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A intenção de procriar ou aborto contraceptivo
O raciocínio dos defensores dessa tese é de que é licito e legitimo que os cônjuges decidam livremente sobre o nascimento dos filhos. Para impedir a concepção há diversos métodos contraceptivos, casos esses métodos venham a falhar e houver uma concepção não desejada e dado que não há vontade de procriar pode-se interromper voluntariamente a gravidez não desejada.
É preciso também ter presente um fato: as intenções subjetivas não podem deixar de levar em conta a estrutura dos próprios atos. Independentemente do modo em que o feto foi concebido ele deverá ser considerado em seu valor humano, seja ele concebido fora do matrimonio ou os concebidos dentro do matrimonio. 
O aborto “terapêutico”
	Antes de mais nada, tem-se de dizer que é imprópria a denominação “terapêutico”, pois na realidade não se trata de uma terapia. Condições para que possa falar de princípio terapêutico uma delas é a intervenção médica-cirurgica, direcionada a sanar ou tirar a parte “doente” do físico. Não se trata de agir sobre uma doença, mas o que se supõe é a eliminação do feto para evitar agravamento da saúde ou o perigo de vida da mãe. Segundo A. Bompiani, o aborto “terapêutico” é proposto como único meio para salvar a vida da mãe, pois a continuidade da gestação representaria com certeza cientifica a causa da morte da mãe.
	Indicações do aborto “terapêutico”:
- Existem condições orgânicas que tornam complicada a gravidez, que são sempre facilmente controláveis e podem ser contrabalançadas por uma assistência adequada. 
- Condições de saúde que são levadas em consideração, mas são condições das quais a interrupção da gravidez ou tem peso negativo em relação a saúde ou de qualquer forma não traria ajuda. 
- Condições onde o agravamento da saúde é real, mas pode ser enfrentado com outros métodos sem que a haja a interrupção. 
A. Bompiani: “Entendido com um ato capaz de subtrair a paciente de um perigo de morte iminente e como uma intervenção terapêutica insubstituível para atingir essa finalidade o aborto terapêutico perdeu realmente muito terreno e não encontra um lugar logico nos modernos critérios assistenciais, ao contrário, em muitas circunstancias agudas, revelou-se mais prejudicial do que útil pelo estado de descompensação materna.
A avaliação ética a propósito do aborto terapêutico 
	As indicações de caráter ético racional devem se orientar segundo as seguintes linhas de pensamentos e de comportamento. As razões que se reportam as motivações econômicas devem ser levadas em consideração pela autoridade pública e pela comunidade no sentido de que é preciso adequar a economia à pessoa e não sacrificar a pessoa à economia. A ciência é para a vida, a sociedade é para a pessoa: este é o compromisso ético fundamental.
	A nossa conclusão conforme a posição personalista e as normas da ética é de que é dever do médico sustentar a vida tanto da mãe quanto da criança e oferecer todos os meios terapêuticos para salvação de ambos. A vida humana pode acabar e de fato acaba por várias causas, mas a vida inocente não pode ser diretamente suprimida por nenhuma razão. 
Lei do Aborto de Objeção de Consciência
	O aborto representa um trauma não apenas para a mulher e nas famílias, mas também no campo de direito e das leis, a ponto de a lei que deseja autorizar ou liberalizar o aborto ser obrigada a desmentir e traumatizar a si mesma, renunciando a ser igual para todos naquilo que permite aos profissionais da medicina. 
As Formas “Escondidas” de Aborto
	Trata-se de uma tendência de mascarar o termo aborto com outros nomes para dar menos na vista. Na pratica estamos nos referindo a algumas técnicas recentes de controle de nascimentos, chamadas contraceptivas. Seu mecanismo na realidade é o de impedir que um ovulo já fecundado se implante no útero. Por isso, são chamadas de interceptoras. 
	Os contra gestatórios ou abortivos mais difundidos são: a pílulas com baixo conteúdo de progesterona, as injeções trimestrais e os implantes subcutâneos à base de progesterona. À parte o problema ético suscitado pela constatação de que os contra gestatórios determinam a supressão de um indivíduos humano. 
	A interrupção da gravidez se torna então um caso particular entre a gestante e o médico, que, no mais das vezes, se limitaria a prescrever o remédio e, eventualmente, a intervir em casos graves de complicações. 
A Prevenção do Aborto Espontâneo 
	A interrupção espontânea da gravidez é um evento que se manifesta com elevada frequência: ela representaria a evolução de cerca de 15% de todos os estados de gravidez reconhecidos clinicamente. 
	O aborto espontâneo pode ser causado por diversos fatores: cromossômicos, endócrinos, por doenças infecciosas, malformações do trato genital, fatores de imunidade, causas psicológicas. Na maior parte dos casos, o evento abortivo é um episódio isolado e, muitas vezes, não se consegue determinar a causa. O ARS pode ser divididos em primitivo e secundário. Uma vez identificada a causa, é possível intervir, ou removendo-a ou fornecendo as bases capazes de impedi-la: de fato, após o tratamento especifico, tem sido possível observar o nascimento de fetos vivos num percentual superior ao que se tem nos grupos pacientes não tratadas. 
	Quando os fatores de risco são ambientais, a obrigação de intervir não cabe apenas ao indivíduo, mas toda sociedade. O ARS pode às vezes se apresentar como consequência de uma incapacidade patológica de continuar a gravidez, por isso insistir em terapias heroicas pode assumir um significado de uma insistência terapêutica em relação ao feto.

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