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Relatório CIGRES

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Universidade Federal de Santa Maria 
Campus Frederico Westphalen 
Departamento de Engenharia e Tecnologia Ambiental 
Tratamentos de Resíduos Sólidos Agrícolas e Agroindustriais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Relatório de Visita Técnica ao Consórcio Intermunicipal de Gestão 
de Resíduos Sólidos (CIGRES) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Andrieli Telles de Oliveira 
Djeniffer Dutell 
Joniel Decol 
Leonardo Roggen 
Natalia Borsatto Massocatto 
Nathalia Perotti 
Thais Carminatti 
Wagner Alex dos Santos 
 
 
 
 
Frederico Westphalen - RS 
2018 
1 INTRODUÇÃO 
 
No dia 14 de março de 2018, sob orientação do professor Dr. Alexandre 
Couto Rodrigues, foi realizada uma visita técnica pela turma da disciplina de 
Tratamento de Resíduos Sólidos Agrícolas e Agroindustriais, ao CIGRES - 
Consórcio Intermunicipal de Gestão de Resíduos Sólidos, localizado no município 
de Seberi, BR 386, km 43, Linha Osvaldo Cruz. A visita técnica teve como intuito 
principal o reconhecimento do funcionamento de um aterro sanitário. 
O CIGRES foi constituído em 2001, mas iniciou suas atividade em 2007, em 
um consórcio que contou com 13 municípios da região. O mesmo foi criado como 
uma ferramenta para atender toda a região nessa questão tão importante que são 
os Resíduos Sólidos, buscando um desenvolvimento sustentável dos municípios e 
zelando sempre por uma melhor qualidade de vida da população juntamente com a 
proteção do meio ambiente. 
Nessa perspectiva, a turma foi conduzida em toda a área do aterro sanitário, 
observando as etapas de destinação ambientalmente correta dos resíduos, sejam 
os reciclados, orgânicos e rejeitos, a fim de compreender os processos pelos quais 
os resíduos passam e como um Engenheiro Ambiental e Sanitarista é inserido 
dentro do contexto de resíduos sólidos, desde a educação ambiental, até a projeção 
destes aterros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 CARACTERIZAÇÃO DA VISITA 
 
O CIGRES é responsável pelo armazenamento, tratamento e 
acondicionamento de todo o resíduo produzido pelos municípios consorciados 
atendendo as normas e técnicas exigidas de um aterro sanitário. No total, são 31 
municípios da região Noroeste do estado que tem o seu resíduo recolhido e 
encaminhado ao aterro. Os municípios são cobrados conforme a proporção de 
população. 
Seu espaço físico dispõe de um bloco administrativo, cozinha, banheiros, 
balança de pesagem de caminhões, galpão de triagem e galpão de compostagem. 
O aterro recebe aproximadamente 80 toneladas de resíduos por dia, que 
passam pelo primeiro controle de recebimento de resíduos que está na entrada. 
Antes de depositar os resíduos, os caminhões que os transportam passam 
obrigatoriamente por uma balança de pesagem onde cada caminhão será pesado, o 
que permite o controle e conferência da quantidade de material recebido no aterro, 
em seguida, este segue para a área de descarregamento dos resíduos. 
Em seguida os resíduos passam por uma esteira (Figura 1), onde os 
funcionários abrem as sacolas e fazem a seleção de tudo o que foi descarregado do 
caminhão. 
 
Figura 1 - Esteira de triagem. 
 
Fonte: Autores. 
 
Essa etapa de triagem dos resíduos é fundamental para a separação dos 
recicláveis, orgânicos e rejeitos. Todos os resíduos considerados reciclados são 
colocados em grandes tonéis, separados pela mesma embalagem, por exemplo, 
todas as caixas de leite são colocadas dentro do mesmo recipiente, passam por 
uma prensa para ficarem condensados (Figura 2) e assim por diante até serem 
encaminhados à venda. 
 
 
 
 
Figura 2 - Resíduos prensados em blocos/rolos. 
 
Fonte: Autores. 
 
Após a segregação dos resíduos pelos funcionários, eles passam por um rolo 
que separa o rejeito do material orgânico. Os resíduos que não são reciclados, ou 
seja, estão impossibilitados de passar pela recuperação, são considerados rejeitos e 
a disposição final adequada é o aterro sanitário. 
Se for identificada a presença de algum tipo de resíduo como pilhas, 
lâmpadas, baterias, resíduos eletrônicos e industriais retira-se imediatamente o 
material. Tal procedimento é extremamente importante, pois possibilita a 
identificação de outras espécies de materiais, que não o urbano, que por engano ou 
intencionalmente estejam nesta carga. O município consorciado responsável pelo 
encaminhamento deste tipo de material arca com o custo que o aterro sanitário teve 
para destinar corretamente o resíduo. Além disso materiais que tem valor agregado 
são vendidos, e os valores são usados para cobrir custos do aterro sanitário. 
No local também ocorre o processo de compostagem (Figura 3) com os 
resíduos orgânicos recebidos no aterro formando grandes leiras de composto, onde 
atualmente o processo não funciona adequadamente no local. 
 
Figura 3 - Área de galpão para compostagem dos resíduos orgânicos. 
 
Fonte: Autores. 
 
Há previsões de que o galpão de compostagem venha a ter pás de 
revolvimento automatizadas, o que facilitaria a compostagem. Atualmente o 
revolvimento das leiras ainda são feitos manualmente, o que demanda uma grande 
parte do tempo. Além disso, a compostagem requer tempo de duração de 90 a 120 
dias até a humificação da matéria orgânica, podendo ser utilizada como adubo 
orgânico em plantações. 
A destinação ambientalmente adequada dos resíduos orgânicos é a sua 
disposição em aterro sanitário ou a sua reciclagem por meio da compostagem, 
sendo esta destinação prioritária (Brasil, 2010). Isto, porque a compostagem destes 
resíduos é a alternativa que permite os maiores benefícios ambientais, pois, 
possibilita a ciclagem de nutrientes, pode melhorar as condições físicas, químicas e 
biológicas do solo e implicam na redução das necessidades de se explorar fontes de 
matéria-prima para a produção de fertilizantes orgânicos (Primavesi, 1979; Kielh, 
1985; Raij van, 1998; Milaré, 2007; Abreu Junior, 2010). 
Na visita, fez-se o reconhecimento geral do aterro, podendo visualizar três 
células, sendo uma célula do aterro já completa, outra célula em atividade (Figura 4) 
(que já deveria estar completa, mas está ainda sendo utilizada pois a terceira não foi 
liberada) e a terceira célula em licenciamento. Estas células, possuem em torno de 
4 mil m². 
 
Figura 4 - Célula do aterro sanitário em processo de atividade (saturada). 
 
Fonte: Autores. 
 
Quando a vida útil da célula termina, toda área é coberta com argila e 
posteriormente grama e nenhum tipo de construção pode ser feita no local, sendo 
que se continua responsável pela área por mais alguns anos. 
No processo de decomposição dos resíduos sólidos, ocorre a liberação de 
gases e líquidos muito poluentes, o que leva um projeto de aterro sanitário a exigir 
impermeabilização do solo, implantação de sistemas de drenagem eficazes, 
evitando possíveis contaminações. 
Portanto, no aterro sanitário, a base do aterro é impermeabilizada com uma 
manta grossa de PVC (Policloreto de Vinila). Estas mantas são usadas para 
impermeabilização do chorume. Para evitar que a manta sofra algum tipo de 
degradação pelo resíduoe pela própria passagem do maquinário no aterro, antes 
desta área receber os resíduos sólidos, coloca-se uma camada de argila para evitar 
que haja o corte ou o rompimento da manta. 
No aterro estão instalados drenos e uma espécie de dutos condutores, pelos 
quais se extrai o chorume e o gás metano produzido pela decomposição dos rejeitos 
(Figura 5). 
 
Figura 5 - Sistema de drenagem de gases. 
 
Fonte: Autores. 
 
Há um duto embaixo das camadas de resíduos que envia o chorume bruto 
por gravidade diretamente para as lagoas de tratamento. O tratamento é feito em 
três lagoas (Figura 6), uma anaeróbia, outra facultativa e uma de maturação. O 
chorume tratado é depositado novamente na célula, fazendo um ciclo, devido a 
ausência de um corpo hídrico para disposição. 
 
Figura 6 - Lagoas de tratamento de efluentes. 
 
Fonte: Autores. 
 
 
 
3 DISCUSSÃO 
 
Com base na realidade do ensino hoje existente no nosso país, o papel das 
visitas técnicas é adaptar a teoria à realidade, esse processo pode ocorrer como 
atividade educacional de várias formas, de acordo com o conteúdo, com a 
metodologia ou com os objetivos com o qual se pretende alcançar. A disciplina de 
Tratamentos de Resíduos Sólidos Agrícolas e Agroindustriais, inserida na 
Engenharia Ambiental e Sanitária, revela a importância de inserir essas práticas ao 
graduando, relacionando esta ciência com a natureza, desse modo as visitas no 
ambiente prático de trabalho proporcionam ao estudante uma melhor absorção 
científica das mudanças que nelas ocorrem. 
A visita acompanhada pelo professor Dr. Alexandre Couto, teve como 
objetivo envolver mais ainda a turma, com o ambiente prático, através da 
demonstração dos equipamentos utilizados no campo de trabalho. Muitos dos 
equipamentos eram desconhecidos pelos estudantes. O professor passou diversas 
informações, dados e opiniões sobre cada processo específico, possibilitando uma 
discussão do grupo no que se diz respeito a realidade do aterro sanitário. 
Durante a visita, relatou-se a presença de pássaros no entorno do aterro,que 
é um indicativo de um mal funcionamento do mesmo, o que em cidades com 
aeroportos próximos poderia ser um ponto negativo, em função de colisões com 
aeronaves. 
 
3.1 Parecer técnico 
 
Sugere-se que o CIGRES adquira uma prensa para usar com os rejeitos, o 
que irá diminuir o volume e aumentar a vida útil do aterro, mais disponibilidade de 
máquinas, como também a implantação de wetlands, sistema que utiliza plantas 
aquáticas, para o tratamento do chorume. 
Seria de extrema importância que o CIGRES tivesse captação nos tubos 
verticais, onde há saída de gases como metano e dióxido de carbono em grandes 
quantidades. E de forma significativa, também há presença de ​amônia (NH3), 
hidrogênio (H2), gás sulfídrico (H2S), nitrogênio (N2) e oxigênio (O2). O metano e o 
dióxido de carbono são os principais gases provenientes da decomposição 
anaeróbia dos compostos biodegradáveis dos resíduos orgânicos. A distribuição 
exata do percentual de gases variará conforme a antiguidade do aterro. 
O objetivo seria o aproveitamento energético do biogás produzido pela 
degradação dos resíduos é convertê-lo em uma forma de energia útil tais como: 
eletricidade, vapor, combustível para caldeiras ou fogões, combustível veicular ou 
para abastecer gasodutos com gás de qualidade. Independente do uso final do 
biogás produzido no aterro, deve ser projetado um sistema padrão de coleta, 
tratamento e queima do biogás: poços de coleta, sistema de condução, tratamento 
(inclusive para desumidificar o gás), compressor e flare com queima controlada para 
a garantia de maior eficiência de queima do metano. 
No reaproveitamento dos resíduos orgânicos ​seria indicado uma adição de 
matéria seca (serragem, grama seca, casca de arroz, palha) para uma estabilização 
na temperatura, mesmo em dias quentes. 
Desta forma podemos observar que as visitas técnicas atuam de forma 
essencial para o processo de ensino aprendizagem, pois temos que manter teoria e 
prática em conjunto para um melhor entendimento do assunto abordado em 
questão. Ainda, os alunos despertam atitudes investigativas acerca dos assuntos 
consequentemente melhorando seu rendimento acadêmico. Depois de uma visita 
como esta, é inevitável a reflexão sobre a importância, ou melhor, a falta de 
importância que damos aos resíduos que produzimos diariamente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
CIGRES: Consórcio Intermunicipal de Gestão de Resíduos Sólidos . Disponível 
em: <http://www.cigres.com.br>. Acesso em: 16 mar. 2018. 
 
GOMES PIRES, Isabela Cristina; DA ENCARNAÇÃO FERRÃO, Gregori . 
Compostagem no Brasil sob a perspectiva da legislação ambiental​.REVISTA 
TRÓPICA: Ciências Agrárias e Biológicas, [S.l.], v. 09, n. 01, p. 01-18, jan. 2017. 
Disponível em: <http://www.periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/ccaatropica 
/article/view/5685>. Acesso em: 19 mar. 2018.

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