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Micoses sistêmicas e oportunistas; EQUIPE: Universidade Federal da Paraíba Centro de Ciências da Saúde Departamento de Ciências Farmacêuticas Departamento de Fisiologia e Patologia Disciplina: Microbiologia Professor: Marcelo Moreno Andressa Nayara dos Santos Jadon Araújo Macêdo Silva Laura Vieira Barbosa de Pontes Luanna de Oliveira e Lima Radimila dos Santos Almeida Introdução: Micoses sistêmicas são infecções causadas por fungos patogênicos primários e que têm como porta de entrada o trato respiratório, donde podem disseminar para todo o organismo. As micoses sistêmicas e oportunistas endêmicas no Brasil são: Paracoccidioidomicose, Histoplasmose, Coccidioidomicose e Criptococose. As micoses oportunistas são infecções causadas por fungos pouco patogênicos em hospedeiros com imunidade comprometida, ou pelo uso de medicações (p. ex., corticoide, quimioterapia, imunossupressores), ou por doenças como a Aids. Caso Clinico 01 – Histoplasmose. História Clínica: JBS, Sexo masculino, 35 anos, natural e procedente de Jacobina-BA, engenheiro civil. Paciente asmático, procurou o serviço de saúde do seu município com queixa de tosse compulsiva há duas semanas. Refere evolução do quadro da tosse, progredindo de seca para expectoração mucosa na última semana. Relata que há uma semana cursa com febre de 37,5 ºC, principalmente à noite, calafrios e fadiga. Paciente há dois meses em uso de bronco dilatador (corticoide), sem acompanhamento médico, para melhorar sensação de cansaço aos esforços associado a asma. Relata viagem à Chapada Diamantina, há 40 dias, com duração de duas semanas. Contato com rios, explorações de cavernas e grutas. Nega tabagismo. Exame Físico: Paciente em regular estado geral, alerta, vigil, orientado em espaço e tempo. Acianótico, anictérico, hidratado. Refere estar astênico e febril. Sinais vitais: FC: 70 bpm; FR: 16 irpm; PA: 110 x 80 mmHg, Temperatura: 38 ºc. Cabeça e pescoço: Linfonodos cervicais superficiais palpáveis, unilaterais, indolores, móveis e com tamanho normal. Sistema Respiratório: Hipersonoro timpânico à percussão, frêmito toracovocal diminuído, presença de sibilos durante a expiração. Abdome: Tórax simétrico. Sem ruídos adventícios. Sistema Cardiovascular, Nervoso e Membros: Sem achados dignos de nota. Cultura de escarro: Cultura positiva para fungos. CASO CLINICO 01 – HISTOPLASMOSE. Discussão e diagnóstico: A relação entre o sistema imune com o sistema endócrino; O paciente, portanto, possuía uma imunossupressão e foi exposto a um ambiente caracterizado por baixa umidade, pouca ventilação, poeira e presença de morcegos e suas fezes. Dessa forma, o diagnóstico principal é Histoplasmose. A Histoplasmose: Micose sistêmica causada pelo fungo Histoplasma capsulatum, que afeta órgãos internos. Ela é uma zoonose, transmitida por aves e morcegos. Reino: Fungi Filo: Ascomycota Subfilo: Ascomycotina Classe: Ascomycetes Ordem: Onygenales Família: Onygenaceae Gênero: Histoplasma Espécie: Histoplasma capsulatum Tratamento: Os medicamentos mais utilizados no tratamento são o intraconazol por um período de 6 a 12 semanas ou a anfoterícina durante 12 semanas. Medicamentos como fluconazol e cetonazol podem ser utilizados se não houverem outras opções disponíveis, uma vez que esses medicamentos não combatem o fungo da histoplasmose com eficácia, podendo o tratamento ser prolongado. Neste caso, pode-se aplicar a Anfoteracina B por via endovenosa, na dose inicial de 0,25 a 1,0 mg/kg/dia e o Cetoconazol em dose de 400 mg/dia ou Intraconazol 100 mg/dia. Ambos os medicamentos são indicados no uso de 8 a 12 semanas.
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