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UNIVERSIDADE ANHANGUERA UNIDERP( Tricologia)

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA UNIDERP
Carla Aparecida Martins de Oliveira
Illys Regina Plácido
Maria Aparecida Vieira de Macedo 
TRICOLOGIA: Glândulas Sebáceas e Sudoríparas 
Prof.ª: Claudionora Neves
Campo Grande/MS
23 de setembro de20 14
 
Glândulas sudoríparas
As glândulas sudoríparas são membranas especializadas na secreção de um líquido transparente muito específico, denominado suor, composto, sobretudo por água e pela dissolução de sais e vários resíduos do metabolismo, que deságua no exterior. Cada glândula é formada por duas partes: uma situada na profundidade da pele, que se encarrega da produção do suor, e um fino canal, através do qual a secreção é transportada para o exterior. Embora existam inúmeras glândulas sudoríparas, vários milhões, distribuídas por toda a superfície corporal, a sua distribuição difere consoante a diferente área, já que são especialmente abundantes nas palmas das mãos e nas plantas nos pés, na fronte e no peito, sendo muito menos numerosas, por exemplo, nas costas. Apesar de todas as glândulas sudoríparas serem muito semelhantes, é possível distinguir dois tipos com estruturas e funções diferentes: as écrinas e as apócrinas. 
Glândulas sudoríparas écrinas
.
 Estas glândulas sudoríparas, as mais abundantes e distribuídas por todo o corpo, são constituídas por um glomérulo secretor localizado na hipoderme e por um canal excretor que atravessa a derme e a epiderme de modo a desaguar as suas secreções na superfície através de um pequeno poro, imperceptível a olho nu. As células glandulares que formam o glomérulo secretor estão intercaladas com células mioepiteliais, cuja contração, provocada por vários estímulos, favorece a expulsão do suor para o exterior. O produto da secreção destas glândulas é um líquido aquoso transparente, de gosto salgado e sem odor.
Glândulas sudoríparas apócrinas.
 Estas glândulas são semelhantes às anteriores, mas são um pouco mais volumosas. Para, além disso, como o seu tubo excretor não consegue atingir os poros específicos da superfície cutânea têm que desaguar num folículo piloso. Estas glândulas apenas existem em algumas zonas do corpo, nas axilas, na região genital, à volta do umbigo, à volta dos mamilos e nas orelhas. A secreção produzida por estas glândulas é muito diferente do suor elaborado pelas glândulas écrinas, já que é menos abundante, leitoso ou opalescente e tem um odor mais intenso.
Composição e secreção do suor
O suor é um líquido incolor e de odor característico composto essencialmente por água, que corresponde a 99% do seu volume, sendo igualmente constituído por várias substâncias dissolvidas, nomeadamente cloreto de sódio (sal comum) e em menor escala lactados, amoníaco, ácido ascórbico e outros produtos do metabolismo. No entanto, a composição do suor e a sua quantidade segregada podem variar significativamente em função de vários fatores.
A secreção do suor é controlada pelo sistema nervoso e são produzidos como resposta a dois tipos de estímulos, uns eminentemente fisiológicos, que participam no controlo da temperatura do corpo e outros de natureza psicológica, como resposta às situações de stress.
Controle da temperatura do corpo. A secreção de suor contribui significativamente para a endotermia, ou seja, para a manutenção da temperatura do corpo dentro de determinados valores. De fato, as glândulas sudoríparas transportam, constantemente, certa quantidade de secreções para a superfície corporal, onde a sua evaporação provoca um efeito refrigerante sobre a pele e proporciona a elaboração de, no mínimo, meio litro de suor perceptível (perspiração). Todavia, esta quantidade pode aumentar significativamente em ambientes quentes e através da prática de exercício físico, podendo ser produzidos vários litros. Esta atividade das glândulas sudoríparas é regida pelo hipotálamo, uma estrutura situada na base do cérebro com a função de controlar a temperatura do corpo: quando esta sobe, o hipotálamo envia sinais para as glândulas sudoríparas para que estas aumentem a sua atividade, até ao ponto de em conjunto produzirem até cerca de 1 litro por 1 hora. Embora o aumento de suor, normalmente, se evidencie primeiro na face e no tronco, em situações extremas praticamente toda a superfície do corpo pode ficar repleta de suor. Este mecanismo é igualmente ativado em caso de febre, de modo a contrariar o aumento da temperatura interna do organismo.
Estímulos psíquicos.
Existem vários estímulos psíquicos, sobretudo o nervosismo e o medo, que podem provocar uma secreção abundante de suor. Todavia, estes suores incômodos, aparentemente sem qualquer finalidade, apenas se manifestam de maneira evidente nas palmas das mãos e nas plantas dos pés. Aparentemente, a função desta secreção está relacionada com os mecanismos reflexos primitivos de adaptação do organismo às situações extremas, mas não proporciona qualquer beneficio. 
Febre e suor
A febre acompanhada por suor, por vezes muito abundante, sobretudo no momento em que a temperatura do corpo começa a baixar, é um dos principais mecanismos para a normalização da temperatura interna do corpo.
No entanto, não nos podemos esquecer que como o suor implica uma perda de líquidos e sais, quando suamos devemos repor esta perda através da abundante ingestão de água, se possível com uma pequena quantidade de sal dissolvido.
A precaução de assimilar líquidos e minerais eliminados através do suor é fundamental, sobretudo nos bebês, para prevenir uma eventual desidratação. 
Glândulas sebáceas
As glândulas sebáceas são membranas especializadas na produção de matéria gorda destinada a proteger e lubrificar a superfície do corpo e os pelos. Estas glândulas estão localizadas na derme e deságuam as suas secreções na superfície do corpo ou, como é mais habitual, pelos folículos pilosos, através dos quais chegam à superfície da epiderme.
Cada glândula sebácea é constituída por vários alvéolos, uma espécie de sacos encarregue da produção das secreções, que afluem num tubo ou num canal excretor de modo a desaguarem o produto elaborado para a superfície do corpo ou para um folículo piloso. Cada alvéolo secretor é formado por várias camadas de células sobrepostas em camadas concêntricas com um espaço livre no centro. A célula da camada mais externa encontra-se em constante replicação e, ao longo da sua divisão, vão empurrando as que estão por cima para o centro do alvéolo. Dado que à medida que vão sendo deslocadas, estas células vão sintetizando e acumulando gorduras no seu interior, ao chegarem ao centro do alvéolo está tão carregadas que perdem o seu núcleo e os restantes elementos intracelulares, o que provoca a sua morte e desunião e, consequentemente, a libertação do seu conteúdo para que seja eliminado através do tubo excretor. 
Secreção de sebo
O sebo é formado por uma mistura de substâncias gordas provenientes das próprias células dos alvéolos secretores que, como já foi referido, se desunem com a maturação e libertam o seu conteúdo, para que este seja eliminado para o tubo excretor, sendo por isso, que a produção de sebo depende da velocidade de reprodução das células que compõem os alvéolos secretores, essencialmente controlados por hormônios denominadas andrógenos.
Os andrógenos são hormônios tipicamente masculinos, já que embora estejam presentes em ambos os sexos, devido ao fato de serem elaboradas pelas glândulas suprarrenais, são em maior número produzidas nos testículos. A atividade das glândulas sebáceas depende da produção de andrógenos, embora, à semelhança da funcionalidade das glândulas sebáceas, varie muito conforme a idade.
Dado que a produção de sebo, no recém-nascido, é muito abundante, dada a influência dos androgênios provenientes do organismo materno antes do parto, a produção de sebo nos bebês é, à medida que os hormônios vão sofrendo os efeitos do metabolismo, imediatamente reduzida, sendo igualmente mantida a um nível mínimo durante
a infância. De fato, a atividade das glândulas sebáceas apenas aumenta ao longo da puberdade, devido ao aumento significativo da elaboração de hormônios sexuais. A partir desta altura, à medida que a produção de hormônios sexuais se vai estabilizando, a produção de secreção sebácea acaba igualmente por se estabilizar. De fato, a produção de sebo só começa a diminuir nos idosos, já que nessa altura as glândulas respondem com menor eficácia às influências hormonais. 
Localização
A exceção das palmas das mãos das plantas dos pés, as glândulas sebáceas estão distribuídas por praticamente toda a superfície do corpo. De qualquer forma, o tamanho das glândulas e, consequentemente, a quantidade de secreção elaborada varia consoante às várias zonas do corpo. Por exemplo, as glândulas sebáceas são maiores na face, nomeadamente em zonas como a fronte e o nariz, sendo igualmente abundantes nessa região, na linha média das costas, à volta do ânus e na área genital. Nas zonas onde são mais abundantes, podem existir entre 400 a 900 glândulas sebáceas por cm2, enquanto que nas regiões onde são menos abundantes costuma haver cerca de 100 glândulas sebáceas/cm2. 
Funções da secreção sebácea
Embora a secreção sebácea tenha várias funções, a principal consiste em lubrificar a superfície da pele e dos pelos. Para, além disso, tem uma função protetora, já que a mistura do sebo com os produtos de erupção cutânea da epiderme e com o suor, permite a formação de um manto ácido e gordo, com uma propriedade antisséptica e que, entre outras coisas, dificulta o desenvolvimento de bactérias e fungos.
No entanto, o sebo desempenha, igualmente, outras funções importantes relativas à temperatura ambiente. Por exemplo, quando a temperatura externa é elevada, o sebo fluidifica-se e é uniformemente distribuído pela superfície cutânea, de modo a impedir o surgimento de fendas provocadas pela evaporação do abundante suor. Por outro lado, a solidificação da secreção sebácea dificulta a evaporação do suor, o que contribui para a manutenção da temperatura do corpo.

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