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REPLICAÇÃO DO DNA A REPLICAÇÃO DO DNA É SEMICONSERVATIVA n A replicação do DNA é semiconservativa: Watson e Crick propuseram que uma fita é complementar à outra. As regras do pareamento de bases indicam que uma fita serve de molde para que a fita “filha” seja sintetizada. Modelos propostos para a replicação do DNA EXPERIMENTO DE MESELSON-STAHL (1957) -Células de E.coli crescidas por várias gerações em meio cuja única fonte de nitrogênio = NH4Cl, contendo 15N. -As céls crescidas em 15N foram transferidas para um novo meio contendo apenas 14N e cresceram até que a população dobrasse. -Novamente as céls se duplicaram em meio contendo 14N. . A replicação começa em uma origem e usualmente é bidirecional John Cairns Cresceu E. coli em meio contendo timidina marcada com trítio (3H) ® DNA radioativo. DNA foi isolado e espalhado sobre um emulsão fotográfica para produzir uma imagem da molécula de DNA. O DNA radioativo isolado de céls durante a replicação mostraram um “loop” extra ® Formação de 2 fitas filhas, cada uma complementar a fita parental. As 2 fitas são replicadas ao mesmo tempo (novas fitas em vermelho). A replicação começa em uma origem e usualmente é bidirecional REPLICON 4 É a unidade de DNA onde um evento de replicação ocorre. Inclui elementos reguladores: Origem de replicação (ori) + Região terminadora (ter) 4 Ativados apenas uma única vez em cada ciclo celular 4 O genoma de uma célula procariótica constitui um único replicon 4 Cada cromossomo eucariótico constitui vários replicons e todos são ativados uma única vez no ciclo celular ainda que não simultaneamente Replicação em Procariotos Replicação em Eucariotos Síntese do DNA ocorre na direção 5’ →3’ Fragmentos de Okazaki DNA POLIMERASES n Arthur Kornberg e cols (1956) – DNA pol I de E. coli (1 subunidade polipepitídica) n A DNA polimerase necessita de: a) MOLDE b) INICIADOR (3’ OH livre na extremidade do iniciador) n Processividade = número de nucleotídeos adicionados antes da DNA pol se dissociar da fita molde. n E. coli possui 5 DNA polimerases (I, II , III, IV e V) n I e II (1970) - envolvidas no reparo e atividade polimerásica, respectivamente n IV e V (1999) - reparo não usual Arthur Kornberg DNA POLIMERASE I n Primeira enzima DIRIGIDA POR MOLDE a ser descoberta n Não é a enzima que replica a maior parte do DNA em procariotos. Entretanto, ela tem um papel crítico na REPLICAÇÃO, e também no REPARO DO DNA. n Monômero de 103 kDa e catalisa a adição passo a passo de unidades de nts na EXTREMIDADE 3‘-OH de uma cadeia de DNA. n A DNA polimerase I requer os quatro nts (dATP, dGTP, dTTP e dCTP) e magnésio para a síntese do DNA. n Apresenta domínios de POLIMERIZAÇÃO e REVISÃO separados Reação catalizada pela DNA polimerase Comparação das DNA POLIMERASEs de E. coli DNA Polimerases BACTÉRIAS Enzima Função principal DNA Pol I (PolA) Replicação do DNA e reparo DNA Pol II Reparo de DNA DNA Pol III Principal enzima da replicação do DNA DNA Pol IV Reparo do DNA DNA Pol V Reparo do DNA MAMÍFEROS Enzima Função principal Localização DNA Pol a Replicação da fita complemetar Núcleo DNA Pol e Reparo de DNA Núcleo DNA Pol d Replicação da fita molde Núcleo DNA Pol b Reparo de DNA Núcleo DNA Pol g Síntese de novo de DNA Mitocôndria DNA Polimerases de Bactéria ALTO GRAU DE FIDELIDADE DURANTE A REPLICAÇÃO n Pares de bases padrão A/T e G/C possuem geometrias semelhantes e o sítio da enzima é ajustado para acomodá-las. n A geometria dos pares de bases incorretos pode excluí-los do sítio ativo. A DNA polI possui um centro ativo que exclui tais parceiros incorretos de pareamento ALTO GRAU DE FIDELIDADE n Em E. coli ® 1 nt incorreto para cada 109 a 1010 nts incorporados n Cromossomo = 4,6 x 106 nt n 1 erro a cada 1.000 a 10.0000 replicações n FATORES GEOMÉTRICOS n CAPACIDADE DE REVISÃO DA DNA POL n MECANISMOS DE REPARO DO DNA DNA POLIMERASE I ATIVIDADE REVISORA DA DNA POLIMERASE I Base despareada (C*)C-A impede a translocação da enzima para o sítio seguinte. n DNA POL I desliza para trás, corrige o erro com a atividade exonucleásica 3'→5' e resume a sua atividade polimerásica 5'→3' DNA POLIMERASE III n Sintetiza a maior parte do novo DNA. n Alta processividade, potência catalítica e fidelidade. DNA POLIMERASE III A REPLICAÇÃO DO DNA REQUER MUITAS ENZIMAS E FATORES PROTÉICOS n DNA POL + 20 ou mais proteínas = Sistema DNA Replicase ou Replissomo n HELICASES - separação das 2 fitas. - Movem ao longo do DNA e separam as fitas (gasto ATP) n TOPOISOMERASES - aliviam o estresse topológico gerado pela separação das fitas. n PROTEÍNAS DE LIGAÇÃO AO DNA (SSB) - associam-se às fitas simples estabilizando-as. n PRIMASES - síntese dos iniciadores (PRIMERS) n LIGASES - selam os cortes na fita descontínua. A REPLICAÇÃO DO DNA OCORRE EM TRÊS ETAPAS n INICIAÇÃO n ELONGAÇÃO n TERMINAÇÃO PROTEÍNAS NECESSÁRIAS PARA INICIAR A REPLICAÇÃO EM E. coli INICIAÇÃO n OriC- 245 pb: n 3 repetições de 9 pb ricas em AT n 4 repetições de 9 pb de seqüência consenso (TTATCCACA) n 9 enzimas ou proteínas diferentes participam da iniciação oriC de E. coli ® ~ 20 moléculas de DnaA, associadas a 1 ATP, ligam-se às 4 repetições de 9 pb. ® O DNA é desenrolado ao redor desse complexo ® As 3 repetições de 13 pb são desnaturadas seqüencialmente ® Hexâmeros da proteína DnaB ligam-se a cada fita com a ajuda da proteína DnaC. A atividade da DnaB helicase desenrola ainda mais o DNA, preparando a iniciação e a síntese do DNA. INICIAÇÃO SÍNTESE DOS FRAGMENTOS DE OKASAKI -Fita descontínua ® direção oposta ao movimento da forquilha de replicação. -A PRIMASE sintetiza um RNA iniciador para o fragmento de okazaki. -Cada iniciador é estendido pela DNA pol III. -O fragmento se estende até o “primer” do próximo fragmento de Okazaki. SÍNTESE DO DNA NAS FITAS LÍDER E DESCONTÍNUA Os primers de RNA na fita descontínua são removidos pela atividade exonuleásica 5’® 3’ da DNA polI e substítuídos por DNA pela mesma enzima. O “nick” é selado pela DNA ligase. ETAPA FINAL DA SÍNTESE DA FITA DESCONTÍNUA PROTEÍNAS NA FORQUILHA DE REPLICAÇÃO DE E. coli MECANISMO DE REAÇÃO DA DNA LIGASE n Ativação do fosfato 5’ no corte. Um grupo AMP é transferido a um resíduo de Lys na Enzima e então ao fosfato 5’ no corte n 3 o grupo OH 3’ ataca esse fosfato e desloca AMP, produzindo uma ligação fosfodiéster par selar o corte. n DNA ligase de vírus e eucariotos usam ATP e liberam pirofosfato e de E. coli usam NAD e liberam NMN na etapa 1 TERMINAÇÃO -Seqüências Ter (20 pb) posicionadas no cromossomo em 2 agregados com orientações opostas. Sítio de ligação da proteína Tus (terminus utilization substance) -Tus + Ter param a forquilha de replicação. Apenas 1 complexo Tus + Ter funcionam em cada ciclo de replicação (o primeiro complexo Tus + Ter encontrado por qualquer 1 das forquilhas de replicação). TERMINAÇÃO n A replicação do DNA separa as forquilhas de replicação opostas e deixa os cromossomos sintetizados unidos como círculos interligados. n A separação dos mesmos requer a ação das TOPOISOMERASES. n Em E. coli top IV (tipo II), quebra transitoriamente ambas as fitas de DNA de um dos cromossomos e permite que o outro passe através da quebra. REPLICAÇÃO DO DNA EM CÉLULAS EUCARIÓTICAS EM EUCARIOTOS A REPLICAÇÃO É RESTRITA A UMA PARTE DO CICLO CELULAR The four successive phases of a standard eucaryotic cell cycle. During the G1, S, and G2 phases, the cell grows continuously. During M phasegrowth stops, the nucleus divides, and the cell divides in two. DNA replication is confined to the part of interphase known as S phase. G1 is the gap between M phase and S phase; G2 is the gap between S phase and M phase REPLICAÇÃO EM EUCARITOS n ARS (“autonomously replicating sequences”) ou replicadores – origem de replicação em leveduras, seqüências conservadas de aproximadamente 150 pb. n 16 cromossomos de leveduras ~ 400 replicadores n INICIAÇÃO: Complexo de Reconhecimento da Origem (ORC) – proteína com várias subunidades que se liga a várias seqs dentro do replicador. n ORC interage e é regulada por várias proteínas envolvidas no ciclo celular n Replicação bidirecional n Velocidade de replicação (50 nts/seg) é 1/20 procariotos n Humanos – replicação bidirecional em vários origens (espaçadas entre 30.000 e 300.000 pb) REPLICAÇÃO EM EUCARITOS DNA pol α múltiplas subunidades (1 com atividade iniciadora e a maior com atividade polimerásica; não possui atividade 3’→ 5’ exo e não é adequada para manter fidelidade do processo). Atua na síntese de iniciadores curtos e dos fragmentos de Okazaki. DNA pol δ Atividade exo 3’→5’ e síntese das 2 fitas de DNA (similar a DNA pol III de E. coli). DNA pol ε Substitui DNA pol δ em algumas situações, como reparo do DNA. Pode funcionar como a DNA pol I de bactérias removendo iniciadores na fita atrasada. RPA- proteína de ligação ao DNA de fita simples semelhante a SSB da E. coli. Facilita a montagem dos complexos ativos de replicação. Terminação: telômeros na extremidade UM GRANDE COMPLEXO DE PROTEÍNAS SE LIGA À ORIGEM DE REPLICAÇÃO NOS EUCARIOTOS TELOMERASETELOMERASE nn Síntese da fita descontínua Síntese da fita descontínua → necessita de “primers”.necessita de “primers”. nn Quando a forquilha de replicação encontra a extremidade de um cromossomo linear Quando a forquilha de replicação encontra a extremidade de um cromossomo linear não há espaço para produzir o primer necessário para iniciar o último fragmento de não há espaço para produzir o primer necessário para iniciar o último fragmento de Okazaki.Okazaki. nn Solução: seq nt na extremidades dos cromossomos que são incorporadas nos Solução: seq nt na extremidades dos cromossomos que são incorporadas nos telomeros que atraem a enzima TELOMERASE.telomeros que atraem a enzima TELOMERASE. nn Seq DNA nos telomeros: repetições de pequenas seqs que contêm um bloco de Seq DNA nos telomeros: repetições de pequenas seqs que contêm um bloco de nucleotídeos G. nucleotídeos G. nn Em humanos GGGTTA, por aproximadamente 10.000 nucleotídeos.Em humanos GGGTTA, por aproximadamente 10.000 nucleotídeos. nn A TELOMERASE reconhece estas seqs e elonga o DNA na direção 5′A TELOMERASE reconhece estas seqs e elonga o DNA na direção 5′--3′. Ela sintetiza a 3′. Ela sintetiza a nova cópia utilizando um molde de RNA que é parte da própria enzima.nova cópia utilizando um molde de RNA que é parte da própria enzima. TELOMERASETELOMERASE Telomerase is a protein–RNA complex that carries an RNA template for synthesizing a repeating, G-rich telomere DNA sequence. Only the part of the telomerase protein homologous to reverse transcriptase is shown here (green). A reverse transcriptase is a special form of polymerase enzyme that uses an RNA template to make a DNA strand; telomerase is unique in carrying its own RNA template with it at all times. (Modified from J. Lingner and T.R. Cech, Curr. Opin. Genet. Dev. 8:226–232, 1998.) Alça D replicação dos DNAs mitocôndriais
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