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* Profª Isabela Sampaio * * * Lobo frontal: motricidade, funções intelectuais e comportamento; Lobo parietal: sensibilidade; Lobo temporal: memória; Lobo occipital: visão; Lobo da ínsula: emoções * * * * É constituído pelo Sistema Nervoso Central (SNC), Sistema Nervoso Periférico (SNP) e Sistema Nervoso Autônomo (SNA). Por interações coordenadas e complexas, essas partes integram todas as atividades físicas, intelectuais e emocionais do indivíduo. * Sistema nervoso Estímulo aferente = estímulos levados ao encéfalo Estímulo eferente = estímulos provenientes do encéfalo às demais partes do corpo * Sistema Nervoso Central Tem a função de controle de todas as atividades motoras, sensoriais, autonômicas, cognitivas e comportamentais. UNIDADE FUNCIONAL NEUROTRANSMISSORES * Avaliação Neurológica “Objetiva preservar e restaurar as funções do sistema nervoso central mantendo uma boa oferta de energia e oxigênio” Avaliação Nível de consciência Enfermeiro Reflexos Respostas Motoras Pupilas Frequência Respiratória * Avaliação Neurológica Está integrada ao exame físico. É importante analisar as condições do ambiente, comportamento emocional, físico e cognitivo do paciente, podendo haver a necessidade de participação de algum membro da família. * Objetivos Avaliação da consciência Avaliação das pupilas Avaliação dos pares cranianos Avaliação do sistema motor Avaliação do sistema sensorial Avaliação de reflexos profundos * Distúrbios em qualquer uma dessas funções podem causar comprometimento físico e psicológicos, tendo impactos sobre o auto-cuidado, auto-estima e estilo de vida do paciente e família. * AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA “Consciência ---------------------------- Coma” Alteração do nível de consciência como indicativo de algum grau de falência cerebral. Lesão estrutural Metabolismo Psicológica (TCE/Hemorragias) (CAD/Uremia/Hepático * A AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA INCLUI: História (patologia e medicamentos)/ Antecedentes pessoais Ocupação e Atividades Diárias. Queixas do Paciente. Inspeção. Palpação dos Nervos. Teste de Força Muscular. Teste de Sensibilidade. * Avaliação da consciência Consciência: Estado em que o indivíduo está cônscio de si mesmo e do ambiente; é o conhecedor de circunstâncias que lhe dizem respeito e daquela com que se relaciona (tempo, espaço, pessoas, fatos) * Avaliação da Consciência Percepção do indivíduo consigo mesmo e com o meio ambiente em que vive. Significa que o mesmo responde às perguntas e/ou comandos de forma clara, objetiva e orientada. O nível de consciência expressa o grau de alerta comportamental do indivíduo, o estado de alerta e vigília. Baseia-se na avaliação do nível e do conteúdo da consciência * Avaliação do conteúdo da Consciência Necessária capacidade cognitiva preservada para a maior parte do exame; No conteúdo são realizadas as seguintes avaliações: atenção e concentração, memória, estado afetivo, linguagem, raciocínio e orientação. * Orientação É a consciência de tempo, espaço e pessoa. Pode-se fazer algumas perguntas sobre identificação pessoal, nome, profissão, etc. Na avaliação temporal: perguntar mês, dia da semana, dia do mês. Na avaliação espacial: perguntar sobre o local onde o paciente se encontra, o endereço de sua casa, etc. * Elementos básicos para a avaliação do nível de consciência: Perceptividade: corresponde a respostas complexas, como gestos e palavras, ou mais simples, como pisiquicamente à ameaça. Reatividade: relacionada com mecanismos presentes desde o nascimento, como visão, audição, reação de despertar, reação de orientação e reações focais e gerais à dor. * Estímulos Auditivos: inicialmente tom de voz normal, se não houver resposta elevar tonalidade. Na presença de respostas, avaliar o grau de orientação do paciente. Táteis: podem ser aplicados junto aos auditivos para despertar o paciente. Se não ocorrer resposta, estímulos dolorosos devem ser aplicados. * Dolorosos: método mais indicado é a aplicação de uma compressão perpendicularmente ao leito ungueal proximal (mãos ou pés), com a ajuda de instrumentos (caneta, lápis ou a própria unha). Outras áreas: região supra orbital, músculo trapézio e esterno. Estímulos intensos e repetidos podem causar lesões na pele, hematomas ou outros traumatismos locais e psicológicos. * * Alterações no Nível de Consciência Rebaixamento do nível de consciência é o parâmetro mais sensível de insuficiência encefálica. Pode ter início com pequena confusão mental, com dificuldade de elaboração de frases e armazenamento de informações, podendo chegar à sonolência e até o coma. * Alterações mais comuns Estado de alerta (vigília) O paciente está ativo e responde apropriadamente aos mínimos estímulos e na ausência deles está desperto e parece perceptível ao meio, respondendo adequadamente ao solicitado. * Estado letárgico (hipersônia) O paciente pode parecer lento ou hesitante ao falar, aos estímulos táteis e verbais ele responde apropriadamente e torna-se alerta, pode manifestar confusão frente a problemas complexos. Sono anormalmente prolongado. * Estado de obnubilação O paciente requer estímulos sensoriais mais profundos para produzir uma resposta lenta de retirada do estímulo doloroso. A resposta pode ser verbal, com poucas palavras que não fazem sentido * Estado de estupor ou torpor O paciente não tem resposta verbal ao estímulo doloroso profundo, entretanto pode apresentar movimentos inespecíficos. * Estado de Coma O paciente não apresenta nenhum tipo de resposta aos máximos estímulos. As funções vitais podem ou não estar alteradas. Estado de abolição de respostas reduzidas, alteradas e/ou destituídas de finalidade e compreensão, em que o paciente tem perda completa da percepção do meio ambiente e de si próprio e do qual não pode ser despertado. * Estágios do Coma Estágio I – vigil, o paciente mantém resposta a dor, reflexos tendinosos e sinais vitais presentes; Estágio II – leve, a resposta à dor está ausente e os reflexos tendinosos e sinais vitais estão presentes; Estágio III – profundo, resposta à dor e os reflexos tendinosos estão ausentes, mas os sinais vitais estão presentes; Estágio IV – dépasse, a resposta a dor, os reflexos tendinosos e os sinais vitais estão ausentes. * Avaliação neurológica Avaliação neurológica constitui um grande desafio para a Enfermagem que atua com o paciente crítico; Objetivos: avaliar o funcionamento do SN e registrar os dados com clareza; correlacionar e verificar a tendência dos dados no decorrer do tempo; analisar e desenvolver diagnósticos potenciais ou reais. * O exame neurológico faz parte da anamnese e do exame físico geral do paciente; Durante a anamnese devem ser observadas as condições do meio ambiente do paciente, de seus comportamentos emocional, físico e cognitivo; Em algumas situações é necessária a presença de algum membro da família ou amigo, que possa responder as perguntas. * Estado Mental A avaliação começa com a observação: Aparência, comportamento, informações, modo de falar, nível de consciência, roupa, a arrumação, higiene pessoal, postura, gestos, movimentos, expressões faciais, atividade motora, alerta, responsivo, sonolento, torporoso. Observar a orientação quanto o tempo, espaço e memória imediata, respostas referentes conteúdo de consciência. * Avaliação Neurológica Avaliação dos sistemas: Cardiovascular Respiratório Gastrointestinal Geniturinário Músculo-esquelético Neurológico Psiquiátrico * Escala de Coma de Glasgow Registra-se sempre a melhor resposta a um estímulo. Registra-se “obstáculos”na realização do exame. Valor 15 – tronco cerebral e córtex preservados. Valor menor ou igual a 8 – coma. Coma induzido. Valor 3 – compatível com M.E. ou M.C. Redução de pontos – retrata piora do quadro. Aumento de pontos - retrata melhora do quadro * Escala de Coma de Glasgow Avaliação Pontuação 1. Abertura ocular Espontânea 4 pontos Por Estimulo Verbal 3 pontos Por Estimulo A Dor 2 pontos Sem Resposta 1 ponto 2. Resposta verbal Orientado 5 pontos Confuso (Mas ainda responde) 4 pontos Resposta Inapropriada 3 pontos Sons Incompreensíveis 2 pontos Sem Resposta 1 ponto 3. Resposta motora Obedece Ordens 6 pontos Localiza Dor 5 pontos Reage a dor mas não localiza 4 pontos Flexão anormal – Decorticação 3 pontos Extensão anormal - Decerebração 2 pontos Sem Resposta 1 ponto * Escala de Coma de Glasgow Coma Score Grave < 8 Moderado 9 – 12 Leve >12 Classificação do paciente A escala de coma serve para classificar os paciente em coma. * Escala de Coma de Glasgow * Escala de Coma de Glasgow Solta!Almoço!Não Hugh! Ahrr! * Escala de Coma de Glasgow * Funções cognitivas (corticais) memória global capacidade de cálculo pensamento lógico capacidade de julgamento compreensão e expressão do pensamento (fala, escrita, leitura) capacidade de abstração orientação temporal e espacial capacidade de interação adequada com o meio manifestação coerente de emoções * Alterações Delirium: estado confusional; desorientação temporal e espacial; desorganização do pensamento; flutuante Demência: perda progressiva das funções cognitivas Mutismo acinético: imobilidade silenciosa, olhar vivo, funções cognitivas não registradas, ciclo sono/vigília presente. - estado vegetativo crônico: funções vitais mantidas, sem qualquer manifestação cortical perceptível Síndrome do cativeiro: tetraplegia e paralisia dos nervos cranianos inferiores; move olhos, com o que pode se comunicar * Avaliação pupilar A avaliação pupilar para os pacientes comatosos é idêntica àquela para os pacientes conscientes. * * Avaliação Pupilar Diâmetro: Variação de 1 a 9 mm Simpático: midríase (dilatação 8 a 9mm) Parassimpático: miose (constrição 1 a 2 mm) Isocórica Anisocórica Puntiforme (1mm) Médio fixa (6 a 7 mm) * Avaliação pupilar Reação a luz: + / - Reflexo fotomotor: nervo óptico / nervo oculomotor Reatividade pupilar: velocidade da resposta presente lentificada ausente * * OVÓIDE Buraco de fechadura Olho de gato * Fotorreação pupilar O reflexo fotomotor da pupila depende do nervo óptico e do nervo oculomotor. A fotorreação é observada com o auxílio do foco de luz de urna lanterna. Fechar o olho; Aguardar alguns segundos; Levantar rapidamente a pálpebra dirigindo o foco de luz diretamente sobre a área da pupila; Repetir do outro lado. Incidência da luz: constrição. Retirada da luz: retorno a dilatação * Velocidade de reação pupilar Normal: constrição rápida; Alterações: constrição lenta, arreativa ou fixa. * Avaliação pupilar Cada parte do nosso cérebro emite reflexos para o comportamento pupilar... * * Avaliação pupilar Reações pupilares refletem: Diâmetro pupilar Reflexo fotomotor Reflexo de acomodação-convergência * Avaliação pupilar Análise da resposta pupilar direta e consensual. Isocoria, anisocoria Midríase e Miose Acomodação PERRLA – pupilas iguais (equal), redondas, reativas à luz e à acomodação * Avaliação pupilar Pupilas mióticas e reativas – anormalidade metabólica e disfunção bilateral do diencéfalo Pupilas midriáticas e fixas com contração e dilatação ritmica discreta ao estímulo – comprometimento do mesencéfalo Pupilas midriáticas médias e fixa – disfunção mesencefálica com interrupção das vias simpáticas e parassimpáticas * Avaliação pupilar Pupilas puntiformes e não-reativas – lesão na ponte do tronco cerebral por medicamentos oftálmicos e opiáceos Pupila unilateralmente dilatada e não-reativa – lesão do III nervo craniano (oculomotor) – herniação A avaliação para pacientes comatosos é idêntica à dos pacientes conscientes * Avaliação dos pares cranianos * * Pares cranianos I OLFATÓRIO I OLFATÓRIO II ÓPTICO III OCULOMOTOR IV TROCLEAR V TRIGÊMIO VI ABDUCENTE VII FACIAL VIII VESTÍBULO-COCLEAR IX GLOSSOFARÍNGEO X VAGO XI ACESSÓRIO XII HIPOGLOSSO * I Nervo olfatório SENSITIVO FUNÇÃO: Olfato TESTE: Identificar itens com odores muito específicos (p.ex., sabão, café e cravo), colocados junto ao nariz do paciente. Cada narina deve ser testada separadamente. ALTERAÇÕES: Hiposmia = redução da olfação; Anosmia = ausência da olfação * II Nervo óptico SENSITIVO FUNÇÃO: Visão TESTE: Acuidade e campo visual. ALTERAÇÕES: Hemianopsia: ausência da visão em metade do campo visual de cada olho; Amaurose: perda total da visão do lado lesado * III Oculomotor – IV troclear – VI abducente MOTOR e VEGETATIVO FUNÇÃO: Movimentos dos olhos Oculomotor: constrição pupilar, abertura dos olhos, movimento do olho para cima e para fora, para cima e para dentro, para dentro, para baixo. Troclear: para baixo e para fora. Abducente: para fora. ALTERAÇÕES: Estrabismos convergentes e divergentes: os olhos não se fixam no mesmo objeto; Nistagmo: tremor do globo ocular. Ptose palpebral: queda da pálpebra * V Trigêmio MISTO: MOTOR E SENSITIVO FUNÇÃO: Reflexos da córnea, sensibilidade facial e movimentos mandibulares. RAMOS: Oftálmico, maxilar e mandibular. TESTE: Ramo Motor – solicite que o paciente cerre os dentes, enquanto faz a palpação do músculo temporal e masseter. Ramo sensitivo – estimule as áreas com objeto rombo alternando com pontiagudo, o paciente deve estar com os olhos fechados. REFLEXO CÓRNEOPALPEBRAL: Piscar e lacrimejar os olhos ao toque na superfície da córnea. * VII Nervo facial MISTO: Motor, sensitivo, sensorial e vegetativo FUNÇÃO: P. Motora - Movimentos faciais. P. sensitiva – sensibilidade tátil, térmica e dolorosa do pavilhão auditivo, conduto auditivo externo e tímpano. P. sensorial - Gustação dos 2/3 anteriores da língua. P. vegetativa - natureza secretória ( lacrimais e salivares) TESTE: Motor = Solicitar ao paciente que: Levante os supercílios; Franza o cenho; Feche os olhos firmemente; Sorria; Encha as bochechas de ar; Assobie; ALTERAÇÕES: Fraqueza e assimetria. Ausência de diferenciação entre doce e salgado * VIII Nervo vestíbulo-coclear PORÇÃO VESTIBULAR E PORÇÃO COCLEAR FUNÇÃO: P. Vestibular: Percepção consciente da cabeça, do movimento e do equilíbrio. P. Coclear: Sensibilidade auditiva. ALTERAÇÕES: Nistagmo. * IX Nervo glossofaríngeo MISTO: Motor, sensorial, vegetativo e sensitivo P. sensorial – sensibilidade gustativa do terço posterior da língua; P. sensitiva – membrana mucosa da faringe P. vegetativa - glândula parótida; P. Motora – Elevação e contração do palato mole e úvula e deglutição. TESTE: Peça ao paciente para dizer “ Ah” ou boceje. * X Nervo Vago MISTO: Motor, sensitivo, vegetativo e sensorial. FUNÇÃO: P. motora – Inervam músculo do palato mole, faringe e laringe (fonação); P. sensitivo-sensoriais - sensibilidade geral de área cutânea retroauricular e do conduto externo auditivo, da mucosa da laringe e porção inferior da faringe. P. vegetativa – inervação parassimpática de vísceras torácicas e abdominais. TESTE: reflexo do vômito, reflexo oculocardíaco e sinocarotidiano. ALTERAÇÕES: Vômito em jato (HIC), ritmo de cheyne-stokes, soluços e bocejos patológicos. Desviodo véu do palato para o lado comprometido à inspeção estática e para o lado oposto à inspeção dinâmica. * XI Nervo acessório MOTOR FUNÇÃO: Movimentação do ombro e rotação da cabeça contra uma resistência exercida. TESTE: Observe a presença de atrofia ou fasciculações no músculo trapézio. * XII Nervo Hipoglosso MOTOR FUNÇÃO: Simetria e posição da língua. TESTE: Solicite ao paciente que exteriorize a língua, observe simetria, presença de fasciculações ou desvio em relação a linha média. Solicite que empurre a língua contra as bochechas de modo alternado, e palpe externamente para sentir a força do movimento. * Reflexos Percussão de tendão/martelo Sinal de Babinski NORMAL Artelhos se contraem e se unem NEONATOS ALTERAÇÃO Artelhos se estendem dorsalmente e se afastam * Avaliação dos nervos cranianos I – olfatório: identificação odores familiares/ narinas testadas separadamente; II – óptico: exame oftalmoscópio (campo visual, optometria, etc.) III – óculomotor, IV Troclear, VI Abducente: identificação de ptoses, rotações oculares, nistagmo V – Trigêmeo: teste de sensibilidade tátil/calórica na face com os olhos fechados; teste corneano região temporal – piscadela e lacrimejamento; Cerrar mandíbula e movimentar de um lado para o outro observando força muscular de masseter e temporal. * VII – facial: simetria facial, paralisia flácida VIII – vestíbulo-coclear: teste do sussurro; teste para condução aérea e óssea IX – Glossofaríngeo – avaliar a capacidade de discriminar doce/salgado no terço posterior da língua X – Vago – abaixar a parte posterior da língua com um abaixador provocando reflexo de vômito/ rouquidão XI – Acessório – força muscular simétrica de trapézio e esternocleidomastóideo XII – Hipoglosso: protrusão da língua observando desvio ou tremor. * Avaliação sensorial e reflexos tendinosos profundos Sensibilidade Inervação Aferente; Dermátomos: é a faixa de pele inervada pela raiz sensitiva de um único nervo espinhal * Classificação da sensibilidade EXTEROCEPTIVA (superficial): dor superficial, térmica (frio e calor) e táctil. PROPRIOCEPTIVA (profunda): cinético-postural, vibratória, barestésica, dor profunda e estereognóstica. * Importante O exame da sensibilidade deve ser realizado por etapas, evitando cansar o paciente; Explicar ao paciente previamente cada um dos tipos de pesquisa que serão empregados, a fim de que as respostas sejam precisas. Ambiente tranqüilo; Os olhos vendados a fim de se evitar o controle visual; Entrevista: evitar empregar qualquer palavra capaz de sugestioná-lo: não se deve, por exemplo, perguntar “sentiu a agulhada” durante a pesquisa da sensibilidade dolorosa. Instruir o paciente a acusar as excitações provocadas independentemente de qualquer interrogatório. * Entrevista: evitar empregar qualquer palavra capaz de sugestioná-lo: não se deve, por exemplo, perguntar “sentiu a agulhada” durante a pesquisa da sensibilidade dolorosa. Instruir o paciente a acusar as excitações provocadas independentemente de qualquer interrogatório. * Sensibilidade superficial A sensibilidade táctil deve ser pesquisada utilizando-se uma mecha de algodão ou um pincel; a sensibilidade dolorosa é pesquisada por meio de agulha e a sensibilidade térmica (frio e calor) deve ser explorada utilizando-se dois tubos de ensaio, um contendo água gelada e outro água quente (temperatura entre 40 e 45 ºC). * Sensibilidade profunda CINÉTICO-POSTURAL Ordenar ao paciente que apreenda com a mão oposta o seu polegar, cuja posição deve ser modificada em manobras sucessivas. Com a prova dos braços estendidos poderemos apreciar desvios ou queda de um ou ambos os membros sem que o paciente se aperceba do fato, estando com os olhos vendados. Index-nariz; calcanhar-joelho. * A noção dos movimentos passivos deve ser pesquisada deslocando-se, lenta e suavemente, uma articulação (dedos dos pés e das mãos, tornozelo, joelhos, punhos) em diferentes direções, terminando por se deter numa dada posição que o paciente deve determinar. Costumamos iniciar esta pesquisa pelo hálux, tomando cuidado de separá-los dos outros artelhos e de imprimir-lhes movimentos suaves para cima e para baixo, devendo o paciente indicar a posição em que o artelho é fixado. * A noção dos movimentos passivos deve ser pesquisada deslocando-se, lenta e suavemente, uma articulação (dedos dos pés e das mãos, tornozelo, joelhos, punhos) em diferentes direções, terminando por se deter numa dada posição que o paciente deve determinar. Costumamos iniciar esta pesquisa pelo hálux, tomando cuidado de separá-los dos outros artelhos e de imprimir-lhes movimentos suaves para cima e para baixo, devendo o paciente indicar a posição em que o artelho é fixado. * VIBRATÓRIA É pesquisada com o auxílio de um diapasão de vibrações lentas (128 ciclos/segundo), que se faz vibrar mediante golpe sobre o ramo U. O diapasão é aplicado, sucessivamente nas diversas saliências ósseas (artelhos, maléolos, tuberosidade anterior da tíbia e dedos), devendo o paciente acusar ou não as vibrações. * BARESTÉSICA Sensibilidade à pressão – exercendo pressão progressiva, com a polpa de um dedo ou um objeto rombo, sobre a pele DOLOROSA PROFUNDA Pesquisada aplicando compressão das massas musculares, dos nervos e dos tendões * Estereognóstica É a capacidade que o indivíduo apresenta de reconhecer objetos pela palpação, estando com olhos fechados. Objetos: pente, chave, moeda, lápis, objetos de madeira entre outros. Evitar objetos cujo reconhecimento possa ser feito por intermédio da sensibilidade sensorial, como molho de chaves pela audição ou isqueiro, pelo odor do fluído. * Alterações da S. estereognóstica Agnosia ou astereognosia = ausência da sensibilidade estereognóstica. Morfoagnosia: perda da capacidade de distinguir a forma do objeto; Hiloagnosia: incapacidade de reconhecer a estrutura material do objeto ( vidro, metal, madeira). Assimbolia Táctil: qualidades do objeto ( forma, tamanho, material, consistência), são reconhecidas, porém o paciente é incapaz de reconhecer o objeto dentro de sua significação. * Localização e discriminação táteis Capacidade de localizar um estímulo cutâneo (toognosia) e a de reconhecer se o estímulo aplicado é único ou duplo. Grafestesia – reconhecimento de números ou letras na pele por meio de um objeto rombo. Grafoanestesia – incapacidade de reconhecimento. * Reflaxos tendinosos profundos Resposta motora ou secretora a um estímulo adequado, externo ou interno. Base anatômica da motricidade reflexa é o arco reflexo, sendo; Via aferente ( receptor e nervo sensitivo); 2. Centro ( substância cinzenta do SNC); 3. Via eferente ( nervo motor e órgão efetor). * Posicionamento Mantenha o paciente relaxado, posicione os membros correta e simetricamente, e percuta o tendão de forma brusca, usando um movimento rápido do punho. A pancada deve ser rápida e direta, sem resvalar. Pode-se usar a extremidade pontuda ou achatada do martelo de Déjérine. A extremidade pontuda serve para atingir áreas pequenas, como o dedo colocado sobre o tendão bicipital. A extremidade achatada causa menos desconforto ao paciente na área braquiorradial. * Técnica Segure o martelo de Déjérine entre o polegar e o indicador, de modo que oscile livremente dentro dos limites definidos pela palma da sua mão e os dedos. Observe a velocidade, força e amplitude da resposta reflexa. Compare sempre um lado com o outro. * Os reflexos são graduados em uma escala de 0 a 4+ 4+ Muito vigorosos, hiperativos, com clono (oscilações rítmicas entre flexão e extensão) 3+ Mais vigorosos que a média, possível, porém não necessariamente indicativos de patologia. 2 + Médios;normais 1 + Um pouco diminuídos: limite inferior da normalidade O Ausência de resposta. * Reflexo bicipital (C5-C6) O braço dopaciente deve ser parcialmente fletido no cotovelo, com a palma da mão para baixo. Coloque seu polegar ou outro dedo firmemente sobre o tendão bicipital. Golpeie com o martelo de reflexo, de modo que o golpe vise diretamente o seu dedo na direção do tendão bicipital. * Reflexo tricipital (C6-C7) Flexione o braço do paciente no cotovelo, com a palma da mão virada para o corpo, e puxe o braço um pouco por sobre o tórax. Percuta o tendão do tríceps acima do cotovelo. Dê um golpe direto por detrás do tendão. Observe a contração do músculo tríceps e a extensão do cotovelo. * Reflexo supinador ou braquiorradial (C5-C6) O paciente deve manter a mão sobre o abdome ou colo, com o antebraço parcialmente pronado. Percuta o rádio cerca de 2,5 a 5 cm acima do punho. Observe a flexão e a supinação do antebraço. * Reflexo patelar (L2,L3,L4) O paciente pode ficar sentado ou deitado, contanto que o joelho esteja fletido. Percuta bruscamente o tendão patelar logo abaixo da patela. Observe a contração do quadríceps com a extensão do joelho. A colocação da mão sobre a região anterior da coxa do paciente ajudará a sentir este reflexo. * Reflexo Aquileu (S1) * Reflexo plantar (L5, S1) Com um objeto como uma chave ou um abaixador de língua feito de madeira, percorra a face lateral da região plantar, desde o calcâneo até a concavidade, fazendo uma curva no sentido medial através da concavidade. Movimento dos artelhos, que normalmente corresponde a uma flexão. * Percepção sensorial Testes de sensibilidade: (com os olhos fechados) TÁTIL – textura de objetos (algodão/caneta) TÉRMICA – diferenciar calor e frio DOLOROSA – objeto não pontiagudo * Avaliação motora Avaliar a força motora Membros superiores Membros inferiores Finalidade Verificar grau de dependência ou independência para a realização de atividades Comparação do membro com o lado oposto do corpo * Avaliação motora INSPEÇÃO TÔNUS MUSCULAR FORÇA MUSCULAR * Avaliação motora Inspeção – alterações: Hipertrofia / atrofia muscular Provas específicas Prova de Romberg (equilíbrio – labirintopatia) Prova dedo-nariz – disfunção cerebelar * Avaliação motora Tônus muscular – alterações: Flacidez Espasticidade Rigidez * Avaliação motora Força muscular: Avaliação – pacientes conscientes / solicitação de comandos Aperto de mão Flexões e extensões Deambulação Avaliação: pacientes inconscientes Estímulo doloroso: decorticação/descerebração * Avaliação motora Descerebração – lesão do mesencéfalo e da ponte – FLEXÃO PARA FORA Decorticação – lesão da cápsula interna, tálamo ou hemisfério cerebral que interrompem as vias corticoespinhais – FLEXÃO PARA DENTRO * As respostas inadequadas incluem rigidez decorticada e rigidez descerebrada * Avaliação da força muscular Motricidade: Capacidade de contração e relaxamento do músculo esquelético, controlada por fibras do sistema piramidal, extrapiramidal e cerebelar. Podem haver: Força normal = mantém MM estendidos por no mínimo 2min; Paresia discreta = tempo menor que 2min; Ausência = apresenta-se plégico, não consegue sequer erguer os MM. * Avaliação da força muscular Fraqueza ou paresia Ausência: paralisia ou plegia PARESIA Hemiparesia Monoparesia Paraparesia Tetraparesia PLEGIA Hemiplegia Monoplegia Paraplegia Tetraplegia * Avaliação motora A avaliação motora é realizada para identificar o grau de incapacidade e/ou de dependência do cliente em realizar um movimento ou de movimentar-se; Durante a avaliação da força muscular, observa-se: a postura, o tônus muscular, os reflexos, os tipos de movimentos e a coordenação dos grupos musculares; Reflexo cutâneo plantar. * Resposta a dor Papel protetor; Lesão tissular (liberação de subst. e mediadores da inflamação) Nociceptores (receptores da dor) Medula espinhal (subst. gelatinosa) Tálamo Cérebro (localiza a dor) * OBRIGADO!!!!!!
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