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Acne
O QUE É?
A acne é uma doença de pele bastante frequente, que acomete a maior parte dos adolescentes, porém não se restringe a eles. É bastante comum em adultos, principalmente nas mulheres.
A adolescência é um período de muitas mudanças no organismo, tanto do ponto de vista físico como psíquico. É também uma das fases da vida em que a aparência é muito importante, ou seja, o comprometimento estético determinado por alterações da pele pode tornar o adolescente inseguro, tímido, deprimido, infeliz, com rebaixamento da autoestima e com consequências sérias que podem persistir pelo resto da vida.
As principais modificações que ocorrem na pele e nos cabelos estão relacionadas à atividade hormonal que se inicia nessa fase. São os hormônios sexuais, que começam a ser produzidos na puberdade, os principais responsáveis pelas alterações das características da pele, assim como pelo desencadeamento da acne (pele oleosa, cravos, espinhas, nódulos, cicatrizes). Acomete com maior frequência a face, mas também pode ocorrer nas costas, ombros e peito. Esses hormônios são chamados andrógenos e estrógenos e são produzidos tanto pelos ovários (mulher) e testículos (homem) como pelas glândulas supra-renais (duas pequenas glândulas situadas sobre os rins) em ambos os sexos. A produção dos andrógenos é maior nos homens e a dos estrógenos é maior nas mulheres. São os andrógenos os responsáveis pelo início do funcionamento das chamadas glândulas sebáceas que são mais ativas na face, peito, costas e couro cabeludo. Essas glândulas estão presentes desde o nascimento, mas são inativas até a puberdade, época em que, em pessoas com predisposição genética, desencadeia mudanças relacionadas ao conteúdo de gordura (secreção sebácea) da pele e do couro cabeludo.
A acne deve ser tratada o mais precocemente possível. Não se deve tomar mais a postura de não se preocupar e não tratar a acne por ser considerada “própria da idade”, “de desaparecimento espontâneo com o tempo” ou “de não ser doença”. O controle dessa doença é recomendável não só por razões estéticas (melhora da aparência geral), como também para preservar a saúde da pele e a saúde psíquica, além de prevenir cicatrizes (marcas da acne) tão difíceis de corrigir na idade adulta.
Ressalta-se, a seguir, uma série de noções e recomendações essenciais para o controle da acne:
 
pode ocorrer piora relacionada ao estresse, período menstrual, certos medicamentos como os corticoides, exposição exagerada ao sol, contato com óleos, graxas ou produtos gordurosos, época do ano (pode piorar no inverno) e, principalmente, ao hábito de mexer nas lesões (“espremer cravos e espinhas”).
a acne não é contagiosa e não se relaciona à “sujeira” da pele ou do sangue.
o bom cuidado começa com higiene adequada da pele com um sabonete ou produto de limpeza indicado. A limpeza excessiva é prejudicial à pele como um todo (irrita a pele) e pode piorar a acne.
a acne não se relaciona diretamente com a alimentação e, apesar de vários tabus, não é necessária nenhuma dieta ou restrição alimentar para seu tratamento.
a acne pode melhorar após a exposição ao sol, porém essa melhora é apenas temporária e a exposição exagerada acarreta piora do quadro. As pessoas com acne, como todos, devem se expor ao sol de maneira cuidadosa, racional e orientada.
a acne é uma doença que tem tratamento e que pode ser curada ou controlada. Isso leva tempo e não acontece da noite para o dia. O tratamento vai variar de acordo com a sua gravidade e localização e em função de características individuais.
há opções tanto de tratamento local, quanto por via oral ou combinação de ambos.
o procedimento denominado limpeza de pele, quando bem indicado pelo dermatologista e bem executado por esteticista treinado, pode ser um ótimo complemento do tratamento de algumas formas de acne. Mas nunca a limpeza de pele feita, às vezes, por leigos, pode ser considerada uma forma de tratar a acne, mesmo leve. Da mesma forma, os chamados “peelings” ou esfoliações químicas podem ser úteis como coadjuvantes ao tratamento. Procure o seu dermatologista.
o portador de acne não deve em nenhuma hipótese manipular (“cutucar, espremer”) as lesões, pois isso pode levar à infecção, inflamação e cicatrizes.
é importante compreender como fazer o tratamento e criar uma rotina para que ele seja realizado com facilidade e possa levar aos resultados desejados.
vale lembrar que a melhor forma de se evitar as cicatrizes da acne é o seu tratamento adequado e o mais precoce possível.
Para o tratamento da acne é necessário verificar se a doença apresenta lesões não inflamatórias (“cravos”) e/ou inflamatórias (“espinhas, nódulos, cistos) e/ou cicatrizes. Em formas leves o tratamento pode ser apenas local, com inúmeros produtos existentes no mercado isolados ou combinados: ácido salicílico, peróxido de benzoíla, retinoides (tretinoína, adapaleno), antibióticos (clindamicina e eritromicina, de preferência associados, no mesmo produto, aos retinoides ou peróxido de benzoíla) e ácido azeláico. Quando o quadro não evolui bem, associa-se o tratamento por via oral, utilizando-se antibióticos específicos, da classe das ciclinas (tetraciclina, doxiciclina, minociclina, limeciclina) ou macrolídeos (eritromicina) ou sulfas (sulfametoxazol-trimetroprim), sempre associados ao tratamento local com retinoides ou peróxido de benzoíla ou ácido azeláico. O tratamento com antibiótico oral deve ser feito por, no máximo, três meses, em um ou até três ciclos. O tratamento hormonal, com anticoncepcionais orais, é sempre útil para as mulheres, desde que não existam contraindicações. Quando não há uma boa resposta aos tratamentos anteriores e se percebe uma tendência para cicatrizes ou um importante impacto negativo na qualidade de vida, deve ser indicada, o mais precocemente possível e desde que não existam contraindicações, a isotretinoína oral, mesmo em casos moderados. Contudo, esta droga é absolutamente contraindicada quando há possibilidade de gravidez, porque pode causar danos graves ao feto. Os efeitos colaterais mais comuns são os que acontecem na pele e mucosas (ressecamento dos lábios, nariz, olhos, pele do corpo), aumento do colesterol, triglicerídeos e enzimas hepáticas. Portanto, são necessários exames de sangue antes e durante o tratamento. É obrigatório afastar gravidez com um teste, aguardar a menstruação para iniciar o tratamento e se assegurar sobre uso de métodos anticoncepcionais iniciados um mês antes, durante todo o tratamento e por um período de um mês após a suspensão da droga. Não existem riscos para gestações no futuro.
Vale lembrar que a isotretinoína oral foi aprovada para o tratamento da acne nos anos 1970 na Europa, em 1980 nos Estados Unidos, e 1990 no Brasil, e desde então, nunca foi retirada do mercado por ocorrência de efeitos colaterais graves em larga escala, como já aconteceu para tantos outros produtos. Assim, a experiência mundial, de aproximadamente 40 anos desde a sua introdução, é de que é uma droga segura e altamente eficaz, ou seja, droga de escolha para casos resistentes às outras formas de tratamento.
Os procedimentos complementares que ajudam no controle da acne são: extração de “cravos”, drenagem de abscessos, infiltração com corticoides em lesões nodulares muito inflamadas ou em cicatrizes elevadas, peelings químicos, microdermabrasão, alguns tipos de laser e luzes. Orientação para não manipular as lesões e proteção solar, são ações coadjuvantes importantes durante o tratamento.
 
 
Alopecia Areata
O QUE É?
Alopecia areata é uma doença que provoca a queda de cabelo. A etiologia é desconhecida, mas tem alguns fatores implicados, como a genética e a participação auto-imune. Quando isto acontece, o cabelo da pessoa começa a cair formando pequenas ou grandes áreas sem cabelo.
A extensão da perda de cabelo varia. Em alguns casos, é apenas em alguns pontos. Em outros, a perda de cabelo pode ser maior. Há casos raros, em que o paciente perde todo o cabelo da cabeça, alopecia areata total; ou caem os pelos de todo o corpo,alopecia areata universal.
Acredita-se que uma pré-disposição genética desencadeie a reação autoimune, entretanto, outras causas desconhecidas podem também ser desencadeadoras. A alopecia areata é imprevisível. Em algumas pessoas, o cabelo cresce de novo, mas cai novamente mais tarde. Em outras, o cabelo volta a crescer e não cai mais. Cada caso é único. Mesmo que perca todo o cabelo, há chance de que ele crescer novamente.
Estima-se que nos Estados Unidos cerca de cinco milhões e pessoas tenham a doença. E apenas 5% delas perdem todos os pelos do corpo. A Alopecia Areata não é uma doença contagiosa. Fatores emocionais, traumas físicos e quadros infecciosos podem desencadear ou agravar um quadro de alopecia areata.
 
SINTOMAS E DIAGNÓSTICO
Além da perda de cabelo, a alopecia areata não possui nenhum outro sintoma. Na alopecia areata ocorre perda brusca de cabelos, com áreas arredondadas, únicas ou múltiplas, sem demais alterações. A pele é lisa e brilhante e os pelos ao redor da placa saem facilmente se forem puxados. Os cabelos quando renascem podem ser brancos, adquirindo posteriormente sua coloração normal. A forma mais comum é uma placa única, arredondada, que ocorre geralmente no couro cabeludo e barba, conhecida popularmente como pelada.
Isto ocorre porque a doença não mata os folículos pilosos, apenas os mantêm inativos. Quando esta ação de inatividade cessa, há nova produção de pelos.
Algumas doenças autoimunes concomitantes podem acontecer em alguns pacientes com alopecia areata: vitiligo, distúrbios da tireóide e anemia perniciosa por exemplo. Portanto, muitas vezes se faz necessário a realiação de exames de sangue adicionais .
O principal dano aos pacientes é o psicológico. Alguns pacientes ficam abatidos por causa desta condição. Em crianças, o tratamento psicológico precisa ser levado a sério, pois por causa de possível descriminação dos colegas, as crianças podem se sentir excluídas de seu meio.
 
TRATAMENTO
Os tratamentos não acabam com a alopecia areata, eles estimulam o folículo a produzir cabelo novamente, e precisam continuar até que a doença desapareça. Os tratamentos são mais eficazes em casos mais leves .Um dermatologista qualificado saberá diagnosticar a doença e indicar a melhor forma de tratamento. Eis alguns tratamentos que podem ser usados para este fim.
 
 Injeções de cortisona
Tratamento mais comum. As injeções são aplicadas nas manchas na pele nua, por um dermatologista. Utilizando uma pequena agulha, são feitas múltiplas aplicações nas manchas e em torno. As injeções são repetidas uma vez por mês. Se ocorrer novo crescimento do cabelo, será visível em quatro semanas. O tratamento, no entanto, não impede que novas manchas se desenvolvam. Há poucos efeitos colaterais das injeções de cortisona, leve afundamento na área pode ocorrer, mas este some rapidamente e sem necessidade de intervenção. Corticoides tópicos, em creme ou loções, podem ser usados pelo paciente em casa, concomitantemente às injeções ou antes de iniciar o tratamento com elas.
 
 Minoxidil tópico
Solução tópica 5% concentrada e aplicada duas vezes ao dia pode fazer crescer o cabelo. Sobrancelhas, barba e cabelo respondem ao tratamento. Minoxidil tópico é seguro, fácil de usar, mas o tratamento não é eficaz em pessoas que perderam completamente os pelos
Antralina creme ou pomada
A antralina é uma substância sintética, aplicada no local das manchas. Se ocorrer crescimento do cabelo, será percebido entre oito e 12 semanas. A antralina pode irritar a pele e pode causar descoloração temporária, ou acastanhar a região tratada.
Drogas sensibilizantes (difenilcicloproprenona – difenciprona)
indicadas para alopecia areata superior a 40% do couro cabeludo e em casos crônicos e refratários da doença.
Casos graves e extensos necessitam de tratamento com corticóides e imunossupressores orais.
 
Atenção: Jamais aposte na “automedicação” para tratar alopecia areata. Somente um médico pode prescrever a opção mais adequada.
 
PREVENÇÃO
Não há formas de prevenir a doença uma vez que suas causas são desconhecidas. Mas uma vez com alopecia, há algumas dicas para que você se sinta melhor.
• Usar maquiagem para minimizar a aparência da perda do cabelo.
• Investir em perucas, ou chapéus e lenços para proteger a cabeça. Além de serem itens estilosos, deixam o visual mais moderno.
• Reduzir o estresse. Embora não seja comprovado cientificamente, muitas pessoas com início recente de alopecia areata tiveram tensões recentes na vida, tais como problemas no trabalho ou na família, mortes, cirurgias, acidentes etc.
Embora a doença não seja clinicamente grave, pode afetar as pessoas psicologicamente. Os grupos de apoio estão disponíveis para ajudar as pessoas com alopecia areata a lidar com os efeitos psicológicos da doença.
Brotoeja
Brotoeja é o nome popular da miliária, uma dermatite inflamatória causada pela obstrução das glândulas sudoríparas, o que impede a saída do suor. Ambientes quentes e úmidos, o excesso de roupas e agasalhos assim como febre alta favorecem o aparecimento de lesões, que aparecem, em geral, no tronco, pescoço, nas axilas e nas dobras de pele, sob a forma de pequenas bolhas de água.
A aparência das lesões varia de acordo com a profundidade em que ocorreu o bloqueio no duto excretor, aquele que o suor percorre para alcançar o lado de fora do corpo. As bolhas podem ser pequenas, transparentes e sem sinal de inflamação, quando o bloqueio incidiu num ponto mais superficial da epiderme. É a miliária cristalina ou sudamina;  pápulas vermelhas e inflamadas, quando ocorrer em região intermediária – é a forma mais comum, chamada de miliária rubra ou brotoeja. Quando a obstrução ocorre em região mais profunda da epiderme, chamamos de miliária profunda e, além de pequenas bolhas de água, há também pápulas vermelhas. Quando observamos pus, provavelmente, está ocorrendo uma infecção bacteriana secundária. 
SINTOMAS
A brotoeja é mais comum em crianças e bebês, mas também pode acometer adultos. Entre os sintomas estão  prurido (coceira) e queimação são sintomas.
Na miliária cristalina as vesículas são diminutas, como bolhas. Aparecem de uma hora para outra podendo atingir atingindo grandes áreas do corpo. Não apresenta outros sintomas e é mais comum em recém-nascidos.
Quando a brotoeja é rubra, a erupção é mais profunda, avermelhada e causa prurido. Aparecem nas axilas, virilhas e em áreas em que há fricção da pele. A obstrução recorrente dos dutos e a continuidade das lesões pode fazer com que se tornem miliárias profundas.
 
TRATAMENTO
O tratamento da brotoeja leva em conta as características das lesões, o local onde se instalaram e a idade do paciente. Em crianças pequenas, por exemplo, restringe-se a medidas para refrescar a pele, a fim de evitar a transpiração excessiva, com o objetivo de aliviar o desconforto e melhora das lesões. É importante manter o ambiente fresco e ventilado, usar roupas leves e tratamentos tópicos. No entanto, nos casos mais  há indicação de medicamentos como corticoides e antibióticos se infecção secundária.
 
PREVENÇÃO
Evite usar muita roupa, principalmente em dias quentes e em crianças. Se houver propensão à brotoeja evite atividades que façam suar. Manter o ambiente fresco e arejado no verão também é uma dica.
Sempre que possível, use roupas de algodão ou fibra natural, roupas sintéticas costumam reter o calor e o suor.
Câncer da pele
O câncer da pele não melanoma é o mais prevalente no Brasil, com 134.170 novos casos previstos para 2013, segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA). Nos Estados Unidos, a Academia Americana de Dermatologia estima que haja dois milhões de casos novos a cada ano.
A doença é provocada pelo crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele. Estas células se dispõem formando camadas e, de acordo com a camada afetada, definimos os diferentes tipos de câncer. Os mais comuns são os carcinomas basocelulares e os espinocelulares. Mais raro e letal que os carcinomas, o melanoma é otipo mais agressivo de câncer da pele.
A radiação ultravioleta é a principal responsável pelo desenvolvimento de tumores cutâneos, e a maioria dos casos está associada à exposição excessiva ao sol ou ao uso de câmaras de bronzeamento.
Apesar da incidência elevada, o câncer da pele não-melanoma tem baixa letalidade e pode ser curado com facilidade se detectado precocemente. Por isso, examine regularmente sua pele e procure imediatamente um dermatologista caso perceba pintas ou sinais suspeitos.
 TIPOS DE CÂNCER DA PELE
Carcinoma basocelular (CBC)
É o mais prevalente dentre todos os tipos de câncer. O CBC surge nas células basais, que se encontram na camada mais profunda da epiderme (a camada superior da pele). Tem baixa letalidade, e pode ser curado em caso de detecção precoce.
Os CBCs surgem mais frequentemente em regiões mais expostas ao sol, como face,orelhas, pescoço, couro cabeludo,  ombros e costas. Podem se desenvolver também nas áreas não expostas, ainda que mais raramente. Em alguns casos, além da exposição ao sol, há outros fatores que desencadeiam o surgimento da doença.
Certas manifestações do CBC podem se assemelhar a lesões não cancerígenas, como eczema ou psoríase. Somente um médico especializado pode diagnosticar e prescrever a opção de tratamento mais indicada.
O tipo mais encontrado é o nódulo-ulcerativo, que se traduz como uma pápula vermelha, brilhosa, com uma crosta central, que pode sangrar com facilidade.
 Carcinoma espinocelular (CEC)
É o segundo mais prevalente dentre todos os tipos de câncer. Manifesta-se nas células escamosas, que constituem a maior parte das camadas superiores da pele. Pode se desenvolver em todas as partes do corpo, embora seja mais comum nas áreas expostas ao sol, como orelhas, rosto, couro cabeludo, pescoço etc. A pele nessas regiões normalmente apresenta sinais de dano solar, como enrugamento, mudanças na pigmentação e perda de elasticidade.
O CEC é duas vezes mais frequente em homens do que em mulheres. Assim como outros tipos de câncer da pele, a exposição excessiva ao sol é a principal causa do CEC, mas não a única. Alguns casos da doença estão associados a feridas crônicas e cicatrizes na pele, uso de drogas antirrejeição de órgãos transplantados e exposição a certos agentes químicos ou à radiação.
Normalmente, os CEC têm coloração avermelhada, e apresentam-se na forma de machucados ou feridas espessos e descamativos, que não cicatrizam e sangram ocasionalmente. Podem ter aparência similar a das verrugas também. Somente um médico especializado pode fazer o diagnóstico correto.
 Melanoma
Tipo menos frequente dentre todos os cânceres da pele, com 6.130 casos previstos no Brasil em 2013 segundo o INCA, o melanoma tem o pior prognóstico e o mais alto índice de mortalidade. Embora o diagnóstico de melanoma normalmente traga medo e apreensão aos pacientes, as chances de cura são de mais de 90%, quando há detecção precoce da doença.
O melanoma, em geral, tem a aparência de uma pinta ou de um sinal na pele, em tons acastanhados ou enegrecidos. Porém, quando se trata de melanoma, a “pinta” ou o “sinal” em geral mudam de cor, de formato ou de tamanho, e podem  causar sangramento. Por isso, é importante observar a própria pele constantemente, e procurar imediatamente um dermatologista caso detecte qualquer lesão suspeita.
Aliás, mesmo sem nenhum sinal suspeito, uma visita ao dermatologista ao menos uma vez por ano deve ser feita.  Essas lesões podem surgir em áreas difíceis de serem visualizadas pelo paciente. Além disso, uma lesão considerada “normal” para você, pode ser suspeita para o médico.
Pessoas de pele clara, com fototipos I e II, têm mais risco de desenvolverem a doença, que também pode manifestar-se em indivíduos negros ou de fototipos mais altos, ainda que mais raramente. O melanoma tem origem nos melanócitos, as células que produzem melanina, o pigmento que dá cor à pele. Normalmente, surge nas áreas do corpo mais expostas à radiação solar.
Em estágios iniciais, o melanoma se desenvolve apenas na camada mais superficial da pele, o que facilita a remoção cirúrgica e a cura do tumor. Nos estágios mais avançados, a lesão é mais profunda e espessa, o que aumenta a chance de metástase para outros órgãos e diminui as possibilidades de cura. Por isso, o diagnóstico precoce é fundamental. Casos de melanoma metastático, em geral, apresentam pior prognóstico e dispõem de um número reduzido de opções terapêuticas.
A hereditariedade desempenha um papel central no desenvolvimento do melanoma. Por isso, familiares de pacientes diagnosticados com a doença devem se submeter a exames preventivos regularmente. O risco aumenta quando há casos registrados em familiares de primeiro grau.
 
SINAIS E SINTOMAS
O câncer da pele pode se assemelhar a pintas, eczemas ou outras lesões benignas. Assim, conhecer bem a pele e saber em quais regiões existem pintas faz toda a diferença na hora de detectar qualquer irregularidade. Somente um exame clínico feito por um médico especializado ou uma biópsia podem diagnosticar o câncer da pele, mas é importante estar sempre atento aos seguintes sintomas:
Uma lesão na pele de aparência elevada e brilhante, translúcida, avermelhada, castanha, rósea ou multicolorida, com crosta central e que sangra facilmente;
Uma pinta preta ou castanha que muda sua cor, textura, torna-se irregular nas bordas e cresce de tamanho;
Uma mancha ou ferida que não cicatriza, que continua a crescer apresentando coceira, crostas, erosões ou sangramento.
 
Aqui você encontrará a metodologia indicada por dermatologistas para reconhecer as manifestações dos três tipos de câncer da pele: carcinoma basocelular, carcinoma espinocelular e melanoma. Para auxiliar na identificação dos sinais perigosos, basta seguir a Regra do ABCD. Mas, em caso de sinais suspeitos, procure sempre um dermatologista. Nenhum exame caseiro substitui a consulta e avaliação médica.   
 
REGRA DO ABCD
ASSIMETRIA
Assimétrico: Maligno
 
Simétrico: Benigno
BORDA
Borda irregular: maligno
 
Borda regular: benigno
COR
Dois tons ou mais: maligno
 
Tom único: Benigno
DIMENSÃO
Superior a 6mm: provavelmente maligno
 
Inferior a 6mm: provavelmente benigno
TRATAMENTO
Todos os casos de câncer de pele devem ser diagnosticados e tratados precocemente, inclusive os de baixa letalidade, que podem provocar lesões mutilantes ou desfigurantes em áreas expostas do corpo, causando sofrimento aos pacientes.
Felizmente, há diversas opções terapêuticas para o tratamento do câncer da pele não-melanoma. A modalidade escolhida varia conforme o tipo e a extensão da doença, mas, normalmente, a maior parte dos carcinomas basocelulares ou espinocelulares pode ser tratada com procedimentos simples. Conheça os mais comuns:
Cirurgia excisional
Remoção do tumor com um bisturi, e também de uma borda adicional de pele sadia, como margem de segurança. Os tecidos removidos são examinados ao microscópio, para aferir se foram removidas todas as células cancerosas. A técnica possui altos índices de cura,e  pode ser empregada no caso de tumores recorrentes.
Curetagem e eletrodissecção
Usadas em tumores menores, promovem a raspagem da lesão com uma cureta, enquanto um bisturi eletrônico destrói as células cancerígenas. Para não deixar vestígios de células tumorais, repete-se o procedimento algumas vezes. Não recomendáveis para tumores mais invasivos.
Criocirurgia
Promove a destruição do tumor por meio do congelamento com nitrogênio líquido, a -50 graus. A técnica tem taxa de cura menor do que a cirurgia excisional, mas pode ser uma boa opção em casos de tumores pequenos ou recorrentes. Não há cortes ou sangramentos. Também não é recomendável para tumores mais invasivos.
Cirurgia a laser
Remove as células tumorais usando o laser de dióxido de carbono ou erbium YAG laser. Por não causar sangramentos, é uma opção eficiente para aqueles que têm desordens sanguíneas.
Cirurgia Micrográfica de Mohs
O cirurgião retira o tumor e um fragmento de pele ao redor com uma cureta. Emseguida, esse material é analisado ao microscópio. Tal procedimento é repetido sucessivamente, até não restarem vestígios de células tumorais.  A técnica preserva boa parte dos tecidos sadios, e é indicada para casos de tumores mal delimitados ou em áreas críticas.
Terapia Fotodinâmica (PDT)
O médico aplica um agente fotossensibilizante, como o ácido 5-aminolevulínico (5-ALA) nas células anormais. No dia seguinte,as áreas tratadas são expostas a uma luz intensa que ativa o 5-ALA e destrói as células tumorais, com mínimos danos aos tecidos sadios.
 
Além das modalidades cirúrgicas, a radioterapia, a quimioterapia, a imunoterapia e as medicações orais e tópicas são outras opções de tratamento para os carcinomas. Somente um médico especializado em câncer da pele pode avaliar e prescrever o tipo mais adequado de terapia.
Já no caso do melanoma, o tratamento varia conforme a extensão, agressividade e localização do tumor, bem como a idade e o estado geral de saúde do paciente. As modalidades mais utilizadas são a cirurgia excisional e a Cirurgia Micrográfica de Mohs.
Na maioria dos casos, o melanoma metastático não tem cura, por isso é importante detectar e tratar a doença o quanto antes. A partir de 2010, após décadas sem novidades nesse segmento, surgiram novos medicamentos orais que aumentaram significativamente a sobrevida de pacientes com doença disseminada, e vêm sendo apontada com uma alternativa promissora para os casos de melanoma avançado.
 
COMO PREVENIR?
Evitar a exposição excessiva ao sol e proteger a pele dos efeitos da radiação UV são as melhores estratégias para prevenir o melanoma e outros tipos de tumores cutâneos.
Como a incidência dos raios ultravioletas está cada vez mais agressiva em todo o planeta, as pessoas de todos os fototipos devem estar atentas e se protegerem quando expostas ao sol. Os grupos de maior risco são os do fototipo I e II, ou seja: pele clara, sardas, cabelos claros ou ruivos e olhos claros. Além destes, os que possuem antecedentes familiares com histórico da doença, queimaduras solares, incapacidade para bronzear e pintas também devem ter atenção e cuidados redobrados.
A Sociedade Brasileira de Dermatologia recomenda que as seguintes medidas de proteção sejam adotadas:
Usar chapéus, camisetas e protetores solares.
Evitar a exposição solar e permanecer na sombra entre 10 e 16h (horário de verão).
Na praia ou na piscina, usar barracas feitas de algodão ou lona, que absorvem 50% da radiação ultravioleta. As barracas de nylon formam uma barreira pouco confiável: 95% dos raios UV ultrapassam o material.
Usar filtros solares diariamente, e não somente em horários de lazer ou diversão. Utilizar um produto que proteja contra radiação UVA e UVB e tenha um fator de proteção solar (FPS) 30, no mínimo.  Reaplicar o produto a cada duas horas ou menos, nas atividades de lazer ao ar livre. Ao utilizar o produto no dia-a-dia, aplicar uma boa quantidade pela manhã e reaplicar antes de sair para o almoço.
Observar regularmente a própria pele, à procura de pintas ou manchas suspeitas.
Consultar um dermatologista uma vez ao ano, no mínimo, para um exame completo.
Manter bebês e crianças protegidos do sol. Filtros solares podem ser usados a partir dos seis meses.
 
Fotoproteção
A exposição à radiação ultravioleta (UV) tem efeito cumulativo e penetra profundamente na pele, sendo capaz de provocar diversas alterações, como o bronzeamento e o surgimento de pintas, sardas, manchas, rugas e outros problemas. A exposição solar em excesso também pode causar tumores benignos (não cancerosos) ou cancerosos, como o carcinoma basocelular, o carcinoma espinocelular e o melanoma.
Na verdade, a maioria dos cânceres da pele está relacionada à exposição ao sol, por isso todo cuidado é pouco.  Ao sair ao ar livre procure ficar na sombra, principalmente no horário entre as 10h e 16h, quando a radiação UVB é mais intensa.  Use sempre protetor solar com fator de proteção solar (FPS) de 30 ou maior. Cubra as áreas expostas com roupas apropriadas, como uma camisa de manga comprida, calças e um chapéu de abas largas. Óculos escuros também complementam as estratégias de proteção.
 
Sobre os protetores solares (fotoprotetores)
Os fotoprotetores, também conhecidos como protetores solares ou filtros solares, são produtos capazes de prevenir os males provocados pela exposição solar, como o câncer da pele, o envelhecimento precoce e a queimadura solar.
O fotoprotetor ideal deve ter amplo espectro, ou seja, ter boa absorção dos raios UVA e UVB, não ser irritante, ter certa resistência à água, e não manchar a roupa. Eles podem ser físicos ou inorgânicos e/ou químicos ou orgânicos. Os protetores físicos, à base de dióxido de titânio e óxido de zinco, se depositam na camada mais superficial da pele, refletindo as radiações incidentes. Eles não eram bem aceitos antigamente pelo fato de deixarem a pele com uma tonalidade esbranquiçada, mas Isso tem sido minimizado pela coloração de base de alguns produtos. Já os filtros químicos funcionam como uma espécie de “esponja” dos raios ultravioletas, transformando-os em calor.
 
Radiação UVA e UVB
Um fotoprotetor eficiente deve oferecer boa proteção contra a radiação UVA e UVB. A radiação UVA tem comprimento de onda mais longo e sua intensidade pouco varia ao longo do dia. Ela penetra profundamente na pele, e é a principal responsável pelo fotoenvelhecimento e pelo câncer da pele. Já a radiação UVB tem comprimento de onda mais curto e é mais intensa entre as 10h e 16h, sendo a principal responsável pelas queimaduras solares e pela vermelhidão na pele.
Um fotoprotetor com fator de proteção solar (FPS) 2 até 15 possui baixa proteção contra a radiação UVB;  o FPS 15-30 oferece média proteção contra UVB, enquanto os protetores com FPS 30-50, oferecem alta proteção UVB e o FPS maior que 50, altíssima proteção UVB. Pessoas de pele clara, que se queimam sempre e nunca se bronzeiam, geralmente aqueles com cabelos ruivos ou loiros e olhos claros, devem usar protetores solares com FPS 15, no mínimo.
Já em relação aos raios UVA, não há consenso quanto à metodologia do fator de proteção. Ele pode ser mensurado em estrelas, de 0 a 4, onde 0 é nenhuma proteção e 4 é altíssima proteção UVA, ou em números: < 2, não há proteção UVA; 2-4 baixa proteção; 4-8 média proteção, 8-12 alta proteção e > 12 altíssima proteção UVA.  Procure por esta classificação ou por valor de PPD nos rótulos dos produtos.
 
Como escolher um fotoprotetor?
Em primeiro lugar, devemos verificar o FPS, quanto é proteção quanto aos raios UVA, e tambémse o produto é resistente ou não a água. A nova legislação de filtros solares exige que tudo que o produto anunciar no rótulo, deve ter testes comprovando a eficácia.  Outra mudança é que o valor do PPD que mede a proteção UVA deve ser sempre no mínimo metade do valor do Filtro solar. Isso porque se sabe que os raios UVA também contribuem para o risco de câncer de pele.
O “veículo” do produto– gel, creme, loção, spray, bastão – também tem de ser considerado, pois isso ajuda na prevenção de acne e oleosidade comuns quando se usa produtos inadequados para cada tipo de pele. Pacientes com pele com tendência a acne devem optar por veículos livres de óleo ou gel creme. Já aqueles pacientes que fazem muita atividade física e que suam bastante, devem evitar os géis, pois saem facilmente.
 
Como aplicar o fotoprotetor?
O produto deve ser aplicado ainda em casa, e reaplicado ao longo do dia a cada 2 horas, se houver muita transpiração ou exposição solar prolongada. É necessária aplicar uma boa quantidade do produto, equivalente a uma colher de chá rasa para o rosto e três colheres de sopa para o corpo, uniformemente, de modo a não deixar nenhuma área desprotegida. O filtro solar deve ser usado todos os dias, mesmo quando o tempo estiver frio ou nublado, pois a radiação UV atravessa as nuvens.
É importante lembrar que usar apenas filtro solar não basta. É preciso complementar as estratégias de fotoproteção com outros mecanismos, como roupas, chapéuse óculos apropriados. Também é importante consultar um dermatologista regularmente para uma avaliação cuidadosa da pele, com a indicação do produto mais adequado.
 
Bronzeamento artificial e saúde
Uma Resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) publicada em dezembro de 2009 proibiu a prática de bronzeamento artificial por motivações estéticas no Brasil. Foi o primeiro país no mundo a tomar medidas tão restritivas em relação ao procedimento. Desde então, outras nações com incidência elevada de câncer da pele, como Estados Unidos e Austrália, também tomaram medidas para dificultar a realização do procedimento.
As câmaras de bronzeamento artificial trazem riscos comprovados à saúde, e em 2009 foram reclassificadas como agentes cancerígenos pela Organização Mundial de Saúde (OMS), no mesmo patamar do cigarro e do sol.   A prática de bronzeamento artificial antes dos 35 anos aumenta em 75% o risco de câncer da pele, além de acelerar o envelhecimento precoce e provocar outras dermatoses.
A Sociedade Brasileira de Dermatologia posiciona-se veementemente favorável à proibição da prática do bronzeamento artificial para fins estéticos em virtude dos prejuízos que causa à população. O câncer da pele é o tipo mais comum no Brasil, e a prevalência cresce anualmente, o que só reforça a necessidade de apoiarmos todas as medidas que favoreçam a prevenção.
Se você tem interesse em fazer bronzeamento artificial, não esqueça: qualquer estabelecimento no Brasil que ofereça esse procedimento com motivações estéticas atua de forma irregular e está sujeito a fechamento e outras penalidades. Não compactue com uma prática proibida, que pode comprometer seriamente a saúde. Aceite o tom da sua pele como ele é. Pele bonita é pele saudável.
 
Catapora
O QUE É?
A catapora, ou varicela, é uma infecção causada pelo vírus varicela-zóster. A doença é altamente contagiosa, mas quase sempre sem gravidade. É uma das doenças mais comuns em crianças menores de 10 anos. É tão comum que mais de 90% dos adultos são imunes à varicela, pois já a contraíram em alguma época da vida.
Uma vez exposto à doença, a pessoa fica imune o resto da vida. Apesar disso, o vírus se instala de forma latente no organismo, em gânglios nervosos próximos à coluna vertebral. Se houver uma reativação deste vírus ele pode causar uma doença chamada Herpes zoster, que possui um quadro clínico geralmente típico, de vesículas agrupadas sobre base eritematosa, associada à sensação de dor, queimação e aumento da sensibilidade local.
As crianças costumam pegar catapora no inverno, isso porque a concentração das crianças em ambientes fechados aumenta. A transmissão da catapora dá-se pelo contato direto com saliva ou secreções respiratórias da pessoa infectada, ou pelo contato com o líquido do interior das vesículas. Após o contato, o período de incubação dura em média 15 dias. A recuperação completa ocorre de sete a dez dias depois do aparecimento dos sintomas.
 
SINTOMAS E DIAGNÓSTICO
Varicela em crianças é considerada uma doença sem muita gravidade, mas que pode tornar as crianças muito irritadas e cansadas por causa dos sintomas. Primeiro começa a febre, que pode chegar a 39,5o, mal-estar, falta de apetite, cansaço. Depois começam as manchas vermelhas que coçam muito.
Essas manchas se transformam em bolhas cheias de líquido, que depois de estourarem formam um “machucadinho”. Este vai formar uma casquinha e sarar. Normalmente o processo da doença demora entre uma e duas semanas.
Algumas crianças têm apenas poucas lesões de catapora, mas em outras, elas podem  disseminar todo o corpo. As lesões são mais numerosas no tronco, tendem a poupar extremidades e podem ter surgir em mucosas, como boca e área genital.
A principal complicação da catapora é a infecção secundária das lesões. Por esse motivo, deve-se evitar coçá–las e arrancar suas casquinhas. Cicatrizes altas, chamadas quelóides e deprimidas, atróficas, também podem ocorrer na involução da doença. O que determina essa complicação é a gravidade da doença e a predisposição do indivíduo em formar cicatrizes.
Adultos devem ter cuidado pois a doença pode ser mais grave do que em crianças, procure um médico assim que notar os primeiros sintomas. Um antiviral oral pode ser necessário. Além disso, mulheres grávidas, que ainda não tiveram catapora, devem se manter longe de pacientes com a doença. Se eventual exposição, procurar seu médico imediatamente – a varicela pode trazer complicações para o bebê.
Fique atento também aos recém-nascidos e a crianças e adultos com sistema imunitário enfraquecido.
 
TRATAMENTO
Não há tratamento específico para a catapora, mas existem remédios que podem aliviar os sintomas, como paracetamol e dipirona para aliviar a febre e loção de calamina e géis que refrescam e aliviam a coceira. Uso de anti sépticos, como sabonetes a base de triclosano e banhos com permanganato de potássio também são válidos
Além disso, hoje existe vacina contra Catapora. Elas são aplicadas em crianças e adultos que nunca tiveram a catapora em duas doses. Ao se vacinar, além de proteger a si mesmo contra as formas graves da varicela, protegerá outros em sua comunidade. Isto é especialmente importante para as pessoas que não podem se vacinar, como aqueles com sistemas imunológicos debilitados e mulheres grávidas.
Algumas pessoas que são vacinadas contra a varicela ainda podem ter a doença. No entanto, é geralmente mais suave com menos bolhas e pouca ou nenhuma febre.
 
PREVENÇÃO
A melhor forma de prevenir é evitando ao máximo o contato com pessoas que estejam com a doença. Há possibilidade de transmissão a partir do momento em que começam a surgir as primeiras manchas, e este permanece até a última bolha secar. Portanto, se você ainda não teve a doença, ou está no grupo de risco, evite o contato com os pacientes.
Crianças e adultos com catapora devem se manter o máximo possível longe do convívio coletivo até que todas as bolhas sequem. Isso quer dizer que crianças não devem ir à escola, e os adultos precisam se afastar do trabalho.
Celulite
O QUE É?
A celulite é caracterizada pelo aspecto ondulado da pele de algumas áreas do corpo. Afeta 85% a 98% das mulheres após a puberdade, de todas as raças, embora mais as brancas sejam as mais afetadas. Raramente é observada em homens, mas pode ocorrer quando eles têm algum desequilíbrio hormonal. Não é considerada uma doença, contudo é uma preocupação estética importante para um grande número de mulheres. A celulite tende a ocorrer nas áreas onde a gordura está sob a influência do estrógeno (hormônio feminino), como nos quadris, coxas e nádegas; também pode ser observada nas mamas, parte inferior do abdome, braços e nuca – curiosamente áreas em que é observado o padrão feminino de deposição de gordura. A obesidade não é condição necessária para a sua existência; há mulheres magras com celulite.
CAUSAS
A causa da celulite não é plenamente conhecida e é pouco estudada; existem inúmeras suposições não comprovadas. Os fatores predisponentes parecem ser hereditários tais como: sexo, etnia, biotipo corporal e distribuição de gordura. Os fatores agravantes não confirmados aprecem ser: hábitos alimentares inadequados, sedentarismo, estresse, medicamentos e gravidez.
Muitos estudiosos consideram a celulite como uma condição fisiológica, característica das mulheres, com muitos fatores envolvidos, mas desconhecidos.
Existem vários graus de celulite, desde aquele em que as depressões só aparecem quando se pinça a pele com os dedos ou os músculos se contraem, até o aspecto acolchoado e nodulações sempre visíveis.
TRATAMENTO
A celulite constitui motivo de insatisfação e grande busca por tratamentos. É preciso ter cuidado e avaliar com crítica as propostas de tratamento que, muitas vezes, têm custo elevado e desproporcional aos resultados possíveis. Muitos cremes têm sido sugeridos sem nenhuma evidência de eficácia e sem nenhum efeito, exceto a hidratação da superfície da pele. Parece que uma dieta balanceada e bem orientada possa melhoraro aspecto da celulite pela redução da gordura. Muitos suplementos alimentares e misturas herbais estão disponíveis no mercado, com diversos apelos de benefícios na celulite e redução da gordura, mas sem nenhuma comprovação até o momento. Existem muitos procedimentos sugeridos que até apresentam alguma melhora imediata, mas em geral, não são apresentados os efeitos a médio e longo prazo. Entre esses procedimentos destacam-se: subincisão, drenagem linfática, radiação infra-vermelha, laser, radiofrequência, ondas de choque ou ondas acústicas, ultrassom focado etc. Em geral, são propostas associações desses tratamentos, com exercícios físicos e dieta adequada que, sem dúvida, são importantes para saúde geral.
Concluindo, o tratamento da celulite é muito difícil. É preciso cuidado com a imensa propaganda de produtos (cremes, suplementos) e “aparelhos” com promessa de resultados milagrosos, em geral de custo elevado e eficácia muito variável.
 Dermatite de contato
 
O que é?
A dermatite de contato (ou eczema de contato) é uma reação inflamatória na pele decorrente da exposição a um agente capaz de causar irritação ou alergia. Existem dois tipos de dermatite de contato: a irritativa e a alérgica.
A dermatite irritativa é causada por substâncias ácidas ou alcalinas, como sabonetes, detergentes, solventes ou outras substâncias químicas. Pode aparecer na primeira vez em que entramos em contato com o agente causador e é uma forma que ocorre em um grande número de pessoas. As lesões da pele geralmente são restritas ao local do contato.
A dermatite alérgica de contato aparece após repetidas exposições a um produto ou substância. Ela depende de ações do sistema de defesa do organismo, e por esse motivo pode demorar meses a anos para ocorrer, após o contato inicial. Essa forma de dermatite de contato ocorre, em geral, pelo contato como produtos de uso diário e frequente, como perfumes, cremes hidratantes, esmaltes de unha, medicamentos de uso tópico, entre outros. As lesões da pele acometem o local de contato, podendo atingir outros à distância.
Alguns produtos causam reações somente após exposição solar concomitante, como o sumo de frutas cítricas e perfumes.  Outros produtos podem entrar em contato com a pele quando carregados pelo ar, como inseticidas em spray e perfumes para ambientes.
As dermatites de contato podem ocorrer tanto no ambiente doméstico como nas atividades de laser e no trabalho. Neste último é chamada de dermatite de contato ocupacional.
Veja a lista a seguir contendo algumas substâncias que podem causar alergia:
 
Plantas
Metais: níquel ou outros metais presentes em bijuterias, relógios e adornos de roupas ou calçados;
Medicamentos tópicos: antibióticos, anestésicos e antifúngicos;
Cosméticos: perfumes, shampoos, condicionadores, cremes hidratantes e esmaltes de unhas;
Roupas e tecidos sintéticos;
Detergentes e solventes;
Adesivos;
Cimento, óleos, graxas e tinta de parede.
 
Sintomas e quadro clínico
Os sintomas são variáveis e dependem da causa: ardor ou queimação até intensa coceira (prurido).
As reações alérgicas podem ocorrer repentinamente ou meses após a exposição a uma substância, o que pode dificultar na descoberta do agente causador da alergia ou irritação.
A dermatite alérgica, muitas vezes, provoca uma erupção vermelha no (s) local (is) em que a substância entrou em contato. A reação alérgica surge após 24 a 48 horas da exposição. A lesão pode ser inchada e vermelha, com pequenas bolhas; quente; ou formar crostas espessas.
A dermatite irritante torna a pele seca, vermelha e áspera. Fissuras podem se formar no local. Os sintomas são mais discretos com pouca coceira e sensação de dor e queimação.
As mãos são um local comum da dermatite de contato. Vários agentes podem ser os causadores, como produtos de limpeza, cosméticos (cremes e loções hidratantes) e são frequentemente afetadas em atividades profissionais, como cabeleireiros, auxiliares de limpeza e pedreiros.
 
Como se faz o diagnóstico?
O diagnóstico baseia-se na história contada pelo paciente de exposição a um agente irritante ou alérgeno e no aspecto das lesões da pele.
Quando existe a suspeita de se tratar de uma dermatite alérgica, está indicada a realização do teste de contato, que é um método no qual o médico aplica no dorso do paciente os agentes mais prováveis de terem causado a reação. O teste é aplicado num dia e retirado após dois dias, mas o resultado final poderá ser definido somente após um a dois dias da retirada dos mesmos, o que implica três visitas ao consultório médico.
O teste é feito da seguinte forma:
1° consulta: pequenas placas contendo amostras de possíveis alérgenos são aplicadas na pele do dorso
2° consulta: retirada das placas (48 horas após a aplicação)
3° consulta: leitura dos testes (48 horas após a retirada)
O teste poderá demonstrar alguma resposta positiva, ou seja, o surgimento de pequena área avermelhada correspondente à substância que você é alérgico.
 
Como uma dermatite de contato é tratada?
O tratamento depende muito da extensão e da gravidade do quadro, e as medidas poderão ser apenas locais ou incluir a utilização de medicações via oral ou injetáveis.
Um dos primeiros passos inclui a higienização com água para remover qualquer vestígio do irritante ou alérgeno que possa ter permanecido na pele.
Quando as lesões estão muito úmidas, geralmente em casos em fase aguda, pode-se utilizar compressas úmidas, secativas ou antissépticas.
Cremes ou pomadas de corticosteroides são utilizados para reduzir a inflamação da pele. É fundamental seguir atentamente as instruções ao usar esses cremes. O uso excessivo, mesmo dos mais fracos, podem deixar a pele dependente ao produto. Adicionalmente, ou para substituir os corticosteroides, o médico pode prescrever medicamentos chamados imunomoduladores tópicos, como o tacrolimus e pimecrolimus.
Nos casos em que existe muita coceira e/ou nos casos mais graves, podem ser necessários o uso de antialérgicos orais ou corticosteroides orais ou injetáveis.
Emolientes e hidratantes ajudam a manter a pele úmida e também auxiliam na reparação e proteção da mesma.  Eles são utilizados nas fases de resolução, quando a pele começa a descamar e secar, além de ser parte fundamental para a prevenção e o tratamento da dermatite de contato, principalmente aquelas que envolvem contato frequente com água.
Em caso de alergia, jamais se automedique ou busque “soluções mágicas”, pois elas podem agravar ainda mais o problema: procure sempre um médico!
 
            
Dermatite Seborreica
O QUE É?
A dermatite seborreica é uma inflamação na pele que causa principalmente escamação e vermelhidão em algumas áreas da face, como sobrancelhas e cantos do nariz, couro cabeludo e colo.  É uma doença de caráter crônico, com períodos de melhora e piora dos sintomas. A causa não é totalmente conhecida, e a inflamação pode ter origem genética ou ser desencadeada por agentes externos, como alergias, situações de fadiga ou estresse emocional, tempo frio, excesso de oleosidade.  A presença de um fungo, o Pityrosporum ovale, também pode provocar dermatite seborreica.
A dermatite seborreica em recém-nascidos, conhecida como crosta-láctea, é uma condição inofensiva e temporária. Aparecem crostas grossas e amarelas ou marrons sobre o couro cabeludo da criança. Escamas semelhantes também podem ser encontradas nas pálpebras, nas orelhas, ao redor do nariz e na virilha.
Tanto em adultos como em crianças a doença não é contagiosa e não é causada por falta de higiene. Não é uma alergia, e não é perigosa.
 
SINTOMAS
De forma geral, os sintomas da dermatite seborreica são:
• oleosidade na pele e no couro cabeludo;
• escamas brancas que descamam – caspa; escamas amareladas que são oleosas e ardem;
• Coceira, que pode piorar caso a área seja infectada pelo ato de “cutucar” a pele
• leve vermelhidão na área;
• possível perda de cabelo.
Esta dermatite pode ocorrer em diversas áreas do corpo. Normalmente, se forma onde a pele é oleosa ou gordurosa,como, couro cabeludo, sobrancelhas, pálpebras, vincos do nariz, lábios, atrás das orelhas, e tórax.
 
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico é feito clinicamente por um dermatologista, que irá se basear na localização das lesões e no relato do paciente. O dermatologista poderá necessitar de alguns exames clínicos, como exame micológico, biópsia e teste de contato.
 
TRATAMENTO
O tratamento precoce das crises é importante, e pode envolver as seguintes medidas: lavagens mais frequentes; interrupção do uso de sprays, pomadas e géis para o cabelo; evitar uso de chapéus ou bonés, shampoos que contenham ácido salicílico, alcatrão, selênio, enxofre, zinco e anti fúngicos; cremes/pomadas também com anti fúngicos e eventualmente com corticosteróide, dentre outros especificados pelo dermatologista.
 
PREVENÇÃO
Não existe uma forma de prevenir o desenvolvimento ou o reaparecimento da dermatite seborreica. Entretanto, cuidados especiais com a higiene e uso de shampoo adequado ao tipo de pele tornam o tratamento mais fácil.
É necessário seguir o  tratamento correto, o qual irá depender da localização das lesões e da intensidade dos sintomas, bem como alterar alguns hábitos e eliminar os fatores reguladores, como estresse, má alimentação, tabagismo e consumo de bebida alcóolica.
Além disso, alguns cuidados podem ajudar na melhora dos sintomas, como evitar a ingestão de alimentos gordurosos e bebidas alcoólicas; não tomar banhos muito quentes; enxugar-se bem antes de vestir-se; usar roupas que não retenham o suor. Tecidos sintéticos costumam ser contraindicados para quem tem tendência à dermatite seborreica; controlar o estresse físico e mental e a ansiedade; retirar completamente o shampoo e o condicionador dos cabelos quando lavar a cabeça.
 
Envelhecimento
A sua saúde e a aparência da pele estão diretamente relacionadas com (os relacionam-se com) os hábitos alimentares e o estilo de vida que você escolher. Saiba mais sobre o processo de envelhecimento e veja como manter a pele bonita e saudável por mais tempo.
 
POR QUE A PELE ENVELHECE?
A pele é o órgão que mais reflete os efeitos da passagem do tempo. A radiação ultravioleta, o excesso de consumo de álcool, o abuso de tabaco, a poluição ambiental, dentre outros, são também fatores que “aceleram” o trabalho do relógio e provocam o envelhecimento precoce da pele. Além disso, poucas pessoas sabem que o aumento do peso corporal e dos níveis de açúcar no sangue também podem ajudar a pele a envelhecer antes do tempo.
Fisiologicamente, o envelhecimento está associado à perda de tecido fibroso, à taxa mais lenta de renovação celular, e à redução da rede vascular e glandular. A função de barreira que mantém a hidratação celular também fica prejudicada. Dependendo da genética e do estilo de vida, as funções fisiológicas normais da pele podem diminuir em 50% até meia-idade.
 
TIPOS DE ENVELHECIMENTO
Envelhecimento cutâneo intrínseco ou cronológico
É o envelhecimento decorrente da passagem do tempo, determinado principalmente por fatores genéticos, estado hormonal e reações metabólicas, como estresse oxidativo. Nele estão presentes os efeitos naturais da gravidade ao longo dos anos, como as linhas de expressão, a diminuição da espessura da pele e o ressecamento cutâneo.
A pele tem efeitos degenerativos semelhantes aos observados em outros órgãos, mas reflete também certos aspectos da nossa saúde interior, como:
Genética: com o tempo as células vão perdendo sua capacidade de se replicar. Este fenômeno é causado por danos no DNA decorrentes da radiação UV, toxinas ou deterioração relacionada à idade. Conforme as células vão perdendo a velocidade ao se replicar, começam a aparecer os sinais de envelhecimento.
Hormônios: Ao longo dos anos há diminuição no nível dos hormônios sexuais, como estrogénio, testosterona, e dos hormônios do crescimento. Equilíbrio é fundamental quando se fala de hormônios; diminuindo os níveis hormonais com o envelhecimento, acelera-se a deterioração da pele. Em mulheres, a variação nos níveis de estrogênio durante a menopausa é responsável por mudanças cutâneas significativas: o seu declínio prejudica a renovação celular da pele, resultando em afinamento das camadas epidérmicas e dérmicas.
Estresse oxidativo: Desempenha papel central na iniciação e condução de eventos que causam o envelhecimento da pele. Ele altera os ciclos de renovação celular, causa danos ao DNA que promovem a liberação de mediadores pró-inflamatórios, que, por sua vez, desencadeiam doenças inflamatórias ou reações alérgicas na pele.
Além disso, células do sistema imunológico chamadas células de Langerhans diminuem com o envelhecimento. Isto afeta a capacidade da pele para afastar o estresse ou infecções que podem afetar sua saúde. Com o avançar da idade, diminui-se a imunidade, aumentando a incidência de infeções, malignidades e deterioração estrutural.
Níveis elevados de açúcar no sangue e glicação: A glicose é um combustível celular vital. No entanto, a exposição crónica de glicose pode afetar a idade do corpo por um processo chamado de glicação. A glicação pode ocorrer pela exposição crônica ao açúcar exógeno, nos alimentos, ou endógeno, como no caso do Diabetes. A consequência principal desse processo é o estresse oxidativo celular, tendo como consequência, o envelhecimento precoce.
 
Envelhecimento intrínseco da pele
É o envelhecimento provocado pela exposição ao sol e outros fatores ambientais. Um dos agentes mais importantes é a radiação solar ultravioleta. As toxinas com as quais entramos em contato, como tabaco, álcool, poluição, entre outros também ajudam no processo de envelhecimento da pele, e dependendo do grau de exposição aceleram-no.
Fatores que aceleram o envelhecimento:
Radiação solar: atua na pele causando desde queimaduras até fotoenvelhecimento e aparecimento dos cânceres da pele. Várias alterações de pigmentação da pele são provocadas pela exposição solar, como as manchas, pintas e sardas. A pele fotoenvelhecida é mais espessa, por vezes amarelada, áspera e manchada.
Cigarro: fumantes possuem marcas acentuadas de envelhecimento na pele. O calor da chama e o contato da fumaça com a pele provocam o envelhecimento e a perda de elasticidade cutânea. Além disso, o fumo reduz o fluxo sanguíneo da pele, dificultando a oxigenação dos tecidos. A redução deste fluxo parece contribuir para o envelhecimento precoce da pele e para a formação de rugas, além de dar à pele uma coloração amarelada. Rugas acentuadas ao redor da boca são muito comuns em fumantes.
Álcool: Altera a produção de enzimas e estimula a formação de radicais livres, que causam o envelhecimento. A exceção à regra é o vinho tinto, que, se consumido moderadamente, têm ação anti-radicais livres, pois é rico em flavonóides, um potente antioxidante.
Movimentos musculares: movimentos repetitivos e contínuos de alguns músculos da face aprofundam as rugas, causando as chamadas marcas de expressão, como as rugas ao redor dos olhos.
Radicais livres: são uns dos maiores causadores do envelhecimento cutâneo. Os radicais livres se formam dentro das células pela exposição aos raios ultravioleta, pela poluição, estresse, fumo, etc. Acredita-se que os radicais livres provocam um estresse oxidativo celular, causando a degradação do colágeno (substância que dá sustentação à pele) e a acumulação de elastina, que é uma característica da pele fotoenvelhecida.
Bronzeamento artificial: a Sociedade Brasileira de Dermatologia condena formalmente o bronzeamento artificial que pode causar o envelhecimento precoce da pele (rugas e manchas) e formação de câncer da pele. A realização desse procedimento por motivações estéticas é proibida no Brasil desde 2009.
Alimentação: uma dieta não balanceada contribui para o envelhecimento da pele. Existem elementos que são essenciais e devem ser ingeridos para repor perdas ou para suprir necessidades, quando o organismo não produz a quantidade diária suficiente. O excesso de açúcar também “auxilia” a pele a envelhecer mais depressa, como já foi dito anteriormente.TRATAMENTOS
Como a busca pela juventude e beleza continuam a crescer, os avanços de pesquisa dentro da indústria de cosméticos e da estética médica têm visto um crescimento exponencial nos últimos 20 anos. Os tratamentos mais procurados são aqueles que apresentam resultados em um curto espaço de tempo e baixo risco. Estes incluem lasers, luz intensa pulsada, preenchimentos à base de ácido hialurônico, toxina botulínica, peeling químico, radiofrequência, e os procedimentos dermoabrasão.
Confira algumas opções:
Peeling: Os peelings químicos com ácido glicólico, ácido retinóico, ácido mandélico e outros, oferecem um tratamento não invasivo para ajudar a renovar a superfície cutânea. Após a aplicação, há renovação da camada superficial da pele trazendo brilho radiante e minimizando a visibilidade das linhas finas e de manchas. Embora peelings químicos sejam utilizados principalmente na face, eles também podem ser usados para melhorar a pele no pescoço, colo, mãos e braços.
Luz Intensa Pulsada e Laser: Com tecnologia avançada, já há uma grande variedade de dispositivos e mecanismos disponíveis para tratar termicamente a pele. Sua principal indicação se dá no tratamento de vasos, melanose solar, poros dilatados, com melhora no aspecto geral cutâneo.
O tratamento a laser fracionário tornou-se popular em práticas cosmiátricas, pois têm demonstrado resultados favoráveis e com o tempo de recuperação mínimo. Em geral, este tipo de tratamento envolve a aplicação de uma luz de laser focado na pele. Com o calor gerado pela luz, as camadas superiores e médias são removidas da pele. Após a cicatrização, os resultados gerais mostram uma melhoria visível na coloração da pele e suavização de rugas.
Toxinas e Preenchimentos: Para ajudar a restaurar o volume e a minimizar linhas finas e rugas semipermanentes, toxina botulínica e preenchedores dérmicos podem ser utilizados na área dos olhos, testa e dobras nasolabial, podem ser utilizados na face, pescoço e colo, esse último se referindo aos preenchedores. Os resultados geralmente duram de 4 a 6 meses para as toxinas e de um ano até um ano e meio se referindo aos preenchedores .
Importante: Para saber qual é a opção mais indicada para tratar o envelhecimento, procure um dermatologista. Este profissional está apto para fazer uma análise da sua pele e das suas condições de saúde e, assim, prescrever a terapia adequada a cada caso. Cabe ressaltar que a duração ou o resultado de cada tratamento variam conforme o estado geral de saúde e as características de cada paciente.
 
MITOS E VERDADES SOBRE ENVELHECIMENTO
A pele precisa de vários produtos e uma rotina para o dia e para a noite. Mito. Você não precisa de vários produtos para tratar e combater o envelhecimento da pele, apenas ingredientes com qualidades específicas. Certifique-se de escolher um produto que tenha os ingredientes mais benéficos para o envelhecimento da pele: vitamina A e vitamina C . Se o seu hidratante noturno ou sérum tem estes ingredientes-chave, você está no caminho certo, e se o seu produto tem também alfa-hidróxi ácido e ácido glicólico ainda melhor, eles são ótimos para renovar a pele, e ideais para tratamento do envelhecimento. Mas atenção: consulte um dermatologista para conhecer os produtos indicados.
Os produtos precisam ser caros para funcionarem. Mito. Não existe essa relação, produtos caros podem não funcionar, assim como produtos que custam muito pouco podem ser verdadeiras fontes de beleza. O essencial é verificar a embalagem do produto, seus princípios ativos, sua data de validade. Caros ou baratos, devem sempre ser indicados por um dermatologista.
Fumar acelera o envelhecimento da pele. Verdade. Isso faz com que apareçam rugas e a pele fique sem brilho e perca a viscosidade.
Álcool faz mal para a pele. Verdade. Alguns estudos sugerem que comer muitas frutas e vegetais frescos pode ajudar a prevenir os danos que levam ao envelhecimento prematuro da pele. E também sugerem que uma dieta que contenha muito açúcar e outros carboidratos refinados pode acelerar o envelhecimento.
Praticar exercícios físicos faz bem para a pele: O exercício moderado pode melhorar a circulação e estimular o sistema imunológico. Isto, por sua vez, pode dar à pele uma aparência mais jovem.
Dormir de barriga para cima evita rugas. Verdade. Dormir de lado ou sob o rosto faz com que linhas apareçam. Com o tempo, essas linhas podem se transformar em rugas permanentes
As lâmpadas fluorescentes e a luz da tela de computador aceleram o envelhecimento da pele. Mito. Ainda não há estudos científicos que confirmem definitivamente essa associação.
Proteger a pele do sol previne o envelhecimento. Verdade. A exposição excessiva à radiação ultravioleta é uma das principais causas de câncer da pele e envelhecimento precoce.
A radiação UVA causa mais rugas que a UVB. Verdade. A radiação UVA penetra mais profundamente na pele e é a principal responsável pelo fotoenvelhecimento.
Temos de usar filtro solar todos os dias para prevenir o envelhecimento. Verdade. Precisamos aplicar o protetor diariamente, mesmo em dias frios ou chuvosos, pois 80% da radiação UV atravessa as nuvens.
 
DICAS SOBRE ENVELHECIMENTO
O sol tem um papel importante no envelhecimento prematuro da nossa pele, como vimos. Além dele, outros fatores podem fazer com que nossa pele envelheça mais rápido do que deveria, por isso, preparamos algumas dicas para ajuda-lo nessa corrida contra o tempo.
Proteja a sua pele do sol todos os dias. Diariamente, mesmo em dias de frio ou chuva, aplique um filtro solar com FPS 30 (ou superior). Entretanto, você deve aplicar protetor solar todos os dias em toda a pele que não está coberta pela roupa, isso inclui mão, pescoço, nuca, orelhas, pés, braços. Não adianta passar protetor apenas no rosto! Se for nadar ou praticar esportes, o produto precisa ser resistente à água. Se houver muita exposição solar ou suor excessivo, o produto deve ser reaplicado regularmente, de preferência a cada 3 horas.
Use outras estratégias de fotoproteção. Só o filtro solar não basta. Para ficar bem protegida, é necessário ficar na sombra nos horários de sol forte e complementar o protetor com óculos, roupas e chapéus apropriados.
Beba no mínimo dois litros de água por dia. A ingestão de água hidrata o organismo e facilita a eliminação de toxinas que contribuem para o envelhecimento da pele.
Higienize a pele diariamente. Limpar a pele duas vezes ao dia, de manhã e à noite. O acúmulo dos resíduos de suor, poluição, maquiagem e outras substâncias provoca a obstrução dos poros e o surgimento de rugas.
Use sempre um demaquilante, e nunca durma maquiada. O demaquilante é mais eficaz que o sabonete para remover a maquiagem. Mesmo que esteja muito cansada, remova sempre a “pintura” do rosto, todos os dias. O hábito de dormir maquiada obstrui os poros e impede a pele de respirar, o que provoca oleosidade e envelhecimento precoce.
 
Mesmo as pessoas que já tenham sinais de envelhecimento prematuro na pele podem se beneficiar ao mudar seu estilo de vida. Ao proteger a pele do sol, você dá uma chance para reparar alguns dos danos. Fumantes que param de fumar também percebem que sua pele parece mais saudável.
Se os sinais de envelhecimento da pele o incomodam, você pode consultar um dermatologista. Há tratamentos e procedimentos pouco invasivos para atenuar as rugas e dar firmeza à pele que deixam muitas pessoas com aparência mais jovem. Converse com seu médico.
Escabiose (ou Sarna)
O que é?
A escabiose (ou sarna) é uma doença contagiosa causada pelo ácaro Sarcoptes scabie variedadehominis, transmitida pelo contato direto com uma pessoa infectada. Ocorre em ambos os sexos, em qualquer faixa etária,  independentemente da raça ou de hábitos de higiene pessoal. O Sarcoptes scabie é um parasita exclusivo da pele do homem, e que sobrevive poucas horas quando está fora dela. A fêmea fecundada penetra na epiderme e elimina cerca de 40 a 50 ovos, morrendo em seguida. O ciclo biológico do ovo até sua forma adulta demora cerca de 15 dias, daía importância de repetir o tratamento depois de 7 a 15 dias.
Sintomas
Geralmente, 3 a 4 dias após o contato com o ácaro, surgem pápulas (“bolinhas”), às vezes com pequenas bolhas de água e que coçam muito, localizadas nos punhos, entre os dedos, mamilos, axilas, abdômen, nádegas e genitália. Nas crianças pode acometer o couro cabeludo, palmas das mãos e plantas dos pés. O prurido (coceira) é mais intenso à noite, provocando arranhões que podem infectar.
Diagnóstico
O diagnóstico é feito com base na história de coceira noturna, associada a lesões cutâneas presentes nos locais sugestivos. Em geral, há mais de um caso no ambiente residencial. O diagnóstico é clínico, mas se necessário, poderá ser feita uma confirmação laboratorial pelo achado do ácaro, em material coletado da pele do paciente, examinado ao microscópio.
Tratamentos
Há vários medicamentos de uso tópico que podem ser utilizados no tratamento da escabiose. As soluções escabicidas devem ser  aplicadas em todo o corpo, por 2 ou 3 noites seguidas. Existe também a possibilidade do tratamento incluir o uso de drogas sistêmicas. Antes de iniciar o tratamento, deve ser feito um levantamento de todos os membros da casa, avaliando e tratando os que estão acometidos, e evitando assim, a permanência de contágio entre familiares. As roupas devem ser trocadas e lavadas diariamente. Os sabonetes escabicidas não costumam ser eficazes e produzem, em diversos casos, reações alérgicas que pioram o  quadro. Gestantes e lactantes não devem utilizar os mesmos medicamentos que as outras pessoas acometidas pela escabiose.
Estrias
O QUE É? 
As estrias ocorrem mais nas mulheres, podendo ser discretas ou exuberantes. O aspecto é de lesões lineares rosadas ou da cor da pele, deprimidas ou discretamente elevadas na fase inicial e brancas quando tardias, com espessura e/ou largura variáveis e mais frequentes nas nádegas, coxas, abdome e costas.
 
CAUSAS
Não se sabe a causa, mas geralmente aparecem após a distensão excessiva ou abrupta da pele (crescimento rápido, engordar rapidamente, gestação com aumento exagerado de peso etc), que desencadeia uma inflamação e depois rompimento das fibras elásticas e colágenas. Podem ocorrer em situações, tais como: crescimento, aumento excessivo dos músculos por exercícios físicos exagerados, colocação de expansores sob a pele ou próteses (de mamas por exemplo), gravidez, obesidade, uso prolongado de corticosteroides tópicos, orais ou injetáveis e anorexia nervosa.
 
TRATAMENTO
O tratamento das estrias representa um desafio e os resultados nem sempre são satisfatórios. O ideal é que seja realizado logo que as estrias aparecem, na fase em que são  recentes, rosadas, antes que se tornem tardias, brancas. Os tratamentos conhecidos podem ser feitos de forma isolada ou em associações: ácido retinoico em creme e em concentração elevada (pode causar irritação da pele e, por isso, precisa de acompanhamento por dermatologista); creme com ácido glicólico; creme com vitamina C; microdermoabrasão; radiofrequência; vários tipos de luzes e laser – laser de corante pulsado (dye laser), excimer laser, luz intensa pulsada, laser Nd:YAG, laser de érbio e laser de CO2fracionado. Os resultados dos tratamentos são variáveis, pode haver melhora e até regressão das estrias, como nenhum efeito.  A maioria dos estudiosos considera que nenhum tratamento isolado é melhor e que o futuro certamente dependerá dos avanços nas tecnologias a laser. Sempre é importante o uso de hidratantes que melhoram a qualidade da pele. Cremes para prevenção das estrias na gravidez, por exemplo, não tem efeito garantido – um estudo demonstrou que não houve diferença no desenvolvimento de estrias entre as mulheres tratadas com os ingredientes ativos e as que usaram placebo ou não receberam tratamento.
Foliculite
O QUE É?
Foliculite ocorre quando há infecção dos folículos pilosos, causada por bactérias, como o estafilococo, ou outros fatores. Infecções graves podem causar perda permanente do cabelo e cicatrizes.
A infecção aparece como pequenas espinhas, de ponta branca, em torno de um ou mais folículos pilosos. A maioria dos casos de foliculite é superficial, pode coçar, e doer. Normalmente a inflamação do pelo sara sozinha, mas os casos mais graves e recorrentes merecem atenção e tratamento com um dermatologista.
 
SINTOMAS
A foliculite pode ser superficial ou profunda. No primeiro caso, afeta apenas a parte superior do folículo piloso. Os sintomas são: pequenas espinhas vermelhas, com ou sem pus; a pele pode ficar avermelhada e inflamada; causa coceira e sensibilidade na região.
São raros os casos de foliculite que causam complicações. Entretanto, preste atenção a possíveis recorrências, ou seja, um local em que o pelo sempre “encrava”, ou se a área atingida pela foliculite aumenta. Procure o dermatologista, ele irá indicar o melhor tratamento.
Quando a inflamação atinge áreas mais profundas da pele, pode haver a formação de furúnculos.  Os sintomas são: grandes áreas avermelhadas; lesões elevadas com pus amarelado no meio; as áreas ficam muito sensíveis e doloridas e pode coçar também; em alguns casos a dor é intensa. As chances de cicatrizes são maiores nesses casos, e pode haver destruição do folículo piloso.
 
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO
Um médico pode diagnosticar a foliculite simplesmente olhando a pele. Em alguns casos, os médicos podem retirar amostras da secreção da lesão para que ela seja examinada em laboratório.
Os casos leves de foliculite provavelmente curam-se sozinhos. Mas, casos persistentes ou recorrentes podem exigir tratamento. A terapia dependerá do tipo e da gravidade da sua infecção.
Foliculite Estafilocócica
Tipo comum. Ocorre quando os folículos pilosos são infectados com bactérias staphylococcus aureus (estafilococos).É caracterizada por coceira, inflamação com pus e pode ocorrer em qualquer região do corpo que possua pelos. Quando afeta área da barba de um homem, é chamada de coceira do barbeiro. Embora os estafilococos vivam na pele o tempo todo, elas podem causar problemas quando entram no corpo através de um corte ou outro ferimento. Isto pode ocorrer por arranhões ou lesões na pele. O tratamento pode ser com antibiótico tópico, oral ou uma combinação dos dois. Também pode ser recomendado evitar raspar a área, até que a infecção sare.
Foliculite por pseudômonas (foliculite da banheira quente)
As bactérias pseudomonas aeruginosa  proliferam em ambientes aquáticos em que os níveis de cloro e o pH não são bem regulados, como banheiras de hidromassagem. A infecção aparece entre oito horas e cinco dias após a exposição à bactéria. São erupções vermelhas, que coçam, e mais tarde bolhas com pus podem aparecer também. Áreas que ficam úmidas por mais tempo são as mais propensas à infecção, como as áreas cobertas pela roupa de banho. O tratamento se dá normalmente com loções para aliviar a coceira, antibióticos são receitados raramente.
Pseudofoliculite da barba
Uma inflamação dos folículos pilosos na área da barba, afeta homens. Os pelos raspados ao crescerem se curvam e voltam para o interior da pele. Este processo leva à inflamação e, à vezes, cicatrizes na face e no pescoço. Há cuidados para prevenir. Usar o barbeador elétrico pode ser uma opção. Ao se barbear, procure utilizar água morna, massagear os pelos para que eles fiquem mais amolecidos, ao passar o barbeador faça-o no sentido do crescimento dos pelos. E após terminar o processo, passe um hidratante.
Foliculite Pitirospórica
Comum em adolescentes e homens adultos, é causada por um fungo que causa inflamações avermelhadas, que coçam, nas costas e no peito. Atinge, às vezes, o pescoço, ombros, braços e face. Antifúngicos tópicos ou orais são os tra
tamentos mais eficazes para este tipo de foliculite.
Sycosis barba
Inflamação em todo o folículo piloso após o barbear. Pequenas inflamações aparecem primeiro no lábio superior, queixo e mandíbula. Podem aparecer constantemente com o barbear contínuo. Em casos mais graves pode deixar cicatrizes.Compressas e antibióticolocal são os tratamentos mais utilizados.
Foliculite gram-negativo
Costuma se desenvolver quando a pessoa usa antibióticos por longo tempo para tratar acnes. Surge principalmente no nariz. Esses medicamentos alteram o equilíbrio normal da pele, fazendo com que organismos nocivos se desenvolvam, como as bactérias gram-negativas. Na maioria das pessoas não há grandes problemas, principalmente após cessar o uso dos medicamentos. Mas elas podem se espalhar pelo rosto e causar lesõesgraves. Apesar de este tipo ser provocado pelo uso prolongado de antibióticos, medicamentos tópicos ainda são a melhor forma de tratamento.
Furúnculos e carbúnculos
Ocorre quando há infecção com estafilococos. É uma inflamação inchada, bem avermelhada e febril. Conforme a quantidade de pus no interior aumenta, a região se torna mais dolorosa. Quando as lesões são muito grandes pode haver cicatriz no futuro. O carbúnculo é um aglomerado de furúnculos, que muitas vezes ocorre na parte de trás do pescoço, ombros, costas e coxas. São infecções mais profundas e graves do que um único furúnculo. Quase sempre deixam pequenas cicatrizes. O médico pode drenar a infecção com uma pequena incisão para aliviar a febre e a dor. No caso dos carbúnculos pode ser necessário usar antibióticos para ajudar na melhora dos sintomas.
Foliculite eosinofílica
Acomete principalmente pessoas com HIV. É caracterizada por manchas inflamadas, feridas com pus, principalmente no rosto e, às vezes, nos braços, que podem coçar. As feridas costumam se espalhar, e deixam as áreas mais escuras do que a pele normal. A causa exata da foliculite eosinofílica não é conhecida, embora possa envolver o mesmo fungo responsável pela foliculite pitirospórica. Neste tipo, os corticosteroides são o melhor tratamento, em casos graves é necessário entrar com a medicação oral também. Em pacientes com HIV além dos esteroides tópicos o médico pode receitar anti-histamínicos via oral.
PREVENÇÃO
Manter a pele limpa, seca e livre de escoriações ou irritações pode ajudar a prevenir a foliculite. Certas pessoas são mais propensas a infecções, como as pessoas com diabetes. Se você tem algum problema médico que o torna mais propenso a contrair infecções, algumas precauções podem ser importantes.
Evite lavagens antissépticas rotineiramente, pois deixam a pele e seca e matam bactérias protetoras. Mantenha a pele hidratada. Tome cuidado ao fazer a barba, use gel de barbear, espuma ou sabão para lubrificar as lâminas e evitar cortes.
Fotossensibilidade
O QUE É?
A fotossensibilidade  é uma reação incomum sensibilidade extrema da pele quando exposta à luz do Sol ou fontes luminosas artificiais, induzidas por substâncias químicas. Aas reações podem se instalar em menos de 30 minutos até dias, e podem deixar marcas e lesões nas áreas expostas aos raios solares ou em locais mais distantes, nesse caso, dificultando o diagnóstico.
 
TIPOS DE REAÇÃO
Fototóxica. Resulta da liberação de energia por agentes fotossensibilizantes e pode provocar danos a longo prazo na pele. Mais comum, pode ser observada  minutos ou horas após o contato com o agente agressor associado aos raios solares (como exemplo temos as reações causadas pelo sumo do limão e sol). As reações são locais, ou seja, apenas na parte que foi exposta ao agente fotossensibilizante. Não há envolvimento imunológico nesse caso, e pode ocorrer com qualquer indivíduo.
Fotoalérgica. Mais rara, ocorre quando uma substância química induzida pelos raios UV alteram moléculas da pele, transformando-as em novas substâncias. Isso provoca uma resposta do corpo, que ataca essas novas  moléculas (diferentes) formadas. Demora mais tempo para poder ser observada pois precisa de um contato prévio com a substância para que ocorra essa sensibilização. As reações costumam aparecer entre um e três dias após o contato e não se limitam ao local atingido, podendo se espalhar para o resto do corpo.
 
SINTOMAS
Quando os raios ultravioleta atingem a pele fotossensível , o mais comum é a ocorrência de algum tipo de dermatite (erupções cutâneas provocadas pela substância agressora).
Prurido (coceira), machucados, vermelhidão e pequenas bolhas também podem surgir.
 
TRATAMENTO E PREVENÇÃO
A abordagem mais eficiente é a fotoproteção: usar roupas adequadas para se proteger do Sol e sempre aplicar filtro solar antes de sair ao ar livre.
No caso de doenças mais graves relacionadas à fotossensibilidade, como lúpus eritematoso sistêmico por exemplo, o tratamento é mais específico e feito com medicamentos.
Medicamentos por via oral e tópicos são utilizados, devendo ser indicados pelo médico.
Evitar contato com substâncias fotossensibilizantes, como algumas plantas, perfumes e outros cosméticos, antibióticos, associados à exposição solar.
Hanseníase
O QUE É?
A hanseníase, também conhecida como lepra, é uma doença infecciosa causada por uma bactéria chamada Mycobacterium leprae. Foi descoberta em 1873 por um cientista chamado Hansen, o nome dado a ela é em homenagem ao seu descobridor. Entretanto, esta é uma das doenças mais antigas já registradas na literatura, com casos na China, Egito e Índia, antes de Cristo.
A doença é curável, mas se não tratada pode ser preocupante. Hoje, em todo o mundo, o tratamento é oferecido gratuitamente, e há várias campanhas para a erradicação na doença. Os países com maiores incidência são os menos desenvolvidos ou com condições precárias de higiene e superpopulação. Em 2011, o Ministério da Saúde registrou no Brasil mais de 33 mil casos da doença.
A transmissão do M. leprae se dá através de contato íntimo e contínuo com o doente não tratado. Apesar de ser uma doença da pele, é transmitida através de gotículas que saem do nariz, ou através da saliva do paciente. Não há transmissão pelo contato com a pele do paciente.
Afeta primordialmente a pele, mas pode afetar também os olhos, os nervos periféricos e, eventualmente, outros órgãos. Ao penetrar no organismo, a bactéria inicia uma luta com o sistema imunológico do paciente. O período de incubação é prolongado, e pode variar de seis meses a seis anos.
 
SINTOMAS
A hanseníase acomete primeiro a pele e os nervos periféricos, e pode atingir também os olhos e os tecidos do interior do nariz. O primeiro e principal sintoma são o aparecimento de manchas de cor parda, ou eritematosas, que são pouco visíveis e com limites imprecisos.
Nas áreas afetadas pela hanseníase, o paciente apresenta perda de sensibilidade térmica, perda de pelos e ausência de transpiração. Quando lesiona o nervo da região em que se manifestou a doença, causa dormência e perda de tônus muscular na área.
Podem aparecer caroços e/ou inchaços nas partes mais frias do corpo, como orelhas, mãos e cotovelos; e pode haver alteração na musculatura esquelética causando deformidades nos membros.
Além disso, são identificadas quatro formas clínicas da doença:
Hanseníase indeterminada
Estágio inicial da doença e muito comum em crianças. Quando começa nesse estágio, apenas 25% dos casos evoluem para outras formas.
Hanseníase Tuberculóide
Forma mais leve da doença. A pessoa tem apenas uma ou poucas manchas pálidas na pele. Ocorre quando a patologia é paucibacilar (com poucos bacilos), ou seja, não contagiosa. Alterações nos nervos próximos à lesão, podem causar dor, fraqueza e atrofia muscular.
Hanseníase Borderline
Forma intermediária da doença. Há mais manchas na pele e cobrindo áreas mais extensas, em alguns casos é difícil precisar onde começa e onde termina.
Hanseníase Virchowiana
Forma grave da doença, multibacilar, com muitos bacilos, e contagiosa. Os inchaços são generalizados e há erupções cutâneas, dormência e fraqueza muscular. Nariz, rins e órgãos reprodutivos masculinos também podem ser afetados.
 
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico da hanseníase é feito pelo dermatologista, e envolve a avaliação clínica do paciente, com aplicação de testes de sensibilidade, palpação de nervos, avaliação da força motora etc. Se o dermatologista desconfiar de alguma mancha ou ferida no corpo do paciente, poderá

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