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EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __ VARA CIVEL DA COMARCA DE NOVA FRIBURGO/RJ. JOAQUIM MARANHÃO, nacionalidade, estado civil, profissão, portador do RG nº XXX, expedido pelo XXX, inscrito no CPF XXX, portador do endereço eletrônico XXX, residente e domiciliado na rua, numero, bairro, CEP, Nova Friburgo/RJ, ANTONIO MARANHÃO, nacionalidade, estado civil, profissão, portador do RG nº XXX, expedido pelo XXX, inscrito no CPF XXX, portador do endereço eletrônico XXX, residente e domiciliado na rua, numero, bairro, CEP, Nova Friburgo/RJ, MARTA MARANHÃO, nacionalidade, estado civil, profissão, portador do RG nº XXX, expedido pelo XXX, inscrito no CPF XXX, portador do endereço eletrônico XXX, residente e domiciliado na rua, numero, bairro, CEP, Nova Friburgo/RJ, por seu advogado XXX, OAB XXX que subscreve, com escritório na Rua XXX, XXX, XXX - para fins do artigo 77, V do Código de Processo Civil, vem a este juízo, propor: AÇÃO DE ANULAÇÃO DE NEGÓCIO JURÍDICO Pelo Rito Comum, em face de MANUEL MARANHÃO, nacionalidade, estado civil, profissão, portador do RG nº XXX, expedido pelo XXX, inscrito no CPF XXX, portador do endereço eletrônico XXX, residente e domiciliado na rua, numero, bairro, CEP, Nova Friburgo/RJ, FLORINDA MARANHÃO, nacionalidade, estado civil, profissão, portador do RG nº XXX, expedido pelo XXX, inscrito no CPF XXX, portador do endereço eletrônico XXX, residente e domiciliado na rua, numero, bairro, CEP, Nova Friburgo/RJ, RICARDO MARANHÃO, nacionalidade, estado civil, profissão, portador do RG nº XXX, expedido pelo XXX, inscrito no CPF XXX, portador do endereço eletrônico XXX, residente e domiciliado na rua, numero, bairro, CEP, Nova Friburgo/RJ, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos. I. DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA A requerente não possui condições financeiras para arcar com as custas processuais e honorários advocatícios, sem prejuízo do seu sustento e de sua família. Nesse sentido, junta-se declaração de hipossuficiência (Doc. X). Por tais razões, pleiteiam-se os benefícios da Justiça Gratuita, assegurados pela Constituição Federal, artigo 5º, LXXIV e pela Lei 13.105/2015 (CPC), artigo 98. II. DO PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DA TUTELA Frente a verossimilhança das alegações, e presentes os pressupostos do fumus boni iuris materializado ausência de consentimento expresso dos demais descendentes e periculum in mora, ante o prejuizo que poderá ser causado em caso de alienação do bem pelo 3º Réu, é fundamental para efetiva prestação da tutela jurisdicional a antecipação dos efeitos da tutela no sentido de oficiar ao cartório competente impedindo futura alienação do bem. III - DA AUDIENCIA DE MEDIAÇÃO E CONCILIAÇÃO Manifestam interesse favoravelmente a realização da audiência de mediação e conciliação. IV – DOS FATOS Afirmam os Autores que os dois primeiros Réus, sensibilizados pelo fato de que o terceiro Réu, não possuía imóvel próprio, com o intuito de ajuda-lo venderam um imóvel de sua propriedade pelo valor de R$200,000.00 (duzentos mil reais), conforme comprovado pela escritura de compra e venda lavrada no cartório do 4º oficio de Nova Friburgo, devidamente transcrita no registro de imóveis competente. Ocorre que, a referida venda, ocorreu sem que os Autores manifestassem sobre o negocio jurídico em questão. Insta salientar que o valor de mercado do imóvel, à época da venda era de R$350,000.00 (trezentos e cinquenta mil reais). V – DOS FUNDAMENTOS Conforme Art. 496 do CC é anulável venda de ascendente a descendentes, sem o consentimento dos demais. ART 496 É anulável a venda de ascendentes a descendentes, salvo se os outros descentes e o cônjuge do alienante expressamente houverem consentido. (Grifo nosso). Desde modo, é claro a legislação ao estabelecer como condição de eficácia do negocio jurídico o consentimento expresso dos demais, não bastando somente o consentimento do cônjuge. Importante dizer que no conceito de ascendente, descendente estão enquadrados não somente os herdeiros de primeiro grau, incluindo também os netos, nesse sentido o STJ formou jurisprudência através do julgamento do R.ESP 93461-SC confirmando este entendimento. Assim sendo, vez que não houve consentimento expresso por partes dos demais descendentes, deve ser anulado a referida venda do imóvel. A jurisprudência do Tribunal de Justiça do Estado do RJ também é pacífica ao determinar: Apelação cível 1. ação declaratória de nulidade de negócios e ato jurídicos c/c pedido de antecipação de tutela e perdas e danos. 2. princípio da congruência. julgamento ultra petita. anulação parcial da sentença. danos morais não requeridos na inicial. 3.negócio jurídico. vontade viciada. pessoa incapaz. art. 3º , cc . induzimento malicioso. 4. ônus da prova. parte ré não se desincumbiu de demonstrar fato impeditivo, modificativo ou extintitivo do direito dos autores. 5. venda de ascendente a descendente. falta de consentimento dos demais herdeiros. ato anulável. precedentes stj. 6.apelo parcialmente provido. (classe: apelação,número do processo: 0000064- 06.2008.8.05.0134, relator (a): rolemberg josé araújo costa, primeira câmara cível, publicado em: 09/04/2015). VI. DOS PEDIDOS: Diante do exposto requer a Vossa Excelência: Isto posto requer a) Que seja deferido o pedido de Gratuidade de Justiça; b) A Citação dos Réus nos endereços informados para que querendo compareça em Audiência de Conciliação e apresente defesa sob pena de revelia e confissão; c) A Antecipação dos efeitos da tutela, oficiando ao cartório competente, impedindo a alienação do referido imóvel; d) No mérito que seja julgado procedente o pedido anulando o negócio jurídico de compra e venda do imóvel objeto desta lide; e) A condenação dos Réus ao pagamento de custas e honorários advocatícios. Dar-se o valor da causa R$ 350.000,00 (trezentos e cinqueta mil reais). Nestes termos Pede Deferimento, Local e Data Advogado OAB
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