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Dosimetria da Pena Privativa de Liberdade

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Material elaborado pela monitoria Luciana 
 
2ª FASE OAB 
Material de Apoio – Direito Penal – Cristiano Rodrigues – Teoria da Pena – Parte 1 
 
 
 
 
MATERIAL DE APOIO 
 
Teoria da Pena: 
Dosimetria da pena privativa de liberdade. 
Nosso ordenamento adotou o sistema trifásico para o cálculo da pena privativa de liberdade, 
através do qual na 1ª fase o juiz deverá avaliar as circunstâncias judiciais (Art. 59, CP) para estipulação 
da pena base concreta que deverá ficar entre o mínimo e o máximo de pena abstratamente previstos na 
lei. 
Na 2ª fase o juiz deverá levar em conta as circunstâncias agravantes (Art. 61 e 62, CP) e ate-
nuantes de pena (Art. 65 e 66, CP) para agravar ou atenuar a pena base (1ª fase) respeitando os limites, 
mínimo e máximo de pena, abstratamente previstos. 
Na 3ª fase serão levadas em conta as causas de aumento e de diminuição de pena e tem como 
principal característica possuírem valores certos para aumentar ou reduzir a pena. E que por isso poderão 
ultrapassar o máximo ou estipular a pena abaixo do mínimo abstratamente previstos no tipo para o crime. 
OBS1: NA primeira fase o valor da pena base concreta jamais deverá ultrapassar o ponto mé-
dio mesmo que todas as circunstâncias judiciais estejam presentes. Porém nada impede que na ausência 
de circunstâncias judiciais a pena base seja mantida no mínimo legal. 
OBS2: Para que haja antecedente criminal e se aumente a pena base na primeira fase, é pre-
ciso que haja sentença condenatória transitado em julgado por determinado crime quando o juiz for dar a 
sentença condenatória do outro crime não importando para isso quando este outro crime foi prati-
cado. De acordo com a súmula 444 do STJ, inquéritos policias ou ações penais em curso anteriores não 
podem gerar antecedentes. 
As qualificadoras determinam nova pena mínima e nova pena máxima e por isso fazem parte 
da análise da primeira fase, sendo que havendo mais de uma circunstância qualificadora as demais só 
poderão ser consideradas na segunda fase caso estejam previstas também como agravantes de pena. 
(Art. 61 e 62, CP). 
Havendo conflito entre reincidência e atenuante da idade, prevalece a redução da pena. Ha-
vendo conflito de agravantes e atenuantes, elas anulam-se mantendo assim a pena base da primeira fase. 
A reincidência, mais importante das agravantes, ocorre quando o sujeito realiza novo crime 
após haver trânsito em julgado condenatório de crime anterior, sendo que será considerado reincidente, 
caso cometa um novo crime, até cinco anos contados da data do término de cumprimento de pena ou sua 
extinção. Caso venha a cometer novo crime após esse prazo, será considerado tecnicamente primário, 
podendo se considerar que tem antecedentes (1ª fase) já que para esses não há prazo embora quanto a 
isso haja divergência nos tribunais superiores. 
Para efeito de reincidência pode-se afirmar: (Art. 63, CP c/c Art. 7º, LCP) 
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Material elaborado pela monitoria Luciana 
 
a) crime + crime = reincidência; 
b) contravenção + contravenção = reincidência 
c) crime + contravenção = reincidência 
d) contravenção + crime = primário 
A mais importante das atenuantes se refere à idade do autor, logo se na data da prática do fa-
to ele possuir entre 18 e 21 anos ou ainda for maior de 70 anos na data da sentença terá sua pena ate-
nuada. 
O artigo 66 do CP traz a atenuante inominada que permite ao juiz atenuar a pena sempre que 
considerar qualquer circunstância relevante para isso. Modernamente se aceita a aplicação da teoria da 
co-culpabilidade do Estado em que este assume sua parcela de culpa em certos crimes para que o juiz 
atenue a pena com base no artigo 66 do CP. 
Na 3ª fase ao se considerar causas de aumento e de diminuição de pena pelo fato da própria 
lei determinar os valores para este aumento ou diminuição, nada impede que o valor final fique abaixo do 
mínimo ou mesmo acima do máximo previstos abstratamente na lei.

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