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Apostila Contabilidade Governamental_2

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Contabilidade 
Governamental 
 
Melissa Moraes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
3. PROCESSO ORÇAMENTÁRIO 
 
O processo orçamentário envolve as fases de elaboração e execução das leis orçamentárias – PPA, 
LDO e LOA. Cada uma dessas leis tem métodos próprios de elaboração, aprovação e implementação pelos 
Poderes Legislativo e Executivo. 
O ciclo orçamentário, também conhecido como processo orçamentário, pode ser denominado como 
um processo de caráter continuado e simultâneo, através do qual se Elabora, Aprova, Executa, Controla e 
Avalia o plano de gastos do setor público nos aspectos físico e financeiro. Logo, o ciclo orçamentário tem 
relação com o período de tempo em que se realizam as atividades típicas do orçamento público, desde sua 
concepção até a apreciação final. 
É fácil, assim, perceber como o ciclo orçamentário se distingui do exercício financeiro, este bem 
mais restrito; de duração rigorosamente estabelecida; e representado por etapas consecutivas e não 
superpostas. O ciclo orçamentário abrange um período muito maior que o exercício financeiro, uma vez que 
compreende todas as fases do processo orçamentário: elaboração da proposta, discussão e aprovação, 
execução e acompanhamento e, por fim, controle e avaliação do orçamento. 
O exercício financeiro é o espaço de tempo compreendido entre primeiro de janeiro e trinta e um de 
dezembro de cada ano, no qual se impulsiona a execução orçamentária e demais fatos referentes às 
variações qualitativas e quantitativas que afetam os elementos patrimoniais dos órgãos/entidades do setor 
público. 
 
PPA (PLANO PLURIANUAL) 
 
O Plano Plurianual - PPA, previsto na Constituição Federal, nas Constituições Estaduais e nas Leis 
Orgânicas do Distrito Federal e dos Municípios, é o instrumento legal de planejamento de maior alcance 
temporal no estabelecimento das prioridades e no direcionamento das ações do governo. Estabelece para a 
administração pública, em geral de forma regionalizada (definido na legislação de cada ente), as diretrizes, 
objetivos e metas que orientarão a aplicação dos recursos, que podem ser públicos ou privados, neste caso 
quando decorrentes de parcerias. É importante lembrar que cada ente da federação terá seu próprio PPA. 
Esse instrumento tem por finalidade influenciar as ações que venham a suprir as necessidades 
imediatas, segundo estratégias e visão de longo prazo, entendido que o futuro se constrói com atitudes no 
presente. 
O Plano Plurianual – PPA – é o instrumento que aponta, de forma pormenorizada, a programação do 
governo, comprometida com a produção de resultados e realizar corretamente o equilíbrio fiscal. Na 
qualidade de instrumento definido pela Constituição Federal de 1988, art. 165, o PPA sintetiza o esforço da 
administração em planejar sua atuação. 
Para análise da base legal do PPA, tomaremos por referência a legislação federal. Para os demais 
entes da federação é válida a analogia em relação à União na medida em que replicam ou omitem os 
preceitos da Constituição Federal. 
 
 
3 
 
 
“Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: 
 
I - o plano plurianual; 
... 
§ 1º - A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, 
as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as 
despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos 
programas de duração continuada.” (CF/88) 
 
A regionalização prevista no parágrafo primeiro do artigo 165 considera, na formulação, apresentação, 
implantação e avaliação do Plano Plurianual, as diferenças e desigualdades existentes no território brasileiro. 
Tem por objetivo explicitar as diferentes formas de atuação do governo em decorrência das diversidades 
regionais e promover a redução das desigualdades. 
A Constituição Federal prevê ainda a possibilidade da existência de planos e programas nacionais, 
regionais e setoriais, sendo que todos estes devem guardar consonância com o Plano Plurianual. A adequada 
regionalização do Plano Plurianual possibilita maior precisão na identificação das políticas públicas, inclusive 
quanto à sua intensidade, pelas diversas regiões do País. 
 
§ 4° - Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta 
Constituição serão elaborados em consonância com o plano plurianual e 
apreciados pelo Congresso Nacional." 
 
O artigo 165 estabelece também que a regionalização tem por finalidade explicitar a política de 
incentivos e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia, além de promover a redução das 
desigualdades inter-regionais. 
 
§ 6° - O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo 
regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, 
anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e 
creditícia. 
 
§ 7° - Os orçamentos previstos no § 5o, I e II, deste artigo, compatibilizados com 
o plano plurianual, terão entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-
regionais, segundo critério populacional." 
 
 
 
4 
 
O artigo 35 dos Atos e Disposições Constitucionais Transitórias estabelece o critério de regionalização 
a ser aplicado para fins de cumprimento do art. 165, § 7o. De fato, em todas as edições do Plano Plurianual 
do Governo Federal essa regionalização foi adotada. 
 
"Art. 35. O disposto no art. 165, § 7o, será cumprido de forma progressiva, no 
prazo de até dez anos, distribuindo-se os recursos entre as regiões 
macroeconómicas em razão proporcional à população, a partir da situação 
verificada no biénio 1986-87." 
 
Dessa forma, a regionalização a ser considerada no Plano Plurianual compreende, basicamente, as 
regiões macroeconómicas brasileiras (Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul). 
Como critério de regionalização utiliza-se a localização dos beneficiários dos resultados da ação de 
governo. Dessa forma, o investimento em uma usina de geração de energia realizado em um determinado 
Estado da federação não é necessariamente contabilizado exclusivamente naquele Estado, mas em todos 
onde estiverem localizados os beneficiários diretos dos resultados decorrentes daquele investimento. 
Todavia, nem tudo pode ser regionalizado. Existem diretrizes, objetivos e mesmo metas de caráter 
nacional. Assim, deve-se acrescentar às cinco regiões macroeconómicas uma sexta possibilidade (Nacional). 
A regionalização nos planos plurianuais dos demais entes da federação não é regulada pela 
Constituição Federal. Todavia, mesmo que não esteja definida no arcabouço jurídico do ente que planeja, 
deve ser estimulada, pois oferece maior transparência e orientação à aplicação dos recursos. 
É papel do Plano, além de declarar as escolhas do Governo e da sociedade, indicar os meios para a 
implementação das políticas públicas, bem como orientar taticamente a ação do Estado para a consecução 
dos objetivos pretendidos. Nesse sentido, o Plano estrutura-se nas seguintes dimensões: 
• Dimensão Estratégica: é a orientação estratégica que tem como base os Macrodesafios e a visão de 
longo prazo do Governo Federal; 
• Dimensão Tática: define caminhos exequíveis para o alcance dos objetivos e das transformações 
definidas na dimensão estratégica, considerando as variáveis inerentes à política pública tratada. 
Vincula os Programas Temáticos para consecução dos Objetivos assumidos, estes materializados 
pelas Iniciativas expressas no Plano; 
• Dimensão Operacional: relaciona-se com o desempenho da ação governamental no nível da 
eficiência e é especialmente tratada no Orçamento. Busca a otimização na aplicação dos recursos 
disponíveis e a qualidade dos produtos entregues. 
 
O PPA 2012–2015 trata as dimensões conforme ilustrado na figura abaixo, com suas principais 
categorias, descritasna sequência.: 
 
 
 
 
 
5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Programa Temático: retrata no Plano Plurianual a agenda de governo organizada pelos Temas das 
Políticas Públicas e orienta a ação governamental. Sua abrangência deve ser a necessária para representar 
os desafios e organizar a gestão, o monitoramento, a avaliação, as transversalidades, as multissetorialidades 
e a territorialidade e se desdobra em Objetivos e Iniciativas 
Programas de Gestão, Manutenção e Serviços ao Estado: aqueles que “contemplam despesas 
destinadas ao apoio e à manutenção da ação governamental ou, ainda, àquelas não tratadas nos Programs 
Temáticos”. 
Diretrizes: é um conjunto de instruções ou indicações para se tratar e levar a termo um plano, uma 
ação, um negócio. Os Macrodesafios são diretrizes elaboradas com base no Programa de Governo e na 
Visão Estratégica que orientarão a formulação dos Programas. Exemplos: Projeto Nacional de 
Desenvolvimento, Erradicação da Pobreza Extrema, Conhecimento, Educação e Cultura, Segurança Pública 
e etc. 
Objetivos: são alvos que se pretende atingir, mediante a execução de uma ou mais ações. No PPA 
2012-2015, os Programas Temáticos estão organizados em objetivos, detalhados em Metas e Iniciativas. 
Metas: Pode ser sinônimo de objetivo, porém, no processo de planejamento a meta é geralmente 
definida como a quantificação daquilo que se pretende realizar. No PPA 2012-2015, a União entendeu 
necessário declará-las de forma mais contundente. Assim, estabeleceu que a cada objetivo estão associadas 
metas qualitativas ou quantitativas, que correspondem a "indicações que fornecerão parâmetros para a 
realização esperada para o período do Plano". 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Despesas de capital: são os gastos com investimentos do governo, como por exemplo, as obras em 
geral e a aquisição de equipamentos para a saúde e qualquer outra finalidade. São aquelas que contribuem, 
diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital. 
Despesas decorrentes das despesas de capital: As despesas correntes (despesas que não 
contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital) decorrentes das despesas de 
capital, representam o incremento de gastos correntes resultante da ampliação dos bens e serviços ofertados 
pela administração pública. São as despesas destinadas a manter e conservar os investimentos. Por 
exemplo: a construção de um hospital dá origem às despesas com a sua manutenção e funcionamento. 
Programas de duração continuada: As despesas relativas aos programas de duração continuada 
compreendem a manutenção dos bens e serviços ofertados pela administração pública no período de 
vigência do Plano Plurianual. Exclui-se desse conjunto o incremento decorrente da ampliação dos bens e 
serviços ofertados pela administração pública no período de vigência do Plano Plurianual, já contabilizado no 
item anterior. São as despesas que não se interrompem no tempo, como é o caso das despesas com Ensino 
Fundamental, coleta de lixo, etc. 
O parágrafo 9o do artigo 165 da Constituição Federal remete à lei complementar a disposição sobre a 
vigência, os prazos, a elaboração e a organização do Plano Plurianual: 
 
§ 9o - Cabe à lei complementar: 
 
I - dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a 
organização do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei 
orçamentária anual;" 
 
 
7 
 
Contudo, a inexistência da referida legislação condiciona esses aspectos do PPA à disposição do 
artigo 35 dos Atos e Disposições Constitucionais Transitórias, que assim define em seu parágrafo 2o: 
 
 “Art. 35. 
... 
§ 2º - Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art. 165, § 
9º, I e II, serão obedecidas as seguintes normas: 
I - o projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício 
financeiro do mandato presidencial subseqüente, será encaminhado até quatro 
meses antes do encerramento do primeiro exercício financeiro e devolvido para 
sanção até o encerramento da sessão legislativa;” (ADCT, CF/88) 
 
Cabe à lei complementar dispor sobre a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do PPA. 
Essa lei complementar ainda não foi promulgada, portanto ainda estão em vigor os preceitos determinados no 
art. 35, § 2º, I do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, reproduzido no parágrafo anterior. 
Dessa forma, no âmbito da União, o projeto do Plano Plurianual, de iniciativa do(a) Presidente da 
República, deve ser encaminhado ao Congresso Nacional até 31 de agosto do primeiro ano do mandato 
presidencial. 
O Congresso Nacional, por sua vez, deve devolver o Plano Plurianual para sanção presidencial até o 
encerramento da sessão legislativa (22 de dezembro, segundo Emenda Constitucional n° 50/2006). 
Caso o PPA não seja aprovado no prazo constitucional, a execução orçamentário-financeira do 
governo fica comprometida, até sua aprovação, por falta de amparo legal, sobretudo quando tratar de 
programas novos ou projetos ainda não iniciados e com duração prevista superior a um exercício financeiro. 
A princípio, a não aprovação do Plano Plurianual no prazo definido pela Constituição deveria ser 
motivo para inviabilizar a execução das políticas públicas por falta de orientação estratégica e programática. 
Contudo, a prática tem demonstrado que, com o Orçamento Anual aprovado, as dotações orçamentárias têm 
sido executadas sem a devida preocupação se há ou não compatibilidade com o Plano Plurianual, 
normalmente sob a alegação de ausência da legislação orientadora, no caso o próprio Plano Plurianual. 
Apenas as dotações relativas a programas ainda não iniciados e a projetos novos cuja previsão de execução 
seja superior a um exercício financeiro têm sido alvo de constrangimento executivo nesses casos. 
Após aprovação, sanção e publicação, esse instrumento passa a vigorar no segundo ano do mandato 
do chefe do Poder Executivo e termina no primeiro ano do mandatário subsequente. Portanto, apesar de sua 
duração ser de quatro anos, sua vigência não corresponde ao do mandato presidencial. 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cabe ressaltar que os prazos aqui indicados são estabelecidos para o Governo Federal. No âmbito 
dos Estados, DF e Municípios pode-se ter prazos diferentes para encaminhamento da proposta peolo 
Executivo e a aprovação pelo Legislativo. 
O PPA não é imutável no seu período de vigência. Lei específica, com a mesma tramitação descrita 
supra, poderá alterá-lo, conforme já ocorrido. 
 
“Art. 167. São vedados: 
... 
§ 1º - Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser 
iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de 
crime de responsabilidade.”(CF/88) 
 
O PPA compõe-se basicamente de dois grandes módulos, quais sejam: 
 
� a Base Estratégica; e 
� os Programas. 
 
A Base Estratégica compreende: 
 
� análise da situação económica e social; 
� diretrizes, objetivos e prioridades de governo propostas pelo(a) Chefe do Poder Executivo e 
aprovadas pelo Poder Legislativo; 
� previsão dos recursos orçamentários e sua distribuição entre os setores e/ou entre os programas; e 
� diretrizes, objetivos e prioridades dos órgãos setoriais compatíveis com a orientação estratégica de 
governo. 
 
Os Programas compreendem: 
 
� definição dos problemas a serem solucionados, expressos em indicadores, e os objetivos a serem 
alcançados na superação desses problemas; e 
 
 
9 
 
� conjunto de ações, ou iniciativas, que deverão ser empreendidas, para alcançar as metas dos 
objetivos estabelecidos.De uma forma geral, a concepção, elaboração e implantação do PPA compreendem as seguintes 
etapas: 
 
1. definição da metodologia de elaboração e estruturação do Plano Plurianual; 
2. adequação do órgão coordenador à atividade de elaboração do PPA; 
3. desenvolvimento de sistema de elaboração do PPA; 
4. definição das diretrizes do Governo; 
5. definição e, se for o caso, contratação do treinamento em planejamento estratégico e elaboração e 
execução do PPA; 
6. sensibilização dos dirigentes da Administração Pública para o planejamento estratégico voltado à 
elaboração e execução do PPA; 
7. realização de audiências e consultas públicas para construção coletiva da Base Estratégica; 
8. produção da Base Estratégica do PPA e definição das disponibilidades de recursos orçamentários 
previstas para o quadriénio; 
9. treinamento em planejamento estratégico, voltado à elaboração e execução do Plano Plurianual, 
dirigido aos técnicos da administração pública responsáveis pelo planejamento e pelo orçamento; 
10. elaboração dos programas do PPA pelos órgãos setoriais; 
11. análise da consistência e da viabilidade física e financeira da programação elaborada 
setorialmente; 
12. consolidação do PPA; 
13. encaminhamento do Plano Plurianual ao Poder legislativo para aprovação; 
14. execução e acompanhamento do PPA; e 
15. avaliação e revisão do PPA. 
 
Os Programas Temáticos 
 
Os Programas Temáticos decorrem do modelo de planejamento adotado pelo Ministério do 
Planejamento, Orçamento e Gestão na elaboração do PPA 2012-2015. Esse modelo parte do princípio de 
que o PPA organizado por programas orientados para resultados apresentava limitações em razão de sua 
estrutura confundir-se com a da Lei Orçamentária Anual. Instrumentos complementares, mas com 
características diferentes não poderiam abdicar de suas peculiaridades. 
Sob esse argumento, o PPA 2012-2015 foi estruturado em uma dimensão estratégica contendo a 
visão de futuro, valor e macrodesafios, além de uma dimensão que, tradicionalmente, seria denominada de 
dimensão tática, que contempla os programas, com valor global e indicadores, seus objetivos, com órgão 
 
 
10 
 
responsável, meta global e regionalizada, e suas iniciativas, compreendendo os bens e serviços entregues à 
sociedade. 
As ações passaram a ser exclusivamente tratadas na Lei Orçamentária Anual. Essa decisão objetivou 
respeitar as diferenças de estrutura necessária à preservação dos objetivos dos instrumentos de 
planejamento e de orçamento, no entendimento do Governo Federal. 
Os Programas Temáticos foram concebidos a partir de um conjunto de temas de políticas públicas, 
contendo os respectivos desafios, elaborado de forma centralizada pelo Ministério do Planejamento. 
Posteriormente, esse ternário foi submetido à discussão no âmbito do governo e com representantes da 
sociedade civil organizada, resultando em 65 Programas Temáticos, englobando toda a área de atuação 
governamental. 
 
A lei do plano plurianual é uma lei ordinária, da mesma forma que as leis de diretrizes orçamentárias e 
a lei orçamentária anual. 
A Lei de Responsabilidade Fiscal e a Constituição Federal , estabelecem a harmonização da Lei do 
Orçamento – LOA com o PPA e a Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO, evidenciando a importância da 
ação planejada e transparente como conjetura de uma gestão fiscal responsável. Assim sendo, o PPA, 
apoiado na legislação vigente, busca evidenciar a necessidade do planejamento como base de uma gestão 
orientada para resultados, e deve ser a primeira lei a ser aprovada, dentro do processo de planejamento 
orçamentário. 
 
EXERCÍCIOS 
 
1) (TRF 4ª Região - Anal.Jud-Contadoria 2004 FCC) Estabelece as diretrizes e objetivos da Administração 
Pública 
 
a) a Constituição Federal. 
b) o plano plurianual. 
c) os planos e programas gerais, setoriais e regionais. 
d) a lei de diretrizes orçamentárias. 
e) a lei orçamentária anual. 
 
2) (Ag. Fisc. Financeira – Adm. Geral TCE/SP 2005/FCC) Quando a lei orçamentária estabelecer, de forma 
regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e 
outras delas decorrentes e para as despesas relativas aos programas de duração continuada, estará 
instituindo a espécie de orçamento denominado. 
 
a) orçamento anual. 
b) planos regionais. 
 
 
11 
 
c) planos setoriais. 
d) plano plurianual. 
e) lei de diretrizes orçamentárias. 
 
3) (TRE/SP Analista Judiciário/Contabilidade 2006 FCC) O número de anos subseqüentes à sua elaboração 
para o qual deverão estar previstos investimentos no Plano Plurianual é de 
 
a) 4 
b) 5 
c) 6 
d) 7 
e) 8 
 
4) (MPU Analista de Orçamento 2007/FCC) A vigência do Plano Plurianual de Investimentos é de ...I... anos, 
iniciando-se no ...II... exercício financeiro do mandato do Chefe do Poder Executivo e terminando no ...III... 
exercício financeiro do mandato subseqüente. 
Preenchem respectiva e corretamente as lacunas I, II e III: 
 
a) três, primeiro, segundo 
b) quatro, primeiro, segundo; 
c) quatro, segundo, primeiro 
d) cinco, primeiro, segundo 
e) cinco, segundo, primeiro 
 
5) (TRF 2ª Região - Téc.Jud-Contabilidade 2007 FCC) A lei que regula os projetos governamentais, com 
existência temporal superior a um exercício financeiro, denomina-se 
 
(A) Lei Orçamentária. 
(B) Plano Plurianual. 
(C) Lei de Diretrizes Orçamentárias. 
(D) Lei de Diretrizes e Bases. 
(E) Plano Diretor. 
 
6) De acordo com a Constituição Federal brasileira de 1988, uma despesa que não pode ser iniciada sem 
prévia inclusão no Plano Plurianual ou sem lei que autorize a sua inclusão, é a despesa com (FCC - 2012 - 
TRF - 5ª REGIÃO - Técnico Judiciário - Área Administrativa) 
 
a) construção de um hospital, cuja execução será em três anos. 
 
 
12 
 
b) aquisição de material de consumo, cujo uso será em três meses. 
c) construção de uma praça, cuja execução será em oito meses. 
d) passagens e diárias para participação em eventos técnicos. 
e) juros e encargos da dívida fundada. 
 
7) Em relação ao Plano Plurianual, considere: (FCC - 2012 - TRT - 6ª Região (PE) - Analista Judiciário - Área 
Administrativa) 
 
I. Lei que estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal 
para as despesas correntes e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração 
continuada. 
II. Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado sem prévia 
inclusão no Plano Plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade. 
III. Lei que dispõe sobre o Plano Plurianual estabelece as normas relativas ao controle de custos e à 
avaliação dos resultados dos programas financiados com recursos dos orçamentos e das operações de 
créditos para as despesas de capital. 
IV. Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta Constituição serão elaborados em 
consonância com o Plano Plurianual e apreciados pelo Congresso Nacional. 
 
Está correto o que se afirma apenas em 
 
a) II e III. 
b) III e IV. 
c) II e IV. 
d) I e III. 
e) I e II. 
 
8) Com relação às características inovadoras do Plano Plurianual - PPA no ciclo orçamentário brasileiro, 
considere: (FCC - 2012 - TRT - 6ª Região (PE) - Analista Judiciário - Área Administrativa) 
 
I. É aprovado por lei anual, sujeita a prazos e ritos ordinários de tramitação. Tem vigência do primeiro ano de 
um mandato presidencial até o último ano do respectivo mandato. 
II. O PPA é dividido em planos de ações, e cada plano deverá conter indicadores que representem a situação 
que o plano visa a alterar, necessidade de bens e serviços para a correta efetivação do previsto, ações não 
previstas no orçamento da União e regionalização do plano. 
III. Os programasnão serão executados por uma unidade responsável competente, pois durante a execução 
dos trabalhos várias unidades da esfera pública serão envolvidas. 
 
 
13 
 
IV. O PPA prevê que sempre se deva buscar a integração das várias esferas do poder público (federal, 
estadual e municipal), e também destas com o setor privado. 
V. Prevê a atuação do governo, durante o período mencionado, em programas de duração continuada já 
instituídos ou a instituir no médio prazo. 
 
Está correto o que se afirma APENAS em 
 
a) I, II, III e V. 
b) I e III 
c) II, IV e V. 
d) III, IV, e V. 
e) II e IV. 
 
9) A lei que instituir o Plano Plurianual (FCC - 2012 - TRE-PR - Analista Judiciário - Área Administrativa) 
 
a) compreenderá as metas e prioridades da administração, incluindo as despesas de capital para o exercício 
financeiro subsequente e disporá sobre as alterações na legislação tributária. 
b) conterá, em anexo, demonstrativo da compatibilidade da programação dos orçamentos com os objetivos e 
metas constantes no anexo de Metas Fiscais. 
c) estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração para as despesas 
de capital e outras dela decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. 
d) poderá autorizar a realização de operação de crédito para pagamento de despesas com pessoal. 
e) compreenderá o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela 
vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo 
Poder Público. 
 
10) Sobre o Plano Plurianual, pode-se afirmar que estabelece: (FUNCAB - 2012 - MPE-RO - Técnico em 
Contabilidade) 
 
a) diretrizes, objetivos e metas da administração para as despesas de capital, alterações da legislação 
tributária, assim como para as despesas de programas de duração continuada, de forma regionalizada, 
elaborada no primeiro exercício do mandato, para os quatro exercícios seguintes. 
b) diretrizes, objetivos e metas da administração para as despesas de capital e outras dela decorrentes, 
assim como para as de programas de duração continuada, de forma unificada, para os quatro exercícios do 
mandato. 
c) diretrizes, objetivos e metas da administração para as despesas de capital e outras dela decorrentes, assim 
como normas para transferências de recursos para entidades públicas e privadas, de forma unificada, 
elaborada no primeiro exercício do mandato, para os quatro exercícios seguintes. 
 
 
14 
 
d) diretrizes, objetivos e metas da administração para as despesas de capital e outras dela decorrentes, 
assim como para as de programas de duração continuada, de forma regionalizada, elaborada no primeiro 
exercício do mandato, para os quatro exercícios seguintes. 
e) diretrizes, objetivos e metas da administração para as despesas de capital e outras dela decorrentes, 
normas para transferências de recursos para entidades públicas e privadas, as destinações para a 
seguridade, anualizadas e regionalizadas, assim como alinhadas às premissas e objetivos econômicos da 
política nacional, para os quatro exercícios do mandato. 
 
11) Considerado um instrumento de planejamento da administração pública, de médio prazo, no âmbito 
federal, a lei que instituir o plano plurianual terá vigência (FCC - 2011 - TRE-RN - Analista Judiciário – 
Contabilidade) 
 
a) até o final do último ano de mandato presidencial e compreenderá as metas e prioridades da administração 
pública, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente. 
b) até o final do primeiro exercício financeiro do mandato presidencial subsequente e estabelecerá, de forma 
regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública para as despesas de capital e outras 
delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. 
c) até o final do último ano de mandato presidencial e estabelecerá as diretrizes, objetivos e metas da 
administração pública para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos 
programas de duração continuada. 
d) de quatro anos, com início no dia 1o janeiro do segundo ano de mandato presidencial e compreenderá o 
orçamento fiscal, de investimento das empresas estatais e o orçamento da seguridade social. 
e) de quatro anos, com início no dia 1o de julho do primeiro ano de mandato presidencial e compreenderá o 
orçamento fiscal, de investimento das empresas estatais e o orçamento da seguridade social. 
 
12) Os programas do Plano Plurianual que resultam em bens e serviços ofertados diretamente à sociedade e 
que têm como atributos básicos: denominação,objetivo, público-alvo, indicadores, fórmulas de cálculo do 
índice, órgãos, unidades orçamentárias e unidade responsável pelo programa são o: (VUNESP - 2013 - CTA - 
Analista em C&T Júnior – Administração) 
 
a) de apoio administrativo 
b) de serviço ao estado 
c) de gestão das políticas públicas. 
d) finalísticos 
e) meta-físicos

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