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A INFLUÊNCIA DA EDUCAÇÃO ATENIENSE NA EDUCAÇÃO CONTEPORÂNEA

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A INFLUÊNCIA DA EDUCAÇÃO ATENIENSE NA EDUCAÇÃO CONTEPORÂNEA
Os atenienses se distinguiram das outras polis, sobretudo do militarismo de Esparta, e investiram na intelectualidade, no saber elaborado e no ''ócio digno'' para exercício da reflexão, salientando a importância de ter a ''mente sã''. A educação grega, sobretudo em seu centro, Atenas, influenciou o mundo oriental, mas foi no Ocidente que atingiu uma expansão homérica, tornando-se a base sólida para a constituição de variadas áreas do conhecimento humano na atualidade. Democracia, filosofia e inúmeras ciências naturais, exatas e sociais são exemplos do que nasceu dos ensinamentos moldados na Grécia Antiga, além de outras criações históricas, que apesar de consideradas originais, como o Direito Romano, apresentam pontos centrais da sabedoria helênica. Por tudo já observado, a conclusão é que a cultura grega é, provavelmente, a mais influente e determinante para o surgimento de outras culturas e outros saberes em toda a história da humanidade, visto que suas ideologias fazem a manutenção de patamares dificilmente atingíveis pelo conhecimento atual, devido à profundidade dos métodos de pesquisa e debate, bem como o exercício dessas idéias, ainda que próximas da utopia. Enfim, estipula-se como terceiro objetivo do trabalho sugestionar uma constante e incessante reflexão sobre a eficiência e alcance da educação ateniense no mundo do século XXI,na Educação Contemporânea, os efeitos da organização, disciplina e qualidade de ensino foram muito profundas. Ora, também a educação grega, sobretudo a educação ateniense no seu apogeu, universalizada pelos romanos (Roma helenizou-se e depois romanizou)1, patenteia ainda hoje as suas influências tanto no modo como continuamos a conceber o que seja educação, como nos seus ideais educativos, como mesmo nalgumas das formas de realizar esses ideais, nomeadamente através de conteúdos educativos privilegiados. Em suma, em matéria de educação, os gregos não só definem o modelo como , simultaneamente, indicam a pedagogia a seguir. Será por isso que, ao manusearmos qualquer compêndio de História da Educação, o lugar que aí é reservado à educação nos povos primitivos e nas civilizações orientais ou é diminuto - algumas breves linhas - ou, pura e simplesmente, não existe.2 Somos, então, forçosamente levados a concluir que uma história da educação, com sentido e significado para nós, na nossa realidade educativa actual, começa na Grécia, porque é com os gregos que, autenticamente, o problema educativo se põe ou é entre eles que a educação se põe como problema. E esta preocupação com o problema educativo é a preocupação dominante na Atenas do século V a. c. Os sinais disso são bem evidentes: aparecimento dos Sofistas que se apresentam com novas propostas e soluções educativas, com um novo plano de estudos e como outros e novos mestres, em nada semelhantes aos do passado; Sócrates que se diz impelido a realizar uma única missão, uma "missão divina", que ele entende como "missão educativa", e que questiona e problematiza: O que é educar? O que é ensinar e aprender? O que é a virtude e pode a virtude ser ensinada? (Cf. PLATÃO, Protágoras 325c - 326e e Ménon); Platão que na República e em As Leis propõe as suas respostas a estes mesmos problemas; Aristóteles cuja Ética a Nicómano constitui também uma visão do problema educativo, e que na Política versa ainda o mesmo tema. Mas esses
 
sinais encontram-se não só na filosofia como também na literatura grega desta época, nas suas diferentes formas, seja na poesia (épica ou lírica), na tragédia ou na comédia (também elas escritas sob a forma poética), cuja intenção última é, afinal, uma intenção educativa. Relembrem-se, por exemplo, as Odes de Píndaro, o Prometeu Agrilhoado ou a Oresteia de Ésquilo, a Antígona, o Rei Édipo e a Electra de Sófocles, a Medeia e o Orestes de Eurípedes, As Nuvens e As Rãs de Aristófanes. Nestas duas comédias de Aristófanes o que está em questão é, visivelmente, a educação, mais precisamente, a educação do seu tempo e no seu tempo: a educação dos sofistas (grupo no qual Aristófanes inclui, erradamente, Sócrates, porquanto o confunde com os sofistas) em As Nuvens, e a educação proporcionada pelos poetas e tragediógrafos, seus contemporâneos, em As Rãs. O que se põe em confronto é, portanto, a nova educação e a velha educação, a educação tradicional. E é este último tipo de educação que o autor elogia - ela formou os guerreiros de Maratona. Quanto à nova educação, os seus resultados são desastrosos: ela subverte todos os valores tradicionais, corrompe os jovens, de modo que os mais novos já não respeitam os mais velhos e, agora, até os filhos já batem nos pais. (Cf. As Nuvens, sobretudo a discussão entre o raciocínio justo e o raciocínio injusto.)
 História da Educação
QUESTÃO:
1.
 Atenas foi uma das cidades-estado da Grécia Antiga que mais se destacou no processo de desenvolvimento da educação. De acordo com alguns autores, foi um dos
modelos educacionais que mais influenciou para a formação do “homem ocidental”, ou
seja, do nosso modelo de educação. Partindo desse pressuposto, escreva uma redação com o seguinte tema: A INFLUÊNCIA DA EDUCAÇÃO ATENIENSE NA EDUCAÇÃO CONTEMPORÂNEA. RESPOSTA ESPERADA: Esperamos que o acadêmico relacione as seguintes influências: * A educação com propósitos sociais: o objetivo da educação ateniense era formar bons cidadãos, para o cumprimento de suas obrigações sociais. * A educação mediada por um especialista: utilizavam um escravo especial, o pedagogo, que era cuidadosamente escolhido para a educação das crianças.
* A “civilização” da educação: através da educação pelo modo cavalheiresco, que
reunia em um só corpo a beleza física e também moral de um indivíduo, os atenienses foram os primeiros gregos que abandonaram seu antigo costume de andarem armados e a adotar um gênero de vida menos rude e mais civilizado.

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