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Atenção Psicossocial: do primeiro CAPS à RAPS
Prof. Nelson Júnior Cardoso da Silva
Enfermeiro
Esp. em Saúde Mental
Esp. Educação Técnica na Área da Saúde
Esp. Terapia Cognitiva Comportamental
Mestre em Saúde Mental e Atenção Psicossocial, Uso e Abuso de Substâncias 
POLÍTICA DE SAÚDE MENTAL 
A palavra política diz respeito ao....
As políticas de saúde mental ....
Partimos para a:
1ª Conferência Nacional de Saúde Mental
1ª Conferência Nacional de Saúde Mental (1987):
 - organizada pela Coordenação de Saúde
 Mental do Ministério da Saúde com um congresso psiquiátrico; 
- realizada no Rio de Janeiro; 
“não teve a participação da sociedade civil, trabalhadores, usuários e famílias na sua organização porque à época isso não se cogitava” (Pitta, 2011);
Acaba se tornando uma assembleia popular democrática.
A 1ª Conferência Nacional de Saúde Mental
– “Ambulatorização”: transformação de ambulatórios de saúde antigos, burocráticos, em Centros de Saúde comunitários >>> origem dos CAPS
Dois marcos históricos relacionados:
Criação do Primeiro CAPS (1987) Professor Luiz da Rocha Cerqueira. 
Intervenção na Casa de Saúde Anchieta (1989)
Intervenção na Casa de Saúde Anchieta (1989)
– Na cidade de Santos (litoral de São Paulo);
Denúncias de maus tratos acabam levando à proposta de desinstitucionalização - Redefinição do espaço e criação de dispositivos:
	
- Núcleos de Atenção Psicossocial, cooperativas, associações, instituições de residencialidade...
- Vídeo: Reportagem da época sobre a Intervenção (https://www.youtube.com/watch?v=7J192djiUvg)
Questões:
O que é CAPS? O que acontece por lá?
Em que ele se diferencia do que acontecia na Casa de Saúde Anchieta, por exemplo?
Criação do Primeiro CAPS (1987)
Centro de Atenção Psicossocial Professor Luiz da Rocha Cerqueira:
O 1º na lógica da “clínica ampliada” (“saúde integral”, sem “especialismo”; proposta de “olhar o doente e não a doença”, de “pôr a doença entre parênteses”); 
“Filtro entre o hospital e a comunidade”;
Criador e coordenador de uma “rede preferencialmente comunitária”,
“Hospital-dia”.
A Reforma Psiquiátrica
Partindo destas experiências, vem a proposta, em 1989, do projeto de lei nº 3.657/89, apresentado pelo deputado Paulo Delgado:
- Impedimento de construção de (e de convênio com) novos hospitais psiquiátricos;
Direcionamento de recursos públicos para os novos dispositivos (não-manicomiais),
Obrigatoriedade de comunicar as internações compulsórias às autoridades judiciais. 
A Reforma Psiquiátrica
Esta proposta tramita por muito tempo, e só é aprovada em abril de 2001, com texto diferente do original (modelo de desmanicomialização mais “suave” que o da Itália);
Ainda assim, gera muito descontentamento da ABP, que propõe que a perspectiva da atenção psicossocial retirou a figura do médico (ignorando que a proposta é “olhar o doente em vez da doença”, e não “ignorar o sofrimento psíquico do sujeito doente”):
Proposta dos CAMPS;
Pessoal não-médico (enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais) como pessoal de apoio, e não como colegas de trabalho equiparados. 
A Reforma Psiquiátrica
Lei 10.216/2001 - http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LEIS_2001/L10216.htm
Portaria GM/ MS 336/2002 - http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2002/prt0336_19_02_2002.html
Portaria 3088/2011 -http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/prt3088_23_12_2011_rep.html
 E muitas outras mais recentes ainda: AT, Consultório na Rua, etc...
Lei 10.216/2001 – Lei “Paulo Delgado”
 * Dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental:
Sem discriminação;
Com direitos (informação, sigilo, humanização, meios comunitários e menos invasivos),
“A internação, em qualquer de suas modalidades, só será indicada quando os recursos extra-hospitalares se mostrarem insuficientes.” (Art. 4º)
Lei 10.216/2001 – Lei “Paulo Delgado”
 A internação psiquiátrica somente será realizada 
mediante laudo médico circunstanciado que 
caracterize os seus motivos (Art. 6º)
- O término da internação voluntária dar-se-á por solicitação escrita do paciente ou por determinação do médico assistente (Art. 7º)
Lei 10.216/2001 – Lei “Paulo Delgado”
Tipos de internação psiquiátrica (Art. 6º.):
I - internação voluntária: aquela que se dá com o consentimento do usuário;
II - internação involuntária: aquela que se dá sem o consentimento do usuário e a pedido de terceiro; e
III - internação compulsória: aquela determinada pela Justiça.
Portaria GM/MS 336/2002
 * Estabelece que os Centros de Atenção Psicossocial poderão constituir-se nas seguintes modalidades de serviços: CAPS I, CAPS II e CAPS III, definidos por ordem crescente de porte/complexidade e abrangência populacional;
CAPS I: 20.000 a 70.000 habitantes, 8h às 18h, em dois turnos, 5 dias por semana. 
CAPS II: 70.000 a 200.000 habitantes, 8hàs 18h, 5 dias na semana, podendo comportar um terceiro turno até as 21h. 
CAPS III: Acima de 200.000 habitantes, 24h/dia, incluindo feriados e finais de semana. 
Portaria GM/MS 336/2002
 - CAPS i – Para crianças e adolescentes. Pode ser um CAPS II ou um CAPS III;
CAPS AD – Para transtornos relativos ao uso abusivo de álcool/outras drogas. Pode ser um CAPS II ou um CAPS AD,
Ou seja, em municípios com menos de 70.000 habitantes, toda a clientela é atendida no CAPS I (embora haja restrição quanto a promover atividades juntando crianças/adolescentes e adultos).
Portaria GM/MS 336/2002
 
 Equipe mínima e atividades também vão variar conforme o 
 tipo de CAPS, ou seja, conforme o número de habitantes;
Também estabelece que o NAPS devem virar CAPS, e que estes devem estar capacitados para três modalidades de atendimento, definidas pelo grau de complexidade: 
Portaria GM/MS 336/2002
Intensiva: dos que necessitam de atendimento diário no momento;
Semi - intensiva: “necessitam de acompanhamento frequente, fixado em seu projeto terapêutico, mas não precisam estar diariamente no CAPS”,
Não-intensiva: “é o atendimento que, em função do quadro clínico, pode ter uma frequência menor”.
Desenho da Rede
Portaria 3.088/2011 – RAPS
Institui a “Rede de Atenção Psicossocial, cuja finalidade é a criação, ampliação e articulação de pontos de atenção à saúde para pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, no âmbito do Sistema Único de Saúde”;
Ampliar o acesso,
Garantir a articulação do cuidado no território, com a circulação dos usuários em vez da sua restrição a um único espaço.
Portaria 3.088/2011 – RAPS
Pontos de Atenção da RAPS: 
 1) Atenção básica em Saúde;
 2) Atenção psicossocial especializada;
 3) Atenção de urgência e emergência;
 4) Atenção residencial de caráter transitório;
 5) Atenção hospitalar;
 6) Estratégias de Desinstitucionalização, 
 7) Reabilitação Psicossocial. 
Portaria 3.088/2011 – RAPS
Questão: Que pontos fazem parte de cada componente?
Portaria 3.088/2011 – RAPS
I - atenção básica em saúde, formada pelos seguintes pontos de atenção:
a) Unidade Básica de Saúde;
b) equipe de atenção básica para populações específicas:
1. Equipe de Consultório na Rua;
2. Equipe de apoio aos serviços do componente Atenção Residencial de Caráter Transitório,
c) Centros de Convivência.
Portaria 3.088/2011 – RAPS
II - atenção psicossocial especializada, formada pelos seguintes pontos de atenção:
a) Centros de Atenção Psicossocial, nas suas diferentes modalidades.
Portaria 3.088/2011 – RAPS
III - atenção de urgência e emergência, formada pelos seguintes pontos de atenção:
a) SAMU 192;
b) Sala de Estabilização;
c) UPA 24 horas;
d) portas hospitalares de atenção à urgência/pronto socorro,
e) Unidades Básicas de Saúde, entre outros.
Portaria 3.088/2011 – RAPS
IV - atenção residencial de caráter transitório, formada pelos seguintes pontos de atenção:
a)Unidade de Recolhimento;
b) Serviços de Atenção em Regime Residencial;
Portaria 3.088/2011 – RAPS
V - atenção hospitalar, formada pelos seguintes pontos de atenção:
a) enfermaria especializada em Hospital Geral;
b) serviço Hospitalar de Referência para Atenção às pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas;
(leito para momentos de crise, sem características asilares). 
Portaria 3.088/2011 – RAPS
VI - estratégias de desinstitucionalização, formada pelo seguinte ponto de atenção:
Serviços Residenciais Terapêuticos.
 - Programa “De Volta Para Casa”. 
Portaria 3.088/2011 – RAPS
VII - Reabilitação psicossocial
- Composto por iniciativas de geração de trabalho e renda/empreendimentos solidários/cooperativas sociais.
A Reforma Psiquiátrica
RAPS
Esta proposta Resposta à crítica do modelo “capscêntrico” e do CAPS como “novo manicômio”:
Perspectiva do cuidado em rede (o usuário não é do profissional, nem do serviço, mas responsabilidade conjunta de toda a rede, incluindo a si mesmo – “encaminhamento implicado”).
Questões: 
Que atividades são oferecidas nos pontos de atenção da RAPS, incluindo os CAPS?
Dentre estas atividades, quais são desempenhadas por enfermeiros ? 
Pontos de Atenção da RAPS: Atividades no CAPS
Atividades específicas do Enfermeiro (Avaliação, Orientação, Cuidados ...);
Atividades realizadas em conjunto:
Oficinas Terapêuticas;
Grupos de Fala;
Sala de Espera em Saúde;
Atividades de Convivência;
Atividades no território;
Pontos de Atenção da RAPS: Atividades no CAPS
6) Recepção de Novos Casos;
7) Técnico de Referência;
8) Grupo Informativo;
9) Grupo de Familiares;
10) Assembleia de usuários;
11) Reunião multidisciplinar semanal; 
Pontos de Atenção da RAPS: Atividades no CAPS
12) Gestão e coordenação técnica da unidade (não é mais só o médico que pode gerir); 
13) Articulação em rede (dentro e fora da RAPS);
14) Matriciamento,
-15) Participação em reuniões fora da unidade.
Vamos discutir ?

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