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Jocimara Rodrigues de Sousa
Saúde e 
Meio Ambiente
Sumário
03
CAPÍTULO 4 – Como promover novos valores e saberes em defesa do meio ambiente? .........05
Introdução ...................................................................................................................05
4.1 Quais são os Movimentos Pró-Natureza? ....................................................................05
4.1.1 Ecologia radical ..............................................................................................06
4.1.2 Ambientalismo ................................................................................................06
4.1.3 Ecologia política .............................................................................................08
4.2 Qual a relação entre qualidade de vida e qualidade ambiental? ...................................09
4.2.1 Inter-relações entre qualidade ambiental e de vida .............................................09
4.2.2 Princípios da saúde ambiental ...........................................................................11
4.3 Qual a importância da educação ambiental na promoção da cidadania? .....................13
4.3.1 Princípios da educação ambiental .....................................................................13
4.3.2 Educação em saúde ambiental .........................................................................15
4.4 Qual o papel do profissional de saúde nos processos sociais e ambientais? ...................16
4.4.1 O Papel do profissional da saúde na promoção da qualidade de vida e ambiental .16
Síntese ..........................................................................................................................19
Referências Bibliográficas ................................................................................................20
05
Capítulo 4 
Introdução 
Olá! Para começarmos, que tal fazermos algumas reflexões sobre os problemas ambientais con-
temporâneos em relação à saúde e à qualidade de vida das pessoas? Por exemplo, como agir 
de forma coerente com os princípios do desenvolvimento sustentável? Para responder a essas 
questões, você precisa compreender a intersecção existente entre os fatores ambientais, sociais 
e econômicos e como eles permeiam a vida das pessoas. Mas como esse entendimento pode 
possibilitar a promoção da qualidade de vida da população?
Ao longo das próximas páginas, conheceremos as principais vertentes dos movimentos de defesa 
do meio ambiente e analisaremos os seus potenciais e limitações no que tange à construção de 
uma sociedade efetivamente sustentável. É importante destacar como cada movimento pró-na-
tureza se desenvolveu a partir das necessidades e das possibilidades do contexto em que estava 
inserido. Serão também abordadas as estratégias elaboradas por diversos setores sociais que 
objetivam a conscientização das pessoas sobre a importância da qualidade do meio ambiente 
para a saúde humana, como as estratégias de educação ambiental.
Como os profissionais da saúde podem atuar de maneira que além de promover a saúde tam-
bém preserve o meio ambiente, contribuindo efetivamente para melhoria da qualidade de vida 
da população? Nesse sentido, conheceremos algumas estratégias adotadas pela área da saúde 
que possibilitam tais melhorias. Veremos como a inclusão social, a promoção e proteção da 
saúde em diferentes comunidades e grupos populacionais, pode ajudar a construir um modelo 
de sociedade mais sustentável.
4.1 Quais são os Movimentos Pró-Natureza?
Sabendo que a vida humana está estreitamente relacionada ao ambiente que a circunscreve, fez-
-se necessária a adoção de posturas que buscassem preservar a natureza ou promovessem a sua 
recuperação ao longo da história. Dessa maneira, ações coletivas que buscam conhecer, fiscalizar 
e preservar a natureza foram se desenvolvendo assumindo um importante papel na sociedade.
Apesar das diferenças quanto às formas de atuação e de concepção das relações entre a hu-
manidade e a natureza, destaca-se um ponto em comum entre esses movimentos, que em certa 
medida, objetivam principalmente a sustentabilidade. Observe, na sequência, como cada um 
dos movimentos reflete o momento histórico durante o qual teve origem. 
Como promover novos 
valores e saberes em defesa 
do meio ambiente?
06 Laureate- International Universities
Saúde e Meio Ambiente
4.1.1 Ecologia radical
Os primeiros movimentos elaborados em favor da construção de uma sociedade sustentável se 
originaram a partir da percepção da finitude dos recursos naturais, pela ecologia. Ecologia foi 
um termo criado, na segunda metade do século XIX, por Ernst Haeckel, que combinou os termos 
gregos oikos (casa) e logos (estudo). Logo, o termo significa o estudo da “casa”, ou seja, do 
ambiente em que vivem todos os seres. 
O primeiro momento dos movimentos pró-natureza foi denominado Ecologia Radical, que agre-
ga duas concepções distintas: a concepção biocêntrica e a ecológica. A visão biocêntrica com-
preende o homem como um dos componentes da natureza, porém, ressalta a importância da 
biocenose em detrimento da antropocenose. 
Biocenose ou biota é o agrupamento de espécies diversas que habitam um determinado 
ambiente em um período. Antropocenose é a predominância das relações da espécie 
humana com o ambiente.
VOCÊ SABIA?
Saiba que a visão biocêntrica é composta pelas frentes preservacionistas e conservacionistas. En-
quanto os primeiros preservacionistas defendiam o isolamento de áreas territoriais para evitar a 
degradação provocada pela ação humana, os conservacionistas propunham, além da proibição 
da caça e a proteção da vida selvagem e paisagens naturais, melhorias na condição de vida dos 
trabalhadores urbanos, que foram deterioradas a partir da Revolução Industrial. 
Os biocêntricos-conservacionistas direcionavam sua atenção para as formas de vida no ambien-
te urbano, revelando seus propósitos higienistas. Lembre-se de que um dos maiores problemas 
do período era a propagação de pragas e de doenças nos bairros operários, que se expandiam, 
precária e desregradamente, por conta da intensa urbanização promovida pela Revolução Indus-
trial. Nesse contexto, os conservacionistas exerceram importante influência na luta por melhorias 
sanitárias, por exemplo. 
Já a vertente ecológica, integrante da Ecologia Radical, passou a ser adotada a partir da con-
solidação da industrialização, quando predominaram as preocupações com a disponibilização 
dos recursos naturais e a degradação ambiental. Isso afetou as pautas políticas governamentais, 
favorecendo a criação de órgãos de fiscalização e defesa ambiental.
Podemos dizer que a principal diferença entre as vertentes da Ecologia Radical é a mudança da 
concepção sobre a natureza: enquanto a concepção de natureza na biocêntrica é idealizada, 
na ecológica ela é científica. Por um lado, os biocêntricos compreendiam o ambiente natural 
como algo a ser isolado do contato humano. Em contrapartida a visão ecológica passa a tratar 
da necessidade de repensar as relações humanas com o meio ambiente, em vez de combatê-las, 
criando um novo campo de estudo dedicado aos temas ambientais.
Tratando-se de formas de pensamento, essas vertentes ainda influenciam diversos movimentos 
pró-natureza. Veremos, a partir de agora, o Ambientalismo! 
4.1.2 Ambientalismo
A partir da consolidação da industrialização e da urbanização, houve um importante aumento da 
necessidade de consumo de bens e serviços. Essa mudança nos padrões de vida demandou a inten-
sificação da exploração dos recursos naturais, impactando negativamente no meio ambiente e na 
07
economia global. Exemplo disso foi a crise do petróleo (década de 1970), quando tornou-se neces-
sário repensar os processos produtivos de maneira que os limites da natureza fossem respeitados. 
Esse foio primeiro sinal da finitude dos recursos naturais e das suas consequências para o modelo 
econômico vigente, revelando os impactos mútuos exercidos entre economia e meio ambiente. 
Quantas são as categorias de Unidades de Conservação de proteção integral no Bra-
sil? São cinco: Estação Ecológica, Reserva Biológica, Parque Nacional, Monumento 
Natural e Refúgio de Vida Silvestre. Apesar da distinção de territórios e de função e/ou 
motivação da preservação, o aspecto em comum entre elas é a restrição máxima da 
interferência humana nesses ambientes.
VOCÊ SABIA?
Foi assim que surgiu uma nova vertente de defesa ambiental, o Ambientalismo Moderado. Em 
boa medida, ele difere da ecologia radical, pois seu foco de atuação é propor ações que com-
binem o crescimento econômico e a preservação ambiental, método conhecido como ecode-
senvolvimento. Posteriormente, essa vertente evoluiu a partir do conceito de desenvolvimento 
sustentável, que além dos fatores ecológicos e econômicos, também releva os fatores sociais na 
preservação do ambiente.
Na tentativa de conciliar os distintos interesses de países desenvolvidos e em desenvolvimento, a 
ONU passou a incentivar medidas protetivas do meio ambiente atreladas ao crescimento econô-
mico, como a prática de reflorestamento de áreas desmatadas.
Figura 1 - Viveiro com mudas para o reflorestamento da Mata Atlântica, em Rosário do Limeira (MG). 
Fonte: Shutterstock, 2015.
A partir do Relatório de Brundtland, elaborado em 1987 pela Comissão Mundial Sobre Meio 
Ambiente e Desenvolvimento da ONU, há uma inversão da ordem estabelecida sobre as causas e 
consequências da degradação do meio ambiente em relação ao crescimento econômico. Outras 
conferências e relatórios posteriores passaram a adotar linhas analíticas semelhantes.
Perceba a situação dos países industrializados em comparação aos países com predominância 
agrícola. Os primeiros – desenvolvidos economicamente – enfrentavam uma grave crise devido 
à hiperacumulação de bens e pela escassez de recursos naturais, o que estagnava a economia. 
08 Laureate- International Universities
Saúde e Meio Ambiente
Já os países predominantemente agrícolas - menos industrializados e desenvolvidos economica-
mente – sofriam com as determinações globais de restrição da exploração dos recursos naturais 
que restringiam seu crescimento econômico. 
Argumentava-se, principalmente, que sem crescimento econômico não haveria extinção da po-
breza, prioridade das políticas públicas. A inserção de tal argumento na pauta ambientalista 
revela a prioridade que a questão social assume a partir da emergência do conceito de susten-
tabilidade. O desenvolvimento sustentável estaria, desde então, apoiado pelo tripé crescimento 
econômico, justiça social e preservação ambiental.
4.1.3 Ecologia política
A abordagem da Ecologia Política, também conhecida como Ecologia Profunda, foi elaborada 
pelo antropólogo Eric Wolf, na década de 1970. Esta abordagem pressupõe que a ecologia seja 
compreendida para além do tripé que apoia o conceito de desenvolvimento sustentável (econô-
mico, social e ambiental) e releve também as relações políticas e socioeconômicas do contex-
to analisado. Isso significa que não é possível compreender, com profundidade, os problemas 
ambientais se não colocarmos em perspectiva as desigualdades sociais desencadeadas pelos 
modelos políticos e sociais, em nível global, regional e local.
A ecologia política compreende as crises ambientais nas regiões socialmente desiguais como um 
processo político, em que o conflito entre ecologia e economia é inevitável. Dessa maneira, os 
adeptos da linha analítica acreditam que medidas como desenvolvimento sustentável ou a ecoe-
ficiência não são eficazes em nenhum dos seus aspectos. Afinal, mesmo diminuindo a intensidade 
de exploração dos recursos naturais o aumento constante do consumo sobrecarregará o meio 
ambiente, e a escassez, novamente, gerará novos conflitos socioambientais. 
CASO
A transferência dos custos ambientais para os estratos sociais mais vulneráveis (além da restrição 
do acesso de fato desses estratos ao meio ambiente), representa o conflito já em andamento 
entre economia e meio ambiente. Podemos exemplificar esse conflito pelos casos de algumas 
cidades brasileiras, como São Paulo, que sofrem com a má gestão e a consequente escassez dos 
recursos hídricos, que acomete com maior intensidade as populações socialmente vulneráveis. A 
imposição de racionamento de água, tarifação adicional em caso de extrapolação da meta de 
consumo etc. em locais menos favorecidos economicamente revela a desigualdade de oneração 
e de benefícios ambientais entre os diferentes estratos sociais de uma sociedade.
Com isso, a vertente da ecologia política está mais alinhada às estratégias de militância so-
cial ligadas às questões ambientais, conhecidos como movimentos socioambientais. Existem três 
grandes grupos de militância que se assemelham pelas suas características em comum: 
•	 os movimentos sociais urbanos, surgidos na década de 1980 nos Estados Unidos, que 
reivindicam, especialmente, justiça ambiental; 
•	 as organizações e grupos ambientalistas-pacifistas, como o Greenpeace;
•	 os movimentos sociais de países em desenvolvimento, que militam em favor das populações 
socialmente vulneráveis, como os movimentos em favor dos trabalhadores extrativistas, 
dos quilombolas e dos ribeirinhos.
09
Figura 2 – Organizações não-governamentais, como o Greenpeace, interferem em 
diversas esferas (social e governamental) pela defesa do meio ambiente.
Fonte: Shutterstock, 2015.
Chico Mendes foi sindicalista, ativista político e ambiental, militante pelos direitos dos 
seringueiros da bacia Amazônica que dependiam da preservação da floresta e das 
seringueiras nativas para subsistência. Sua militância lhe rendeu reconhecimento in-
ternacional, mas desagradou os fazendeiros da região e, em 1988, Chico Mendes foi 
assassinado por fazendeiros do Acre. Em 2013, Chico Mendes foi declarado patrono 
do Meio Ambiente no Brasil. 
VOCÊ O CONHECE?
A principal contribuição da ecologia política para a solução dos problemas ambientais é a rejei-
ção das medidas paliativas que servem de escudo para as verdadeiras causas das desigualdades 
sociais e ambientais. Trata-se de uma vertente que direciona os esforços para a compreensão 
profunda das questões socioambientais, colocando-as sob a luz da política em busca de alterna-
tivas promotoras da efetiva justiça socioambiental. Essa perspectiva evidencia contundentemente 
as contradições e os desafios para se alcançar um modelo social realmente sustentável.
4.2 Qual a relação entre qualidade de vida e 
qualidade ambiental?
Apesar de não haver um conceito definitivo para qualidade de vida, de maneira geral, associa-
mos o termo às condições de bem-estar físico, psicológico e social de uma população ou pessoa. 
O índice de qualidade de vida é aferido por meio de indicadores específicos, que levam em con-
ta tanto os fatores objetivos como os subjetivos que circunscrevem uma população ou pessoa. A 
partir dessa compreensão, pode-se observar o quanto o ambiente e a qualidade de vida estão 
estreitamente ligados e como essa combinação interfere diretamente nas condições de saúde e 
de bem-estar das pessoas. Veja a seguir suas inter-relações.
4.2.1 Inter-relações entre qualidade ambiental e de vida 
Assim como o conceito de qualidade de vida possui diferentes concepções e formas de aferição, 
o conceito de qualidade ambiental também se encontra em construção. Essas inconstâncias 
conceituais decorrem das mudanças contextuais, mas alguns indicadores possibilitam a compre-
ensão desses termos e, consequentemente, sua utilização em diferentes áreas, como a saúde.
10 Laureate- International Universities
Saúde e Meio Ambiente
O conceito de qualidade de vida revela um nível de satisfação ou de insatisfaçãode uma pessoa 
ou de uma população sobre suas condições de vida, tanto no que se refere a fatores objetivos 
(materiais) quanto subjetivos (imateriais). Mas o que isso tem a ver com o significado de qualida-
de ambiental? Compare a seguir.
Qualidade ambiental, segundo o Glossário de Estatísticas do Ambiente da ONU, pode ser 
definida como o estado das condições do meio ambiente expresso em indicadores ou índices 
(ONU, 1997, p.30). A Rede Europeia de Observação e de Informações Ambientais (EIONET, 
2015) complementa essa definição indicando que a qualidade do ambiente pode se referir a 
características diversas, tais como: condições atmosféricas e hídricas, índice de ruído, acesso a 
espaços abertos e efeitos visuais das construções, e a influência que essas características exercem 
sobre a saúde física e mental das pessoas.
Figura 3 – Poluição atmosférica, sonora e visual impacta negativamente a saúde física e mental das pessoas.
Fonte: Shutterstock, 2015.
Ambos os conceitos se assemelham em vários aspectos, como a flexibilidade das definições, 
sua construção multidimensional, seus indicadores, bem como a forte influência que exercem 
na construção de políticas públicas e, por fim, pela relevância que têm no que se refere à saúde 
humana. Portanto, as inter-relações estabelecidas entre esses dois conceitos permeiam as esferas 
do meio ambiente e da saúde, como podemos observar na figura a seguir.
 MEIO AMBIENT
E
 M
EIO A
MBIENTE
Condições
gerais
QUALIDADE
DE VIDA
Condições
materiais
Sa
úd
e
Relações
sociais
Figura 4 - Meio ambiente e qualidade de vida.
Fonte: Guerra e Barbosa, 1996.
11
A incontestável relação entre saúde e qualidade de vida se estende também para outro quadrante, 
a qualidade ambiental. Sabendo-se que os múltiplos fatores da vida social também contribuem 
para uma vida com qualidade, é necessária a adoção de políticas de promoção da saúde e do 
bem-estar que transcendam o apoio e o acesso da população aos serviços médicos e hospitala-
res. Tal proposição requer políticas públicas eficazes, uma efetiva articulação envolvendo diversos 
setores do poder público, de organizações civis, além de contar com a mobilização da população. 
A urgência da necessidade de repensar as políticas públicas para a promoção da saúde e o 
bem-estar decorre, principalmente, dos malefícios que a ausência dessa preocupação causou ao 
longo da história. São conhecidos os efeitos negativos das políticas que impulsionaram a econo-
mia urbano-industrial ao longo do século XX, por exemplo: 
•	 nas desigualdades sociais;
•	 nos danos ambientais - por vezes irreparáveis;
•	 nos espaços sociais insalubres geradores de sociopatias e psicopatias, como o abuso de 
drogas, especialmente pela população mais vulnerável como os jovens, a violência, o 
suicídio etc. (BUSS, 2000, p. 173).
Figura 5 – Ambientes insalubres e desigualdades sociais aumentam o índice de doenças físicas e mentais.
Fonte: Shutterstock, 2015.
 A proposição de políticas públicas saudáveis implica em uma reformulação radical dos conceitos 
de saúde e do papel do Estado, direcionando os objetivos para o incremento da qualidade de vida, 
especialmente entre as comunidades e sociedade com alta desigualdade sóciosanitária, como é 
o caso do Brasil. Nesse sentido, a relativa descentralização do Sistema Único de Saúde (SUS), 
possibilitou a elaboração de estratégias regionais, como o movimento dos municípios saudáveis. 
O movimento de cidades saudáveis abarca ações que combinam as inovações na gestão pública 
para o desenvolvimento local integrado e sustentável, com as proposições das Agendas 21 Lo-
cais. Tais atuações revelam-se como importantes contribuições para consolidação de conexões 
pró-saúde. Falando em saúde, que tal conhecer mais sobre os princípios da saúde ambiental?
4.2.2 Princípios da saúde ambiental
As ações predatórias e injustas ambientalmente impactam a vida da população. Exemplo disso 
são as chamadas “transferências de passivos ambientais”, que na verdade, são realocações de 
resíduos tóxicos. Em geral, essas “transferências” ocorrem em locais de difícil acesso, poucos 
recursos, administração desmobilizada e população carente. Trata-se de uma prática injusta am-
bientalmente. Além de realimentar a produção de rejeitos tóxicos, cujo descarte se torna barato e 
relativamente fácil, ainda coloca em risco a saúde e a vida das comunidades, que em geral são 
precariamente informadas sobre o assunto.
12 Laureate- International Universities
Saúde e Meio Ambiente
O que é Passivo Ambiental? Trata-se de qualquer obrigação que uma instituição possui 
sobre os danos socioambientais causados pelas suas atividades econômicas. Em outras 
palavras, o passivo ambiental corresponde às obrigações e aos custos de uma empresa 
sobre a exploração inadequada dos recursos naturais. 
VOCÊ SABIA?
Para evitar esse tipo de prática, deve-se manter profissionais e órgãos atuando em favor da 
vigilância em saúde ambiental e cujos princípios se baseiem no conhecimento, detecção e pre-
venção de quaisquer mudanças nos fatores ambientais que interfiram na saúde humana. A ação 
esperada da vigilância em saúde ambiental é a de criação de medidas de promoção desta 
causa, além de prevenir e controlar a origem desencadeadora de doenças. Como exemplo de 
sua atuação, podemos citar: a extinção de vetores, reservatórios e hospedeiros de doenças, a 
manutenção das condições adequadas da água, do solo e da atmosfera, além da prevenção de 
acidentes ambientais.
VOCÊ QUER VER?
Césio-137: Um Pesadelo em Goiânia. O filme foi elaborado a partir do depoimento 
das vítimas de um dos maiores acidentes nucleares do mundo. Ocorrido na cidade de 
Goiânia, em 1987, quando uma cápsula contendo Césio-137 (elemento altamente 
radioativo) foi encontrado por dois coletores de sucata, contaminando uma enorme 
quantidade de pessoas. 
A partir da compreensão dos impactos mútuos ocorridos entre meio ambiente, saúde humana e 
modelos políticos, sociais e econômicos, é imprescindível repensar as relações articuladas nesse 
contexto, especialmente de determinados setores profissionais, como da saúde. Por isso, recen-
temente tem ocorrido o delineamento de proposições na área que buscam superar problemas 
de saúde pública e/ou de comunidades específicas, focando nos principais eixos: promoção, 
prevenção e atenção à saúde. 
Reforçando o caráter intersetorial e transdisciplinar do campo, o Ministério da Saúde (2007) 
sugere em seu Plano Nacional de Saúde Ambiental algumas linhas de atuação como as que 
seguem abaixo: 
•	 a estruturação e o fortalecimento da Vigilância em Saúde Ambiental;
•	 a construção de agendas intersetoriais integradas;
•	 o fomento à promoção de ambientes saudáveis;
•	 o estímulo à produção de conhecimento e desenvolvimento de capacidades em saúde 
ambiental;
•	 construção de um Sistema de Informação Integrado em Saúde Ambiental (BRASIL, 2007).
Portanto, a saúde ambiental deve ser parte do planejamento em saúde pública, pois prescinde de 
conhecimento científico que impacta a formulação de políticas públicas e suas correspondentes 
intervenções. Essa última está relacionada à interação entre a saúde humana e os fatores do 
meio ambiental e antrópico que a determinam, condicionam e influenciam. O desafio é melho-
rar a qualidade de vida da população sob os preceitos da sustentabilidade, que, por sua vez, se 
baseia em justiça social e ambiente saudável.
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Agora, veremos como é possível educar, no sentido de conscientizar, desenvolvendo valores que 
promovam cidadania ambiental. 
4.3 Qual a importância da educação ambiental 
na promoção da cidadania?
Tendo em vista a necessidade de transformar os padrões de consumo e de produção para pre-
servar o meio ambiente e, consequentemente, promover a saúde humana ea melhoria da quali-
dade de vida, é preciso pensar em novos modelos de atuação profissional que conscientizem as 
pessoas. Que modelos seriam esses? 
Certas instituições e atuações profissionais possuem um importante papel na conscientização 
da população sobre seus direitos e obrigações em relação ao próprio bem-estar e qualidade de 
vida. Assim, o papel da educação ambiental e da educação para a saúde ambiental são refe-
rências importantes no processo de formação de uma sociedade sustentável e saudável. Veremos 
como isso é possível.
4.3.1 Princípios da educação ambiental
A educação ambiental também se constitui como uma das vertentes ambientalistas, assim como 
a ecologia radical, o ambientalismo moderado e a ecologia política. Porém, a frente de atuação 
da educação ambiental, em certa medida, se restringe ao campo governamental e adota como 
estratégia de ação a pedagogia. Nesse sentido, distinguimos duas importantes vertentes da edu-
cação ambiental: a Ecopedagogia e a Educação para Sociedades Sustentáveis.
Figura 6 – A educação ambiental pode ser aplicada na educação formal e informal.
Fonte: Shutterstock, 2015.
A Ecopedagogia se fundamenta na concepção de educação como ferramenta política, que pos-
sibilita ao educador situar-se histórica e socialmente, assim como o seu trabalho. Ela prevê uma 
perspectiva global sobre o cotidiano e os referenciais teóricos que fundamentam suas práticas 
como: o holismo, a complexidade e a pedagogia freiriana (Paulo Freire). Sua principal contribui-
ção é a formação de novos valores em função de uma sociedade mais sustentável. Essa vertente 
se alinha com movimentos socioambientais e se baseia nas discussões inseridas na Carta da Terra.
14 Laureate- International Universities
Saúde e Meio Ambiente
Paulo Freire é um dos grandes nomes da Educação, tendo publicado diversos livros 
que deram base para a chamada Educação Crítica. Seu trabalho foi reconhecido in-
ternacionalmente, tendo sido agraciado com 41 títulos Honoris Causa de diversas uni-
versidades, entre elas Harvard, Cambridge e Oxford. Em 2012 foi sancionada a Lei nº 
12.612 que declara Paulo Freire o patrono da educação brasileira.
VOCÊ O CONHECE?
Já a vertente da Educação para Cidades Sustentáveis apresenta-se como uma alternativa de 
reconstrução histórica e ambiental e se fundamenta, principalmente, na alfabetização ecológica. 
Corrente pedagógica elaborada pelo físico e ecologista Fritjof Capra, prega que a sobrevivência 
da espécie no planeta está estreitamente relacionada à nossa capacidade de entender os princí-
pios de organização que os ecossistemas desenvolveram ao longo do tempo. 
Mas qual o princípio da Educação Ambiental? A educação ambiental fundamenta-se no princípio 
máximo de exercício da cidadania, que consiste na participação efetiva da vida pública. Partici-
pação que implica no envolvimento ativo e democrático em todas as fases que envolvem a vida 
pública, desde a discussão do problema, o diagnóstico da situação, proposição de soluções até 
a implementação de indicadores de aferição dos resultados. 
O Congresso de Belgrado, promovido pela UNESCO em 1975 define, de maneira geral, a edu-
cação ambiental como um processo formativo da população consciente, preocupada, engajada 
e conhecedora do ambiente e de seus problemas. Reforçando esse conceito, no capítulo 36 da 
Agenda 21 Global, educação ambiental é compreendida como um processo que visa:
Desenvolver uma população que seja consciente e preocupada com o meio ambiente e com os 
problemas que lhes são associados. Uma população que tenha conhecimentos e habilidades, 
atitudes, motivações e compromissos para trabalhar, individual e coletivamente, na busca de 
soluções para os problemas existentes e para a prevenção de novos (CONFERÊNCIA DAS 
NAÇÕES UNIDAS SOBRE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO, Rio de Janeiro, 1995).
Então, podemos interpretar a educação ambiental como um processo dinâmico, permanente e 
participativo, cujo envolvimento dos cidadãos é um importante instrumento de transformação em 
favor de proposições para a redução dos impactos ambientais e para a exploração responsável 
dos recursos naturais. Ela deve ser adotada tanto nas instituições e relações educativas formais 
(escolas) quanto nas relações educativas informais (família).
O Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (Cebes) disponibiliza em seu site, gratuita-
mente, a coleção Formação em Cidadania Para Saúde, composta de vídeo-aulas e li-
vros digitais que tratam da reforma sanitária e temas transversais. Vale a pena conferir! 
Disponível em: <http://cebes.org.br/publicacao/e-books-e-video-aulas-cebes/>. 
VOCÊ QUER LER?
A primeira edição do Programa Nacional de Educação Ambiental (PRONEA, 1994) delimita as 
linhas de ação e as estratégias pela disseminação da educação ambiental no país, prevê a cria-
ção de interfaces entre educação ambiental e os diversos programas e políticas de governo, de 
diferentes áreas. Nos interessa, especialmente, duas frentes de trabalho:
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•	 o estímulo à promoção da articulação entre educação ambiental e ações de atenção à 
saúde e assistência social;
•	 o estímulo e apoio à criação de grupos de trabalho multidisciplinares – envolvendo 
especialmente arte-educadores, assistentes sociais e agentes de saúde – para desenvolver 
oficinas de educação ambiental que enfatizem a relação entre saúde, ambiente e bem-
estar social, a serem realizadas em escolas públicas e locais acessíveis à comunidade em 
geral (BRASIL, 1994). 
Ainda tratando da esfera institucional que rege a educação ambiental no território brasileiro, a 
Lei nº 9.795 de 27 de abril de 1999, que dispõe sobre a educação ambiental e institui a Política 
Nacional de Educação Ambiental, compreende esse processo pelo qual “o indivíduo e a coleti-
vidade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas 
para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade 
de vida e sua sustentabilidade” (BRASIL, 1999).
Partindo da observação das influencias mútuas exercidas entre qualidade ambiental, de vida e 
saúde humana, faz-se necessária a implantação de programas educativos dessa natureza em 
locais dedicados à promoção da saúde. Aqui, percebe-se o importante papel dos profissionais 
da área na conscientização das pessoas sobre o autocuidado e o cuidado com o meio ambiente. 
4.3.2 Educação em saúde ambiental
Qual a origem da educação em saúde ambiental? Pode-se dizer que surgiu da necessidade 
de elaboração de estratégias pedagógicas eficazes, cuja aplicação seja viável em ambientes 
médico-hospitalares, pois a qualidade do ambiente e da rotina dos profissionais influencia dire-
tamente na qualidade das suas atividades. 
O Conselho Nacional do Ministério da Saúde publicou, em 2007, o documento Subsí-
dios para a Construção da Política Nacional de Saúde Ambiental. O documento apre-
senta diretrizes para elaboração de um plano de ação direcionado para o enfrentamen-
to dos determinantes socioambientais e para a prevenção dos agravos decorrentes da 
exposição humana a ambientes adversos. Disponível em: <http://conselho.saude.gov.
br/biblioteca/livros/subsi_miolo.pdf>. 
VOCÊ QUER LER?
Recentemente, houve uma mudança substancial da concepção de meio ambiente entre os profis-
sionais da saúde. Historicamente, as questões ambientais eram compreendidas como problemas 
externos e distantes dessa esfera. Porém, a partir de 2005, com a incorporação da Vigilância 
Ambiental ao Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica e Ambiental em Saúde (SNVA), o 
tema passou a ser debatido com mais profundidade. 
A partir de 2012, com o estabelecimento da Portaria nº 560/2012, que instituiu o Programa de Fo-
mento às Ações de Educação em Saúde Ambiental, delineia-se as propostas estratégicas à promo-
ção da saúde de diferentes comunidades e grupos populacionais. Seuobjetivo é de apoiar técnica 
e financeiramente ações de educação em saúde ambiental para a melhoria da qualidade de vida 
da população. As diretrizes e os princípios do programa estão baseados nos seguintes conceitos: 
•	 promoção da saúde: como resultante de um conjunto de fatores sociais, econômicos, 
políticos, culturais, ambientais, comportamentais e também biológicos. 
16 Laureate- International Universities
Saúde e Meio Ambiente
•	 saúde ambiental: como a área da saúde pública que envolve o conhecimento científico, as 
políticas públicas e suas intervenções, relacionando a saúde humana e os fatores do meio 
ambiente natural e antrópico que a determinam, condicionam e influenciam, objetivando 
a melhoria da qualidade de vida humana, sob a perspectiva da sustentabilidade.
•	 educação em saúde ambiental: como um processo educativo permanente, sistemático 
e contínuo, que ocorre nas relações que se estabelecem entre os diversos sujeitos na 
sociedade, no meio ambiente, com as diversas formas de vida, que afetam a saúde 
humana e sua qualidade de vida (BRASIL, 2012). 
Por tratar da saúde humana e do meio ambiente sob a perspectiva multifatorial, em conformida-
de com os preceitos da OMS e dos Ministérios da Saúde e do Meio Ambiente, faz-se necessária 
a implantação de planos de ação voltados para a educação em saúde ambiental de maneira 
interdisciplinar, que valorize os múltiplos saberes. Essa perspectiva intersetorial pode representar 
uma importante alternativa de superação das problemáticas dos serviços de saúde, lembrando 
que elas também se relacionam diretamente com problemas sociais e ambientais.
A intervenção direta da educação pode ajudar a diminuir as desigualdades sociais e, consequen-
temente, auxiliar na promoção da saúde, minimizando índices de morbidade e de mortalidade, 
especialmente entre as populações mais vulneráveis socialmente. Segundo Lima (2004), para 
que seja constituída uma educação ambiental e em saúde emancipatória, ou seja, direcionada 
para a construção da cidadania, o projeto deve estar alinhado com os preceitos de criação de 
espaços democráticos de colaboração entre todos os sujeitos envolvidos no processo.
Portanto, a educação em saúde ambiental adotada por profissionais da saúde pode ser eficiente 
na conscientização da comunidade sobre o autocuidado e a preservação ambiental, articulando-
-se os conhecimentos técnico-científicos do profissional ao conhecimento popular-intuitivo da 
comunidade. Que tal conhecer mais sobre o papel desses profissionais? Para aprimorar seus 
conhecimentos siga adiante.
4.4 Qual o papel do profissional de saúde nos 
processos sociais e ambientais?
A partir da concepção multifatorial da condição da saúde e da qualidade de vida da popula-
ção, surgem questionamentos sobre o papel dos profissionais da saúde nos diversos setores que 
regem a vida em sociedade. Assim, pensando na atuação desses profissionais, alguns projetos 
têm sido delineados nos últimos anos. Tais projetos, também levam em consideração os três 
aspectos do serviço de saúde – promoção, prevenção e atenção – e a necessidade de articular 
estratégias pedagógicas e de preservação ambiental em prol da conscientização da população 
sobre o autocuidado.
Refletiremos sobre a gradativa mudança do foco, ou seja, da atenção para a prevenção e pro-
moção da saúde; a qual poderia revelar a centralidade que uma postura cidadã tem assumido 
na sociedade contemporânea, especialmente na atuação dos profissionais da saúde.
4.4.1 O Papel do profissional da saúde na promoção da qualidade de vida 
e ambiental
Em 2003 foi lançado o projeto de Educação Permanente (EP), uma estratégia pedagógica-geren-
cial elaborada pelo Departamento de Gestão em Educação na Saúde do Ministério da Saúde. 
Esse projeto se alinha aos preceitos do próprio SUS, que defende a universalidade, a equidade, 
17
a cidadania e a defesa da vida, norteados por diretrizes emancipatórias e promotoras da cidada-
nia. Com isso, a EP se opõe à concepção funcionalista de atuação profissional na área da saúde, 
cuja atuação se restringe ao cumprimento estrito de diretrizes pré-determinadas.
O que se pretende com a aplicação da formação profissional, de acordo com as diretrizes da EP, 
é o desenvolvimento de uma postura autônoma dos profissionais, cujo comprometimento com 
as diretrizes do SUS se revele na construção do diálogo, da escuta no cuidado à população. Por 
isso, a EP deve ser compreendida e aplicada em dimensões reduzidas, ou seja, dentro do campo 
de atuação individual do profissional, que por meio do contato direto com as necessidades espe-
cíficas das pessoas, pode auxiliar na construção de proposições únicas e até mesmo de políticas 
públicas orientadas para o bem-estar da população (Figura 7).
Figura 7 – Distribuição de internações por cinco grandes causas na Rede SUS.
Fonte: Funasa, 2010.
De acordo com Cecílio e Lacaz (2012), os problemas de se capilarizar a EP na perspectiva eman-
cipatória são:
•	 a predominância da educação funcional dos profissionais da saúde, que reforça o 
pensamento instrumental em detrimento do reflexivo e autônomo; 
•	 a compreensão da EP como um recurso institucional contaminada por relações hierárquicas 
de poder, em detrimento da sua natureza de tecnologia política; 
•	 a falta de continuidade da EP em função das mudanças governamentais;
•	 a compreensão da necessidade de constante formação dos profissionais, que prescinde 
da também constante ruptura das relações hierárquicas de poder, pois o profissional deve 
assumir, ao mesmo tempo, os papéis de formador e de formado.
 A partir dessa base conceitual, é possível compreender o espaço de atuação dos profis-
sionais da saúde nos processos de melhorias da qualidade de vida da população, transcendendo 
sua participação para além da atenção à saúde e permeando as esferas da promoção e da 
prevenção da saúde. Agindo como coeducadores, responsáveis pela construção de uma pos-
tura cidadã, a conduta desses profissionais deve ser repensada dentro da perspectiva bioética, 
18 Laureate- International Universities
Saúde e Meio Ambiente
humanizando a relação com as pessoas atendidas no contexto médico-hospitalar. Reforçando 
essa perspectiva, a Política Nacional de Humanização (PNH), objetiva implementar no SUS prá-
ticas humanizantes e humanizadoras combinadas à formação técnico-científica. 
Por meio de perspectivas progressistas sobre a atuação profissional, é possível diagnosticar os 
problemas ambientais que interferem na saúde humana. Principalmente, por meio da investiga-
ção, pela escuta das queixas das pessoas e pela observação do ambiente que circunscreve a 
população atendida. Dessa forma, é possível identificar fatores de risco como: territórios insalu-
bres, exposição a poluentes e contaminantes do solo, do ar e da água, controle de vetores trans-
missores de doenças, ambientes excessivamente ruidosos ou poluídos visualmente, entre outros.
Podemos concluir que o papel dos profissionais da saúde é de extrema relevância na elaboração 
de alternativas de superação das problemáticas ambientais. Afinal, sua atuação técnica permite 
a identificação dos fatores de risco o que facilita a busca por soluções viáveis. 
19
Síntese
Neste capítulo, estudamos as diferentes perspectivas de defesa ambiental e como elas podem 
ser utilizadas pelos profissionais da saúde para promover o bem-estar e a qualidade de vida da 
população. Em resumo você teve a oportunidade de:
•	 identificar as diferentes ideologias e estratégias de militância em defesa do meio ambiente;
•	 verificar as possibilidades pedagógicas que promovem a conscientização sobre o meio 
ambiente e suas consequências para a qualidade de vida;
•	 conhecer os princípios da Saúde Ambiental e suas implicações no cotidiano;
•	 conhecer os princípios da Educação em Saúde Ambiental e algumas das suas diretrizes;•	 identificar as possibilidades de atuação do profissional de saúde na conscientização sobre 
o meio ambiente;
•	 verificar algumas das diretrizes governamentais para a humanização do atendimento em 
saúde e sua intersecção com a qualidade de vida;
•	 compreender o papel do profissional da saúde nos processos de melhorias da qualidade 
de vida da população.
Síntese
20 Laureate- International Universities
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