Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Exercício: CCJ0215_EX_A9_201607173931_V2 18/05/2018 20:59:33 (Finalizada) Aluno(a): CRISTINA MARIA PEDRO 2018.1 Disciplina: CCJ0215 - PORTUGUÊS INSTRUMENTAL II 201607173931 Ref.: 201610017597 1a Questão "Em um mundo marcado por conflitos em diferentes regiões, as operações de manutenção da paz das Nações Unidas são a expressão mais visível do compromisso solidário da comunidade internacional com a promoção da paz e da segurança". Embora não estejam expressamente mencionadas na Carta da ONU, elas funcionam como instrumento para assegurar a presença dessa organização em áreas conflagradas, de modo a incentivar as partes em conflito a superar suas disputas por meio pacífico, razão pela qual não devem ser vistas como forma de intervenção armada." Acesso em: 26.08.2016. Adaptado. Historicamente, o Brasil envia soldados para participar de operações de paz. Em 2004, foi criada pelo Conselho de Segurança da ONU a Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti (Minustah). De acordo com o texto, essa missão foi criada para combater o narcotráfico comandado pelo Cartel de Medelin, que a partir do Haiti distribuía drogas para todos os países da América Latina. restabelecer a segurança e normalidade institucional do Haiti após sucessivos episódios de turbulência política e de violência, que marcaram esse país no início do século XXI. atacar os garimpos ilegais de diamantes no interior do Haiti, que usavam mão de obra infantil nas minas onde esse minério é encontrado. acabar com os problemas ambientais crônicos no Haiti, pois esse país era o principal responsável pela poluição ambiental no Caribe. extinguir a rede de trabalho escravo existente no Haiti, que utilizava esse tipo de mão de obra nas plantações de soja e trigo. Explicação: Pelo contexto e pelas informações que temos desse episódio recente da história do nosso país, sabemos que a missão foi criada para restabelecer a segurança e normalidade institucional do Haiti após sucessivos episódios de turbulência política e de violência, que marcaram essa nação no início do século XXI. Ref.: 201608256322 2a Questão Não se pode dizer com correção: O conteúdo pressuposto garante ao discurso a coerência, assegura-lhe redundância, enquanto o progresso discursivo se faz no nível do conteúdo posto. Ao pressupor um conteúdo, o enunciador determina sua aceitação como condição de manutenção do "diálogo", atingindo, portanto, o direito de fala do enunciatário e estabelecendo os limites do que pode ou não ser dito para que o discurso continue. O pressuposto não é objeto de discussão. Mesmo que o enunciatário recuse o pressuposto, o discurso pode prosseguir e cria-se uma situação polêmica. Pode-se discutir, negar, não aceitar o posto, o conteúdo explicitado, mas não o pressuposto, pois equivale a desqualificar o enunciador e a impedir o prosseguimento do discurso. Explicação: Se o enunciatário recusa o pressuposto, a discussão é interrompida até se estabelecer novo pressuposto. Ref.: 201608242206 3a Questão CATAR FEIJÃO Catar feijão se limita com escrever: jogam-se os grãos na água do alguidar e as palavras na da folha de papel; e depois, joga-se fora o que boiar. Certo, toda palavra boiará no papel, água congelada, por chumbo seu verbo: pois para catar esse feijão, soprar nele, e jogar fora o leve e oco, palha e eco. (...) NETO, João Cabral de Melo. A educação pela pedra e depois. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1997. Após a leitura do fragmento do poema Catar feijão de João Cabral de Melo, assinale a única interpretação INACEITÁVEL em relação ao texto lido. É possível considerar que boiará no papel está sendo empregado como sendo uma alusão ao fato de que, ao serem escritas num papel, as palavras não mais poderão, em princípio, ser retiradas dali, a não ser por um princípio de seleção consciente por parte do poeta. Ou seja, enquanto os grãos indesejáveis boiam visivelmente, as palavras supérfluas ou desnecessárias precisam ser sentidas como tal e eliminadas do texto. No poema de João Cabral, o poeta utilizou-se da linguagem conotativa, ou seja, a metafórica, aquela empregada no sentido figurado da língua, ao aproximar, e depois limitar, duas ações bastante corriqueiras na vida de muitas pessoas, que são catar feijão e escrever . Levando-se em conta nosso conhecimento de mundo, boiar quer dizer flutuar/nadar, e apenas um leitor atento perceberia que boiar está sendo empregado, no quarto verso, como uma metáfora, uma vez que palavras não podem boiar, a não ser no nível figurativo. O poeta fez uma comparação: os grãos boiam na água, e as palavras boiam no papel. Observa-se que o poema Catar feijão apresenta a função metalinguística da linguagem, pois nele o eu lírico reflete sobre o ato de escrever, para ressaltar as semelhanças e diferenças entre essas duas ações. No poema Catar feijão, passamos a refletir sobre a força que as palavras exercem sobre nossos pensamentos, emoções, enfim, sobre nossas vidas. Daí, a escolha das palavras não ser fruto apenas de inspiração, mas sim de um árduo trabalho. Contudo não há a comparação metafórica catar feijão e escrever como intenção primeira para ressaltar as semelhanças e diferenças entre essas duas ações. Explicação: Alternativa E. De imediato, percebemos a comparação metafórica construída pelo poeta catar feijão e escrever para ressaltar as semelhanças e diferenças entre as duas ações. Ref.: 201608256323 4a Questão (ENADE, 2011) Leia o texto que segue: Retrato de uma princesa desconhecida Para que ela tivesse um pescoço tão fino Para que os seus pulsos tivessem um quebrar de caule Para que os seus olhos fossem tão frontais e limpos Para que a sua espinha fosse tão direita E ela usasse a cabeça tão erguida Com uma tão simples claridade sobre a testa Foram necessárias sucessivas gerações de escravos De corpo dobrado e grossas mãos pacientes Servindo sucessivas gerações de príncipes Ainda um pouco toscos e grosseiros Ávidos cruéis e fraudulentos Foi um imenso desperdiçar de gente Para que ela fosse aquela perfeição Solitária exilada sem destino ANDRESEN, S. M. B. Dual. Lisboa: Caminho, 2004. p. 73. No poema, a autora sugere que: A beleza da princesa é desperdiçada pela miscigenação racial. As príncipes e as princesas são naturalmente belos. O exílio e a solidão são os responsáveis pela manutenção do corpo esbelto da princesa. Os príncipes generosos cultivavam a beleza da princesa. O trabalho compulsório de escravos proporcionou privilégios aos príncipes. Ref.: 201610017596 5a Questão "Ele era o inimigo do rei", nas palavras de seu biógrafo, Lira Neto. Ou, ainda, "um romancista que colecionava desafetos, azucrinava D. Pedro II e acabou inventando o Brasil". Assim era José de Alencar (1829-1877), o conhecido autor de O guarani e Iracema, tido como o pai do romance no Brasil. Além de criar clássicos da literatura brasileira com temas nativistas, indianistas e históricos, ele foi também folhetinista, diretor de jornal, autor de peças de teatro, advogado, deputado federal e até ministro da Justiça. Para ajudar na descoberta das múltiplas facetas desse personagem do século XIX, parte de seu acervo inédito será digitalizada. (História Viva, n.° 99, 2011). Com base no texto, que trata do papel do escritor José de Alencar e da futura digitalização de sua obra, depreende-se que a divulgação das obras de José de Alencar,por meio da digitalização, demonstra sua importância para a história do Brasil Imperial. a digitalização dos textos de José de Alencar terá importante papel na preservação da memória linguística e da identidade nacional. a digitalização dos textos é importante para que os leitores possam compreender seus romances. o conhecido autor de O guarani e Iracema foi importante porque deixou uma vasta obra literária com temática atemporal. o grande romancista José de Alencar é importante porque se destacou por sua temática indianista. Explicação: Por ser um importante escritor brasileiro do Romantismo, no século XIX, a digitalização dos textos de José de Alencar terá importante papel na preservação da memória linguística e da identidade nacional. Ref.: 201608242129 6a Questão Retrato Cecília Meireles Eu não tinha este rosto de hoje, Assim calmo, assim triste, assim magro, Nem estes olhos tão vazios, Nem o lábio amargo. Eu não tinha estas mãos sem força, Tão paradas e frias e mortas; Eu não tinha este coração Que nem se mostra. Eu não dei por esta mudança, Tão simples, tão certa, tão fácil: ¿ Em que espelho ficou perdida A minha face? Na leitura do poema Retrato, de Cecília Meireles podemos extrair o seguinte tema: A revolta diante do espelho. A decepção por encontrar-se já fragilizada. A consciência súbita sobre o envelhecimento. A recordação de uma época de juventude. A falta de alternativa em face ao envelhecimento. Explicação: Cecília Meireles aborda o tema da passagem do tempo, presente nos ciclos da vida. Aborda a transitoriedade do tempo de maneira filosófica, universal, e simples, o que aparece em toda a sua obra. O eu-lírico reafirma a não percepção dessa passagem de tempo no decorrer de todo o poema, o que provoca um sentimento de perplexidade.
Compartilhar