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Ética, Política e Sociedade – Tele Aula 3

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1
PROFESSOR
WILSON SANCHES
Cientista Social
Pesquisador Grupo de Estudos em
Novas Tecnologia do Trabalho
Grupo de Estudo de Espaço,
Sociedade e Consumo
ÉTICA, POLÍTICA E SOCIEDADE
Aula 3
Ética, Política e Sociedade
Historiador, filósofo, físico e 
economista Marx foi sempre 
um homem de ação. Para este 
autor a teoria e a prática 
devem andar juntos. “Seu 
interesse no movimento 
trabalhista europeu e nas 
ideias socialistas se refletiu 
em seus escritos, que 
cobriram uma diversidade
de tópicos” (GIDDENS, Anthony. 
Sociologia.4ª ed. Porto Alegre: 
Artmed, 2005 p.31)
Karl Marx (1818 – 1883)
Karl Marx, o 
teórico da praxis
Teórica:
Compreender a realidade
Práxis:
Transformar a realidade
“... o objetivo maior de Marx não era elaborar 
uma teoria geral sobre a sociedade, e sim estudar 
a sociedade do seu tempo – a sociedade 
capitalista”. (TOMAZI, N.D. Iniciação à sociologia. 
2. ed. São Paulo: Atual, 2000. p. 21).
2
ESSÊNCIA E APARÊNCIA
Para além da miséria aparente, 
o que Marx percebeu ao olhar
à sua volta foi que havia um 
processo histórico em curso
que levava a burguesia à 
condição de classe dominante
e expropriava os trabalhadores. 
ATIVIDADE EM SALA
Analise a charge abaixo e sua aproximação
com a afirmação anterior de Marx.
MATERIALISMO ‐ HISTÓRICO
Premissas de Marx sobre 
o homem e a História
A consciência humana 
é determinada pela 
existência material
O motor da história é 
a luta de classe
“A história de todas as sociedades que 
existiram até nossos dias tem sido a história 
das lutas de classes.” (MARX, O manifesto 
do Partido Comunista, 1848)
VÍDEO
Luta de classes
AS CLASSES SOCIAIS NO CAPITALISMO
“Entretanto, a nossa época, a época da burguesia, 
caracteriza‐se por ter simplificado os 
antagonismos de classe. A sociedade divide‐se 
cada vez mais em dois vastos campos opostos, 
em duas grandes classes diametralmente 
opostas: a burguesia e o
proletariado.” (Manifesto
do Partido Comunista)
3
Burguesia Proletariado
Classe 
economicamente 
dominante.
Donos dos meios
de produção.
Classe dominada que 
abriga a maior parte 
dos homens.
Possuem apenas a 
própria força de 
trabalho.
PARA ENTENDER A 
SOCIEDADE CAPITALISTA
“A riqueza das sociedades em que domina o modo
de produção capitalista aparece como uma “imensa 
coleção de mercadorias” e a mercadoria individual 
como sua forma elementar. Nossa investigação 
começa, portanto, com a análise da mercadoria.” 
(Marx, K. O capital – crítica a economia política.
São Paulo: Editora Nova cultural, 1996. p. 165).
No capitalismo, tudo se
transforma em mercadoria.
TRABALHO, A MERCADORIA ESSENCIAL
O trabalho, de um modo geral, é a ação do 
homem sobre a natureza.
Na sociedade capitalista o trabalho se 
transforma em força de trabalho.
Este se converte, assim, em força de trabalho 
em ação, em trabalhador o que antes não era 
senão em potência. (Marx, K. O capital – crítica 
à economia política. São Paulo: Editora Nova 
cultural, 1996)
O trabalhador venderá sua força de trabalho 
para o capitalista e produzirá, para este, valores 
de uso.
Mercadoria
Valor de uso Valor de troca
“A utilidade de uma coisa 
faz dela um valor de uso. 
[...] O valor de uso 
realiza‐se no uso ou 
consumo” (Marx)
Valor de troca aparece 
em uma relação em que 
valores de uso de espécie 
diferentes se trocam 
(Marx)
Qualidade diferente Quantidade diferente
As mercadorias com valores de uso diferentes 
podem trocar‐se entre si por haver um elemento 
comum entre elas: trabalho humano objetivado. 
4
No modo de produção capitalista o trabalhador 
é explorado pelo capitalista.
O interesse do capitalista está na extração de 
mais‐valia.
O conceito de mais‐valia é de trabalho 
excedente ou, trabalho não pago.
ATIVIDADE EM SALA
“O trabalhador se torna tanto mais pobre quanto mais 
riqueza produz, quanto mais a sua produção aumenta
em poder e extensão. O trabalhador se torna uma 
mercadoria tão mais barata quanto mais mercadorias 
cria. Com a valorização do mundo das coisas (Sachenwelt) 
aumenta em proporção direta a desvalorização do mundo 
dos homens (Menschenwelt).” (MARX, Karl. Trabalho 
Estranhado e Propriedade Privada; Manuscritos 
Econômico‐filosóficos, São Paulo,
Boitempo Editorial, 2004)
ATIVIDADE EM SALA
Compare a afirmação de Marx com a Charge que 
acabamos de ver. O que você pensa da realidade 
do trabalhador hoje?
A TRANSFORMAÇÃO DA REALIDADE
A consciência do proletariado
Abolição da Alienação
Sujeito da História
Revolução e fim da sociedade 
dividida em classes
5
“Max Weber não pode 
simplesmente ser rotulado 
como sociólogo; seus interesses 
e preocupações se estenderam 
através de muitas áreas.[...] Na 
concepção de Weber os fatores 
econômicos são importantes, 
mas as ideias e os valores têm 
exatamente o mesmo impacto 
na mudança social.” (GIDDENS, 
Anthony. Sociologia. 4. ed. Porto 
Alegre: Artmed, 2005 p. 32).
Max Weber (1864 – 1920)
O PONTO DE PARTIDA 
DA SOCIOLOGIA
“Se agora sou sociólogo então é essencialmente para 
pôr um fim neste negócio de trabalhar com conceitos 
coletivos. Em outras palavras: também a Sociologia só 
pode ser implementada tomando‐se como ponto de 
partida a ação do indivíduo, ou de um número maior 
ou menor de indivíduos, portanto de modo 
estritamente individualista quanto
ao método!” (Weber em carta ao
economista Robert Liefmann, 1864)
“O ponto de partida de toda a sociologia 
weberiana reside no conceito de “ação social” 
e no postulado de que a sociologia é uma 
ciência compreensiva” (RODRIGUES, Alberto 
Tose. Sociologia da Educação. Rio de Janeiro: 
Lamparina, 2007).
VÍDEO
"Propaganda de jornal"
AÇÃO E AÇÃO SOCIAL
Ação é toda conduta humana dotada de um 
significado subjetivo dado por quem a executa
e que orienta essa ação. 
Quando tal orientação tem em vista a ação –
passada, presente ou futura – de outro ou outros 
agentes a ação passa a ser
definida como ação social.
AÇÃO SOCIAL
A sociologia busca compreender e interpretar
o sentido e o desenvolvimento e os efeitos da 
conduta de um ou mais indivíduo referida a outro 
ou outros.
A intenção não é compreender o indivíduo ou 
julgar a validez do ato, mas interpretar sua 
conexão de sentido.
6
TIPOS PUROS DE AÇÃO SOCIAL
Ação racional com relação a fins:
Será a ação de um indivíduo que para atingir 
um objetivo previamente definido lança mão
de todos os meios adequados avaliados 
segundo seu ponto de vista.
TIPOS PUROS DE AÇÃO SOCIAL
Ação racional com relação a valores:
Ocorre quando o indivíduo age levando em 
considerações seu próprios valores e suas próprias 
convicções.
O indivíduo age cumprindo um dever, um 
imperativo ou uma exigência ditada por ser senso 
de dignidade, suas crenças
religiosas, políticas, morais etc.
TIPOS PUROS DE AÇÃO SOCIAL
O significado não está em seu resultado, 
mas no desenrolar da própria conduta, pois 
a importância da conduta está em não ferir 
os próprios princípios.
TIPOS PUROS DE AÇÃO SOCIAL
Ação afetiva
O indivíduo age inspirado em suas emoções 
imediatas.
Não leve em consideração nem os meios e nem 
os fins a se atingir.
Ação dotada de alto grau
de irracionalidade.
TIPOS PUROS DE AÇÃO SOCIAL
Ação tradicional
Ação em função de hábitos ou costumes 
arraigados.
Ação em reação a estímulos habituais.
DOMINAÇÃO LEGÍTIMA
Dominação racional: com base na racionalidade 
e nas leis.
Dominação tradicional: sacralidade de um 
hábito.
Dominação carismática: baseada na virtude 
extraordinária do líder.
7
VÍDEO
Filme Motivacional ‐ Fuga das galinhas
ATIVIDADE EM SALA
Quais elementos analisados em 
nossa disciplina podem ser vistos 
nesse trecho do filme?
ANNA, Maria de Castro; DIAS, Edmundo F. Sociologia: Introdução 
ao pensamento sociológico.2. ed. Rio de Janeiro: Eldorado, 1975.
DURKHEIM, Emile. As regras do método sociológico. Trad. Maria 
Isaura Pereira de Queiroz. 17. ed. São Paulo: Companhia
Editora Nacional, 2002.
MILLS, C. Wright. A imaginação sociológica. Tradução de 
Waltensir Dutra. Rio de Janeiro: Zahar, 1965.
GIDDENS, Anthony. Sociologia. 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2005.
DIAS, Reinaldo. Introdução à sociologia. São Paulo: Pearson, 
2005.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS TOMAZI, N.D. Iniciação à sociologia. 2. ed. São Paulo: Atual, 
2000.
FERNANDES, Florestan. Conceito de sociologia. In.: CARDOSO, 
F.H.; IANNI, O. Homem e sociedade: Leituras básicas de sociologia 
geral, 1973.
FERNANDES, Florestan. Ensaios de sociologia geral e aplicada. 
São Paulo: Livraria e editora pioneiro, 1971.
RODRIGUES, Alberto Tosi. Sociologia da educação. 6. ed.
Rio de Janeiro: Lamparina, 2007.
FORACCHI, M. M.; MARTINS, J. S. Sociologia e sociedade: leituras 
de introdução à sociologia. 2. ed. 21ª
tiragem. Rio de Janeiro: LTC, 2000.
Marx, K. O capital – crítica à economia
política. São Paulo: Editora Nova cultural,
1996.
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