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Direito Penal II P1 Concurso de Pessoas Conceito: Reunião de várias pessoas concorrendo de forma relevante para realização do mesmo evento, com identidade de propósito. O concurso de pessoas (também chamado de concurso de agentes) pode ser definido como a concorrência de duas ou mais pessoas para o cometimento de um ilícito penal. Requisitos: Pluralidade de agentes de conduta: é necessária a participação de duas ou mais pessoas, cada uma com a sua conduta delituosa; Relevância causal das condutas: a participação deve ser relevante para a concretização do delito; Liame subjetivo(ligação): deve existir um vinculo entre os agentes, um liame subjetivo, ou seja, as condutas devem ser homogêneas: todos devem ter a consciência de que estão colaborando para a realização de um crime Identidade de infração penal para todos participantes: todos devem responder pelo mesmo crime. Crime ou delito Contravenções penais Autoria e Participação Teoria: Teoria Unitária: Autor e participe é tudo autor, crime é único e indivisível, ainda que tenha sido praticado em concurso de várias pessoas. Não se distingue entre as várias categorias de pessoas (autor, partícipe, instigador, cúmplice e etc.), sendo todos autores (ou co autores) do crime. Teoria Subjetiva:Não a diferença entre autor e participe qualificando como autor todo aquele que contribui para o efeito. Teoria Extensiva: da mesma forma não à diferença entre auto e participe, mas permite o estabelecimento de grau de autoria, uma possibilidade de penas diferentes. Teoria diferenciadora: é aquela que faz a diferença de autor e participe. Objetivo- formal: Para essa teoria autor é quem prática o núcleo do tipo penal, verbo do tipo penal, e partícipe é aquele que comete ações não contidas no tipo, respondendo apenas pelo auxílio que prestou(entendimento majoritário). Exemplo: o agente que furta os bens de uma pessoa, incorre nas penas do art. 155 do CP, enquanto aquele que o aguarda com o carro para ajudá-lo a fugir, responderá apenas pela colaboração. Partícipe será aquele que de qualquer forma contribui para o crime. Esta teoria é adotada pelo Código Penal Brasileiro. Participação: Induzimento: Fazer nascer a idéia no outro. Instigação: Reforça uma idéia que já existe. Auxílio material: auxiliar materialmente em um crime. Teorias: Teoria do domínio do fato: Com base nessa teoria também será autor aquele que comanda a atividade delitiva, mesmo que não execute o núcleo do tipo penal( ou verbo penal), mas apresenta-se como responsável por toda a realização da atividade criminosa, decidindo desta forma por sua existência. É o autor de escritório, é aquele que manda matar, e o autor executório é aquele quem prática o tipo penal( ou verbo penal) aquele que mata. Autoria Mediata: Autor mediato é aquele que possuindo domínio de fato, utiliza de pessoa não culpável, ou que atua sem dolo ou culpa para realizar o delito. Exemplo 1: valer-se de inimputável, 26 caput, menor de 18 anos que não tenha consciência, embriaguez completa por caso fortuito ou força maior. Exemplo 2: Coação moral irresistível (art 22 do CP) ‘’ Se você não matar aquela pessoa, eu vou matar seu filho.’’ Exemplo 3: Obediência Hierárquica (art 22) Exemplo 4: Erro de tipo praticado por terceiros. Participação( Particípe) Punição do participe: Teoria da acessoriedade mínima: Para essa teoria basta que o autor pratique o fato típico para que o participe seja punido. Teoria da acessoriedade limitada ou média: (Típico + Ilícito) Para o participe ser condenado o fato tem que ser típico + ilícito. Exemplo: o autor não precisa ser culpável. TEORIA ADOTADA PELO BRASIL) Teoria da acessoriedade máxima: para que o participe seja punido, é necessário que o fato seja típico, ilícito e culpável. Teoria da Hiperacessoriedade: Para está teoria é necessário que o fato seja, típico + ilícito+ culpável+punibilidade(possibilidade jurídica do Estado condenar) Art 29 O código penal brasileiro adotou a teoria unitária ou monista, que defende que todos aqueles que concorrem para o crime responde pelo mesmo tipo penal. Excepcionalmente: existe a Teoria Pluralista, onde será possível que em concurso de pessoas, algumas respondam por um tipo penal e outras respondam por outro tipo penal. Exemplo: A gestante que permite o aborto responde pelo art 124( aborto consentido). Já o médico que realiza o aborto consentido pela gestante responde pelo art 126. Art 29 - §1° Através, de um processo hipotético analisa-se a importância do participe para eficácia do crime. (Participação de menor relevância). §2° Participação Dolosamente Distinta: aqui neste caso haverá um desvio subjetivo nas condutas praticadas pelos agentes. Exemplo: agente A – Extorsão Agente B – Extorsão, estupro, homicídio(exemplo do Adilson) O A viu o B mexendo com a menina teve previsão e se for previsível um resultado mais grave o individuo respondera pelo seu crime + a metade do próprio crime. Art 30 Elementares: São dados essências para a configuração do tipo penal, desta forma para que exista o crime é necessário a presença de suas elementares. Também são apontados como partes nucleares ou principais do tipo penal Elementares exemplo: HomicídioMatar Alguém Circunstância: São dados acessórios em torno do núcleo do tipo penal com a função de aumentar ou diminuir a pena. Circunstância(art 30): Objetiva relacionam-se ao fato e não ao agente: tempo do crime, lugar do crime, modo de execução, etc. Fato(como executou o crime) Meio e modo que praticou as circunstâncias objetivas comunicam-se, desde que o co-autor ou partícipe delas tenha conhecimento. Ex.: crime cometido contra o cônjuge, o terceiro concorre para o crime com essa agravante se tinha conhecimento dessa circunstância. (COMUNICA ENTRE TODOS) Subjetivo subjetivas ou de caráter pessoal: dizem respeito ao agente e não ao fato: antecedentes, personalidade, conduta social, motivos do crime, reincidência... Pessoal(dentro da cabeça da pessoa). As circunstâncias subjetivas (pessoal) jamais se comunicam, sendo irrelevante se o co-autor ou partícipe delas tinha conhecimento. Ex.: reincidência. (NÃO COMUNICA A TODOS) Salvo quando for elementar pode comunicar: as elementares (ambas) se comunicam, desde que o co-autor ou partícipe delas tenha conhecimento. Ex.: condição de funcionário público, para o delito ao art. 312, CP (peculato). Art 31 – Casos de Impunibilidade. Para ser punível o participe tem que ao menos ‘’tentar’’ o crime, só instigar ou incentivar não é crime( não são puníveis, se o crime não chega, pelo menos a ser tentado). Entretanto, tais condutas - ajuste (acordo), instigação (estímulo), auxílio (assistência) e determinação (decisão) - serão puníveis quando houver disposição expressa neste sentido, como é o caso do art. 288 do CP - "associarem-se 03 (três) ou mais pessoas, para o fim específico de cometer crimes (...)". Assim, serão puníveis tais atos quando houver início da execução do delito, pois do contrário serão consideradas condutas atípicas, já que não houve perigo a nenhum bem protegido pelo ordenamento jurídico (o mesmo ocorre no crime impossível). Art 32 – Das Penas: Conceito: Espécie de sanção penal significando a resposta estatal em face daquele que cometerá o fato típico, ilícito e culpável, que pode consistir na provação da liberdade ou restrição de determinados bens. Finalidade: O Código penal brasileiro adotou a finalidade retributiva, preventiva e pedagógica, no sentido de reeducar o individuo. Principio da legalidade: Somente haverá pena quando previsto em lei. ‘’nullum crimen’’, nulla pena’’, sine lege Principio da personalidade: ou intranscedência (art 5°, XLV) ‘’nullum crimen’’, ‘’nulla pena’’, sine lege Principio da individualização: Constitui a escolha do legislador quanto a conduta proibida e a espécie de resposta estatal. Principio da proporcionalidade: A resposta estatal deverá ser compatível com o fato praticado.Principio da inderrogabilidade: Significa que diante do caso concreto existindo a necessidade da pena, o juiz não tem poder de não aplicá-la. Principio da dignidade humana: ninguém poderá ser condenado a pena ofensiva a dignidade da pessoa humana. Vedação: do ‘’bis in idem’’: ninguém poderá ser punido mais de uma vez pelo mesmo fato. Penas proibidas(art. 5°, XLV, II, CF) vê art 75 do CP(que prevê o tempo máximo de 30 anos de prisão) Penas: Espécies: art 32 CP Privativa de Liberdade- PPL Restritiva de Direito- PRD Multa Privativa de Liberdade Reclusão Fechado(Progressão per salto ‘’por saltum’’)É PROIBIDO Semi aberto Aberto (Progressão per salto ‘’ por saltum’’) É PROIBIDO Detenção: Semi aberto e aberto. ( só existe regime fechado em caso de regressão) Prisão simples: Semi aberto e aberto ( o pior regime possível é o semi aberto) Substituição da PPL –PRD Art 44, CP( Prova Ler artigo)
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