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Direito Administrativo Prof. Ale Biasus Aula do dia 05/03/2018 Serviços Públicos A CF/88 estabelece divisão em 2 setores de atuação: a) Domínio Econômico (Art. 170 a 174) b) Serviços Públicos (Art. 175 a 176) Conceito de Serviço Público → Toda atividade material que a lei atribui ao Estado para que exerça diretamente ou por meio de seus delegados, com o objetivo de satisfazer às necessidades coletivas, sob regime jurídico total ou parcialmente público. 3 elementos são essenciais para configurar o serviço público: Subjetivo Formal Material a) Elemento Subjetivo → Caracteriza a competência do Estado para definir em termos de serviço público (Art. 175, CF/88) ▪ Serviço Público é sempre incumbência do Estado; ▪ Criação é feita por lei; ▪ A gestão é incumbência do Estado, b) Elemento Formal → O serviço Público é regido pelo regime jurídico de direito público, podendo, quando a lei permitir, utilizar-se de instituto de direito privado. c) Elemento Material → Considera o Serviço Público como uma atividade de interesse público, ou seja, o objetivo primordial é o atendimento das necessidades públicas. Classificação dos Serviços públicos a) Quanto à Essencialidade: I – Serviços Públicos Propriamente Ditos: São os que a Administração presta diretamente à comunidade, por reconhecer sua essencialidade e necessidade para a sobrevivência do grupo social e do próprio Estado. Ex.: Segurança, Saúde Pública. II – Serviços Utilidade Pública: São os que a Administração reconhecendo a sua conveniência (não essencialidade, nem necessidade) presta diretamente ou consente em que sejam prestados por 3°; nas condições regulamentadas e sob seu controle, mas por conta e risco dos prestadores mediante remuneração. Ex.: Transporte Coletivo, Telefonia. b) Quanto à Adequação: I – Serviços Próprios do Estado: São aqueles que se relacionam intimamente com as atribuições do Poder Público (segurança, higiene, saúde pública) e para a execução dos quais a Administração usa da sua supremacia sobre os administrados. Por esta razão só podem ser prestados por órgãos ou entidades da Administração Pública, sem delegação a particulares. - Competência da União para legislar sobre serviços públicos de interesse nacional: Art. 21, inciso X, XI, XII, XIV, XV, XXII e XXIII. - Competência do Estado de legislar sobre serviços públicos de interesse nacional: Art. 25, §2°. - Competência do Município de legislar sobre serviços públicos de interesse nacional: Art. 30. II – Serviços Impróprios do Estado: São os que não afetam substancialmente as necessidades da comunidade, mas satisfazem interesse comum de seus membros, e, por isso, a Administração os presta remuneradamente por seus órgãos ou entidades descentralizadas, ou delega a prestação a concessionárias, permissionários ou autorizatários. c) Quanto à Finalidade: I) Serviços Administrativos: São aqueles que a Administração executa para atender as necessidades internas. II) Serviços Industriais: São os que produzem renda para quem os presta, mediante remuneração da utilidade usada ou consumida, remuneração, esta, que, tecnicamente se denomina Tarifa ou Preço Público, por ser sempre fixada pelo Poder Público. Taxa → É um valor que se paga à contraprestação de um serviço. No âmbito público pode se atribuir aos serviços públicos prestado pelo Estado aos contribuintes. * Relação de Subordinação do Contribuinte; * Não possui o usuário alternativa de não utilização ou de não pagamento; É compulsória; * Está sujeita ao princípio da anterioridade; *Decorre de Lei, ou seja, deve ser autorizada pelo Poder Legislativo; *Tem caráter legal; *Remuneratória de serviços essenciais. Tarifa ou Preço Público → Valor cobrado pela contraprestação de um serviço. Tanto empresa pública ou privada usam as tarifas para definir o valor de seus serviços. Significam uma remuneração pelo serviço que o usuário está recebendo. *Não há relação de subordinação; *Possui faculdade na sua utilização e, consequentemente, pagamento. *Pode ser instituído e cobrado a qualquer tempo; *Pode ser estabelecido por ato administrativo, pelo próprio executivo; *Tem caráter contratual; *Não têm natureza remuneratória, mas são chamados de serviços públicos por serem cobrados pelo Poder Público, direta ou indiretamente. d) Quanto aos Destinatários: I) Serviço “uti universi” ou gerais: São os que a Administração presta sem ter usuário determinado, para atender a coletividade no seu todo. II) Serviços “uti singuli” ou individuais: São os que têm usuários determinados e sua utilização particular é mensurável para cada destinatário. Regulamentação e Controle dos Serviços Públicos Cabe sempre ao Poder Público, qualquer que seja a modalidade de sua prestação aos usuários. Deve cumprir requisitos e observar princípios no cumprimento da prestação de serviço. Princípios: a) Continuidade → O serviço público não pode ser interrompido; b) Generalidade → Deve ser estendido à maior quantidade possível de usuários; c) Eficiência → Fazer mais serviços, mais rápido e gastar menos ou com menos desperdício; d) Modicidade das Tarefas → O serviço deve ser acessível, deve estar disponível; e) Cortesia → Bom tratamento por parte do servidor público; f) Transparência → Tudo que o poder público faz e utiliza de recurso público deve estar disponível para o usuário consultar; g) Obrigatoriedade → O serviço público é uma obrigação do estado; h) Igualdade → Prestação de modo isonômico, todo mundo tem direito aos mesmos serviços públicos. Direito dos usuários → Exigir a sua prestação nas condições regulamentares e em igualdade com os demais. → São direitos públicos subjetivos de exercício pessoal quando se tratar de serviços “uti singuli”, e o usuário estiver na área de prestação, possibilitado a propositura das ações correspondentes, inclusive o Mandado de Segurança. Quando se tratar de serviços “uti universi”, os interesses são coletivos ou difusos são defendidos pelo Ministério Público ou por entidades voltada à Proteção do Consumidor. Competência para a Prestação do Serviço → É o poder público quem tem a tarefa de controlar e regular os serviços públicos. Mesmo quando o Estado delega a terceiros a execução de determinada atividade, tem este o dever de regular e controlar o que irá ser exercido. → Qualquer irregularidade ou não cumprimento das condições impostas gerará a imediata intervenção do Poder Público. Competência para realizar serviço Público Executiva: -Exclusiva/Privativa – União – Art. 21, CF -Comum – União, Estado, Municípios, DF – Art. 23, CF Legislativa: -Privativa – União – Art. 22, CF -Concorrente – União, Estados, DF – Art. 24, CF -Suplementar – Municípios – Art. 30, CF -Residual – Estado – Art. 25, CF Aula do dia 12/03/2018 Serviços Públicos Devem Ter Continuidade CUIDADO → Art. 6°, §3° da Lei 8987/95 “§ 3o Não se caracterizacomo descontinuidade do serviço a sua interrupção em situação de emergência ou após prévio aviso, quando: I - motivada por razões de ordem técnica ou de segurança das instalações; e, II - por inadimplemento do usuário, considerado o interesse da coletividade” → Não se caracteriza descontinuidade Sem aviso prévio (Em caso de Urgência) Com aviso prévio (Inadimplemento/Desobediência às normas técnicas) Formas Prestação de Serviços Públicos I – Centralizado II – Descentralizado (Entidades) III – Desconcentrado(Órgãos) → De execução direta ou indireta ← I) CENTRALIZADA: Ocorre quando a prestação é de responsabilidade exclusiva do Poder Público. Exercido por seus próprios órgãos. Outorga → Transferência do serviço através de LEI. Delegação → Transferência do serviço mediante CONTRATO (concessão) – precedido de licitação na modalidade Concorrência, ou ATO UNILATERAL (permissão ou autorização). III) DESCONCENTRADO: Aquele que a Administração Pública o executa de forma centralizada, no entanto, distribui entre vários órgãos da mesma entidade, facilitando, dessa forma, sua obtenção pelos usuários. Distribuição interna de competência. Ex.: Ministério da Fazenda → Secretaria da Fazenda Federal. *ÓRGÃOS → Os serviços públicos centralizados, descentralizados ou desconcentrados podem ser executados direta ou indiretamente pelo Estado. EXECUÇÃO DIRETA: Aquela realizada pelos meios da pessoa responsável por sua prestação. Há a realização por quem tem o dever direto de fazê-lo. → Execução indireta é realizada por terceiros. TITULARIDADE DOS SERVIÇOS PÚBLICOS: O titular do serviço público só pode ser P.J. de Direito Público. ART. 175, CF. Concessão do Serviço Público Poder concedente (União, Estados, DF, Municípios) Concessão (ART. 2º , INCISO II, LEI 8987/95) “Art. 2o Para os fins do disposto nesta Lei, considera-se I - poder concedente: a União, o Estado, o Distrito Federal ou o Município, em cuja competência se encontre o serviço público, precedido ou não da execução de obra pública, objeto de concessão ou permissão II - concessão de serviço público: a delegação de sua prestação, feita pelo poder concedente, mediante licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco e por prazo determinado; III - concessão de serviço público precedida da execução de obra pública: a construção, total ou parcial, conservação, reforma, ampliação ou melhoramento de quaisquer obras de interesse público, delegada pelo poder concedente, mediante licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para a sua realização, por sua conta e risco, de forma que o investimento da concessionária seja remunerado e amortizado mediante a exploração do serviço ou da obra por prazo determinado; IV - permissão de serviço público: a delegação, a título precário, mediante licitação, da prestação de serviços públicos, feita pelo poder concedente à pessoa física ou jurídica que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco” . Modalidade Extinção, Concessão e da Reversão – Com o advento do termo contratual. Anulação → Ocorre quando constatada alguma nulidade contratual. Falência → Extinção da concessionária e falecimento ou incapacidade do titular. – A concessão tem natureza intuito personae , então extingue o contrato. Encampação → Ocorre por motivo de interesse público, mediante lei autorizativa específica e após prévio aviso e pagamento de indenização. Caducidade → Ocorre quando constatada inexecução parcial ou total do contrato, a critério do poder concedente, notadamente em razão do serviço a ser prestado de forma inadequada ou deficiente. A declaração de caducidade da concessão, se dará mediante decreto do chefe do Poder concedente, deverá ser verificada a inadimplência do concessionário em processo administrativo, assegurada ampla defesa e contraditório. Rescisão → Extinção de concessão por iniciativa da concessionária no caso de descumprimento por parte do poder concedente, mediante ação judicial específica para este fim. Hipótese em que os serviços não poderão ser interrompidos ou paralisados pela concessionária, até decisão judicial transitada em julgado. Reversão → Ao final da concessão transfere-se ao Poder concedente todos os bens reversíveis, direitos e privilégios transferidos ao concessionário, conforme previsto no edital e estabelecido no contrato. Permissão de Serviço Público → Corresponde a delegação, a título precário, mediante licitação, da prestação de serviço público, feita pelo poder concedente à pessoa física ou jurídica que demonstre capacidade para com seu desempenho, por sua conta e risco, formalizada mediante contrato de adesão, revogável unilateralmente pelo poder concedente. Autorização de Serviço Público → A administração autoriza o exercício de atividade que por sua utilidade pública está sujeita ao poder de polícia do estado. É realizado por ato administrativo, discricionário e precário (ato negocial). É a transferência ao particular de serviço público de fácil execução, sendo em regra sem remuneração ou remunerado através de tarifa. Ex.: Manutenção de jardins ou canteiros públicos em troca de colocação de placa de publicidade. Formas de Remuneração dos Serviços Públicos → Serão remunerados por tarifa ou preço público, taxa e impostos. Servidores Públicos – CF/88 Sentido Amplo → São todos os agentes públicos (PF), que se vinculam a administração pública direta ou indireta, através de Regime Jurídico Estatutário Celetista ou Administrativo Especial. Classificação Agentes Públicos Após EC 19 e 20 – Agentes Políticos – Servidores Públicos: Estatutário (Lei 8112/90) – Temporário (Lei 8745/93) – Empregado Público (Decreto Lei 5452/43) – Agentes Militar – Particular em colaboração com o poder público (Requisição, Nomeação, Delegação ou Designação). Agentes Políticos → São uma categoria própria de Agentes público. Segundo Helly Lopes Meirelles são os componentes do Governo no 1° Escalão. Incluem-se os chefes do poder Executivo Federal, Estadual, e Municipal e seus respectivos vices, os Ministros e Secretários Estado e Municípios, os membros do Legislativo (Senadores, Deputados, Vereadores). Também são agentes políticos → Magistrados, MP (pois detêm o poder da vontade do estado). São titulares de cargos públicos e o regime jurídico é o legal, ou seja, os direitos estão previstos em Lei ou na CF. Cabe referir que não necessariamente os direitos estarão previstos na Lei 8112/90 eles podem ter uma lei específica, como ocorre com a Lei da Magistratura que é específica para estes Agentes Públicos, da mesma forma a Lei do MP. Agentes Administrativos → Aqueles que exercem uma atividade públicade natureza profissional e remunerada, sujeitos à hierarquia funcional e ao regime jurídico estabelecido pelo ente federado. Classificam-se em: a) Servidor Público – Estatutário – titular cargo público – natureza legal; b) Empregado Público – CLT – titular emprego público – contratual – CLT; c) Servidor Temporário – Contrato por tempo determinado – vínculo contratual de direito público – não contrato de trabalho. Agentes Honoríficos → Cidadão requisitado ou designado para, transitoriamente colaborarem com o Estado mediante prestação de serviços específicos. Não possuem nenhum vínculo com a administração pública, mas são considerados funcionários públicos para fins penais. Agentes Delegados → Particulares que recebem a incumbência de exercer0000000000000 determinada atividade, obra ou serviço público e o fazem em nome próprio, por sua conta e risco. Não são servidores públicos, não atuam em nome do Estado, apenas colaboram com o poder público (Descentralização por colaboração). Agentes Credenciados → São os que recebem a incumbência de representar a administração em determinados atos ou praticar atividades específicas, mediante remuneração do poder credenciante. Cargo, Emprego e Função → A CF emprega os vocábulos, cargo, emprego e função e refere que na administração pública todas as competências são definidas em lei e distribuídas em três níveis: 1. Pessoa Jurídica (União, Estado e Municípios); 2. Órgãos (Ministérios, Secretarias e suas subdivisões); 3. Servidores Públicos (Ocupantes de cargo, emprego ou no exercício de funções públicas). Cargo → É o lugar criado, por lei, na organização do serviço público, para serem providos por agentes que exercerão as suas funções, na forma legal, podendo ser temporário ou efetivo, resultando daí um vínculo estatutário. O cargo é do órgão e o agente é investido no cargo. Os cargos se distribuem em classes e carreiras, podem existir cargos isolados. Classe → Agrupamento de cargos de uma mesma profissão e com idênticas atribuições, responsabilidades e vencimentos. Carreira → Agrupamento de classes da mesma profissão. Aula do dia 19/03/2018 Quadro → Conjunto de carreiras, cargos isolados, FG de um órgão, serviço ou poder; Cargo de Carreira → Escalonado em classes; Ex.: Níveis de Merecimento e Antiguidade. Cargo Isolado → É a exceção, é único de uma categoria e não se escalona em classes. Ex.: Oficial de Justiça. Cargo Técnico → Conhecimento especializado para o desempenho de natureza científica ou artística. Ex.: Contratar alguém para realizar um curso de teatro para crianças de baixa renda. Cargo em Comissão → Destinado para exercício de atribuições de chefia, direção ou assessoramento – Caráter Provisório – livre nomeação e exoneração. Lotação → Número de servidores que devem ter exercício em cada repartição. Emprego Público → Instituídos no serviço público com denominação própria, atribuições e responsabilidades específicas e remuneração correspondente para ser ocupado por um titular sob vínculo contratual regido pela CLT. ART. 37, INCISO II, CF → Concurso Público Cargo Público → Lei, CF, Estatutários → ART. 41, CF → Estabilidade. Emprego Público → CLT(emprego de ente governamental de direito privado) – Empresas Públicas, Soc. Econ. Mista → Não tem estabilidade (ART. 41, CF), mas é obrigatória a motivação da dispensa unilateral de empregado de empresa pública, sociedade de economia mista. Função → Conjunto de atribuições às quais não correspondem um cargo ou emprego público. Ex.: Servidores contratados por prazo determinado. Diferencia-se, basicamente, CC em razão de não titularizar cargo público. Criação, Transformação e Extinção de Cargos, Empregos e Funções Poder Executivo → Depende de Lei de iniciativa do chefe do Poder. Poder Legislativo, Judiciário, Tribunal de Contas e MP → Competência privativa para iniciar projeto de Lei. Provimento de Cargos → Ato pelo qual se efetua o preenchimento do cargo público mediante a designação do seu titular. Este provimento pode ser: Originário → Nomeação Derivado → Transferência, Promoção, Reintegração, Reenquadramento e Readaptação. Nomeação → Única forma de provimento originário. Promoção → Passagem para outra classe dentro de uma mesma carreira. Readaptação → Investidura do servidor em cargo compatível com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental verificada em inspeção médica. Reversão → Retorno a atividade de servidor aposentado por invalidez. Aproveitamento → Retorno do servidor colocado em disponibilidade em razão da extinção do cargo. Reintegração → Reinvestidura do servidor estável ao cargo quando invalidada a sua demissão por decisão administrativa ou judicial. Recondução → Retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado, por inabilitação em estágio probatório para outro cargo. Regime Jurídico do Servidor Normas Constitucionais → ART. 37 ao 41 CF Regime Jurídico Único → EC 19/98 – Exclui a exigência de regime jurídico único. Cada esfera do governo pode adotar regime jurídico diversificado (Estatutário – Celetista). Existem carreiras institucionalizadas que a CF impõe o regime estatutário (Magistratura, MP, Tribunal de Contas, Advocacia Pública, Defensoria Pública e Policial), e outros cargos que o legislador venha definir como ATIVIDADE EXCLUSIVAS DO ESTADO. STF – ADIN 2135/00 – concedeu liminar suspendendo a nova relação dada pela EC 19/98 ao caput art. 39 – restabelecendo como predominante nas contratações para PJ de Direito Público da Administração. Enquanto não houver decisão de mérito na ADIN 2135/00 temos: a) o regime estatutário deve ser aplicado para todo o pessoal da administração direta, autárquica e fundacional admitido após o dia 02/08/2007. b) o pessoal da administração direta autárquica e fundacional admitido antes do dia 02/08/2007 deve permanecer nos seus regimes, estatutário ou contratual (celetista), sem qualquer alteração. Somente decisão final, transitada em julgado, resolvendo o mérito da ADIN 2135/00, pode eventualmente permitir, por meio de modulação de efeitos: → a manutenção dos regimes praticados anteriormente; → a suspensão da eficácia do art. 39 da CF; → e, também, eventualmente, a passagem de todo o pessoal automaticamente de um regime para outro. Hoje temos: a) regime estatutário: pessoa jurídica de direito público; b) regime celetista: pessoa jurídica de direito privado; c) regime especial: servidores contratos por tempo determinado; Acesso aos Cargos, Empregos e Funções Públicas Todo brasileiro desde que preenchidos os requisitos estabelecidos em lei, e aos estrangeiros na forma da lei (ART. 37 CF/88) O texto inicial da CF não previa a possibilidade do estrangeiro participar, de concurso público, após a EC 19/98, passou a permitir ao estrangeiro, desde que observado o que determina a Lei. A participação vai depender da lei de cada entidade da federação,já que a matéria SERVIDOR PÚBLICO, não é competência exclusiva da União. A lei pode exigir capacidades específicas, dependendo da natureza e complexidade que o cargo exigir. Mas não pode estabelecer critérios diferenciados em razão de sexo, idade, cor ou estado civil (ART. 5° c/c inciso XXX do ART. 7°, inciso II do ART. 37 e §3° ART. 37 da CF/88). Concurso Público Procedimento administrativo, instaurado pelo poder público, visa selecionar os candidatos mais aptos ao exercício de cargos e empregos públicos. → ART. 37, inciso II – Investidura em cargos ou empregos públicos, dependem de aprovação em concursos público, exceção. Forma e Procedimento dos Concursos → Não está previsto na CF, mas deve ser precedido de uma regulamentação legal ou administrativa (Edital), amplamente divulgado; → Garantia de igualdade entre os candidatos. → As exigências do edital, devem ser compatíveis com as do cargo a ser preenchido e estarem previstas na Lei da Carreira. Na lei da carreira deve exigir determinada condição, para que a mesma seja exigida no concurso, e claro deverá constar no edital. Aula do dia 26/03/18 Concurso Público Exige: ● Publicação em Edital ● Ampla publicidade ● Tipo: Provas – Provas e Título ● Súmula 683 e 684 STF ● Súmula 266 STJ ● Reserva vaga para portador de deficiência (art. 37, VIII, CF/88) -Concurso Lei 8.666/93 – Trabalho técnico, artístico e científico → Remuneração prêmio. -Concurso Público → Objetivo – preenchimento de cargo – provimento originário (cargo público). -Concurso → Expectativa de direito à nomeação ou Direito subjetivo à nomeação?? Exceção à Regra dos Concursos Públicos Agentes público que não prestam concurso: ▪ Agentes que ocupam mandatos eletivos; ▪ CC; ▪ Trabalhadores Temporários; ▪ Ministros do STF; ▪ Algumas vagas dos Tribunais Superiores (5° constitucional – Membros MP e OAB); ▪ Ministros Conselheiros do Tribunal de Contas; ▪ Agentes da Saúde e de Combate a endemia por força do art. 198 da CF/88. Validade do Concurso → Até 02 anos, prorrogável uma única vez por igual período (art. 37, III, CF) Provimento de Cargo, depende: → Aprovação em concurso público; → Nomeação – Convocação do aprovado em concurso; → Posse – Investidura do servidor no cargo; → Exercício – Momento em que o servidor passa a desempenhar suas funções e passa a ter direito a remuneração. Estágio Probatório → Período de avaliação do desempenho do concurso. Prazo → 03 anos para servidor adquirir estabilidade (Art. 41, CF/88) Estabilidade → Após encerramento do estágio probatório – confirmado na carreira – protegido da exoneração sem justa causa. Servidor estável perde o cargo, somente: ▪ Sentença judicial transitada em julgado; ▪ Processo administrativo disciplinar com garantia de ampla defesa e contraditório; ▪ Procedimento de avaliação periódica de desempenho, assegurada ampla defesa (art. 41, §1º, inciso III, CF/88); ▪ Redução de despesa (art. 169, §4º, CF/88). Estabilidade Especial → Admitidos sem concursos com no mínimo 5 anos continuados de exercício na data da promulgação da constituição de 1988. Disponibilidade → Direito de o servidor estável permanecer temporariamente sem exercer as suas funções, com garantia de remuneração proporcional ao tempo de serviço em caso de extinção do cargo ou de declaração de desnecessidade, até seu adequado aproveitamento em outro cargo (Art. 41, §3º, CF/88). Perda de cargo ou emprego público: ● Demissão → Ocorre quando o servidor é punido por falta grave. ● Exoneração → Ocorre nos seguintes casos: a) A pedido do interessado: Desde quenão esteja sendo processado judicial ou administrativamente; b) De ofício: Ocorre nos casos dos CC’s; c¹) Motivada¹ – Redução de pessoal no caso de servidores estáveis (art. 169, §4º CF/88); c²) Motivada² – Durante estágio probatório (art. 41, §4º, CF/88); c³) Motivada³ - Servidor estável em razão de insuficiência de desempenho (art. 41,§1°, inciso III, CF/88); C4) Motivada – Para cumprir limite máximo de despesa com o pessoal ativo e inativo (art. 169, §4º, CF/88); d) Dispensa: É o caso do celetista quando não há justa causa. Lembretes ✓ Os CC’s, criados por lei, destinam-se somente às atribuições de direção, chefia e assessoramento; ✓ O cargo público, cujo provimento se dá em caráter efetivo ou em comissão, só pode ser criado por lei com denominação própria e vencimento pago pelos cofres públicos; ✓ Os particulares, ao colaborarem com o poder público, ainda que em caráter episódico, como os jurados do tribunal do júri e os mesários durante as eleições, são considerados agentes públicos. ✓ As funções de confiança não se confundem com os cargos em comissão, visto que estes são ocupados transitoriamente, sem a necessidade de concurso, e aquelas só podem ser titularizadas por servidores públicos ocupantes de cargo efetivos. ✓ A CF/888 não restringe o acesso aos cargos públicos a brasileiros, que gozam de direitos políticos, sejam preenchidos por estrangeiros, na forma da lei. ✓ Em um concurso público que requeira investigação social como uma das fases, a existência de inquérito policial instaurado contra candidato não tem, por si só, o poder de eliminá-lo do certame. ✓ A acumulação lícita de cargo público por parte do servidor é condicionada à demonstração de compatibilidade de horários. ✓ A CF veda a acumulação ilegal de cargos públicos, no entanto, permite, que um servidor venha a acumular um cargo efetivo com uma função de confiança. AULA DO DIA 02/04/2018 EC 19/98 – Modificações no Sistema – passou a ter ao lado do Regime Normal de Remuneração (Vencimento + Vantagens), o Regime de Subsídios para determinadas categorias de agentes públicos. CF – Ora remuneração, ora vencimentos ao tratar sobre o salário pago ao servidor público. Remuneração/Salário do do servidor é composto: a) Parte fixa → representada pelo padrão fixado em Lei; b) Parte que varia de um servidor para outro → Em função de tempo de servidor e outras circunstâncias previstas nos estatutos funcionais – denominadas de vantagens pecuniárias. Modalidade só Sistema Remuneratório Subsídio → Constituído de parcela única e aplicável, em regra, para os agentes políticos. Remuneração → Vencimentos (Vencimento referente a cargos/estipulado em Lei) e (+) vantagens pessoais (referente a pessoa – estipulado em Lei), para servidores titulares de cargos públicos. Salário → Para empregados públicos regidos pela CLT e titulares de empregos públicos. Subsídio → Modelo de remuneração fixada em parcela única, paga obrigatoriamente aos detentores de mandato eletivo, aos ministros de Estado, Secretários Estaduais, Membros da Magistratura, MP, Ministros e Conselheiros do Tribunal de Contas, Integrantes da Advocacia-Geral da União, Procuradores do Estado e Defensores Públicos. Vedado acréscimo de qualquer gratificação, abono, adicional, prêmios, verbas de representação ou outra espécie remuneratória, à exceção deparcelas indenizatórias. O regime de subsídio foi instituído pela EC 19/98, que deu a atual redação do §4° do art. 39 da CF/88. Com o advento da EC 47/2005 o §11 do art. 37 da CF passou a ter a seguinte redação. “§11 – Não serão computados, para efeitos dos limites remuneratórios de que trata o inciso XI do caput deste artigo (37), as parcelas de caráter indenizatórios previstos em lei.” Vencimentos → Corresponde a soma do vencimento e das vantagens pecuniárias. Somente podem ser fixados através de lei. Vencimento → Valor fixo definido em lei. Vantagens → Acréscimos ao vencimento – decorrente tempo de serviço, condições anormais em que realiza o trabalho. Se subdivide em: Adicionais → Concedido ao servidor em razão tempo de serviço (ATS) ou face a natureza da função (AF), que exige conhecimento específico ou um regime próprio de trabalho. Gratificação → Vantagens atribuídas de forma transitória – prestação de serviços anormais de segurança, salubridade ou onerosidade (GS), ou concedidas como ajuda ao servidor que reúna condições pessoais que a lei venha especificar (GE). Diferença entre Gratificação e Adicional Adicional → Recompensa ao tempo de serviço do servidor ou retribuição por exercer a função especial (Adicional de tempo de serviço, adicional de função). Gratificação → É uma compensação por serviços comuns prestados em condições anormais para o servidor, ou como ajuda pessoal em face de certas situações que agravam o orçamento do servidor. (Gratificação de Serviço, Gratificação Especial). Além do vencimento, poderão ser pagas ao servidor as seguintes vantagens (art. 49 da lei 8112/90): a) Indenizações – art. 51 da Lei 8112/90; b) Gratificações – art. 61, inciso I, II e IX da Lei 8112/90; c) Adicionais – art. 61, inciso IV, V, VI e VII da Lei 8112/90; Indenizações → Ajuda de custo (art. 53 a 57 da Lei 8112/90). Destinada a compensar as despesas de instalação do servidor que, no interesse do serviço, passa a ter execício em outra sede, com mudança de domicílio em caráter permanente. Vedado o duplo pagamento de indenização, a qualquer tempo, no caso de cônjuge ou companheiro que detenha também a condição de servidor. Em resumo, visa ressarcir os gastos do servidor em razão da mudança em caráter definitivo. Diária → (art. 58 e 59 da lei 8112/90) Serve para indenizar deslocamento transitório do servidor. Será concedida por dia de afastamento, sendo devida pela metade quando o deslocamento não exigir pernoite fora da sede. Indenização de Transporte (Art. 60) Será conferida ao servidor que realizar despesas com a utilização de meio próprio locomoção para execução de serviços externos, com força de atribuições do cargo, conforme se dispuser em regulamento. Auxílio Moradia (Art. 60a à 60e) Consiste no ressarcimento das despesas comprovadamente realizadas pelo servidor com aluguel de moradia ou com meio de hospedagem administrado por empresa hoteleira. Para ter direito a auxílio-moradia o servidor deverá preencher os requisitos do art. 60, letra b da lei 8112/90. O valor mensal do auxílio-moradia é limitado a 25% do valor do cargo em comissão, função comissionada ou cargo de ministro de estado ocupado, independentemente do valor do cargo em comissão ou função comissionada, fica garantido a todos os que preencherem os requisitos o ressarcimento até o valor de R$ 1.800,00. Em caso de falecimento, exoneração ou colocação de imóvel funcional a disposição do servidor ou aquisição de imóvel por ele, o auxílio-moradia continuará sendo pago por um mês. Gratificação (Art. 61) Gratificação de retribuição pelo exercício de função, de direção, de chefia e assessoramento (art. 62): Essa gratificação é um benefício do detentor de cargo efetivo que exerce função de chefe. Gratificação Natalina (art. 63 a 66): Corresponde a 1/12 da remuneração que o servidor fizer jus no mês de dezembro, por mês de exercício do respectivo ano. Será paga até o dia 20/12 de cada ano. Gratificação por encargo de curso ou concurso (art. 76a): É devida ao servidor em caráter eventual e nos seguintes casos: a) Quando o servidor atuar como instrutor em curso de formação de desenvolvimento ou de treinamento regularmente instituído no âmbito da administração. b) Quando o servidor participar de banca examinadora ou de comissão para exames orais, para análise curricular para correção de prova discursiva, para elaboração de prova ou julgamento de recursos intentados por candidatos. c) Quando o servidor participar da logística de preparação e de realização de concurso público. d) Quando o servidor participar da aplicação, fiscalização ou avaliação de provas e exames vestibulares ou concurso público ou supervisionar tais atividades. Adicionais (art. 68 a 72) Adicional de Insalubridade, Periculosidade e Penosidade → Devidos aos servidores que trabalham com habitualidade em locais insalubres ou em contato permanente com substâncias tóxicas, radioativas ou com risco de vida. Serviço Extraordinário (art 73 e 74) → Será remunerado com acréscimo de 50% em relação à hora normal de trabalho. Somente será permitido serviço extraordinário para atender situações excepcionais e temporárias respeitado o limite máximo de 2h por jornada. Serviço Noturno (art. 75) → Prestado no horário compreendido entre 22h de um dia e 5h do dia seguinte, terá o valor hora acrescido de 25% computando-se cada hora como 52 min e 30s. Adicional de Férias (art. 76) → Independente de solicitação, será pago ao servidor, por ocasião das férias, correspondente a 1/3 da remuneração do período de férias. Aula do dia 09/04/2018 DIREITO DOS TRABALHADORES ESTENDIDOS AOS SERVIDORES PÚBLICOS Por força do § 3º do artigo 39 da CF, aplica-se aos servidores ocupantes de cargos públicos o disposto no artigo 7º da CF no tocante dos seguintes direitos: Salário mínimo; gratificação natalina (=13º salário); remuneração por trabalho noturno é superior ao diurno; salário família; licença paternidade; licença gestante; duração do trabalho não superior a 8h diárias e 44h semanais; repouso semanal remunerado; hora extra; férias anuais acrescidas de 1/3. Teto das remunerações e subsídios: A CF estabeleceu teto para remuneração dos servidores públicos (art. 37, XI). Após as alterações EC 19/98, 41/03 e 47/05, tem-se: -Atinge os servidores do regime remuneratório e os que passarem para regime de subsídio; -Atinge a todos os servidores públicos, independentemente do regimento jurídico adotado (Estatutário ou Celetista); -Alcança os servidores da adm direta, autárquica ou fundacional; -No âmbito Federal, o teto é o único para todos os servidores e tem por base o subsídio do Ministro do STF (R$33.763,00). -No âmbito Estadual, é diferenciado para os servidores de cada poder, sendo representado pelos subsídios dos Deputados, Governador e dos Desembargadores (limitado a 90,25% do subsídio dosMinistros do STF ), incluindo ao teto deste último, algumas categorias de servidores (MP, Defensores Públicos e Procuradores do Estado). É permitido aos Estados e DF estabelecer teto único, mas limitado a 90,25% dos subsídios dos Ministros do STF- mediante emenda constitucional estadual-, mas não se aplica este limite aos Deputados. No âmbito Municipal, o teto é igual para todos os servidores, tendo por base o subsídio do Prefeito. O teto abrange os proventos de aposentadoria e a pensão devida aos dependentes do servidor falecido (se limita ao teto). Na aplicação do teto serão consideradas todas as importâncias recebidas- incluídas vantagens pessoais (em razão da pessoa, não do cargo) ou de qualquer outra natureza. No teto, não está incluso (se exclui) as verbas indenizatórias! IRREDUTIBILIDADE DE REMUNERAÇÃO E SUBSÍDIO São irredutíveis os subsídios e os vencimentos, ressalvada a aplicação do teto remuneratório (art. 37, XV). DIREITO DE GREVE E LIVRE ASSOCIAÇÃO SINDICAL (art. 37 VI e VII). Redação EC 19/98: assegura ao servidor público direito de greve e livre associação sindical que deverá ser exercido nos limites definidos em lei Específica. O inciso VI é autoaplicável, já o inciso VII precisa de lei específica para regulamentar o seu exercício. Precisa observar a continuidade do serviço público, se não é ilegal. PROIBIÇÃO DA ACUMULAÇÃO DE CARGO, EMPREGO E FUNÇÃO Previsto no art. 37 XVI e XVII CF, abrange cargos, empregos e funções da adm direta, autárquica, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias e sociedades controladas direta ou indiretamente pelo Poder Público. Objetivo: impedir que um mesmo cidadão passe a ocupar vários lugares ou exercer várias funções. Exceções: possível a acumulação de cargos públicos, desde que haja compatibilidade de horários, mas nas seguintes situações: -dois cargos de professor; -um cargo de professor e outro técnico ou científico; -dois cargos ou empregos privativos de profissionais da saúde, com profissões regulamentadas. O art. 38, III CF, admite que o servidor investido em mandato de vereador, continue no exercício do seu cargo, emprego ou função, desde que compatíveis os horários. Aos juízes é possível exercer outra função na área do Magistério=rede pública (art. 95, parágrafo único CF). Aos membros do MP é possível exercer outras funções na área do Magistério (art. 128, § 5, d, CF). ACUMULAÇÃO DE PROVENTOS E VENCIMENTOS § 10 do art. 37 acrescentado pela EC 20/98, consagrou o entendimento do STF- vedado a percepção simultânea de proveitos decorrentes do art. 40 (servidores civis) do art. 42 e 142 (militares) com remuneração de cargo, emprego e função pública, ressalvados os cargos acumuláveis na forma da CF, os cargos eletivos e os cargos em comissão. Nos cargos em que é possível acumular função, pode ser acumulado provento e vencimento. ESTABILIDADE DO SERVIDOR PÚBLICO Garantia de permanência no serviço público. Condição para aquisição de estabilidade: Concurso Público, nomeação, posse, 3 anos de estágio probatório- com avaliação de desempenho pela Comissão Prévia=> adquire estabilidade (é do servidor, característica pessoal). Pode trocar de cargo, desde que seja com mesma “proporção”. EXTINÇÃO DO CARGO Estabilidade: atributo pessoal não é no cargo, mas sim no serviço público. # vitaliciedade: que é no cargo, enquanto este existir, conservando as vantagens respectivas, no caso de extinção do cargo. Extinguindo-se o cargo de servidor estável, ficará em disponibilidade remunerada, proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outros de natureza e vencimentos compatíveis com o que foi extinto. Possibilidade de Perda de Cargo do Servidor Estável -Não ser aprovado no estágio probatório; sentença judicial transitada em julgado; procedimento adm (sindicância- com ampla defesa e contraditório); -Necessidade de redução do limite de despesa com pessoal, em razão da Lei de Responsabilidade Fiscal. Mas nessa situação a perda do cargo só poderá ocorrer após a adoção das seguintes medidas: I-Redução de 20% de despesas com CCs e Função de Confiança; II- Exoneração não estáveis admitidos sem concurso após a promulgação da CF/88. LIMITE DE DESPESA COM PESSOAL O artigo 169 CF, com redação dada pela EC 19/98, estabelece que a despesa com pessoal ativo e inativo da União, Estado, DF e Município não poderá exceder os limites prescritos em lei complementar. A lei complementar 101/00 (Lei de Responsabilidade Fiscal), em seu artigo 19, expõe tais limites. São eles: *União: 50% da receita corrente líquida distribuídos: -Legislativo e TCU= 2,5%, Judiciário=6%, MPF=0,6%, Executivo=40,9%. *Estado: 60% da receita corrente e líquida distribuídos: -Legislativo e TCE=3%, Judiciário=6%, MPE=2%, Executivo=49%. *Município: 60% da receita corrente líquida distribuído: -Legislativo=6% e Executivo=54%. Aula do dia 23-04-2018 APOSENTADORIA → É o direito de inatividade remunerada. - Assegurado ao servidor - Por invalidez; - Idade; ou - Requisitos conjugados (tempo no serviço público e no cargo, idade mínima e tempo de contribuição) - Art. 40, CF/88. Regime Geral Previdência Social - RGPS - Art. 201 e seguintes da CF/88. ↓ Empregados Iniciativa Privada ↓ Contratos Temporários ↓ Empresas Públicas ↓ Sociedade de Economia Mista ↓ Empregado Público - Servidor Público que atua como pessoa jurídica de direito público regido pela CLT. ↓ Cargo em Comissão Esses são tratados pelo direito previdenciário e pelas leis 8212 e 2213. Regime Próprio Previdência Social - RPPS - Art. 40, CF. ↓ Tratado pelo direito administrativo ↓ Aposentadoria de Servidor Público: *Servidor titular de cargo efetivo (Estabilidade = permanência no serviço público e não no cargo) *Servidor com cargo vitalício (Permanência no serviço e no cargo público). Ex.: MP, JUIZ, MEMBROS TC. No texto original da CF → tínhamos que para se aposentar o servidor bastava observar um único requisito: Tempo de Serviço. O texto original teve 4 emendas: 20/98; 41/03; 47/05 e 70/12. Em 98 - 1° Emenda = Ref. Previdência - EC 20/98 de 16/12/98 → trouxe 2 mudanças ao texto original: PASSA (de apenas tempo de serviço) e PARA (tempo de contribuição + limite de idade). O regime de previdência é contributivo. Interessa o tempo de contribuição. Servidor na inatividade recebe provento. Requisitos EC 20/98 1° Aposentadoria por invalidez - invalidez permanente Regra: Proventos proporcionais. Exceção: Se a invalidez for em razão de: a) moléstia profissional b) Acidente de trabalho c) Doença grave incurável ou contagiosa Terão aposentadoria Integral (no caso das exceções). 2° Aposentadoria Compulsória ou Expulsória. Tanto para homens como para mulheres. Regra: Proventos proporcionais, mas pode atingir proventosintegrais se tiver tempo de contribuição → 30 anos para mulheres e 35 para homens. LC - 152/15 - alterou a idade da aposentadoria compulsória de 70 anos para 75 anos. 3° Aposentadoria Voluntária. Necessário ter 10 anos no serviço público + 5 anos no cargo. Requisitos → Se homem - 65 anos de idade + 35 anos de contribuição (Proventos Integrais). Se mulher - 60 anos de idade + 30 de contribuição (Proventos Integrais). *Critérios Diferenciados → É possível utilizar critérios diferenciados para calcular aposentadoria? Ex.: Mesmo cargo um com nível médio e outro com nível superior. Regra: Não pode critério diferenciado. Exceção: Tratar os desiguais de forma desigual. Então: Servidor → Deficiente, atividade de risco e atividade prejudicial à saúde. CF deixou em aberto deixando para leis complementares fixar os critérios diferentes. Critério Diferente → Professor: Aposentadoria Especial *Integral → Idade + Tempo de Contribuição. Homem → 55 + 35 contribuição. Mulher → 50 + 25 contribuição. Para professor que trabalhar no ensino infantil, médio e fundamental. Exige-se tempo em sala de aula ( exigência e exclusividade) - Lei 11. 301/06. Adin. 3772 → STF estendeu para funções relacionadas à pedagogia: - Coordenação - Direção - Orientação aos alunos EC 20/98 Servidor que antes da emenda já preenchiam os requisitos do texto original da CF → Se aposentaram por tempo de serviço. Aquele aprovados em concurso após essa emenda - regra nova (idade + tempo de contribuição). Já para aqueles que estavam no serviço antes da EC 20/98 mas não preenchiam os requisitos do texto original, não tinham direito adquirido, mas o constituinte criou uma regra transitória, que é facultativa → prevista no art. 8° da EC 20/98 - traz um meio termo. O servidor poderá se aposentar com: Homem → 53 anos de idade + 35 contribuição + 20% pedágio. Mulher → 48 anos de idade + 30 contribuição + 20% pedágio. Homem → 53 anos de idade + 35 contribuição + 40% pedágio. Mulher → 48 anos de idade + 30 contribuição + 40% pedágio. Pedágio é calculado na falta do tempo de contribuição na época da publicação da EC 20/98. À EC 20 trouxe o benefício para quem ficasse no serviço mesmo após implementado todos os requisitos, não precisava continuar contribuindo → Abono permanência. EC 41/03 - Acordão entre o Congresso e o Governo. Ec 47/03 → Não alterou os requisitos da aposentadoria (idade + tempo de contribuição). → Solidariedade do regime previdência (todos contribuem para mesma conta e retiram da mesma conta). → Trouxe cotização: Parte Servidor e Parte ente público. Inss para empregado/empregador. → Revogou à integralidade. → Integralidade foi substituída pela média da vida laboral. Ex.: 1.000,00; 5.000,00; 10.000,00 - acha-se à média. Só serve para cálculo da média as verbas que tiverem incidência de contribuição. → Revogou o princípio da paridade, passou para princípio preservação do valor real. ↓ Conserva o poder de compra ↓ É direito porém não aplicável ↓ Na realidade à aposentadoria é defasada. Trouxe o teto de proventos de aposentadoria → Aposentadoria com o mesmo teto do RGPS → Hoje R$ 5.531,31. Regime Complementar - Lei 12.618/12, introduziu o regime. ↓ Chance ao servidor contribuir mais e ganhar + que o teto. → Não contribui para o regime complementar, proventos ficam limitados ao teto. EC 47/05 Art. 3° EC 47 → Servidor pode abater contribuição com idade. → Consegue se aposentar + cedo → Cada ano que passa na contribuição ele reduz 1 ano de idade. Aposentadorias Especiais - Deficiente Físico - Atividade de Risco - Atividade insalubre ou penosa Depende de Lei Complementar discutida através de mandado de injunção. STF determinou que se aplicasse o art. 13 da lei 8213 - RGPS - porém à regra não é adaptável → Não resolveu nada - por isso são editados institutos normativos. EC 70/12 Corrige uma falha, inseriu o art. 6° A, na EC 41. Trazendo garantia ao servidor aposentado por invalidez anterior a EC 41 - passa a ter direito a paridade e integralidade.
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