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3
ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS
CRIMES HEDIONDOS E CRIMES EQUIPARADOS AO HEDIONDO
FORTALEZA-CE
Maio/2018
CRIMES HEDIONDOS E CRIMES EQUIPARADOS AO HEDIONDO
	DEBORAH DOS SANTOS SARAIVA- 01630003153
	FRANCISCO LUCAS DE FREITAS PEREIRA - 01630003090
	VENICIUS DO NASCIMENTO COSTA - 01630003158
	JEFFERSON FLORENCIO ROZENDO - 01630003290
	VALDERLANIA BEZERRA DE ALMEIDA- 01630002661
	EDILSON HEIDER DOS ANJOS SILVA- 01630003333
	NOYMA BEZERRA BRAGA- 22010004015
	FRANCISCO EUDO DE OLIVEIRA VARELA- 01630003089
Atividades Práticas Supervisionadas, 
trabalho apresentado como exigência 
para a avaliação do primeiro bimestre 
em disciplina do 7º semestre do Curso 
de Direito da Faculdade de Fortaleza,
sob orientação do Professor, 
Francisco De Paula. 
FORTALEZA-CE
Maio/2018
SUMÁRIO: 
 
Resumo..................................................................................................................04
1. Considerações iniciais........................................................................................05 
2. Crimes hediondos, origem e seus equiparados..................................................06 
3. Tortura................................................................................................................07 
4. Tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins..............................................08;09 
5. Terrorismo.....................................................................................................10;11 
.
6. Rol das infrações penais hediondas.........................................................11;12;13 
7. Homicídio simples considerado como hediondo................................................13 
8. Genocídio.......................................................................................................13;14 
9. Conceito de crimes hediondos.......................................................................14;15 
10. Causas extintivas da punibilidade................................................................15;16 
11. Considerações finais.........................................................................................17 
12. Referências bibliográficas.................................................................................18
RESUMO
Onde há muito crime há pouco governo.
walmir celso koppe
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS 
 
Este tipo de trabalho tem como finalidade de abordar os crimes caracterizados como hediondos e que são tipos de crimes considerados muito graves pela justiça brasileira e são crimes passíveis de um tipo de punição e tratamento considerado mais severo e rigoroso pela Justiça, tais crimes assim como crimes de tortura, tráfico de entorpecentes e drogas afins e terrorismo. Após condenação, os envolvidos deixam de ter direito a pagamento de fiança, anistia, graça e indulto, de acordo com a Lei 8072 de 25 de julho de 1990, sancionada pelo então presidente Fernando Collor. “A anistia, a graça e o indulto são benefícios, isto é, espécies de indulgência ou clemência concedidas pelo Estado ao réu”, explica Paula Micheletto Cometti, juíza de direito do Estado de São Paulo. Anistia é o esquecimento jurídico de uma infração penal, ou seja, o Estado renuncia o direito de punir. Deste modo caso o anistiado cometa um novo delito, ele não será considerado reincidente. Graça e indulto são benefícios de perdão concedidos pelo Presidente da República, que pode delegá-los aos ministros do Estado, ao procurador-geral da República ou ao advogado geral da União. A diferença é que a graça é concedida individualmente e o indulto tem caráter coletivo. A pena deve ser cumprida inicialmente em regime fechado. Anteriormente a Lei dos Crimes Hediondos previa que a pena deveria ser cumprida integralmente em regime fechado, mas o Supremo Tribunal Federal reconheceu a inconstitucionalidade deste dispositivo e posteriormente a Lei 11.464/2007 mudou a redação, passando a permitir a progressão de regime. A progressão de regime (passagem do condenado de um regime mais rigoroso para outro mais leve como a semiliberdade) será possível após o cumprimento de 2/5 da pena, se o réu for primário, e de 3/5, se reincidente. A regra geral para outros crimes prevê que essa mudança de regime só pode ser realizada após o condenado ter completado um sexto da pena. A liberdade condicional somente será concedida se o conde nado, não reincidente, cumprir mais de 2/3 da pena. A regra geral para a possibilidade de concessão do livramento condicional é de 1/3 se o condenado não for reincidente e desde que tenha bons antecedentes. Fica a critério do juiz decidir se o condenado poderá apelar da sentença em liberdade. O período de reclusão varia de acordo com a complexidade do crime. São considerados crimes hediondos: 
Homicídio quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda que cometido por um só agente, e homicídio qualificado; Latrocínio (roubo seguido de morte); Extorsão qualificada pela morte; Extorsão mediante sequestro e na forma qualificada; Estupro/estupro de vulnerável; Epidemia com resultado de morte, ou seja, propagação de vírus que cause epidemia e resulte na morte de pessoas; 
Falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais; Genocídio, tentado ou consumado; 
Exploração sexual infantil (Lei sancionada pela Ex Presidenta Dilma Rousseff em 21 de maio de 2014).
2. CRIMES HEDIONDOS, ORIGEM E SEUS EQUIPARADOS
Segundo estudos, os crimes hediondos foram implantados no Brasil no dia 25 de Julho de 1990, através da lei 8.072, apesar de criticos estudiosos destacaram que a lei não estaria de acordo com a nossa constituição federal.
Os crimes hediondos passaram a vigorar no Brasil pelo artigo 2 da lei 8.072\ 90, tendo como presidente o Sr Fernando Collor. A citada lei foi criada para dá uma resposta para a violência, que a cada dia ganhava espaço. A mencionada lei entrou em vigor e permaneceu sem alterações por alguns anos. Já no ano de 2007 houve então algumas mudanças em relação a progressão de regime dos chamados crimes hediondos, que está prevista na lei 11.464\07, com publicação em 29 de março de 2007.
Uma mudança feita que veio para melhorar o sistema carcerário no Brasil foi em relação aos crimes equiparados ao hediondo, continuam insuscetivéis a fiança, m as não de liberdade provisória. 
O inc XLIII do art 5 da Constituição federal elenca as infrações penais equiparadas aos crimes hediondos e que terão as mesmas consequências a elas destinadas, dizendo:
 XLIII- a lei considerará crimes inafiançáveis e
 insuscetíveis de graça ou anistia a prática da 
 tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas
 afins, o terrorismo e os definidos, por eles 
 respondendo os mandantes, os executores e os
 que podendo evitá-los, se omitirem. 
Assim, portanto, de acordo com a mencionada redação são estas as infrações penais equiparadas aos crimes hediondos:
A prática da tortura
O tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins
O terrorismo.
3. TORTURA
Primeiramente apresentaremos o crime de tortura, segundo Rogério Greco, o 
crime de tortura é um ato covarde pessoa, que nos causa repugnância, e que atinge diretamente a dignidade da pessoa humana. Segundo o autor em 7 de abril de 1997, foi publicada a lei 9.455, definindo os crimes de tortura, e dando outras providências, cujo ART 1diz, verbis: 
constitui crime de tortura:
I– constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental: 
 com o fim de obter informação , declaraçãoou confissão da vitima ou de terceira pessoa
Para provocar ação ou omissão de natureza criminosa;
Em razão de discriminação racial ou religiosa; submeter alguém, sob sua guarda, poder ou como forma de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo. 
 pena reclusão, de dois a oito anos.
Parágrafo 1 Na mesma pena incorre quem submete pessoa presa ou sujeita a medida de segurança a sofrimento físico ou mental, por intermédio da prática de ato não previsto em lei ou não resultante de medida legal.
Parágrafo 2 Aquele que se omite em face dessas condutas, quando tinha o dever de evitá-las ou apurá-las, incorre na pena de detenção de um a quatro anos.
Parágrafo 3 Se resulta lesão corporal de natureza grave ou gravíssima, a pena é de reclusão de quatro a dez anos; se resulta morte, a reclusão é de oito a dezesseis anos. 
A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, firmou entendimento no sentido de a determinação da perda do cargo ou da função pública em razão de condenação criminal, com exceções feitas quanto ao crime de tortura, não é automática, demanda fundamentação específica. (st,AgRg no AREsp 651.360\RJ, Rel, Min Reinaldo Soares da Fonseca, s t Dje 25\11\2015
 
 
4. TRÁFICO ILÍCITO DE ENTORPECENTES E DROGAS AFINS 
De acordo com estudos as drogas, com seus efeitos devastadores, tem se espalhado pelo mundo todo. Nações se uniram buscando o combate, principalmente, do seu tráfico ilícito. Muitas economias de países do terceiro mundo, infelizmente são sustentados, ainda, pelo poder das drogas. É notável que a sociedade vai crescendo e com ela os problemas, percebemos que a cada dia a violência vem tomando espaço muito grande, antigamente as grandes cidades eram vistas como perigosas e violentas, e as cidades do interior como " tranquilas e pacatas", Infelizmente hoje a realidade se apresenta de outra forma, as drogas e violência também chegou e alcançou as cidades antes tidas como tranquilas.
As drogas trazem consigo um sem-número de infrações penais, que lhes são periféricas. homicídios, lesões corporais, furtos, roubos, extorsões mediante sequestro, ameaças, estupros, enfim, há uma infinidades de delitos que são praticados, tendo como motivo o tráfico ou mesmo o uso de drogas.
Rogerio Greco, destaca, que o número de pessoas pelo tráfico de drogas cresce assustadoramente, principalmente com relação as mulheres. famílias inteiras são destruidas.
A Constituição Federal usou no art 5 inc XLIII, a expressão tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, essa expressão tráficos ilícito de entorpecentes não é utilizada pela lei 11.343, de 23 de agosto de 2006, que usa a palavra tráfico ilícito de drogas, e não utiliza mais a palavra entorpecentes.
Embora seja considerado como uma infração penal penal equiparada aos crimes hediondos, na lei 11.343\2006, não se encontra nenhuma rubrica com esse titulo, cabendo, portanto, ao interprete identificar, dentre os delitos nela elencados, quais deles podem se amoldar ao conceito de tráfico de drogas, o que, de certa forma, gera uma situação de insegurança, de incerteza juridica.
ressalta o autor, que somente a análise individualizada de cada tipo penal previsto na lei 11.343\2006 é que é permitirá concluir se estamos diante, ou não, de um comportamento que poderá estar ligado, de alguma forma, ao tráfico de drogas, permitindo que seja equiparado a uma infração penal de natureza hedionda, impondo-lhe, outrossim, as consequências previstas pela lei 8.072\90 
O caput do art 44 da lei 11.343\2006, nos permite entender quais seriam os tipos penais ligados ao tráfico de drogas, que poderiam ser equiparados aos crimes hediondos.
 
ART 44 Os crimes previstos nos art 33, caput parágrafo 1 e 34 a 37 desta lei são inafiançáveis e insuscetíveis de sursis, graça, indulto, anistia e liberdade provisória, vedada a conversão de suas penas em restritivas de direitos. 
O autor Renato Brasileiro de Lima, cita que:
“Se a tais delitos foi estabelecidos uma série de restrições, algumas delas próprias dos crimes hediondos e equiparados, somos levados a acreditar que, a exceção do ART 35 ( associação para fins de tráfico), que jamais foi considerado equiparado a hediondo na vigência da lei anterior {art. 14 da lei 6.368|76}, os delitos citados no art 44, caput, da lei 11.343\2006 {art 33, caput, e parágrafo 1 art 34 e art37} são tidos como “tráfico de drogas”” 
O autor conclui dizendo:
“Interpretando-se a contrário sensu o ar 44 da lei 11.343\2006, não podem ser rotulados como tráfico de drogas e, portanto, equiparados a hediondos, os crimes previstos nos art 28 (porte ou cultivo para consumo próprio), 33 parágrafo 2 (auxilio ao uso), 33 parágrafo 3 (uso compartilhado), 38 (prescrição ou mínistração culposa) e 39 (condução de embarcação ou aeronave após o uso de drogas)”. 
 
Assim o Supremo Tribunal Federal assentou serem inconstitucionais a vedação a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos e a imposição regime fechado para o início do cumprimento da pena, em se tratando de tráfico de entorpecente.
Precedentes (STF, RHC 130 742\MS, REL,MIN Cármen Lúcia, 2 T, DJE 01\02\2016. 
 
5. TERRORISMO
Destaca-se, segundo Rogério Greco, que infelizmente, a história do terrorismo se perde no tempo. Desde a antiguidade, com precedentes na Grécia e em Roma, passando pela Idade Média, e até os dias de hoje, sempre houve ataques terroristas, contudo, principalmente a partir do início do século XX, devido ao aumento do poder destrutivo das armas, e também através da evolução dos meios de comunicação, sua organização, planejamento e execução de seus atos criminosos foram facilitados
Para o autor já citado, conceituar o que vem a ser terrorismo, não é tarefa fácil.
Para Vicente Garrido, Per Stangeland, e Santiago Redondo:
“Existem problemas na hora de separar o terrorismo de outras formas de violência política; em parte porque o terrorismo hoje é fenômeno de ademais, uma vez que um grupo haja sido qualificado de “terrorista”, qualquer comunicação de massas, e esta emprega o termo de um modo indiscriminado, delito que cometa será incluído nessa categoria, ainda que realmente não seja dessa natureza”.
João Paulo Duarte, em seu estudo específico sobre o tema, no que diz respeito a utilização da palavra terrorismo, cita:
“Na atualidade, o seu emprego se refere a uma nova maneira de se guerrear, mas ao longo da história foi amplamente utilizado para a designação de diferentes acontecimentos. Embora exista essa característica comum que na maior parte dos casos pode indicar o terrorismo como uma violência exterior ao Estado, ainda hoje não há uma conceituação precisa e única daquilo que represente um ato terrorista”.
Rogério Greco, ressalta que o terrorismo pode ter diversas motivações, a exemplo daquele de natureza política, em que a violência é exercida com a finalidade de tomada e substituição do poder existente, ou pode se apontar uma única motivação terrorista, mas sim atos de terror, que podem possuir finalidades diversas.
O terrorismo se vale de homicídios, seqüestros, explosões a bomba, linchamentos, agressões físicas, enfim, toda sorte de violência com a finalidade de infundir o terror e enfraquecer os governos, com a finalidade de alcançar seus objetivos
São incontáveis os grupos terroristas que foram surgindo ao longo dos tempos, distribuídos por todo o planeta, dentre os quais citará o autor.
AbuSayyaf ( fundado no início da década de 1990, o grupo terrorista filipino tenta implantar um estado Islâmico na região sul do país)
AL- Qaeda (que significa “A Base”, foi fundada por Osama Bin Laden, é considerada responsável por diversos ataques, a exemplo das embaixadas americanas no Quênia e na Tanzânia, em 1998, bem como os atentados contra as torres gêmeas do Word Trade Center, em Nova York, e ao pentágono, em Washington, em 11 de setembro de 2001”).
Baader Meinhof ( grupo de extrema esquerda fração do exército vermelho ou RAF, também conhecido como Baader-Meinhof, que através de atentados, roubos e assassinatos, criou uma guerrilha urbana contra o governo da então Alemanha Ocidental a partir de 1970). 
6. ROL DAS INFRAÇÕES PENAIS HEDIONDAS
Como já citado os crimes de tortura, tráfico de drogas e terrorismo são denominados crimes equivalentes ou assemelhados aos hediondos e recebem o mesmo tratamento jurídico, mas há uma diferença entre eles: Observa-se que os crimes hediondos estão em nd taxativo no artigo 1 da lei 8.072\90, nessa lei estão as diferenças de tratamento entre os crimes hediondos e os que não são 
Destaca o autor , que todos os crimes hediondos são inafiançáveis e a progressão de regime é mais árdua, ainda que o rol de crimes equiparados estão enumerados em lei ordinária, podem sofrer alterações de qualquer natureza, não contrariando o texto constitucional, todas as mudanças feitas na lei 8.072\90, incidem sobre crimes equiparados ao hediondo e o tratamento jurídico como já foi citado, é o mesmo.
 Conforme Rogério Greco relata em uma de suas obras, a lei de crimes hediondos veio sofrendo grandes alterações no decorrer dos anos, a primeira mudança ocorreu da lei 8.930 de 6 de setembro de1994 e deu nova redação ao seu artigo 1, fazendo incluir o delito de homicídio, previsto no artigo 121 do código penal, quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda que cometido por um só agente, e também o homicídio qualificado previsto no artigo 121 parágrafo 2 do mesmo diploma legal.
Inicialmente, o delito de homicídio não havia sido elencado pelo artigo 1 da lei de crimes hediondos. Essa modificação surgiu por conta de um projeto de lei, que foi fruto de iniciativa popular. Deu-se, porque no dia 28 de dezembro de 1992, a atriz e bailarina Daniella Perez, com 22 anos de idade, foi brutamente assassinada pelo ator Guilherme de Pádua e sua esposa Paula Thomaz, com dezoito golpes de punhal, o homicídio foi praticado na cidade do Rio de Janeiro. Após os atores terem saído de uma gravação nos estúdios da Rede Globo, onde atuavam em uma novela ( de corpo e alma), e interpretavam um casal de namorados apaixonados. O Crime foi bárbaro e repercutiu nacionalmente e internacionalmente. Sendo assim, sua mãe a autora de novelas Gloria Perez, inconformada pela ausência de previsão do delito de homicídio na lei 8.072\90, colheu aproximadamente um milhão e trezentas mil assinaturas em todo o país, com o fim de modificar a lei dos crimes hediondos. Assim essas assinaturas, na tentativa pela modificação da lei de crimes hediondos foram levadas ao congresso nacional, amparadas pelo parágrafo 1 artigo 61 da constituição federal. Afirma o autor. Infelizmente, podemos perceber, que para se fazer uma modificação na lei, é preciso que aconteça um crime de forma brutal, para que a lei se torne mais severa, como foi o caso da atriz e bailarina Daniella Perez, pesquisa na qual o autor Rogério Greco deu ênfase.
Como foi dito no texto acima com a mudança das leis de crime hediondo.
Parágrafo 1 do artigo 61 da constituição:
Art 61 A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou comissão da câmara dos deputados, do senado federal, ou do congresso nacional, ao presidente da república, ao supremo tribunal federal, aos tribunais superiores, ao procurador Geral da república e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta constituição
Parágrafo 2- a iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação a câmara de deputados de projeto de lei Subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles 
Também foi inserido no rol dos crimes hediondos o genocídio, com a lei 8.930 de 6 de setembro de 1994, também passou a prever o delito de homicídio simples, previsto no caput do art 121 do código penal. Dando destaque, no entanto que o homicídio simples, de uma forma geral não é considerado crime hediondo, mas tão somente, quando praticado em atividades típicas de grupo de extermínio, ainda que cometido por um só agente.
O inciso I do ART 1 da lei 8.072\90 foi modificado por outras duas leis, ( 13.104 9 de março de 2015, 13.142 6 de julho de 2015), afim de ajustá-lo as novas qualificadoras que foram criadas no delito de homicídio. 
7. HOMICÍDIO SIMPLES CONSIDERADO COMO HEDIONDO
 
 O autor renomado Rogério Greco, declara, que no decorrer dos anos, tivemos a dura missão de presenciar através da mídia alguns crimes brutais que motivaram as nossas leis para que houvesse mudanças como foi o caso das chacinas da candelária e do vigário geral, ambas no Rio de Janeiro, aliadas também ao assassinato de Daniella Perez, como já citado. Crimes que motivaram os meios de comunicação social para dá início uma ampla e intensa campanha com o objetivo de incluir o delito de homicídio no rol dos crimes hediondo.
Com toda essa mobilização da mídia com a sociedade, fez com que o delito de homicídio fosse considerado e incluso na lei 8.072\90, como hediondo.
8. GENOCIDIO
Conforme Rogério Greco, descreve em sua obra, de acordo com as leis, mencionadas no texto, O delito de genocídio, desde a publicação original da lei 8.074\90, passou a figurar no rol das infrações penais hediondas, atualmente, por conta das alterações levada a efeito através da lei 8.930 de 6 de setembro de 1994, encontra-se previsto no parágrafo único. No artigo 1 da lei 8.072\90, que diz:
Parágrafo único considera-se também hediondo o crime de genocídio previsto nos 
artigos 1 2 e 3 da lei 2.889, de 1 de outubro de 1956, por sua vez consideram como genocídio.
Parágrafo 1 quem com a intenção de destruir no todo ou em parte, grupo nacional, étnico, racial ou religioso, como tal: 
Matar membros do grupo
Causar lesão grave a integridade física ou mental de membros do grupo
Submeter intencionalmente o grupo a condições de existências capazes de ocasionar a destruição física total ou parcial.
adotar medidas destinadas a impedir os nascimentos no seio do grupo
efetuar a transferência forçadas de crianças do grupo para outro grupo será punido:
Com penas do ART 121 parágrafo 2 cp no caso da letra a
Com pena do ART 129 parágrafo 2, letra b.
Com as penas do ART 270, no caso da letra c
Com as penas do ART 125, no caso da letra d
Com as penas do ART 148, no caso da letra e
ART 2 associarem-se mais de 3 pessoas para prática dos crimes mencionados no artigo anterior
Pena metade da cominada aos crimes ali previstos.
ART 3 incitar direta e publicamente alguém a cometer qualquer dos crimes de que trata o artigo 1
Pena metade das penas ali cominadas.
9. CONCEITO DE CRIMES HEDIONDOS
Conforme a lei 8.072\90, crime hediondo é considerado de extrema gravidade em razão disso, recebe um tratamento diferenciado e mais rigoroso do que as demais infrações penais. É considerado crime inafiançável e insuscetível de graça, anistia e indulto.
São considerados crimes hediondos segundo a lei 8.072\90, homicídio quando praticado em atividade típica de grupo ou extermínio, ainda que cometido por um só agente.(ART 121, cp).
Crime qualificado ART 121, parágrafo 2, inciso I ao VII cp
Lesão corporal de natureza gravíssima, e lesão corporal seguida de morte, quando praticada contra autoridades ou agentes descritos nos artigos 142 e 144 da CF, integrantes do sistema prisional e da força nacional de segurança publica, no exercício da função ou em decorrência dele, ou contra seucônjuge, companheiro ou parente consangüíneo até terceiro grau, em razão dessa condição.
Latrocínio ART 157 parágrafo 3 CP
Extorsão qualificada pela morte ART 158 parágrafo 2 CP 
Extorsão mediante seqüestro e na forma qualificada ART 159 caput parágrafos 1 2 e 3 CP
Estupro de vulnerável ART 217 A caput, e Parágrafos 1, 2, 3, e 4 CP
Epidemia com resultado morte ART 267, parágrafo 1 CP
Falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produtos destinados a fins terapêuticos ou medicinais ART 273, caput, parágrafos 1 ,1A, 1B CP
Favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança, ou adolescente ou de vulnerável.
Genocídio ART 1,2,3 lei 2.889\56 posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, ART 16 da lei 10.826
 
 
10. CAUSAS EXTINTIVAS DA PUNIBILIDADE
Anistia
Segundo o artigo 107, inciso II do código penal, a ANISTIA, Trata-se do esquecimento jurídico de infrações ilícitas concedidas concedido por meio de lei do Congresso Nacional (artigo 48, inciso VIII da constituição federal).
Indulto
É o perdão da pena concedida pelo presidente da República coletivamente
Graça
É o perdão da pena dos condenados individualmente.
Para o autor, Alberto Silva, O surgimento da lei de crimes hediondos veio para punir severamente aqueles que praticam crimes com natureza de violência e crueldade, onde a pena pelos crimes serem cumpridas obrigatoriamente em regime inicialmente fechado. Não havendo a possibilidade de alguns benefícios como graça, anistia, indulto e fiança.
Fiança É um pagamento de determinado valor e o cumprimento de obrigações para que se tenha a liberdade até o final da sentença e é concedida em alguns casos pelo delegado de policia e em outros pelo juiz como trata o artigo 322 cp.
Artigo 322 cp “ A autoridade policial somente poderá conceber fiança, nos casos de infrações nos casos de infração cuja pena privativa de liberdade máxima não seja superior a quatro anos”
Parágrafo único: nos demais casos, a fiança será requerida ao juiz, que deverá em 48 horas.
Artigo 5 , INC XLIII,CF, declara que, “a lei considerará crimes inafiançáveis insuscetíveis de graça, anistia a pratica da tortura o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos” 
Sendo que também será vedada a concessão de fiança e indulto embora não previstos constitucionalmente. 
Prisão temporária É a prisão com prazo de 30 dias podendo ser prorrogado por igual período de investigação do processo e para que o acusado não interfira. Está prevista na lei 8.072\90 parágrafo 3: 
A prisão temporária, sobre o qual dispõe o a lei 7.960, de 21 de dezembro de 1989 nos crimes previstos, neste artigo, terá o prazo de 30 dias prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade. 
11. CONSIDERAÇÕES FINAIS
12. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
lei 8.072\90 crimes hediondos
artigo 5, inc XLIII, CF 88
sousa, auria maria ferraz, anistia, graça e indulto.
http II WWW.ltg.com.br, 21 de dezembro de 2010
livro crimes hediondos 2000, autor Alberto silva franco, editora revista dos tribunais
fonte: htts:\\wwwdireitonet.com.br
lei 8.072\90
lei 2.889\56, arts 1,2 e 3. genocidio
lei 10.826, art 16,lei de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito.
‘livro leis penais especiais comentadas. autor Rogério greco, crimes hediondos e torturas
ano 2016, volume 1, editora Impetus
78 LIMA, Renato brasileiro de, legislação criminal especial comentada, p- 57
79, LIMA, Renato brasileiro de, legislação criminal comentada, p- 58
80, Garrido, vicente; STANGELAND, per, REDONDO, santiago, principios de criminológia p 668
81, LUZÓN PENA, DIEGO-MANUEL, ENCICLOPEDIA penal básica p 1167

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