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INQUÉRITO POLICIAL
O inquérito policial é um procedimento administrativo preparatória da ação penal, realizadas pela polícia judiciária (polícias civil e federal), destinado a apurar infrações penais e sua respectiva autoria.
Atribuição: A atribuição para presidir o inquérito se dá em função da competência ratione loci, ou seja, em razão do lugar onde se consumou o crime. Desta forma, ocorrerá a investigação onde ocorreu o crime. A atribuição do delegado será definida pela sua circunscrição policial, com exceção das delegacias especializadas, como a delegacia da mulher e de tóxicos, dentre outras.
FINALIDADE/OBJETIVO: A finalidade do inquérito policial, além de servir de base para que o Ministério Público, através da denúncia, de início a uma ação penal, tem também, por finalidade, apurar a existência de uma infração delituosa e descobrir seu autor ou autores.
Art. 4º CPP - A polícia judiciária será exercida pelas autoridades policiais no território de suas respectivas circunscrições e terá por fim a apuração das infrações penais e da sua autoria.
SÃO CARACTERÍSTICAS DO INQUÉRITO POLICIAL: Trago nesse tópico as principais características que revestem o procedimento que constitui o inquérito policial.
Procedimento escrito: Segundo o Art. 9 da CPP : o Todas as peças do inquérito policial serão, num só processado, reduzidas a escrito ou datilografadas e, neste caso, rubricadas pela autoridade.
Sendo assim, todos os atos do inquérito policial deve ser reduzido a termo pela autoridade policial, não podendo de forma alguma ser gravado, ou ser feito de forma oral pela autoridade responsável pela colheita de provas neste procedimento administrativo.
 b)Sigiloso: “Art. 20. A autoridade assegurará no inquérito o sigilo necessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse da sociedade”
Existe a exceção do advogado do acusado, onde ele terá acesso ao inquérito policial, mas somente se não o caso de investigação de absoluto sigilo, como na interceptação telefônica. Outros que podem ter acesso ao inquérito são o Ministério Público e o Juiz.
 c)Oficialidade: o inquérito policial é uma atividade investigatória feita por órgãos oficiais, não podendo ficar a cargo do particular, ainda que a titularidade da ação penal seja atribuída ao ofendido. Somente os órgão oficiais podem exercer a função da atividade investigatória, não ficando a cargo da pessoa física, mas sim do Poder Público.
 d)Autoridade: : exigência expressa do Texto Constitucional (CF, art. 144, § 4º); o inquérito é presidido por uma autoridade pública, no caso, a autoridade policial (delegado de polícia de carreira). Somente pela autoridade policial deve ser instaurado o inquérito policial, não tem discricionariedade o particular para proceder a instauração deste procedimento administrativo.
e)Indisponibilidade: A autoridade policial não pode arquivar autos de inquérito policial. O arquivamento parte do promotor e passa pelo juiz. O delegado não é o titular da ação penal, conforme diz o art. 17 do CPP. A autoridade policial não poderá mandar arquivar autos de inquérito.
F)Inquisitivo: : Significa dizer que no IP não há contraditório e ampla defesa, ou seja, não são aplicados os princípios constitucionais. Posição sustentada pelo STF, pois no IP ainda não existe acusação formal. O IP é mera colheita de provas.
6.8 Disponível : “Art. 12.O inquérito policial acompanhará a denúncia ou queixa, sempre que servir de base a uma ou outra.”
Assim sendo, da interpretação gramatical desse dispositivo percebemos que o inquérito policial servirá de base para denúncia ou queixa, por outro lado, percebemos que poderá exisitr denúncia ou queixa sem o inquérito policial.
NOTITIA CRIMINIS
Notitia criminis, quer dizer comunicação feita à autoridade policial da existência de um crime. É a noticia do crime..
a) Notitia criminis de cognição imediata: aquela onde a autoridade policial toma conhecimento do fato criminoso por meio do exercício de suas funções, como por exemplo a descoberta de um cadáver. Nela se insere a denúncia anônima, também denominada apócrifa ou notitia criminis inqualificada;
b) Notitia criminis de cognição mediata: ocorre quando a autoridade policial sabe do fato por meio de requerimento da vitima ou de quem possa representá-la, requisição da autoridade judiciária ou do órgão do MP, ou ainda mediante representação.
c) Notitia criminis de cognição coercitiva: ocorre no caso de prisão em flagrante, em que a notícia do crime dá-se com a apresentação do autor do fato.
Instauração do Inquérito Policial
O inquérito se instaura através da PORTARIA da autoridade policial, o Delegado. Pode também ser instaurado nos crimes de ação penal pública pelo Juiz ou Promotor. Nos crimes de ação penal privada há a necessidade de requerimento do ofendido ou representante legal para a instauração do mesmo. Com isso, vemos que não é todo crime cabível de interposição de inquérito policial. Denúncia anônima não permite a instauração do Inquérito Policial, mas o Delegado pode proceder a investigação. Caso seja confirmado o delito, o IP será instaurado.
PARA A APURAÇÃO DE INFRAÇÕES DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO, o artigo 69 da lei 9.099/95 previu o Termo Circunstanciado, que consiste em uma apuração rápida, muito mais simplificada que o inquérito policial. O termo circunstanciado fornece ao titular da ação os elementos indispensáveis à sua propositura.
Desenvolvimento do Inquérito Policial
 Art. 6 : o Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá:
 I - dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação das coisas, até a chegada dos peritos criminais; 
 II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos criminais
 III - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas circunstâncias;
 IV - ouvir o ofendido;
 V - ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do disposto no Capítulo III do Título Vll, deste Livro, devendo o respectivo termo ser assinado por duas testemunhas que Ihe tenham ouvido a leitura;
 VI - proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações;
 VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer outras perícias;
 VIII - ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se possível, e fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes; 
 IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual, familiar e social, sua condição econômica, sua atitude e estado de ânimo antes e depois do crime e durante ele, e quaisquer outros elementos que contribuírem para a apreciação do seu temperamento e caráter.
 X - colher informações sobre a existência de filhos, respectivas idades e se possuem alguma deficiência e o nome e o contato de eventual responsável pelos cuidados dos filhos, indicado pela pessoa presa
Prazos de conclusão do inquérito 
	NATUREZA
	INDICIADO PRESO
	
	INDICIADO SOLTO
	Regra Geral (art. 10, CPP)
	10 dias
	
	30 dias
	Justiça Federal (Art. 66 – L. 5010/66)
	15 dias
	
	30 dias
	Tráfico de Drogas (Art. 51 – L. 11343/06)
	30 dias
	
	90 dias
Se o indiciado estiver solto, sempre pode prorrogar o inquérito policial, mas se ele estiver preso não pode. Salvo: Justiça Federal pode prorrogar por igual prazo; Pode duplicar no caso de Tráfico de Drogas;
2.3. Indiciamento
Indiciado é a pessoa eleita pelo Estado – investigação, dentro da sua convicção, como autora da infração penal. Ou seja, é o ato pelo qual a autoridade policial reconhece formalmente os indícios de autoria e a materialidade que recai sobre o suspeito.
O indiciamento pode ser direto, é o feito na presença do indiciado, e o indireto quando ausente o indiciado.
Graus de culpa no processo penal:
Suspeito – Existe quando a polícia não tem segurança sobre quem cometeu o crime.
Indiciado – Para a polícia é aquelapessoa que cometeu o crime.
Réu/acusado – Com o processo a pessoa se torna réu/acusado.
Atenção! Para o STF, não pode haver indiciamento após o recebimento da denúncia.
O CPP não prevê o momento em que o suspeito deva ser indiciado, ficando a critério do delegado este papel.
Conteúdo do indiciamento:
Identificação do suspeito;
Pregressamento – Coleta dos dados da vida do suspeito;
Interrogatório;
Fim do Inquérito Policial
O Ministério Público pode propor:
Denúncia;
Arquivamento;
Requerer diligências imprescindíveis ao oferecimento da denúncia;
Atenção! O JUIZ não pode indeferir as diligências requeridas pelo MP. Caso seja indeferido, o Promotor entra com um Mandado de Segurança.
Arquivamento do Inquérito Policial
O inquérito policial somente pode ser arquivado por determinação judicial a requerimento do Ministério Público, quando não houver justa causa. Se o juiz não concordar, deve enviar a peça ao Procurador Geral que pode oferecer a denúncia, designar outro órgão do Ministério Público que está obrigado a oferecer a denúncia (art. 28 Código de Processo Penal) ou ainda insistir no arquivamento. O pedido de arquivamento realizado pelo titular da ação penal privada é causa de extinção de punibilidade. Somente pode ser reaberto o procedimento arquivado por falta de provas caso surgirem novas provas. Contra o arquivamento do inquérito cabe correição parcial.

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