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N Ã OR+SÉRIE DICAS FINAIS PARA PMDF FABRÍCIO DUTRA 2 Meu nome é Fabrício Dutra de Souza, sou professor de língua portuguesa há nove anos, sou formado pela UFRJ. Nasci no Rio de Janeiro, mudei- me para Brasília em 2012, e foi a cidade onde minha carreira começou de verdade. Ministrei aulas de Língua Portuguesa principais cursos preparatórios da capital dos concursos e já ajudei milhares de alunos a conseguirem algo que eles, de certa forma, achavam impossível: aprender Gramática da Língua Portuguesa e fazer uma prova em condições reais de passar. Esse é mais que meu objetivo de vida, é a minha missão, ajudar as pessoas alcançarem os 3 seus objetivos, os seus sonhos e os seus desejos de estabilidade na carreira pública, por meio do ensino de uma das principais matérias para quem quer ser servidor público: a a Língua Portuguesa. Sou especialista em concursos públicos e em bancas, pretendo sempre facilitar o seu aprendizado, colocando-me à sua disposição para tornar o seu sonho algo possível de se conquistar. Sou membro do Grupo do Bigode (@ grupodobigode), O maior grupo de professores língua portuguesa do Brasil, de norte a sul, com os maiores nomes do universo dos concursos. 4 DICAS FINAIS PARA PMDF 1. Classes gramaticais: a banca Iades gosta de cobrar o emprego e o reconhecimento das classes gramaticais. É preciso ressaltar que o reconhecimento de uma classe gramatical depende exclusivamente do contexto. Por exemplo, a palavra MAIS pode ser advérbio e pode ser pronome indefinido. O que vai decidir essa questão não vai ser o olhar direcionado à palavra, e sim o reconheci- mento do termo ao qual ela se refere. Além disso, a banca gosta de cobrar a flexão nominal das classes gramaticais. Fique atento para a flexão da palavra bastante, a qual terá plural quando for pronome indefinido ou adjetivo. Quando for advérbio, bastante será invariável. 2. Coesão Textual: É fundamental reconhecer o papel dos pronomes, dos nomes e das conjunções para o esta- belecimento da coesão textual. Os pronomes e os no- mes servem para retomar elementos já citados no texto (anáfora), ou para fazer referência a elementos que ain- da serão ditos (catáfora). Além disso, a banca gosta de perguntar a qual elemento um pronome se refere den- tro do texto. 5 3. Conjunções: A banca cobra a troca de conectores e a análise do seu valor semântico. Por exemplo, ela des- taca o conector portanto e afirma que ele tem valor de explicação, na verdade ele é conclusivo. A banca tam- bém costuma trabalhar expressão a fim, que, quando é grafada de modo separado, tem valor de finalidade. Quando é grafada de modo junto, é um adjetivo e signi- fica semelhante. 4. Preposições: As preposições farão parte de questões acerca de regência verbal ou nominal. A banca cria frases com verbos e determinadas preposições no seu complemento, nem sempre esse uso estará correto. Ela pode, por exemplo, empregar o verbo visar com um complemento introduzido pela preposição por. Na ver- dadeeee, esse verbo exige preposição a. Outra questão envolvendo preposições pode abordar o seu valor semântico. A preposição com, por exemplo, pode ter valor de modo ou de companhia. Exemplo: Ele trabalha com dedicação (modo). Ele saiu de casa com os filhos (companhia). Mais uma questão importante sobre o assunto envolve o fato de uma preposição poder introduzir uma oração subordinada adverbial. A preposição por com verbo no 6 infinitivo tem valor de causa. Por estar chovendo, ele decidiu ficar em casa. A preposição para com verbo no infinitivo tem valor de finalidade. Para passar no concurso, ele assistiu a todas as aulas. A preposição a com verbo no infinitivo e tem valor de condição. A depender de mim, todos vocês vão passar. A preposição a combinado com artigo o e verbo infiniti- vo tem valor de tempo. Ao ser aprovado no seu concur- so, convide-me para o churrasco. 5. Emprego dos pronomes oblíquos átonos: É preciso fi- car atento para o uso dos pronomes O e LHE. Este, ba- sicamente, quando completa verbo, é objeto indireto. Aquele, quando completa verbo, é objeto direto. Fique atento para a mudança de forma que o pronome o so- fre, a depender da terminação do verbo. Comprei-o, Vou comprá-lo, Compraram-no. 6. Colocação dos pronomes oblíquos átonos: Fique aten- to às regras que determinam o uso da próclise, mesócli- se ou ênclise. Se houver palavra atrativa obrigatória, ocorrerá próclise (palavras de atração obrigatória: advérbios, pronomes não retos ou possessivos, conjunção subordinativa, que, frases optativas e frases interrogativas, além da expressão em + gerúndio) 7 Se houver palavra atrativa facultativa, ocorrerá a prócli- se ou mesóclise/ênclise. (palavras de atração faculta- tiva: substantivos expressos, pronome reto, conjun- ções coordenativas e preposição + infinitivo) Se não houver palavra atrativa, não ocorrerá a próclise. Por exemplo, no início de frases. Com verbos no futuro, ocorrerá mesóclise. Com qualquer outro tempo verbal, ocorrerá ênclise. 7. Ortografia: Dê muita atenção para a grafia correta de certos vocábulos, pois esse assunto frequentemente cobrado pela banca. 8. Crase: Em todas as questões de crase da banca iades, o procedimento será verificar a presença de preposição a regida por alguma palavra e artigo, determinante de um núcleo substantivo feminino. Na impossibilidade de artigo, não haverá crase. Se a palavra anterior não exigir preposição, não haverá crase. A banca gosta de cobrar, nas questões de crase, verbos transitivos diretos e in- diretos, com objeto indireto antes do direto, por exem- plo, Ele deu à cidade uma cara nova. Fique atento também para os casos de crase facultati- va: pronome possessivo com função adjetiva, nomes de pessoas e a expressão até a. 8 9. Regência: Fique atento para a regência dos principais verbos, os mais polêmicos, os mais cobrados. Também não deixe de observar se é necessário empregar uma preposição antes um pronome relativo. Os ideais com que você concorda são ultrapassados. 10. Pronome relativo: Nunca se esqueça de que o que, quando é pronome relativo, exerce função sintática. Substitua o pronome relativo que pelo termo que ele retoma; verifique, então, a função que esse termo iria exercer dentro da oração subordinada. Esta função será a função do que. O pronome onde somente poderá ser usado para fazer referência a lugar que não seja sujeito ou objeto. Quan- do for substituir onde pelo que, observe o emprego da preposição em: em que. Quando for substituído onde por no qual, observe se o elemento retomado realmen- te é masculino e singular. 11. Orações subordinadas que o QUE introduz: O que, pronome relativo, introduz oração subordinada adjeti- va, que poderá restringir o nome ou explicá-lo. Que = O qual. O que, conjunção integrante, introduz oração subor- dinada substantiva. Essa oração desempenha as fun- 9 ções sintáticas do português: sujeito, complementos... Que = isso 12. Concordância verbal: Muito cuidado com frases exten- sas ou empregadas na ordem indireta. O verbo concor- da com o núcleo do sujeito em REGRA, independen- temente de a frase estar na ordem direta ou indireta. Cuidado com os verbos ter e vir e seus derivados. ELE TEM / ELE VEM ELES TÊM / ELES VÊM ELE CONTÉM / ELES CONTÊM É preciso, também, que todos vocês observem um caso muito especial de concordância verbal: as expressões partitivas. Quais são? A maioria de, a minoria de, Grande parte de, boa parte de, parceria Grande par- te, boa parte dele, parte de, e também se incluem as expressões coletivas, porcentagens e frações. O que há de especial com essas expressões? É justamente a concordância do verbo. Em regra, o ver- bo concorda com o núcleodo sujeito; contudo, com es- sas expressões, o verbo tem dupla concordância. Ele pode concordar com núcleo do sujeito ou com a expres- são que especifica a palavra partitiva. 10 Note os exemplos: A maioria dos alunos passará no concurso. A maioria dos alunos passarão no concurso. Grande parte dos professores assinou o acordo. Grande parte dos professores assinaram o acordo. Parte da turma veio. Nos casos acima, o verbo possui dupla concordância. Ele pode concordar com o núcleo ou com elemento especi- ficador. Cuidado: a ordem indireta faz com que o verbo concor- de apenas com o núcleo. Passará no concurso a maioria dos alunos. Assinou acordo grande parte dos professores. As mesmas regras acima valem para as expressões que trazem frações ou porcentagens. Observe os exemplos: 20% do time fez o exame. 20% do time fizeram o exame. 1% dos eleitores votou nulo. 1% dos eleitores votaram nulo. 11 Se o numeral da porcentagem ou da fração apresenta qualquer determinante anteriormente expresso, o ver- bo deverá concordar unicamente com o núcleo nume- ral. Os 20% do time fizeram o exame. 13. Pontuação: a banca cobra muito a vírgula facultativa, que isola adjuntos adverbiais de curta extensão — uma ou duas palavras - ou adjuntos adverbiais - de qualquer extensão - na ordem direta. Se o adjunto adverbial DESLOCADO for extenso (3 ou mais palavras), a vírgula será obrigatória. A banca quer saber do candidato se ele sabe a justifi- cativa para uma vírgula ter acontecido. Por que houve vírgula? Também é amplamente cobrado o uso da vírgula que isola oração subordinada adjetiva explicativa. Sua re- tirada torna essa oração restritiva e, em muitos casos, mantém a correção gramatical. Fique sempre atento para o que a banca fala no enuncia- do do item. Ela também pode cobrar emprego de traves- sões no lugar da vírgula (para isolar a adjunto adverbial 12 intercalado, para isolar o aposto explicativo, para isolar adjunto adverbial intercalado, para isolar o aposto ex- plicativo, para isolar a oração subordinada adjetiva ex- plicativa). O ponto e vírgula também poderá cair na sua prova, e o seu uso ocorrerá nos elementos coordenados (enumerados ou de idêntica função) de grande exten- são. 14. Sujeito elíptico: Nos casos de emprego de verbos no imperativo, o sujeito estará elíptico. Denuncie agressão contra mulher. (DENUNCIE VOCÊ) 15. Sujeito indeterminado: Haverá sujeito indeterminado com o verbo na terceira pessoa do plural, sem referente dentro do texto. É preciso voltar ao texto, pois muitas vezes o verbo na terceira pessoa do plural tem um sujei- to oculto expresso anteriormente. Também haverá sujeito indeterminado com índice de indeterminação do sujeito. Verbo-se SEM AGENTE e sendo VTI, VI e VL. Se o verbo SEM AGENTE for VTD ou VTDI, o se será apassivador. 16. Tipos de predicado: predicado verbal - predicado pos- sui verbo de ação sem presença de característica relati- va ao sujeito. (Eu escrevi o texto) 13 Predicado nominal: o predicado é formado por verbo de estado e característica ou atributo relativo ao sujeito (predicativo). (Eu estava pressionado) Predicado verbo-nominal: O predicado é marcado pela presença de verbo de ação e de predicativo. (Eu escrevi o texto pressionado). 17. Tipos textuais: Observar o tipo de texto que está na sua frente é fundamental nas provas da Iades. Descrição: produção de fotografia textual. Detalhamento. Injunção: texto que visa a uma orientação ao leitor. Dissertação informativa: exposição de ideias, informa- ções sobre algo, sem objetivo de convencimento, sem ponto de vista dissertação informativa: exposição de ideias, informações sobre algo, sem objetivo de con- vencimento, sem ponto de vista. Dissertação argumentativa: falar sobre algo com in- tenção de argumentar, convencer, defender um ponto de vista. 14 Narração: relato de um fato, acontecimento, presença de personagens, espaço, tempo, enredo. 18. Acentuação gráfica: Conhecer as regras que norteiam acentuação gráfica também é essencial. A regra das oxí- tonas, paroxítonas, proparoxítonas, hiato e monossíla- bas aparece bastante. Contudo, é preciso ficar atento aos acentos diferenciais, que acontece nos vocábulos: pode (presente) X pôde (passado), por (prep) x pôr (ver- bo) Proparoxítonas: todas são acentuadas Monossílabas: a, e, o (pl.) Oxítonas: a, e, o, em (pl.) Paroxítonas: todas as terminações restantes em rela- ção a “a, e, o, em”. hiato: quando as vogais i e u estão sozinhas na sílaba formando hiato ou seguidas de S. O acento diferencial da palavra para não existe mais. Til não é acento!!!! 19. Formação de palavras: Atente para os processos de de- rivação e composição. Derivação: o vocábulo desfazer 15 vem do vocábulo fazer e foi formado por meio do acrés- cimo do prefixo des (Der. Prefixal) O vocábulo capitalismo Vem de capital e foi formado por meio do acréscimo do sufixo ismo vende capital e foi formado por meio do acréscimo do sufixo ismo (der. Sufixal) 20. Emprego do hífen: Mega-aula Mega-helicóptero Megassena Megarrede (Quando o prefixo termina em vogal, e a palavra se- guinte começa com vogal idêntica ou h, ocorrerá hífen. Quando ele termina em vogal, e a palavra seguinte co- meça com R ou S, Duplicam-se essas duasconsoantes) Hiper-realista Hiper-húmidos (Quando o prefixo termina em consoante, usar-se-á o hífen quando a palavra seguinte começa com a mesma consoante que terminou o prefixo ou com H) 16 21. Concordância nominal: Atenção para um caso muito comum nas provas da banca. As expressões: Está proibida A VENDA DE ANIMAIS. Está proibido VENDA DE ANIMAIS. A Ausência do determinante no Sujeito deixa o verbo no singular e o predicativo no masculino. 22. Transitividade e Análise Sintática: É preciso ficar aten- to de verdade para o estudo correto dessa relação do ver- bo com os complementos. No universo escolar, apren- demos analisar verbos soltos, descontextualizados. Por exemplo, pensava-se na transitividade do verbo jogar solto. Quem joga joga algo. O verbo comprar: quem compra compra algo. Em concursos públicos, você não pode pensar dessa forma. Observe atentamente as seguintes frases: A - Este jovem joga futebol. B - Este jovem joga na França. C - Esta empresa compra material reciclado. D - Esta empresa compra nos Estados Unidos. 17 Na frase A, observamos que há uma completa relação de transitividade acontecendo. Nessa frase, quem joga joga algo. Há o termo que pratica ação de jogar, nesse caso, o sujeito, e há aquilo que é jogado. A ação do ver- bo começa o sujeito e transitar até o complemento, que, por sofrer ação do verbo, é considerado objeto. Objeto direto, por não ter preposição. E o verbo é considerado transitivo direto. Na frase B, temos o mesmo verbo jogar. Contudo, ele não trabalha da mesma maneira que na primeira frase, em relação à transitividade. Nessa frase, existe apenas a figura que joga. O termo na França não é aquilo que é jogado, é apenas o local onde o jovem praticou ação de jogar. Nessa frase, então, O verbo jogar é considerado intransitivo, pois sua ação não transita. Como o termo na França é onde se pratica ação, ele considerado a ad- junto adverbial pela gramática. Na frase C, O verbo comprar apresenta aquela antiga re- lação escolar de “quem compra compra algo”. Observe que material reciclado é aquilo que comprado, Ou seja, é o objeto direto do verbo transitivo direto. Na frase D, A gramática considera que o verbo comprar, em frases como essa, não possui complemento, pois o termo nos Estados Unidos é o local onde a empresa compra, e não aquilo que ela compra. Logo, não será complemento, e sim ADJUNTO ADVERBIAL.18 FABRÍCIO DUTRA Sigam-me nas redes sociais e fiquem por dentro de todo o conteúdo gratuitas, todos os cursos on-line e todas as turmas presenciais. Aulas em vídeo de dicas e questões comentadas para facilitar sua aprovação. Publicações relevantes e atualizadas para detonar na língua portuguesa. Fique ligado, lives 3 vezes por semana. Vai perder essa chance de sair na frente? CLIQUE NA IMAGEM PARA ACESSAR AS REDES SOCIAIS.
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