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Classificações das Normas Jurídicas

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Características formais
A norma é escrita e emanada do Poder Legislativo em processo de formação regular, promulgada e publicada.
Lei em sentido formal
Em sentido formal, é a lei que atende apenas aos requisitos de forma (processo regular de formação), faltando-lhe caracteres de conteúdo, como a generalidade ou substância jurídica.
Exemplo: A aprovação, pela assembleia da Revolução Francesa, da lei que declarava a existência de Deus e a imortalidade da alma.
Lei em sentido formal-material
Em sentido formal-material, a lei deve preencher os requisitos de substância e de forma.
Classificações da norma
Lei Substantiva
Reúne normas de conduta social que definem os direitos e deveres das pessoas em suas relações.
Ex.: Direito Civil, Penal, Comercial, etc.
Lei Adjetiva
Aglutina regras de procedimento no andamento de questões forenses.
Ex.: Lei de Direto Processual Civil, Direito Processual Penal, etc.
As Leis substantivas são, em regra principais; enquanto que as adjetivas são de natureza instrumental.
Classificações da norma
Os autores variam na apresentação das formas de classificação das normas jurídica; existe mesmo certa ambiguidade e vacilação na terminologia. Fato é que a classificação pode ser realizada de acordo com vários critérios.
Com base na ideia acima exposta, apresentamos algumas classificações encontradas na doutrina nacional:
Normas codificadas são aquelas que constituem um corpo orgânico sobre certo ramo do direito, como o Código Civil.
Normas consolidadas são as que formam uma reunião sistematizada de todas as leis existentes e relativas a uma matéria; a consolidação distingue-se da codificação porque sua principal função é a de reunir as leis existentes e não a de criar leis novas, como num Código. Ex: CLT.
Normas extravagantes ou esparsas na terminologia canônica, diziam extravagantes as constituições pontifícias, posteriores às Clementinas, incluídas no mesmo direito. Daí dizer-se hoje “extravagantes” todas as leis que não estão incorporadas às Codificações ou Consolidações: são as leis que vagam fora; são as editadas isoladamente para tratar de temas específicos. Ex: Lei de Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, Lei do Inquilinato etc.
Como já foi dito, no campo doutrinário da classificação das normas jurídicas, os autores não são unânimes. Cada um utiliza método e terminologia próprios.
1. Critério da Destinação - normas de organização (normas de sobredireito) ou estrutura e normas de conduta (normas de direito).
Normas de organização
Normas de conduta
Normas de organização (norma de sobredireito)
Normas instrumentais que visam a estrutura e funcionamento dos órgãos, ou a disciplina de processos técnicos de identificação e aplicação de normas, para assegurar uma convivência juridicamente ordenada => Destinatário: o próprio Estado.
2. Critério da Existência - norma explícita e norma implícita:
A norma explícita é a norma tal qual está escrita nos códigos e nas leis.
A norma implícita é aquela subentendida a partir da norma explícita.
Só a existência deste direito implícito pode responder pela afirmativa de que o ordenamento jurídico não tem lacunas. Serve ele, portanto, não apenas à interpretação da lei, como, igualmente, à integração do Direito. Por seu intermédio é que o Direito positivo se completa, garantindo-se.
3. Critério da extensão territorial - normas federais, estaduais e municipais:
As normas jurídicas são classificadas desta forma em razão da esfera do Poder Público de que emanam, pois todo território de um Estado acha-se sob a proteção e garantia e um sistema de Direito.
Assim, as normas jurídicas são federais, estaduais ou municipais, na medida em que sejam instituídas respectivamente pela União, pelos Estados-Membros e pelos Municípios.
Para sabermos se existe hierarquia entre estas normas, faz-se necessário a distinção da competência legislativa da União, dos Estados-Membros e dos Municípios.
Segundo Miguel Reale,
4. Critério do Conteúdo - direito público, direito privado e direito social:
A diferenciação entre essas normas já foi abordada quando falamos sobre as divisões do Direito. Contudo, é bom ressaltar que a teoria que prevalece atualmente para a distinção dessas normas é a teoria formalista da natureza da relação jurídica:
Normas de Direito Privado: regulam o vínculo entre particulares => Plano de igualdade => Relação jurídica de coordenação.
Ex.: As normas que regulam os contratos.
Normas de Direito Público: regulam a participação do poder público, quando investido de seu imperium, impondo a sua vontade => Relação jurídica de subordinação.
Ex.: As normas de Direito Administrativo.
Normas de Direito Misto => Tutelam simultaneamente o interesse público ou social e o interesse privado.
Ex.: Normas de Direito Família
5. Critério da Imperatividade - normas impositivas (cogentes) e dispositivas (permissivas) e proibitivas.
A diferenciação entre essas normas já foi abordada quando falamos sobre as divisões do Direito. Contudo, é bom ressaltar que a teoria que prevalece atualmente para a distinção dessas normas é a teoria formalista da natureza da relação jurídica:
Imperativas - ordenam, impõem.
Ex.: Art. 876, Art 1643 do CC
Normas impositivas (ou cogentes)
Proibitivas - vedam, proibem.
Ex.: Art. 228, 1860 do CC
Interpretativas - esclarecem a vontade do indivíduo manifestada de forma duvidosa.
Ex.: Art. 1899 do CC
Normas dispositivas (ou permissivas)
Integrativas - preenchem lacunas deixadas por ocasião da manifestação da vontade.
Ex.: Art. 1640, 1904 do CC
Enquanto que as normas impositivas são taxativas, ora ordenando, ora proibindo, as normas dispositivas limitam-se a dispor, com grande parcela de liberdade.
6. Critério da Sanção - normas perfeitas, mais que perfeitas, menos que perfeitas e imperfeitas.
Veja as diferentes normas no Critério da Sanção:
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7. Critério da Natureza: normas substantivas e normas adjetivas
	1. Normas substantivas - reúnem normas de conduta social que definem os direitos e os deveres das pessoas em suas relações.
Ex.: Direito Civil, Penal, Empresarial, etc.
Normas adjetivas - aglutinam regras de procedimento no andamento das questões forenses.
Ex.: Lei de Direito Processual Civil, Direito Processual Penal, etc.
As leis substantivas são, em regra, principais, enquanto que as adjetivas são de natureza instrumental.
	
Validade das normas jurídicas
O que é necessário para que uma coisa seja válida?
Essa pergunta nos dá a chave para encontrarmos o conceito de validade.
Fonte: Shutterstock
Agora, responda: Um contrato, no qual uma das partes é incapaz, é válido?
Corrigir
Para que o ato ou negócio sejam válidos, portanto, terão que estar revestidos de todos os seus elementos essenciais. Faltando um deles, o negócio é inválido, nulo, não alcançando os seus objetivos.
Podemos dizer que a validade decorre, assim, invariavelmente, de o ato haver sido executado com a satisfação de todas as exigências legais.
Fonte: Shutterstock
Uma norma jurídica, para que seja obrigatória, não deve estar apenas estruturada logicamente segundo um juízo categórico ou hipotético, pois é indispensável que apresente certos requisitos de validade.
Na lição de Miguel Reale, a validade de uma norma jurídica pode ser vista sob três aspectos:
VALIDADE FORMAL OU VIGÊNCIA
Vigência vem a ser “a executoriedade compulsória de uma norma jurídica, por haver preenchido os requisitos essenciais à sua feitura ou elaboração” (REALE).
Dessa forma, a norma jurídica tem vigência quando pode ser executada compulsoriamente pelo fato de ter sido elaborada com observância aos requisitos essenciais exigidos:
• Emanada de órgão competente;
• Com obediência aos trâmites legais;
• Cuja matéria seja da competência do órgão elaborador.
VALIDADE SOCIAL OU EFICÁCIA
Sob o prisma técnico-formal, uma norma jurídica pode ter validade e vigência, ainda que seu conteúdo não seja cumprido; mesmo descumprida, ela vale formalmente.
Porém, o Direitoautêntico é aquele que também é reconhecido e vivido pela sociedade, como algo que se incorpora ao seu comportamento. Assim, a regra do Direito deve ser não só formalmente válida, mas também socialmente eficaz.
Eficácia vem a ser o reconhecimento e vivência do Direito pela sociedade, é a regra jurídica enquanto monumento da conduta humana (REALE).
Dessa forma, quando as normas jurídicas são acatadas nas relações intersubjetivas e aplicadas pelas autoridades administrativas ou judiciárias, há eficácia.
Para saber mais sobre Validade social ou eficácia, clique aqui.
VALIDADE ÉTICA OU FUNDAMENTO
Toda a norma jurídica, além da validade formal (vigência) e validade social (eficácia), deve possuir ainda validade ética ou fundamento.
O fundamento é, na verdade, o valor ou o fim visado pela norma jurídica.
De fato, toda a norma jurídica deve ser sempre uma tentativa de realização de valores necessários ao homem e a sociedade. Se quer atingir um valor ou afastar um desvalor, ela é um meio de realização desse fim valioso, encontrando nele a sua razão de ser ou o seu fundamento.
As regras que protegem, por exemplo, as liberdades, são consideradas como tendo fundamento, porque buscam um valor considerado essencial ao ser humano.
Realmente, é o valor que legitima uma norma jurídica que lhe dá uma legitimidade. Daí a distinção entre legal (que possui validade formal) e legítimo (que possui validade ética).
Podemos dizer, assim, que é o valor que dá a razão última da obrigatoriedade da norma. Ela obriga porque contém preceito capaz de realizar o valor. 
Em última análise, essa é a fonte primordial da obrigatoriedade de uma regra de direito (imperatividade em termos axiológicos). “Ter que” é a coerção ou a coação que asseguram a obrigatoriedade do Direito, é atitude que resulta no amesquinhamento da natureza humana.
Nem a coação-ato, nem a coerção-potência podem substituir satisfatoriamente o sentimento jurídico. Só o entendimento do Direito sob o prisma de valor dignifica a condição do ser humano.
Atividade Proposta
Faça um levantamento e aponte uma norma com validade formal, mas sem validade social.
Corrigir
Atividade Proposta
Leia o caso concreto em discussão e faça uma análise à luz dos planos de validade da norma (vigência, validade e eficácia).
S.O.S. LEI MARIA DA PENHA
Grávida de cinco meses, a jovem de 28 anos apanhou com uma barra de ferro do atual companheiro, no último sábado. As marcas roxas pelo corpo denunciavam a ira do marido. Mesmo depois de ter um forte sangramento, a criança passa bem.
As ameaças, geralmente, começam em seguida, e com Joice não foi diferente. “Ele já disse que vai me matar. Será que eu vou ser mais uma na estatística?”, questionou lembrando-se do caso em que a mulher morreu queimada em Campo Grande, no último fim de semana.
A jovem lamenta que o companheiro esteja solto e diz que se sente impotente diante da situação. “Para mim não está adiantando nada fazer o registro policial. Ele não foi preso e nem foi chamado para depor. Só estou ficando constrangida. É muita burocracia, eles exigem testemunha e às vezes as pessoas não querem nem ligar, quanto mais ser testemunha.”
O quadro de descrédito com a Lei Maria da Penha, criada para defender as mulheres de violência provocada pelos companheiros, tem sido assunto de críticas contundentes.
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2. Leia atentamente a situação abaixo descrita.
“A” possui um lote em área urbana. Na época em que ele adquiriu o imóvel, encontrava-se em vigência lei municipal de uso e ocupação do solo que estabelecia um determinado coeficiente de construção. Passado um ano, ele resolveu construir no lote, quando, então, teve indeferido o seu pedido de licença para edificar sob o argumento de que nova lei municipal de uso e ocupação do solo havia restringido o coeficiente de construção do terreno pela metade. 
No entanto, o seu vizinho “B”, utilizando-se de planta de construção similar, iniciou a edificação no seu respectivo lote, de acordo com licença para construir outorgada pelo poder público municipal antes da vigência da nova lei municipal, muito embora não tenha se valido de todas as possibilidades construtivas vigentes na lei anterior.
Sobre essa situação, analise as assertivas baixo e depois marque a opção correta.
 I - Assiste a “A” o direito de construir com base nos coeficientes previstos na legislação de uso e ocupação do solo vigente quando ele adquiriu o terreno e que lhe ensejava utilização mais ampla, pois a legislação superveniente não pode produzir efeitos retroativos e atingir direito adquirido de edificar no lote de acordo com as condições legais existentes quando da sua aquisição.
II - Assiste a “B” o direito de construir com base nos coeficientes previstos na legislação de uso e ocupação do solo vigente quando da obtenção da licença para edificar e que lhe ensejava utilização mais ampla do lote.
III - Como ainda não houve a conclusão da obra e em respeito ao princípio da função social da propriedade urbana, “B” terá que ajustar a respectiva planta aos padrões da nova lei municipal de uso e ocupação do solo, obtendo nova licença de construção.
Estão corretas as assertivas:
I e III
II
I
II e III
III
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3 - Leia as sentenças abaixo:
I - Eficácia da lei é a capacidade do texto normativo vigente de poder produzir efeitos jurídicos concretos no seio da sociedade. 
II - A vigência do Direito depende da opinião pública e da obediência às normas que disciplinam a sua elaboração.
III - A validade ou não da norma jurídica repercutirá diretamente na esfera da sua eficácia. 
Agora, aponta a alternativa CORRETA:
Estão todas corretas.
Estão todas erradas.
Somente a II está correta.
Estão corretas a I e a II.
Somente a I está errada.
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