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Universidade Federal de Santa Maria - UFSM Departamento de Engenharia e Tecnologia Ambiental Curso de Engenharia Ambiental e Sanitária Qualidade da Água AULA PRÁTICA 04: OXIGÊNIO DISSOLVIDO E DBO Alunos: Ana Paula Targino, Andrieli Telles, Anna Fogaça, Djeniffer Dutell e Thais Carminatti Professor: Dr. Raphael Corrêa Medeiros Frederico Westphalen, 19 de Setembro de 2017. 1. INTRODUÇÃO Na aula prática foram analisados os seguintes parâmetros, DBO (Demanda Bioquímica de Oxigênio) e OD (Oxigênio Dissolvido), de amostras de esgoto e de água do lago que se localiza na subida para o RU. A DBO que é a demanda bioquímica de oxigênio, que representa a quantidade de oxigênio necessário para que os microrganismos consigam degradar a matéria orgânica biodegradável sob condições aeróbicas. Esta matéria orgânica se origina do escoamento de partículas de solo e também pelo lançamento de efluentes industriais e domésticos, sendo que a oxidação é realizada por bactérias e alguns microrganismos. É medida indireta da concentração da matéria orgânica biodegradável através do consumo de oxigênio dissolvido em condições padronizadas, apenas analisa a fração biodegradável, e se necessita rapidez na obtenção dos resultados este método é considerado inviável, pelo fato da análise ser demorada, já leva 5 dias a 20ºC. É um parâmetro de grande importância para controlar a eficiência de uma estação de tratamento de esgoto, pode ser um medidor de poluição e sua utilidade para realizar o cálculo quanto à necessidade de aeração.(VON SPERLING, 1996) O OD que é o oxigênio dissolvido, é muito importante para a manutenção da vida aquática, aeróbios, é o principal parâmetro de caracterização dos efeitos da poluição das águas por despejos orgânicos. Se origina pela dissolução do oxigênio atmosférico, pela produção pelos organismos fotossintéticos (fotossíntese), introdução de aeração artificial e de produção pelos organismos fotossintéticos em corpos d’água eutrofizados. Quando ocorre a degradação da matéria orgânica, as bactérias utilizam o oxigênio em seus processos respiratórios podendo causar uma redução da sua concentração no meio. Dependendo da proporção, pode gerar a morte de seres aquáticos, e se o oxigênio for todo consumido, tem-se as condições anaeróbias, até com possibilidade da geração de maus odores. É um parâmetro muito significativo referente a sua utilização, para caracterização de corpos d’água, controle operacional de estações de tratamento de esgotos, indicador de poluição por matéria orgânica e também tem utilidade para estudo de autodepuração. (VON SPERLING, 1996) 2. RESULTADOS 2.1 DBO (Demanda Bioquímica de Oxigênio) Com base nos valores obtidos: DQO (do lago do RU): 30 mg/L; DQO (esgoto): 600 mg/L, conseguimos supor o volume da amostra a ser utilizada de esgoto e da amostra do lago do RU da seguinte forma: Esgoto: DBO(amostra) * Volume(amostra) = DBO(frasco) * Volume(frasco) Foi utilizado a metade do valor obtido, ou seja 300mg/L. Volume(amostra) = Volume(amostra) = 3mL e 4 mL Para o esgoto residencial (3mL), tem-se DBOA x 3 mL = 2 mL x 300,2 mL DBOA = 200,13 Para o esgoto residencial ( 4mL), tem -se DBOA x 4 mL = 2,3 mL x 295, 5mL DBOA = 169,9 Lago do RU: DBO(amostra) * Volume(amostra) = DBO(frasco) * Volume(frasco) Foi utilizado a metade do valor obtido, ou seja 15 mg/L. Volume(amostra) = Volume(amostra) = 60mL e 80mL Para o Lago do RU (60mL), tem-s DBOA x 60 mL = 0,3 mL x 300 mL DBOA = 1.5 Para o Lago do RU (80mL), tem -se DBOA x 80 mL = 0,6 mL x 296 mL DBOA = 2.22 Frascos (depois de 6 dias de estufa à 20ºC): AMOSTRAS Volume Gasto na Titulação Concentração de DBO P049(Lago RU): 80ml 3,5mL 2,22mL B017(Lago RU): 60mL 3,8mL 1,5mL (Esgoto): 4mL 1,8mL 169,9mL (Esgoto): 3mL 1,8mL 200,13mL 2.2 OD (Oxigênio Dissolvido) Frasco da amostra de água do Lago do RU: 2, P090 – 60mL Frasco da amostra de esgoto: 2, 3 mL AMOSTRAS Concentração de O.D para DBO 60mL da amostra de água do lago do RU + água destilada: Gasto 4,1 mL na titulação 4,1 mg/L de O.D 3 ml da amostra de esgoto + água destilada: Gasto 3,8 mL na titulação 3,8 mg/L de O.D AMOSTRAS Concentração de O.D na amostra Oxigênio da amostra de água do lago do RU: Gasto 4,4 mL na titulação 4,4 mg/L Oxigênio da amostra de esgoto: Gasto 0 ml na titulação 0 mg/L 3. DISCUSSÕES Após a realização das análises os resultados obtidos comparados pelas normas: RESOLUÇÃO N° 357, DE 17 DE MARÇO DE 2005 RESOLUÇÃO N0 430, DE 13 DE MAIO DE 2011 De acordo com a conama 357, o lago do RU se enquadra na classe 4, onde possui como parâmetro OD, superior a 2,0 mg/L O2 em qualquer amostra; Onde obtivemos na amostra do lago do RU, uma concentração de OD de 4,4 mg/L Constatou-se que, a resolução conama 357 não possui enquadramento para o parâmetro DBO, referente a classe 4, onde o lago do RU é enquadrado. Conforme a resolução CONAMA N 0 430/2011, Demanda Bioquímica de Oxigênio-DBO 5 dias deve seguir os seguintes valores: 20°C, máximo de 120 mg/L, sendo que este limite somente poderá ser ultrapassado no caso de efluente de sistema de tratamento com eficiência de remoção mínima de 60% de DBO, ou mediante estudo de autodepuração do corpo hídrico que comprove atendimento às metas do enquadramento do corpo receptor. Comparado aos resultados obtidos das amostras em análises, a DBO do esgoto residencial ultrapassou valores de 120 mg/L, demonstrando que o valor foi ultrapassado pelo efluente ser tratado com remoção de no mínimo 60% da DBO. 4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS LIBÂNIO, Marcelo. Fundamentos De Qualidade E Tratamento De Água. 3. ed. São Paulo: ÁTOMO, 2010. 496 p. VON SPERLING, Marcos. Introdução à qualidade das águas e ao tratamento de esgotos. 2. ed. Belo Horizonte: Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental; Universidade Federal de Minas Gerais; 1996. Determinação da demanda bioquímica de oxigênio – DBO. Disponível em: https://www.tratamentodeagua.com.br/artigo/determinacao-da-demanda-bioquimica- de-oxigenio-dbo/ . Acesso em: 20 set. 2017.
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