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Antropologia e Ciências Sociais

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- O ESTUDO DO HOMEM EM SUA TOTALIDADE
“A antropologia não é apenas o estudo de tudo que compõe uma sociedade. Ela é o estudo de todas as sociedades humanas (a nossa inclusive), ou seja, das culturas da humanidade como um todo em suas diversidades históricas e geográficas.”
	A partir de estudos de muitas sociedades anteriores, em outros tempos, a antropologia obteve um modo de conhecimento onde ela observa diretamente os fatos, mas de uma forma lenta e contínua. O contato com as diversas sociedades mais distantes trouxe o que conhecemos como “estranhamento”, ou seja, um tipo de perturbação provocada pelo encontro de culturas tão diferentes, que nos leva a uma mudança no olhor para nós mesmos e também para a sociedade em que vivemos. Essa perturbação ou estranheza como também podemos dizer, é uma percepção de tudo aquilo que tomávamos como natural e que na realidade é muito mais cultural.
“De fato, presos a uma Única cultura, somos não apenas cegos à dos outros, mas míopes quando se trata da nossa.”
	Nós temos uma dificuldade muito grande em imaginar aquilo que é fora do nosso habitual, do que está no nosso cotidiano ou que nos é familiar, e que muitas vezes, consideramos óbvio. Através desse contato com o outro, podemos nos surpreender com tudo aquilo que fala sobre nós mesmos. É onde passamos a ver, enxergar de uma maneira totalmente diferente. Dessa forma, é inevitável que o conhecimento que temos da nossa cultura passe pelo conhecimento de outros e o pensamento antropológico receba igualmente a diversidade das culturas.
“A abordagem antropológica provoca, assim, uma verdadeira revolução epistemológica que começa por uma revolução do olhar. Ela implica um descentramento radical, uma ruptura com a ideia de que existe um “centro do mundo”, e, correlativamente, uma ampliação do saber e uma mutação de si mesmo.”
	A diversidade de comportamentos humanos e seus diversos modos de convivência em sociedade são produtos culturais. As pessoas devem agir conjuntamente e não individualmente. Seu olhar tem que ser para o todo e não para o individual. As ações individuais devem apontar para resultados gerais.
- UMA DIFERENÇA CRUCIAL
“Mas de todas essas diferenças a que considero mais fundamental é a seguinte: nas ciências sociais trabalhamos com fenômenos que estão bem perto de nós, pois pretendemos estudar eventos humanos que nos pertencem integralmente. O que significa isso?”
	Nesse texto, o autor estabelece que existam muitas diferenças nas duas ciências mencionadas. Para ele os historiadores tem o dever de estudá-los, porém, ele dá como exemplo, para se desenvolver o texto, uma relação invertida.
	A ciência natural trabalha com o simples fato de que possuem causa simples e que é isolado e reproduzido livremente do espaço do tempo ou lugar que as reproduz. A sua finalidade é acontecimentos ou episódios habituais que ocorrem em conjunto.
“Ora, aqui é tudo muito mais complexo. Temos, em primeiro lugar, a interação complexa entre o investigador e o investigado, ambos – como disse Lévi-Strauss – situados numa mesma escala.”
	Já a ciência social, estuda o fenômeno que é considerado mais complexo e que tem uma determinada coincidência e fatos complicados e difíceis de ser isolado, o que atrapalha o desenvolver dessas teorias. Além disso, o significado pode mudar de acordo com o espaço, o tempo e com a mente humana envolvida. Nesse caso, os fatos que ocorrem podem ser modificados durante a sua ocorrência, causando em grande parte um significado parcial por serem baseados em fatores emocionais.
“A raiz das diferenças entre “ciências naturais” e “ciências sociais” ficam localizadas, portanto, no fato de que a natureza não pode faltar diretamente com o investigador; ao passo que cada sociedade humana conhecida é um espelho onde a nossa própria existência reflete.”
	Além dessas diferenças, o autor também coloca que por causa da proximidade desses fenômenos, a diferença se torna mais importante ainda. As ciências sociais têm eventos parecidos, onde o agente e o pesquisado tem o mesmo universo de conhecimentos e podem comparar suas realidades. Sempre existem ainda, as relações entre os dois, que formam a ciência social e seu campo de estudo.

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