanças junto à perspectiva conservadora que o Serviço Social carregava, pois mesmo com o movimento de reconceituação, não houve um rompimento completo, seguindo a partir daí com uma nova roupagem, mais não perdendo o conservadorismo de sua gênese. “A revisão a que se procedeu, compatível com o espírito do texto de 1986, partiu da compreensão de que a ética deve ter como suporte uma ontologia do ser social [...]” (CFESS, 1993 apud BARROCO, 2012, p. 53). 
Apesar do avanço do código de 1986 em relação aos anteriores, em que esse recusava a neutralidade supervisionada a moral, foi preciso criar o código de 1993 como aprimoramento do Código de Ética de 1986, depois de um sério debate da categoria que instituiu como valor central a liberdade, elaborando assim, as bases para a construção de uma nova ordem societária (BARROCO, 2001). 
Dessa forma, foi utilizada como apoio a nova formulação a teoria social de Marx no âmbito da práxis “que vincula a ação prática e a social com consciência por meio de valores que visem emancipar a realidade social” (BARROCO, 2012). 
[...] o Código contribui para o processo contraditório de construção de uma nova moralidade profissional direcionada socialmente para a ruptura com o conservadorismo e apara a construção de uma nova cultura profissional democrática que colide com a hegemonia política do capital; uma direção estratégica. (BARROCO, 2001 p. 206) 
Diante disso, o novo código de ética (1993) demanda um suporte teórico que afirme uma concepção ética dos valores ético-políticos, para dar sustentação às normas trazidas pelo código, visto que esses padrões éticos não eram prescritos nos códigos anteriores. A partir de 1993 se define uma nova ética, baseada na realidade social e na sua totalidade. Esse código trabalha contra o moralismo conservador e a moralidade burguesa, representando um novo perfil profissional elaborado democraticamente, não apenas para afirmar um conjunto de normas, mas um novo perfil profissional postulando o enfrentamento de antigas e novas expressões da questão social. A ruptura com a prática profissional tradicional possibilita ao assistente social assumir o compromisso com projeto social democrático, e o posicionamento político comprometido com a luta da classe trabalhadora. E, esse projeto social, é definido como Projeto Ético-Político que possibilita aos profissionais à construção de novas respostas as demandas da sociedade. 
O Serviço Social é representado como uma profissão em que suas atividades profissionais se sobressaem, com maior frequência, na execução, articulação e planejamento das políticas sociais públicas de diferentes segmentos (saúde, habitação, previdência social, educação, assistência social, dentre outras), sendo necessário um posicionamento crítico diante da barbárie que perpassa e constitui as desigualdades sociais. Outro fator relevante é a articulação aos movimentos sociais que estejam ligados aos interesses da classe trabalhadora. Dessa forma, é indispensável o fortalecimento do Projeto Ético-Político profissional, pois somente com esse direcionamento se caminha rumo à construção de uma nova sociabilidade: socialista.
CONCLUSÃO
Através desse estudo percebemos que o Serviço Social caracteriza-se como uma profissão de alta importância social a medida que intervém em diversas realidades contemporâneas que debatem as consequências das manifestações da questão social  importas pelo sistema capitalista. As intervenções do assistente social são norteadas pelo que se denomina projeto Ético-político, resultado do processo histórico intenso de construção constante em torno de implicações éticas na profissão. 
O presente estudo objetiva promover reflexão a respeito do Projeto Ético Político do profissional do Serviço Social para dar visibilidade à importância que o mesmo têm nas intervenções da categoria profissional. Para a construção deste estudo foram revistadas obras que debatem a Ética Profissional e o Projeto Ético-Político. Para o entendimento do Projeto Ético-Político do Serviço Social, parte-se da ideia de que um projeto profissional perpassa questões teleológicas que indicam a direção que uma sociedade e/ou categoria constrói para concretizar o que idealizou. Os projetosprofissionais podem visar questões societárias, que focam em propostas coletivas que garantem melhoria da qualidade de vida do conjunto da sociedade. 
O Projeto Ético Político do Serviço Social tem como pano de fundo um projeto societário, radicalmente democrático, que tem em seu núcleo o reconhecimento da liberdade como valor central. Propõe a construção de uma nova ordem social, sem exploração ou dominação de classe, etnia e gênero, ou seja, este projeto tem o propósito de transformação da sociedade brasileira. Foi constituído entre os nos 1970 aos 1980, num processo de redemocratização da sociedade brasileira, consolidando-se na década de 90. O código de ética do assistente social apresenta como centralidade o compromisso com a classe trabalhadora. Desse modo entende-se que, o Projeto Ético-Político do Serviço Social, implica compromisso com uma nova ordem social na qual busca-se competências profissionais que  visem formação permanente e constante postura investigativa. Torna-se pertinente o conhecimento pleno do projeto ético-político por parte dos profissionais, para que possam pautar suas ações interventivas de forma concreta  nos espaços sócio-ocupacionais. Nesse sentido conclui-se, que conhecer o projeto Ético-Político é dever de cada profissional, tendo em vista que o projeto é homogêneo, ou seja, aceito dentro da profissão, portanto deve nortear atendimentos, planos de trabalho, projetos e demais intervenções comprometidas com questões éticas que garantam a qualidade dos atendimentos.
referências
BONFIM, Isabela, Em 2015, 8 dos 9 principais programas sociais do governo perderam recursos. São Paulo: [,Estadão], [2006].Disponível em: http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,em-2015--8-dos-9-principais-programas-sociais-do-governo-perderam-recursos,10000015446 acesso em 26/10/2017
CFESS. PARÂMETROS PARA A ATUAÇÃO DE ASSISTENTES SOCIAIS NA POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA Social.Brasília,DF,2009
Ditadura e serviço social: uma análise do serviço social no Brasil pós – 64. 8ed. São Paulo: CORTEZ, 2005.
IAMAMOTO, Marilda Vilela. O serviço social na contemporaneidade: trabalho e formação profissional. 23.ed. São Paulo, Cortez, 2012
NETTO, José Paulo. Ditadura e serviço social: uma análise do serviço social no Brasil pós-64. S. Paulo: Cortez, 19
NETTO, José Paulo. O Movimento de Reconceituação: 40 anos depois. In: Revista Serviço Social e Sociedade. Nº 84 – ANO XXVI. São Paulo: Cortez, 2005
Politicas socias. 2015. Disponível em: http://brasildamudanca.com.br/desenvolvimento-regional/politicas-sociais >. Acesso em: 26/10/2017
TERRA, Sylvia Helena Parecer Jurídico nº 27/98. Assunto: Análise das competências do Assistente Social em relação aos parâmetros normativos previstos pelo art. 5º da Lei 8662/93, que estabelece as atribuições privativas do mesmo profissional. CFESS, Brasília, 13 de setembro de 1998 (mimeo)

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