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CIENCIA POLITICA

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CIÊNCIA POLÍTICA 
PROFESSOR GABRIEL MARQUES 
ANOTAÇÕES DAS AULAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
	
  
	
   2	
  
06 Agosto 2015 (Aula 01) 
 
Gabriel Marques 
gabriel_dmc@yahoo.com.br 
 
1. Apresentação 
2. Conteúdo programático 
3. Estudos de caso 
4. Bibliografia 
5. Avaliações 
 
Conteúdo Programático 
Fenômeno Político 
Estado 
 
Estudo de Casos 
Garantem 1 ponto na nota final da segunda avaliação. 
Deve ter duração média de 10 a 15 minutos. 
Fazer relatório (fatos do caso). 
Deve haver fundamentação (confrontar os argumentos do caso) 
Conclusão (dispositivo) 
Os termos desconhecidos devem ser explicados. 
 
Avaliações 
4 fontes de estudo: 
Caderno 
Casos 
Textos 
Livro (Opnião doutrinária inédita) 
 
Bibliografia 
Elementos de Teoria Geral do Estado (Paulo Dallari) 
Ciência Política (Paulo Bonavides) 
 
Elementos 
Perfil 
	
  
	
   3	
  
07 Agosto 2015 (Aula 02) 
 
FENÔMENO POLÍTICO 
 
Sugestão de livro: 
Prólogo à Teoria do Estado (Nelson de Souza Sampaio) 
 
Segundo a visão de Nelson Sampaio, o Fenômeno Político é a conservação, 
distribuição ou transformação das relações de poder numa associação política ou entre 
associações políticas. 
 
Separação de poderes (Montesquieu, XVIII, Clássico) 
Segundo Montesquieu todo aquele que possui poder, tende a dele abusar. Surgiu 
assim a idéia de dividir os poderes do governo em três partes para melhor controlá-lo. 
Inicialmente esses três poderes surgiram com a seguinte nomeclatura: 
 
1. Legislativo 
2. Executivo das coisas que dependem da gente 
3. Executivo das coisas que dependem o civil 
 
Montesquieu já admitia a interação entre os três poderes e a criação de faculdade para 
“Estatuir” (criar) e “Impedir” (Frear). 
 
Poder Judiciário para Montesquieu 
O juíz é a boca que pronuncia as palavras da lei. Para ele os juízes deveriam repetir as 
leis no sentido literal. Eram seres inanimados, dos quais não podemos moderar o 
vigor e a força. Eram seres quase nulos. 
 
Os 3 poderes devem constituir um repouso ou inação, mas se forem provocados a 
caminhar, devem caminhar conjuntamente (harmonia dos poderes. Independentes, 
porém harmônicos). 
 
Relações de Poder 
Poder é um jogo de soma zero, ou seja: (+ / -) 
	
  
	
   4	
  
De um lado existem aqueles que têm o poder, perante os que não tem. 
Exemplo: A família (atualmente existem vários conceitos do que é a família) e o 
Fórum das Famílias (com vários arranjos familiares). 
 
 
Associação ou Associações Políticas 
Pré Estatais 
Estatais 
Intra Estatais 
Inter Estatais 
Supra Estatais 
 
Pré Estatais 
Não compõem um estado propriamente dito, porém existe a política. 
Exemplo: Clãs e tribos (possuem uma pessoa no poder, geralmente a mais velha). 
 
Intra Estatais 
Como exemplo temos os partidos políticos. 
Possuem legislação na constituição. 
São obrigatoriamente pessoas jurídicas. 
Devem fazer duplo registro: cartório de pessoas jurídicas e no TSE. 
Todos os partidos devem ser obrigatoriamento nacionais. 
 
Inter Estatais 
Temos como exemplo a Confederação. 
A Confederação é composta por vários “Estados”, a partir de um tratado. 
Quando um Estado denuncia o tratado e se afasta da Confederação, chamamos de 
Direito de Secessão. 
 
Supra Estatais 
São organiações que estão acima dos Estados. 
Como exemplo, podemos citar a ONU, criada em 1945 após a segunda guerra 
mundial, com o intuito de evitar os flagelos desta. Em 1948 se deu a criação da 
Declaração dos Direitos Humanos. 
	
  
	
   5	
  
13 Agosto 2015 (Aula 03) 
 
Visão atual da separação de poderes 
Na verdade, o Poder é uno e o que pode ser dividido são suas funções: 
 
 TÍPICAS ATÍPICAS 
 
NORMATIVA 
LEGISLATIVO 
Leis Ordinárias 
EXECUTIVO: Medida Provisória, a qual possui força de lei. Possui urgência e depois é votada. 
JUDICIÁRIO: Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA), possui regimento interno. 
 
ADMINISTRATIVA 
EXECUTIVO 
Nomeação STF 
LEGISLATIVO: Concessão de férias, a qual deve ser assinada pelo presidente da câmara. 
JUDICIÁRIO: Promoção de magistrados. Antiguidade ou merecimento. 
 
JUDICIONAL 
JUDICIÁRIO 
Julgar um crime 
LEGISLATIVO: Impeachment. Julgamento do senado federal, presidido pelo PSTF. 
EXECUTIVO: PAD, Processo Administrativo Disciplinar. 
 
 
As funções Típicas são as principais e as Atípicas são acessórias. 
Pleno, é o órgão mais importante dentro do tribunal. 
 
Sugestão de livros: 
O Holocausto Brasileiro (Daniela Arbex) 
Cova 312 (Daniela Arbex) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
	
  
	
   6	
  
14 Agosto 2015 (Aula 04) 
 
HIPERTROFIA DO JUDICIÁRIO: 
JUDICIALIZAÇÃO DA POLÍTICA E ATIVISMO JUDICIAL 
 
CONSTITUIÇÃO DE 1988 
 
GARANTIAS DE INDEPENDÊNCIA. 
 
Vitaliciedade 
O juíz só perde o cargo em caso de decisão judicial transitada em julgado. 
 
Inamovibilidade 
Ninguém poderá tirar de uma hora para outra o magistrado do seu local de trabalho. 
 
Irredutibilidade de Subsídios 
Sua remuneração nunca será diminuida. 
 
 
AMPLIA AS COMPETÊNCIAS (PODER) DO JUDIÁRIO 
Costituição 
Leis 
 
 
AMPLIA O ACESSO AO JUDICIÁRIO 
Juizados Especiais 
Habeas Corpus 
Reclamação (trabalhista, por exemplo) 
Art. 103 Amplia o acesso ao STF (ADI, por exemplo) 
 
 
 
 
 
	
  
	
   7	
  
GANHARAM FORÇA APÓS A CF 1988: 
 
Ministério Público 
Instituição preocupada em defender o interesse coletivo, que está acima dos interesses 
individuais. 
 
Defensoria Pública 
Defender os interesses de pessoas carentes ou hiposuficientes que não podem arcar 
com as despesas de um advogado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
	
  
	
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22 Agosto 2015 (Aula 05) 
 
JUDICIALIZAÇÃO DA POLÍTICA E ATIVISTMO JUDICIAL 
(CONTINUAÇÃO) 
 
A Judicialização da Política representa um processo de condução ou deslocamento de 
temas políticos dos poderes tradicionais dos Poderes Legislativo e Executivo para o 
Poder Judiciário. Por sua vez o Ativismo Judicial é um processo de interferência do 
Poder Judiciário em relação a essas decisões. 
 
1. PEC 33 
PROPOSTA DE EMENDA CONSTITUCIONAL 
O Poder Legislativo é o responsável por sua criação, no Congresso Nacional 
(Câmara dos Deputados e Senado Federal). Quando o Congresso exerce esse 
poder ele estará exercendo o chamado Poder Constituinte Derivado 
Reformador. 
 
A PEC 33 foi uma reação do Congresso ao Supremo Tribuan Federal (STF) e ao 
Ativismo Judicial. Quando o STF for declarar uma Lei Inconstitucional, vamos 
colocar um corum mais alto (tornar mais difícil a votação, mais votos). Seriam 
assim dificultadas as declarações de inconstitucionalidade por parte dos tribunais. 
 
Segundo a PEC 33, quando o Tribunal criar uma Súmula Vinculante (enunciados 
e orientações que cristalizam um entendimento jurisprudencial e só podem ser 
ciradas pelo STF), só teria valor (efeito) vinculante após a aprovação do 
Congresso Nacional. 
 
Outra sugestão da PEC 33 é que quando o STF criar uma EMENDA 
CONSTITUCIONAL e esta for considerada inconstitucional pelo Congresso, ela 
não será aprovada e retornará ao STF, podendo assim, futuramente, passar pelo 
crivo do povo, atravé s de um plebiscito. 
 
 
 
	
  
	
   9	
  
2. ATIVISMO LEGISLATIVO (faz sentido falar nesse ativismo?) 
Está relacionado com os conflitos entre o Presidente da Câmaras dosDeputados com a Presidência da República, devido às pautas (assuntos) 
polêmicas levantadas pela Câmara dos Deputados. 
 
Exemplos: 
Maioridade Penal 
Exame da OAB 
 
 
POLÍTICA EXTERNA 
Reflete uma grande preocupação do Brasil com sua relação com os outros países e 
está prevista no ART. 4º CF/88 (05/10/1988), com X incisos. 
 
Incorporação de Tratados Internacionais (Acordos) 
No Brasil, quem celebra esses tratados é a Presidência da República, mas cabe ao 
Congresso Nacional aprová-lo ou não. Caso o tratado seja aprovado, voltará à 
Presidência para ratificação. 
 
Uma vez superado esse processo (todas as fases) e dependendo de como foi feito e o 
tipo desse tratado (como foi incorporado), poderá alterar a Natureza Jurídica 
Distinta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
	
  
	
   10	
  
03 Setembro 2015 (Aula 06) 
 
FORMAS E USOS DA EXPRESSÃO “POLÍTICA” 
Políticas Públicas: STF e ADPF 45 
Política Partidária: O Art. 17 da CF/88 
 
 
POLÍTICAS PÚBLICAS 
São programas de ação (1) estruturados pelo Poder público (2), destinados à garantia 
de Direitos (3) fundamentais. 
 
(1) Programas de Ação 
Leis: Legislativo (típico) 
Atos Concretos: “Executivo” 
 
(2) Poder Público 
“Estado Social”: Interventor 
Art. 3º (IV Incisos): Objetivos Fundamentais 
 
(3) Garantia de Direitos Fundamentais 
Destaque maior aos Direitos Sociais (Art. 6º) 
Educação, Saúde, Alimentação, Trabalho, Moradia, Lazer, Segurança, Previdência, 
Social, Proteção à maternidade e à Infância, Assistência aos desamparados. 
 
 
POLÍTICA PARTIDÁRIA (Art. 17 da CF/88) 
 
(1) Partido Político 
Democracia (Sistema Eleitoral) 
 
(2) Pessoas Jurídicas 
Essas Pessoas Jurídicas são de Direito Privado e necessitam de duplo registro 
(Pessoa Jurídica e TSE) 
 
	
  
	
   11	
  
(3) Caráter Nacional 
Deve haver recolhimento de assinaturas nacionais para a criação desses partidos. 
 
(4) Recursos Externos 
Os partidos políticos não podem receber recursos estrangeiros. 
 
(5) Caráter Paramilitar 
Esse tipo de caráter é proibido nos partidos políticos. 
 
(6) Art. 103 da CF/88 
Os partidos políticos podem propor Ações de Inconstitucionalização. 
 
 
CASOS PREVISTOS 
ADPF 54 
ADPF 153 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
	
  
	
   12	
  
04 Setembro 2015 (Aula 07) 
 
SOCIEDADE E SEUS CARACTERES 
1. Finalidade 
2. Ordenação do Conjunto 
3. Poder 
 
 
FINALIDADE 
Uma sociedade é construída para que haja o alcance do bem comum. 
Bem comum é a reunião de condições que favoreçam o desenvolvimento integral da 
personalidade humana (Encíclica – Papa João XXIII). A dignidade da pessoa 
humana está ligada a esse conceito (Art. 1º, III). O Art. 1º da CF/88 representa 
um fundamento para a sociedade. A nossa sociedade usa as POLÍTICAS 
PÚBLICAS como ferramentas para alcançar esse desenvolvimento integral do 
ser humano. Porém, não basta ter apenas finalidade, sem que haja uma ordenação de 
conjunto. 
 
 
ORDENAÇÃO DO CONJUNTO (COTIDIANO) 
 
Reiteração 
Toda e qualquer sociedade é composta por manifestações permanentes. Essa 
reiteração convive com a ordem. 
 
Ordem 
Há uma ordem jurídica (leis) esperada, a qual é vista como uma ciência social 
aplicada. Existem também a ordem moral e as regras de trato social. Atualmente 
podemos citar também o PURALISMO JURÍDICO, pois a ordem jurídica não é 
apenas a Estatal. Não adianta que haja manifestações permanentes e ordens 
jurídicas, sem que haja ações particulares. 
 
Adequação 
As ações particulares necessariamente devem perseguir as ações do bem comum. 
	
  
	
   13	
  
PODER 
Toda sociedade traz consigo a demonstração de Poder, sendo que dois traços o marca: 
 
Socialidade (Fenômeno social) 
Bilateralidade (Duas vontades) 
 
Com relação ao exercício do Poder: 
 
Legitimidade x Legalidade 
A Legitimidade se traduz em consentimento (aceitação). 
Já a Legalidade é baseada nas Leis. 
 
Para Max Weber (Sociólogo Alemão) a Legitimidade pode ser classificada em: 
Tradicional 
Carismática 
Racional – Legal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
	
  
	
   14	
  
10 Setembro 2015 (Aula 08) 
 
LEGITIMIDADE (CONTINUAÇÃO) 
CONCEITOS DE ESTADO 
Dallari 
Jellinek 
Kelsen 
Weber 
 
 
LEGITIMIDADE 
Em sua construção teórica, Weber costuma falar em “TIPO IDEAL 
WEBERIANO”, o qual é uma perspectiva mais abstrata. Sengundo WEBER, três 
são os critérios mais famosos: 
 
1. Legitimação Tradicional 
Segundo Weber, ela é típica das monarquias, pois a tradição, a história e os 
costumes culturais determinavam assim (ontem eterno). A independência 
(monarquia) do Brasil se deu em 7 de setembro de 1822, sendo que em 1824 foi 
criada a primeira constituição brasileira, a qual possuía 4 poderes (segundo a 
teoria de Benjamin Constant). Essa primeira constituição teve fim em 1889 com o 
início da República, levando à criação de mais uma constituição em 1891. 
 
2. Legitimação Carismática 
Pode ser encontrado naquelas pessoas que exercem liderança, ou seja, pessoas do 
poder. E por ter confiança nesse carisma, as pessoas acabam assim, obedecendo 
essas pessoas. Como exemplo podemos citar pessoas como VARGAS, PRESTES, 
ANTÔNIO CONSELHEIRO, ZUMBI DOS PALMARES, LULA. 
 
3. Legitimação Racional Legal 
Na legitmaçào legal racional existe a burocracia. O respeito acontece pois teve sua 
legitimidade aprovada a partir dos procedimentos legais (Leis). “Eu respeito a 
autoridade pois a lei foi feita assim”. É como ocorrem as eleições a cada 2 anos. 
 
	
  
	
   15	
  
CONCEITOS DE ESTADO 
 
O Estado é composto por três elementos essenciais: Soberania, Nação e Território. 
 
VISÃO DO ESTADO DE DALLARI 
Segundo Dallari, o Estado pode ser definido como uma ordem jurídica soberana (1) 
que tem por fim o bem comum (2) de um povo (3) situado em determinado território 
(4). 
 
(1) Soberania x Autonomia – O Estado soberano detém o poder, porém cria 
competências e limites para outros órgãos (União, Estados, Municípios, DF) tomarem 
certas decisões. (2) Bem Comum – O Estado utiliza-se de políticas públicas. (3) Povo 
– O Povo representa os cidadãos de uma nação. “É o nacional que goza de direitos 
políticos”. Ou seja, Povo é diferente de população, pois se somos Povo, quer dizer 
que temos vínculo com o Estado. (4) Território – Base geográfica. 
 
VISÃO DO ESTADO DE JELLINEK 
Segundo Jellinek, o Estado seria a corporação de um povo (1) situada em determinado 
território (2) e que possui poder originário de mando (3). 
 
 
CASO DE HOJE 
ADI 4277 
União Homoafetiva. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
	
  
	
   16	
  
11 Setembro 2015 (Aula 09) 
 
CONCEITOS DE ESTADO (CONTINUAÇÃO) 
Dallari 
Jellinek 
Kelsen 
Weber 
 
 
VISÃO DO ESTADO DE KELSEN 
Kelsen era um Positivista Normativista que nos anos de 1930 tentou responder à 
seguinte pergunta: Qual é o objeto de estudo do Direito? Dessa forma, segundo 
Kelsen, o objeto de estudo do Direito seria a Norma (Normatividade), criada por uma 
autoridade competente. 
 
Em seu livro “TEORIA PURA DO DIREITO”, Kelsen fala que estamos vivendo uma 
época de Sincretismo Metodológico, o qual diz que não saibamos qual seria a lógica 
do Direito. Segundo Kelsen, o Estado é uma ordem coativa normativa da conduta 
humana. 
 
Pirâmide Normativa de Hans Kelsen (Merkc) 
Na verdade podemos dizer que essa pirâmide é uma construção escalonada. 
 
 
VISÃODO ESTADO DE WEBER 
Para Weber, o Estado é o monopólio da violência física legítima. 
 
 
 
 
 
 
 
 
	
  
	
   17	
  
ELEMENTOS ESSENCIAIS DO ESTADO 
POVO 
TERRITÓRIO 
SOBERANIA 
 
 
POVO 
DISNTINÇÕES RELEVANTES 
NACIONALIDADE X CIDADANIA 
DISTINÇÕES ENTRE NACIONAIS 
DISTINÇÕES ENTRE BRASILEIRO X ESTRANGEIRO 
 
 
POVO X POPULAÇÃO 
É a quantidade de pessoas que habita um território, se levarmos em conta uma 
definição demográfica. Esses habitantes podem ser nacionais (natos ou naturalizados) 
ou estrangeiros. Povo, são os nacionais (natos ou naturalizados) que gozam dos 
direitos políticos e recebem o nome de cidadãos (estrito = limitações). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
	
  
	
   18	
  
17 Setembro 2015 (Aula 10) 
 
NAÇÃO 
Renan (1882, Final do Século XIX) 
Podemos encontrar o que é uma nação nas PP. 173/174 
 
Critérios equivocados, citados por Renan, para haver uma NAÇÃO: 
 
1. Raça homogênea 
De acordo com a CF/88 o racismo é um crime inafiançável e imprescritível. 
 
2. Religião Homogênea 
Existe o que chamamos de Pluralidade Religiosa o que consitui um Estado Laico 
(1891/1988). 
 
3. Língua Homogênea 
Existe uma Pluralidade Linguística, a exemplo da Suíça, com várias línguas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
	
  
	
   19	
  
18 Setembro 2015 (Aula 11) 
 
NAÇÃO 
Possui um conceito histórico-cultural. 
 
Definição de NAÇÃO para Renan: 
Nação é um Plebiscito de todos os dias. É uma espécie de uma grande solidariedade a 
um passado comum, um sentimento de pertencimento a um passado comum e este 
sentimento faz com que tenhamos as mesmas tradições, a mesma trajetória. 
 
Definição de NAÇÃO para Paulo Bonavides: 
Nação é uma verdadeira síntese espiritual. 
 
 
NACIONALIDADE E CIDADANIA 
A CF/88 trata da Nacionalidade no Art. 12 e da Cidadania no Art. 14. 
 
Com relação à NACIONALIDADE, a CF/88 aborda duas categorias: 
 
1. Brasileiros Natos ou Nacionalidade Primária 
O critério que domina aqui é a involuntariedade, ou seja, o nascimento de uma 
pessoa, sem que se tenha escolha. 
 
Duas expressões em latim determinam os critérios para que alguém possa ser 
considerado brasileiro nato: JUS SOLI (Territorial) e JUS SANGUINIS 
(Consanguínio ou decendência). 
 
JUS SOLI (Art. 12, I, “A”) 
Um país considerará como nato aquele que nascer em seu território. 
 
JUS SANGUINIS (Art. 12, I, “C”) 
Será nato aquele que descender dos meus nacionais. 
 
O Brasil é predominantemente IUS SOLI. 
	
  
	
   20	
  
2. Naturalizados ou Nacionalidade Secundária (Art. 12, II, “A”) 
O critério dominante aqui é a voluntariedade, pois a pessoa o faz por vontade 
própria, tendo que cumpir alguns critérios para se naturalizar. 
 
“Os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos 
originários de países de língua portuguesa apenas residência por um ano 
ininterrupto e idoneidade moral”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
	
  
	
   21	
  
24 Setembro 2015 (Aula 12) 
 
CARGOS 
Privativos e Exclusivos 
Art. 12, § 3º 
 
Art. 12. São brasileiros: 
§ 3º São privativos de brasileiro nato os cargos: 
 
I - de Presidente e Vice-Presidente da República; 
II - de Presidente da Câmara dos Deputados; 
III - de Presidente do Senado Federal; 
IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal; 
V - da carreira diplomática; 
VI - de oficial das Forças Armadas. 
VII - de Ministro de Estado da Defesa(Incluído pela Emenda Constitucional nº 23, de 
1999). Este é o único caso vinculado ao poder executivo e por isso deve ser brasileiro 
nato, devido à preocupação com o risco à segurança. 
 
 
Conselho da República 
Art. 89, Inciso VII 
O Conselho da República é órgão superior de consulta do Presidente da República, e 
dele participam: 
 
I - o Vice-Presidente da República; 
II - o Presidente da Câmara dos Deputados; 
III - o Presidente do Senado Federal; 
IV - os líderes da maioria e da minoria na Câmara dos Deputados; 
V - os líderes da maioria e da minoria no Senado Federal; 
VI - o Ministro da Justiça; 
VII - seis cidadãos brasileiros natos, com mais de trinta e cinco anos de idade, sendo 
dois nomeados pelo Presidente da República, dois eleitos pelo Senado Federal e dois 
	
  
	
   22	
  
eleitos pela Câmara dos Deputados, todos com mandato de três anos, vedada a 
recondução. 
 
Esse conselho representa os interesses do povo, porám a Presidência pode ainda 
discordar das suas opiniões, prevalecendo assim, sua palavra. 
 
 
ART. 222 
A propriedade de empresa jornalística e de radiodifusão sonora e de sons e imagens é 
privativa de brasileiros natos ou naturalizados há mais de dez anos, aos quais caberá a 
responsabilidade por sua administração e orientação intelectual. 
 
Isso aconteceu devido à preocupação de como seriam passadas as mensagens 
para o povo, pois essas empresas são fontes de informação para o cidadão. 
 
 
EXTRADIÇÃO 
É uma relação internacional entre Estados soberanos que se inicia de forma 
diplomática. Para que haja a extradição, deve ter havido um crime ou o cumprimento 
de uma pena associada a esse processo. 
 
O pedido de extradição é levado ao STF (para verificar a legalidade desse pedido) 
após o processo de diplomacia. Após a decisão do Supremo é levado à Presidência da 
República para ser decidido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
	
  
	
   23	
  
25 Setembro 2015 (Aula 13) 
 
EXTRADIÇÃO 
Consta na CF/88 
Estatuto do Estrangeiro (Lei 6815 de 1980) 
 
ART. 5º, INCISO LI 
 
Art. 5º 
Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos 
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à 
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: 
 
Inciso LI 
Nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, 
praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito 
de entorpecentes e drogas afins (a qualquer tempo), na forma da lei; 
 
Porém, se o país não o extradita, ele deverá ser julgado pelo crime em seu 
próprio território, em algum juízo (vara) na capital do último estado onde 
residiu pela última vez. 
 
 
DINSTINÇÕES ENTRE BRASILEIRO x ESTRANGEIRO 
5 DIFERENÇAS PRINCIPAIS 
 
1. VOTO 
2. PLEBISCITO 
3. REFERENDO 
4. INICIATIVA POPULAR 
5. AÇÃO POPULAR 
 
 
 
	
  
	
   24	
  
VOTO 
O povo brasileiro é titular da nossa soberania. 
 
ART. 14 
A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, 
com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante: 
 
I - plebiscito; 
II - referendo; 
III - iniciativa popular. 
 
ART. 1º 
A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e 
Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e 
tem como fundamentos: 
 
I - a soberania; 
II - a cidadania; 
III - a dignidade da pessoa humana; 
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; 
V - o pluralismo político. 
 
Parágrafo único 
Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou 
diretamente, nos termos desta Constituição. 
 
 
CLÁUSULAS PÉTREAS 
Representa aquilo que a própria constituição procura blindar. 
 
ART. 60, § 4º, IncisoII 
 
Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta: 
§ 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: 
	
  
	
   25	
  
I - a forma federativa de Estado; 
II - o voto direto, secreto, universal e periódico; 
III - a separação dos Poderes; 
IV - os direitos e garantias individuais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
	
  
	
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26 Setembro 2015 (Aula 14) 
 
PLEBISCITO 
O plebiscito é convocado previamente à criação do ato legislativo ou administrativo 
que trate do assunto em pauta. Tanto no plebiscito quanto no referendo há a 
participação do poder Legislativo. 
 
Plebiscito e referendo são consultas ao povo para decidir sobre matéria de relevância 
para a nação em questões de natureza constitucional, legislativa ou administrativa. 
 
A principal distinção entre eles é a de que o plebiscito é convocado previamente à 
criação do ato legislativo ou administrativo que trate do assunto em pauta, e o 
referendo é convocado posteriormente, cabendo ao povo ratificar ou rejeitar a 
proposta. 
 
Ambos estão previstos no art. 14 da Constituição Federal e regulamentados pela Lei 
nº 9.709, de 18 de novembro de 1998. Essa lei, entre outras coisas, estabelece que, nas 
questões de relevância nacional e nas previstas no § 3º do art. 18 da Constituição – 
incorporação, subdivisão ou desmembramento dos estados –, o plebiscito e o 
referendo são convocados mediante decreto legislativo. Nas demais questões, de 
competência dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, o plebiscito e o 
referendo serão convocados em conformidade, respectivamente, com a Constituição 
estadual e com a Lei Orgânica. 
 
 
ART. 14, I, combinado com a Lei 9.709 de 1998 
 
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e 
secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante: 
I - plebiscito; 
II - referendo; 
III - iniciativa popular. 
 
Ver Lei 9.709/98 impressa. 
	
  
	
   27	
  
ART. 18, § 4º 
 
Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil 
compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos 
autônomos, nos termos desta Constituição . 
 
§ 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão 
por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e 
dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios 
envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e 
publicados na forma da lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 15, de 
1996) Vide art. 96 – ADCT. 
 
 
REFERENDO 
O referendo é convocado posteriormente, cabendo ao povo ratificar ou rejeitar a 
proposta. Tanto no referendo quanto no plebiscito há a participação do poder 
Legislativo. 
 
 
ART. 14, II, combinado com a Lei 9.709 de 1998 
 
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e 
secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante: 
I - plebiscito; 
II - referendo; 
III - iniciativa popular. 
 
Ver Lei 9.709/98 impressa. 
 
 
ART. 49, XV 
Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional: 
XV - autorizar referendo e convocar plebiscito; 
	
  
	
   28	
  
INICIATIVA POPULAR 
 
Iniciativa popular é um instrumento da democracia direta ou democracia 
semidireta que torna possível à população apresentar projetos de lei. A iniciativa 
popular para ser aprovada deve conter no mínimo 1% de assinatura do eleitorado 
brasileiro, em pelo menos 5 Estados, com o mínimo de 0,3% em cada Estado. 
Inicialmente ela deve passar pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, para 
depois ir à Presidência da República. 
 
Segundo o artigo 61, §2 da Constituição brasileira de 1988, regulamentado pela lei 
9.709 de 1998[1] , é permitida a apresentação de projetos de lei pelos 
poderes Legislativo, Executivo e pela iniciativa popular. Neste último caso, a 
constituição exige como procedimento a adesão mínima de 1% da população eleitoral 
nacional, mediante assinaturas, distribuídos por pelo menos 5 unidades federativas e 
no mínimo 0,3% dos eleitores em cada uma dessas unidades. Como segundo o TSE o 
número de eleitores do Brasil em julho de 2010 era de 135,8 milhões[2] , o número 
mínimo de assinaturas para um projeto de iniciativa popular seria, portanto, 1,36 
milhão. Como exemplo da INICIATIVA POPULAR podemos citar o PROJETO DE 
LEI DA FICHA LIMPA. 
 
 
ART. 14, III, combinado com ART. 61, § 2º combinado com a Lei 9.709 de 1998. 
 
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e 
secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante: 
I - plebiscito; 
II - referendo; 
III - iniciativa popular. 
 
Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou 
Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, 
ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, 
ao Procurador-Geral da República e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos 
nesta Constituição. 
	
  
	
   29	
  
§ 2º A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos 
Deputados de projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado 
nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de três décimos 
por cento dos eleitores de cada um deles. 
 
Ver Lei 9.709 de 1998 impressa. 
 
 
AÇÃO POPULAR 
Ação popular é o meio processual a que tem direito qualquer cidadão que deseje 
questionar judicialmente a validade de atos que considera lesivos ao patrimônio 
público, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e 
cultural. 
 
 
ART. 5º, LXXIII, combinado com a LAP (4.717/65) 
 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, 
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do 
direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos 
seguintes: 
 
LXXIII - Qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a 
anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à 
moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, 
ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da 
sucumbência. 
 
 
Ver LAP 4.717/65 impressa. 
 
 
 
 
	
  
	
   30	
  
A Constituição Federal propõe Ação Direta Popular para 4 possibilidades: 
 
1. Meio ambiente 
2. Patrimônio histórico e cultural 
3. Patrimônio público 
4. Moralidade administrativa (sendo este um dos casos mais comuns) 
 
 
CIDADANIA EUROPÉIA (VISÃO DALLARI) 
 
TRADIÇÃO 
O cidadão faz parte de um Estado (Constituição 12 + 14). 
Só que esse estado na verdade é um conjunto de ESTADOS (Estado + Estado + 
Estado), o qual recebe o nome de UNIÃO EUROPEIA (Lisboa por exemplo). 
 
A exemplo, temos o passaporte Europeu (possui direitos diferenciados e fila própria). 
 
 
No BRASIL há um debate sobre as RELAÇÕES INTERNACIONAIS na CF 88. 
 
ART. 4º PARÁGRAFO ÚNICO 
 
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais 
pelos seguintes princípios: 
 
 I - independência nacional; 
II - prevalência dos direitos humanos; 
III - autodeterminação dos povos; 
IV - não-intervenção;V - igualdade entre os Estados; 
VI - defesa da paz; 
VII - solução pacífica dos conflitos; 
VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo; 
IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade; 
	
  
	
   31	
  
X - concessão de asilo político. 
 
Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, 
política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma 
comunidade latino-americana de nações. 
 
 
POVO ÍCONE (VISÃO MÜLLER) 
Ele tenta evitar a banalização da expressão “POVO”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
	
  
	
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08 Outubro 2015 (Aula 15) 
 
TERRITÓRIO 
 
INTRODUÇÃO 
CARACTERES DO TERRITÓRIO (DALLARI) 
 
1. Não há Estado sem Território 
Logo, o Território pode ser definido como a base geográfica do Estado. 
 
2. O Território delimita o espaço 
Espaço esse de atuação/ação soberana do próprio Estado. Muitas vezes essas 
delimitações são feitas através dos instrumentos de Tratados e Convenções 
Internacionais, pois essas delimitações não ocorrem naturalmente. 
 
3. Objeto de Direitos do Estado* 
Há quem fale que a natureza jurídica do Território seja Patrimônio, Espaço, 
Competência ou Objeto, como Bonavides, podendo variar de autor para autor. 
 
O Território é marcado por uma IMPENETRABILIDADE (monopólio de ocupação 
do Estado sobre o território) e ainda é marcado por uma SITUAÇÃO JURÍDICA 
NEGATIVA (dever de abstenção e respeito de intervenção em relação a territórios 
alheios) e uma SITUAÇÃO JURÍDICA POSITIVA (afirmação de soberania de um 
Estado naquele espaço específico). 
 
 
ESPÉCIES DE TERRITÓRIO 
Há uma divisão do Território em duas partes: REAL e FICTO. 
 
Espécie Real 
Pode ser classificado em ESPAÇO MARÍTIMO, AÉREO e TERRESTRE. 
 
Espaço Ficto (Reciprocidade fundada em tratados e convenções internacionais) 
Pode ser classificado em EMBAIXADAS e EMBARCAÇÕES/AERONAVES. 
	
  
	
   33	
  
Com relação às EBARCAÇÕES e AERONAVES, devemos atentar à natureza 
jurídica delas e ao local em que se encontram. 
 
Natureza Jurídica das Embarcações e Aeronaves 
Podem ser classificadas em Natureza Pública e Natureza Privada. Com relação às 
embarcações e aeronaves públicas, o que ocorrer dentro delas, estará sujeito às leis do 
país de origem. Porém quando falamos de embarcações e aeronaves de natureza 
privada, remete-se ao local presente, sendo aplicadas as leis e a soberania deste local. 
 
Local Jurídica das Embarcações e Aeronaves 
Quando ocorre a SUJEIÇÃO da embarcação ou aeronave PRIVADA a um Estado, a 
prevalência da soberania será sempre do local presente. Quando ocorre a NÃO-
SUJEIÇÃO do navio a nenhum Estado, como em alto mar por exemplo, será aplicado 
o Princípio da Bandeira ou Princípio do Pavlihão (será respeitada a bandeira do país 
de origem do navio). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
	
  
	
   34	
  
09 Outubro 2015 (Aula 16) 
 
CRITÉRIOS DE FIXAÇÃO 
 
ESPAÇO MARÍTIMO 
Inicialmente foram propostos o uso do alcance das armas e do campo visual. Porém 
após notarem certo fracasso nessa proposta, fixou-se em MILHAS para determinar o 
espaço marítmio sujeito à soberania de cada Estado. 
 
Dessa forma, cada país começou a determinar sua quantidade de milhas em três, doze 
e até duzentas milhas (no caso do Brasil). Essa decisão esbarrou na não aceitação 
pelos EUA. Assim, a ONU organizou uma convenção internacional dedicada ao 
Direito do Mar, a qual ficou conhecida como CONVENÇÃO DE MONTEGO BAY, 
em 1982. 
 
Após isso, o Brasil regulamentou uma lei (8617/93), baseada na Convenção de 
Montego Bay (Jamaica). 
 
 
Lei 8617/93 Montego Bay 
 
Art. 1º O mar territorial brasileiro compreende uma faixa de doze milhas marítima 
(22 km) de largura, medidas a partir da linha de baixa-mar do litoral continental e 
insular, tal como indicada nas cartas náuticas de grande escala, reconhecidas 
oficialmente no Brasil. 
 
Art. 2º A soberania do Brasil estende-se ao mar territorial, ao espaço aéreo 
sobrejacente, bem como ao seu leito e subsolo. 
 
Passagem Inocente 
É aquela que respeita nossa legislação e acontece de modo contínuo e rápido. O barco 
de outra nacionalidade pode até parar ou fundear, comunicando-se com a nossa 
marinha (somente em casos excepcionais). 
 
	
  
	
   35	
  
Art. 3º É reconhecido aos navios de todas as nacionalidades o direito de passagem 
inocente no mar territorial brasileiro. 
 
§ 1º A passagem será considerada inocente desde que não seja prejudicial à paz, à boa 
ordem ou à segurança do Brasil, devendo ser contínua e rápida. 
 
§ 2º A passagem inocente poderá compreender o parar e o fundear, mas apenas na 
medida em que tais procedimentos constituam incidentes comuns de navegação ou 
sejam impostos por motivos de força ou por dificuldade grave, ou tenham por fim 
prestar auxílio a pessoas a navios ou aeronaves em perigo ou em dificuldade grave. 
 
§ 3º Os navios estrangeiros no mar territorial brasileiro estarão sujeitos aos 
regulamentos estabelecidos pelo Governo brasileiro. 
 
 
Zona Contígua 
Esta zona compreende uma faixa das 12 às 24 milhas marítima, sendo destinada à 
FISCALIZAÇÃO PREVENTIVA e REPRESSIVA. 
 
Art. 4º A zona contígua brasileira compreende uma faixa que se estende das doze às 
vinte e quatro milhas marítimas, contadas a partir das linhas de base que servem para 
medir a largura do mar territorial. 
 
Art. 5º Na zona contígua, o Brasil poderá tomar as medidas de fiscalização 
necessárias para: 
 
I - evitar as infrações às leis e aos regulamentos aduaneiros, fiscais, de imigração ou 
sanitários, no seu territórios, ou no seu mar territorial; 
 
II - reprimir as infrações às leis e aos regulamentos, no seu território ou no seu mar 
territorial. 
 
 
 
	
  
	
   36	
  
Zona Econômica Exclusiva 
Compreende uma faixa de 12 a 200 milhas marítima (englobando a Zona Contígua), 
destinada à EXPLORAÇÃO ECONÔMICA, PESQUISA e DESCOBERTA DE 
RECURSOS NATURAIS. Existe nessa zona um DIREITO DE SOBERANIA do 
Brasil. Desta forma, se outro Estado quiser fazer pesquisas ou manobras militares 
nessa faixa, deverá ter prévia autorização do governo brasileiro. 
 
Art. 6º A zona econômica exclusiva brasileira compreende uma faixa que se estende 
das doze às duzentas milhas marítimas, contadas a partir das linhas de base que 
servem para medir a largura do mar territorial. 
 
Art. 7º Na zona econômica exclusiva, o Brasil tem direitos de soberania para fins de 
exploração e aproveitamento, conservação e gestão dos recursos naturais, vivos ou 
não-vivos, das águas sobrejacentes ao leito do mar, do leito do mar e seu subsolo, e no 
que se refere a outras atividades com vistas à exploração e ao aproveitamento da zona 
para fins econômicos. 
 
Art. 8º Na zona econômica exclusiva, o Brasil, no exercício de sua jurisdição, tem o 
direito exclusivo de regulamentar a investigação científica marinha, a proteção e 
preservação do meio marítimo, bem como a construção, operação e uso de todos os 
tipos de ilhas artificiais, instalações e estruturas. 
 
Parágrafo único. A investigação científica marinha na zona econômica exclusiva só 
poderá ser conduzida por outros Estados com o consentimento prévio do Governo 
brasileiro, nos termos da legislação em vigor que regula a matéria. 
 
Art. 9º A realização por outros Estados, na zona econômica exclusiva, de exercícios 
ou manobras militares, em particular as que impliquem o uso dearmas ou explosivas, 
somente poderá ocorrer com o consentimento do Governo brasileiro. 
 
Art. 10. É reconhecidos a todos os Estados o gozo, na zona econômica exclusiva, das 
liberdades de navegação e sobrevôo, bem como de outros usos do mar 
internacionalmente lícitos, relacionados com as referidas liberdades, tais como os 
ligados à operação de navios e aeronaves. 
	
  
	
   37	
  
Plataforma Continental 
 
Nomeada de AMAZÔNIA AZUL, foi “desenhada” e batizada de LEPLAC através de 
estudos e pesquisas feitas pela MARINHA E PETROBRAS. 
 
Art. 11. A plataforma continental do Brasil compreende o leito e o subsolo das áreas 
submarinas que se estendem além do seu mar territorial, em toda a extensão do 
prolongamento natural de seu território terrestre, até o bordo exterior da margem 
continental, ou até uma distância de duzentas milhas marítimas das linhas de base, a 
partir das quais se mede a largura do mar territorial, nos casos em que o bordo 
exterior da margem continental não atinja essa distância. 
 
Parágrafo único. O limite exterior da plataforma continental será fixado de 
conformidade com os critérios estabelecidos no art. 76 da Convenção das Nações 
Unidas sobre o Direito do Mar, celebrada em Montego Bay, em 10 de dezembro de 
1982. 
 
Art. 12. O Brasil exerce direitos de soberania sobre a plataforma continental, para 
efeitos de exploração dos recursos naturais. 
 
Parágrafo único. Os recursos naturais a que se refere o caput são os recursos 
minerais e outros não-vivos do leito do mar e subsolo, bem como os organismos vivos 
pertencentes a espécies sedentárias, isto é, àquelas que no período de captura estão 
imóveis no leito do mar ou no seu subsolo, ou que só podem mover-se em constante 
contato físico com esse leito ou subsolo. 
 
Art. 13. Na plataforma continental, o Brasil, no exercício de sua jurisdição, tem o 
direito exclusivo de regulamentar a investigação científica marinha, a proteção e 
preservação do meio marinho, bem como a construção, operação e o uso de todos os 
tipos de ilhas artificiais, instalações e estruturas. 
 
§ 1º A investigação científica marinha, na plataforma continental, só poderá ser 
conduzida por outros Estados com o consentimento prévio do Governo brasileiro, nos 
termos da legislação em vigor que regula a matéria. 
	
  
	
   38	
  
 
§ 2º O Governo brasileiro tem o direito exclusivo de autorizar e regulamentar as 
perfurações na plataforma continental, quaisquer que sejam os seus fins. 
 
Art. 14. É reconhecido a todos os Estados o direito de colocar cabos e dutos na 
plataforma continental. 
 
§ 1º O traçado da linha para a colocação de tais cabos e dutos na plataforma 
continental dependerá do consentimento do Governo brasileiro. 
 
§ 2º O Governo brasileiro poderá estabelecer condições para a colocação dos cabos e 
dutos que penetrem seu território ou seu mar territorial. 
 
Art. 15. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. 
 
Art. 16. Revogam-se o Decreto-Lei nº 1.098, de 25 de março de 1970, e as demais 
disposições em contrário. 
 
 
ARTIGO 20 CF/88 
 
Art. 20. São bens da União: 
 
Incisos 
V - os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica exclusiva; 
VI - o mar territorial; 
 
§ 1º É assegurada, nos termos da lei, aos Estados, ao Distrito Federal e aos 
Municípios, bem como a órgãos da administração direta da União, participação no 
resultado da exploração de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos para fins de 
geração de energia elétrica e de outros recursos minerais no respectivo território, 
plataforma continental, mar territorial ou zona econômica exclusiva, ou compensação 
financeira por essa exploração. 
 
	
  
	
   39	
  
15 Outubro 2015 (Aula 17) 
 
ESPAÇO AÉREO 
 
A idéia inicial era que houvesse uma divisão do Espaço Aéreo assim como acontece 
com o Espaço Marítimo, havendo também uma área controlada (onde haveria 
soberania de um Estado) e outra não controlada (sem soberania). 
 
Espaço Aéreo 
Seria alguma coluna de ar que esteja situada acima de um território, seja este território 
terrestre ou marítimo. 
 
Espaço Cósmico 
O Espaço Cósmico seria uma zona que não estaria sujeito à exploração das diversas 
soberanias. Podemos relacionar esse espaço ao Alto Mar. 
 
 
REGULAMENTAÇÃO INTERNACIONAL 
 
Convenção de Chicago (1944) 
Foi uma tentativa internacional de regulamentar a aviação civil internacional. 
 
Tratado do Espaço Exterior (1966) 
Diz respeito à determinação de regras sobre a exploração da lua e dos corpos 
celestiais. Atualmente esses dois lugares não estão sujeitos à soberania de nenhum 
Estado, por mais que haja alcance para tal. Toda essa exploração deve ser voltada 
para pesquisa científica, para que esta possa ser revestida em prol da sociedade e 
defesa da paz. 
 
 
 
 
 
 
	
  
	
   40	
  
CRITÉRIOS PARA DEFINIÇÃO 
 
Perigeu dos Satélites 
Seria o ponto mais próximo da órbita da Terra. Essa seria teoricamente a divisão entre 
Espaço Aéreo e Espaço Cósmico. Tudo que estiver abaixo (Perigeu) dos satélites, 
estaria sujeito à soberania de um Estado; estando acima dos satélites, seria o Espaço 
Cósmico e por isso não estaria sujeito à nenhuma sobreania. O Perigeu seria mais ou 
menos 100 km de distância entre a terra e os satélites. 
 
Huber (Autor citado por Bonavides) 
Cita a existência de Zonas do Espaço Aéreo as quais recebem os nomes: 
 
Troposfera - 10 a 12 km de altura 
Estratosfera - até 100 km de altura 
Ionosfera – de 100 a 600 km de altura 
Exosfera – acima de 600 km de altura (transição para o Espaço Cósmico) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
	
  
	
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23 Outubro 2015 (Aula 18) 
 
ESPAÇO AÉREO CONTROLADO X ESPAÇO AÉREO NÃO CONTROLADO 
 
AEROVIAS 
 
CINDACTAS (Centro integrado de defesa aérea e controle do tráfego aéreo) 
 
São sedes de Cindactas: 
 
Brasília 
Curitiba 
Recife 
Manaus 
 
CONCEITO DE “FL” SUPERIOR / INFERIOR 
 
Superior 
FL 245 Exclusive (inferior) até o Ilimitado (Superior). 
 
Inferior 
Solo / Água (inferior) até o Inclusive (superior), que vai até o FL 245. 
 
 
DISPOSIÇÕES SO CBA (7.564/1986) 
CÓDIGO BRASILEIRO DA AERONÁUTICA 
 
Art. 11. O Brasil exerce completa e exclusiva soberania sobre o espaço aéreo acima 
de seu território e mar territorial. 
 
Art. 12. Ressalvadas as atribuições específicas, fixadas em lei, submetem-se às 
normas (artigo 1º, § 3º), orientação, coordenação, controle e fiscalização do 
Ministério da Aeronáutica* (agora Ministério da Defesa): 
 
	
  
	
   42	
  
I - a navegação aérea; 
II - o tráfego aéreo; 
III - a infra-estrutura aeronáutica; 
IV - a aeronave; 
V - a tripulação; 
VI - os serviços, direta ou indiretamente relacionados ao vôo. 
 
Art. 13. Poderá a autoridade aeronáutica deter a aeronave em vôo no espaço aéreo 
(artigo 18) ou em pouso no território brasileiro (artigos 303 a 311), quando, em caso 
de flagrante desrespeito às normas de direito aeronáutico (artigos 1° e 12), de tráfego 
aéreo (artigos 14, 16, § 3°, 17), ou às condições estabelecidas nas respectivas 
autorizações (artigos 14, §§ 1°, 3° e 4°, 15, §§ 1° e 2°, 19, parágrafo único, 21, 22), 
coloque em risco a segurança da navegação aérea ou de tráfego aéreo, a ordem 
pública, a paz interna ou externa. 
 
 
Art. 303. A aeronave poderá ser detida por autoridades aeronáuticas, fazendárias ou 
da Polícia Federal, nos seguintes casos: 
 
I - se voar no espaço aéreo brasileiro com infraçãodas convenções ou atos 
internacionais, ou das autorizações para tal fim; 
II - se, entrando no espaço aéreo brasileiro, desrespeitar a obrigatoriedade de pouso 
em aeroporto internacional; 
III - para exame dos certificados e outros documentos indispensáveis; 
IV - para verificação de sua carga no caso de restrição legal (artigo 21) ou de porte 
proibido de equipamento (parágrafo único do artigo 21); 
V - para averiguação de ilícito. 
§ 1° A autoridade aeronáutica poderá empregar os meios que julgar necessários para 
compelir a aeronave a efetuar o pouso no aeródromo que lhe for 
indicado. (Regulamento) 
§ 2° Esgotados os meios coercitivos legalmente previstos, a aeronave será classificada 
como hostil, ficando sujeita à medida de destruição, nos casos dos incisos do caput 
deste artigo e após autorização do Presidente da República ou autoridade por ele 
	
  
	
   43	
  
delegada. (Incluído pela Lei nº 9.614, de 1998) (Regulamento) (Vide 
Decreto nº 8.265, de 2014) 
§ 2º A autoridade mencionada no parágrafo anterior responderá por seus atos quando 
agir com excesso de poder ou com espírito emulatório. 
§ 3° A autoridade mencionada no § 1° responderá por seus atos quando agir com 
excesso de poder ou com espírito emulatório. (Renumerado do § 2° para § 3º com 
nova redação pela Lei nº 9.614, de 1998) (Regulamento) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
	
  
	
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30 Outubro 2015 (Aula 19) 
 
TERRITÓRIO TERRESTRE 
As fronteiras atuais do Brasil se deram por sucessivas definições políticas, 
basicamente dadas em 1824 (Geografia). 
 
José Bonifácio 
O Brasil deveria ser um Estado Unitário (Poder centralizado nas mãos do imperador). 
Se fosse unitário, as províncias não teriam autonomia, para que fosse preservada a 
integridade territorial. 
 
NATUREZA JURÍDICA DO TERRITÓRIO 
Existiram algumas teorias da natureza jurídica de território como a do Patrimônio, 
Objeto, Espaço e Competência. 
 
Teoria do Território Patrimônio 
A relação do Estado com o Território lembraria a relação de alguma pessoa qualquer 
com a sua propriedade. Ocorreu na Idade Média, onde existia a figura do Senhor 
Feudal e da Igreja. Existiam os conceitos de DOMINIUM e IMPERIUM, porém sem 
saber ao certo do que se tratava. 
 
Teoria do Território Objeto 
O Território seria um objeto de um direito real de caráter público (Bonavides). Aqui 
começa-se a conhecer a noção de dominium (poder sobre as coisas). 
 
Teoria do Território Espaço 
O Território seria a extensão espacial da soberania do Estado (Bonavides). Agora a 
noção seria de IMPERIUM, o que traduz a idéia de poder sobre as pessoas. 
 
Teoria do Território Competência 
O Território retrataria o âmbito de validade da ordem jurídica estatal. 
 
 
SOBERANIA 
	
  
	
   45	
  
Na obra “OS SEIS LIVROS DA REPÚBLICA” (1576), Jean Bodin traz dois traços 
para identificar a importância da Soberania: A SOBERANIA É UM PODER 
ABSOLUTO E PERPÉTUO. 
 
 
ABSOLUTO por ser incontestável, porém diferente de autônoma. 
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos 
Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de 
Direito e tem como fundamentos: 
I - a soberania; 
 
 
PERPÉTUO pois mesmo com a passagem do tempo, mantém o sentido de sobernia. 
Segundo ROUSSEAU, O POVO SERIA O TITULAR DA SOBERANIA, fazendo 
uma transferência do Poder do Estado para o próprio povo. “Contrato Social”. 
 
Art. 1º 
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de 
representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
	
  
	
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05 Novembro 2015 (Aula 20) 
 
SOBERANIA 
 
SENTIDOS DAS EXPRESSÕES POLÍTICO E JURÍDICO 
 
POLÍTICO 
Para Dallari, seria o PODER INCONTRASTÁVEL de QUERER 
COERCITIVAMENTE e de FIXAR COMPETÊNCIAS. 
 
Ao falar que é incontrastável, remete à definição de Bodin (Poder Absoluto). Querer 
coercitivamente devido à ameaça de imposição de sanções. Fixar competências 
significa fixar poderes, atribuições. Na própria constituição vamos encontrar a 
SISTEMÁTICA CONSTITUCIONAL DE REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS, 
ou seja, as competências de 4 entes da federação: União, do Estado, dos Municípios e 
do Distrito Federal. Cada um desses é autônomo, porém a soberania é do Estado 
Federal do Brasil. 
 
As decisões a quem cabe cada competência são dadas pelo STF, através dos 
ARTIGOS 21, 22, 23 e 24 da CF/88. 
 
 
JURÍDICO 
Seria o PODER DE DECIDIR em ÚLTIMA INSTÂNCIA sobre a 
ATRIBUTIVIDADE DAS NORMAS. 
 
O Poder em decidir remete ao Judiciário, o que pode ser visto no ARTIGO 2º, pois 
cabe a ele a palavra final nessa atributividade. Assim, em última instância, a palavra 
final é do STF, como visto no ARTIGO 5º, XXXV, ao qual não se tinha acesso até 
pouco tempo, de acordo com a AI-5 (1968). Atributividade das normas nos remete às 
competências, como visto no sentido Político. 
 
Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o 
Executivo e o Judiciário. 
	
  
	
   47	
  
 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, 
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do 
direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos 
seguintes: 
 
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a 
direito; 
 
 
CARACTERÍSTICAS DA SOBERANIA 
 
1. Una 
1 Soberania ≠ Autonomia (Competências) 
 
2. Indivisível 
Não pode ser fracionada, mas sim haver repartição das competências. 
 
3. Inalienável 
A soberania é INTRANSFERÍVEL. 
 
4. Imprescritível 
A ação do tempo não prejudica o exercício da soberania. 
 
 
 
JUSTIFICATIVAS POSSÍVEIS DO CONCEITO DE SOBERANIA 
 
Teocráticas 
O sentido religioso era quem embasava a Soberania. Existia a TEORIA DO DIREITO 
DIVINO DOS REIS. Passou a constar na CF/1891 a definição de ESTADO LAICO 
(Estado separado da Igreja) o que permanece até a constituição atual. ARTIGO 5º, VI, 
VIII e ARTIGO 19, I. 
 
	
  
	
   48	
  
Democráticas 
A soberania seria dada através do Povo (do Rei para o Povo), no sentido literal da 
palavra democracia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
	
  
	
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06 Novembro 2015 (Aula 21) 
 
SOBERANIA E TRANSCONSTITUCIONALISMO 
MARCELO NEVES 
 
Havia um costume muito antigo de que casos que envolvessem Direitos Fundamentais 
eram alvos de decisões nacionais. Com o passar do tempo, esses mesmos temas que 
envolvem Direitos Fundamentais, passaram a ser alvos de decisões internacionais, 
sendo que às vezes, essas decisões entram em conflito. 
 
Dessa forma, ocorre uma PLURALIDADE DE VISÕES, a qual nos leva a perceber a 
METÁFORA DO PONTO CEGO de Marcelo Neves: 
 
O ponto cego é aquele que o outro enxerga. Dentro dessa PLURALIDADE DE 
VISÕES, significa o argumento que a outra Corte conseguiu ver e a originária não. 
 
 
TIPOLOGIA DO ESTADO 
 
FORMAS DE ESTADO 
Unitário (Divisão Administrativa, com uma subordinação ao Poder Central). 
Federal (Autonomia Política do entes) em 1891 através de Ruy Barbosa. 
 
 
Independência dos EUA (1776) 13 Colônias. 
Artigos da Confederação em 1781. Seria uma reunião de Estados soberanosfirmada 
por tratados, nos quais constavam o Direito de Secessão ou de retirada. 
 
Federação em 1787 
Estado Soberano (União e Estados), porém agora com uma autonomia restrita e uma 
indissolubilidade. 
 
 
	
  
	
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5 CARACTERÍSTICAS DA FEDERAÇÃO BRASILEIRA ATUAL (CF/88) 
 
Soberania x Autonomia 
ARTIGO 1º combinado com o ARTIGO 18. 
 
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos 
Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de 
Direito e tem como fundamentos. 
 
Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil 
compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos 
autônomos, nos termos desta Constituição. 
 
A autonomia política da Federação sugere 4 itens: 
Auto Organização 
Auto Governo 
Auto Legislação 
Auto Administração 
 
 UNIÃO ESTADOS MUNICÍPIOS DF 
AUTO ORGANIZAÇÃO 
NORMATIVIDADE SUPERIOR PRÓPRIA 
CF 
CF ESTADUAL 
ART. 25 CF/88 
LEI ORGÂNICA 
ART. 29 CF/88 
LEI ORGÂNICA 
ART. 32 CF/88 
AUTO GOVERNO 
PRÓPRIOS PODERES 
ART. 2º CF/88 
LEGISLATIVO: CN 
EXECUTIVO: PR 
JUDICIÁRIO: JF 
ART. 25 CF/88 
LEGISLATIVO: AL 
EXECUTIVO: GOV 
JUDICIÁRIO: JD 
ART. 29 CF/88 
LEGISLATIVO: CM 
EXECUTIVO: PRE 
JUDICIÁRIO: X 
ART. 32 CF/88 
LEGISLATIVO: CL 
EXECUTIVO: GDF 
JUDICIÁRIO: TJDFT 
AUTO LEGISLAÇÃO 
PRÓPRIAS LEI 
REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS 
ART. 22 CF/88 
COMPETÊNCIAS 
GERAIS 
ART. 25 CF/88 
COMPETÊNCIAS 
REGIONAIS 
ART. 30 §1 CF/88 
COMPETÊNCIAS 
LOCAIS 
ART. 32 CF/88 
COMPETÊNCIAS 
REGIONAIS + 
LOCAIS 
AUTO ADMINISTRAÇÃO 
ORGANIZAÇÃO BUROCRÁTICA 
FEDERAL ESTADUAL MUNICIPAL DISTRITAL 
 
 
	
  
	
   51	
  
12 Novembro 2015 (Aula 22) 
 
TIPOLOGIA DO ESTADO (CONTINUAÇÃO) 
CARACTERES PRINCIPAIS DA FEDERAÇÃO BRASILEIRA 
 
VISUALIZAR NA TABELA DA PÁGINA ACIMA. 
 
 
INDISSOLUBILIDADE DO VÍNCULO 
 
ART. 1º CF/88 
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos 
Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de 
Direito e tem como fundamentos. 
 
ART. 60, § 4º, I 
Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta: 
§ 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: 
I - a forma federativa de Estado; 
 
ART. 34 (VII INCISOS) 
Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para: 
I - manter a integridade nacional; 
II - repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra; 
III - pôr termo a grave comprometimento da ordem pública; 
IV - garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação; 
V - reorganizar as finanças da unidade da Federação que: 
a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, 
salvo motivo de força maior; 
b) deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta Constituição, 
dentro dos prazos estabelecidos em lei; 
VI - prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial; 
VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais: 
a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático; 
	
  
	
   52	
  
b) direitos da pessoa humana; 
c) autonomia municipal; 
d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta. 
e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, 
compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do 
ensino e nas ações e serviços públicos de saúde. 
 
 
PARTICIPAÇÃO DOS ENTES 
Essa participação dos entes é assegurada pelo SENADO FEDERAL, pois os 
senadores são os representantes do povo, sendo 3 por cada Estado e mais 3 pelo DF. 
Existem ao todo 81 senadores. 
 
ART. 52 
Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal: 
I - processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da República nos crimes de 
responsabilidade, bem como os Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, 
do Exército e da Aeronáutica nos crimes da mesma natureza conexos com 
aqueles; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 23, de 02/09/99) 
II - processar e julgar os Ministros do Supremo Tribunal Federal, os membros do 
Conselho Nacional de Justiça e do Conselho Nacional do Ministério Público, o 
Procurador-Geral da República e o Advogado-Geral da União nos crimes de 
responsabilidade; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
III - aprovar previamente, por voto secreto, após argüição pública, a escolha de: 
a) Magistrados, nos casos estabelecidos nesta Constituição; 
b) Ministros do Tribunal de Contas da União indicados pelo Presidente da República; 
c) Governador de Território; 
d) Presidente e diretores do banco central; 
e) Procurador-Geral da República; 
f) titulares de outros cargos que a lei determinar; 
IV - aprovar previamente, por voto secreto, após argüição em sessão secreta, a 
escolha dos chefes de missão diplomática de caráter permanente; 
V - autorizar operações externas de natureza financeira, de interesse da União, dos 
Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios; 
	
  
	
   53	
  
VI - fixar, por proposta do Presidente da República, limites globais para o montante 
da dívida consolidada da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; 
VII - dispor sobre limites globais e condições para as operações de crédito externo e 
interno da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, de suas 
autarquias e demais entidades controladas pelo Poder Público federal; 
VIII - dispor sobre limites e condições para a concessão de garantia da União em 
operações de crédito externo e interno; 
IX - estabelecer limites globais e condições para o montante da dívida mobiliária dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; 
X - suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por 
decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal; 
XI - aprovar, por maioria absoluta e por voto secreto, a exoneração, de ofício, do 
Procurador-Geral da República antes do término de seu mandato; 
XII - elaborar seu regimento interno; 
XIII - dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação 
ou extinção dos cargos, empregos e funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para 
fixação da respectiva remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de 
diretrizes orçamentárias; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
XIV - eleger membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII. 
XV - avaliar periodicamente a funcionalidade do Sistema Tributário Nacional, em sua 
estrutura e seus componentes, e o desempenho das administrações tributárias da 
União, dos Estados e do Distrito Federal e dos Municípios. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 42, de 19.12.2003) 
Parágrafo único. Nos casos previstos nos incisos I e II, funcionará como Presidente o 
do Supremo Tribunal Federal, limitando-se a condenação, que somente será proferida 
por dois terços dos votos do Senado Federal, à perda do cargo, com inabilitação, por 
oito anos, para o exercício de função pública, sem prejuízo das demais sanções 
judiciais cabíveis. 
 
 
 
 
 
 
	
  
	
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13 Novembro 2015 (Aula 23) 
 
TIPOLOGIA DO ESTADO (CONTINUAÇÃO) 
CARACTERES PRINCIPAIS DA FEDERAÇÃO BRASILEIRA 
 
REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS 
Pode-se conceber as Competências em LEGISLATIVAS e MATERIAIS. 
 
A COMPETÊNCIA LEGISLATIVA têm como função, a criação de leis. Já as 
COMPETÊNCIAS MATERIAIS são nãolegislativas e por isso envolvem atos de 
natureza administrativa (concretos). Aqui nas competências, o foco é o conteúdo da 
atuação. 
 
Com relação ao critério de quem desenpenha a competência (SUJEITO) 
podemos ter 4 classificações: 
 
Competências Exclusivas (Art. 21 CF/88) 
São aquelas indelegáveis, ou seja, que cabem apenas a um ente. 
 
Competências Privativas (Art. 22 CF/88) 
São delegáveis, de acordo com a vontade da União. 
 
Competências Comuns (Art. 23 CF/88) 
Une todos em um mesmo patamar de igualdade. Atribui competência a todos. 
 
Competências Concorrentes (Art. 24 CF/88) 
Entregam um papel para cada ente da Federação. Traduz o que alguns autores 
chamam de CONDOMÍNIO LEGISLATIVO. 
 
1. No âmbito da Competência Concorrente, a União desenha Normas Gerais. 
2. A competência da União em legislar sobre normas gerais não exclui a 
competência suplementar dos Estados. 
3. Se a União não elaborar as normas gerais, os Estados terão a competência plena 
para atender às suas peculiaridades. 
	
  
	
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4. Pode ser que haja o surgimento posterior de uma norma geral da União 
(SUPERVENIÊNCIA), o que suspende a eficácia da legislação Estadual no que 
for contrário. 
 
Sempre que houver uma intervenção Federal ficará suprimida a autonomia política 
de um ente da Federação. 
 
 
ART. 34, I a VII 
 
Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para: 
 
I - manter a integridade nacional; 
II - repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra; 
III - pôr termo a grave comprometimento da ordem pública; 
IV - garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação; 
V - reorganizar as finanças da unidade da Federação que: 
a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, 
salvo motivo de força maior; 
b) deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta Constituição, 
dentro dos prazos estabelecidos em lei; 
VI - prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial; 
VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais: 
a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático; 
b) direitos da pessoa humana; 
c) autonomia municipal; 
d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta. 
e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, 
compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do 
ensino e nas ações e serviços públicos de saúde. (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 29, de 2000) 
 
 
 
	
  
	
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19 Novembro 2015 (Aula 24) 
 
FORMAS DE GOVERNO 
Monarquia Unitária (1824) 
República Federativa (1891) 
 
 
ACESSO AO CARGO MAIOR 
Pode acontecer através de duas formas: 
 
Hereditariedade (Monarquia) 
Alguém chega ao poder porque tem laços sanguíneos com outro que á está, ou seja, 
pode ser através da descendência ou ligação sanguínea (a exemplo do NEPOTISMO e 
do NEPOTISMO CRUZADO ou Ajuste Mediante Designações Recíprocas). 
 
Eletividade (República) 
Aqui um dos pontos chave é a idéia de DEMOCRACIA, a qual está fortemente 
vinculada à vontade popular. Através dessa vontade popular é que se chega ao poder, 
pautado pela confiança do eleitor para com seu representante. Segundo Abraham 
Lincom a democracia pode ser definida como o GOVERNO DO POVO, PELO 
POVO e PARA O POVO. 
 
 
PERMANÊNCIA NO CARGO 
Diz respeito ao tempo de permanência num determinado cargo. 
 
Vitaliciedade (Monarquia) 
Permanência no cargo até a morte. Como exemplo podemos citar os juízes, apesar da 
definição atualmente ser completamente diferente. 
 
Vitalícios x Estáveis 
O servidor público ESTÁVEL só perde o cargo em hipóteses excepcionais (Art. 37 
CF/88). Já o VITALÍCIO só perderá o cargo por SENTENÇA JUDICIAL 
TRANSITADA EM JULGADO, ou seja, quando se esgotarem todos os recursos. 
	
  
	
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Temporariedade dos mandatos (República) 
A república deve ser pautada por um ideal de ALTERNÂNCIA, pois o cargo deve 
servir à sociedade, não devendo haver nenhum proprietário, mas sim uma oxigenação 
do poder. Está previsto no ART. 60, §4º, II da CF/88. 
 
 
RESPONSABILIDADE 
 
Irresponsabilidade 
Havia uma teoria ou déia de que o Monarca (soberano) não podia errar (THE KING 
CAN DO NO WRONG). 
 
Responsabilidade 
É possível atualmente que o Presidente responda pela prática de Crimes de 
Responsabilidade (sofrendo um prcesso de Impeachment) e por crimes comuns, 
mesmo havendo suas peculiaridades.

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