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UNIDADE I História da Cinesioterapia e conceitos Fundamentais Histórico da Cinesioterapia A Cinesioterapia é o uso do movimento ou exercício como forma de terapia. Do Grego: Kinesis (movimento) + Therapy (terapia) = Terapia pelo movimento A cinesioterapia é a base para todo o tipo de tratamento fisioterapêutico independente da patologia a ser tratada Entre 4000 a. C. e 395 d. C.: O movimento humano era utilizado no tratamento das disfunções já estabelecidas, já instaladas. Idade Média: Interrupção dos estudos na área da saúde. Corpo era considerado inferior, sem importância. Culto da alma, do espírito. Final da Idade Média e início do Renascimento: As belezas físicas do homem e da mulher começaram a ser valorizadas, desenvolve-se a preocupação com o corpo. Final do Renascimento (1779 . 1849): Don Francisco e Ondeano Amorós dividiram a ginástica em 4 objetivos e o 3º era a CINESIOTERAP IA. Finalidades da Cinesioterapia nesta época: Manutenção de uma saúde forte; Tratamento de enfermidades; Reeducação de convalescentes; Correção de deformidades. Nesta mesma época, surge a diferenciação da ginástica com fins terapêuticos e manutenção de condições normais, quando ficou definido que o tratamento de enfermos mediante exercícios é algo distinto da ginástica para pessoas sadias. Industrialização: Começam a surgir patologias relacionadas com a atividade do trabalho, além d e outras epidemias e doenças. Novas técnicas para melhoria da saúde e medicina. Assistência curativa, recuperativa e reabilitadora. Necessidade de novas especialidades na área da saúde Iª Guerra Mundial: Grande número de casos de lesões, mutilações, alterações físicas de vários tipos e graus. Grande campo para a cinesioterapia, favorecendo o crescimento da fisioterapia e desta área. Grécia e Roma antiga: Primeiros estudos sobre utilização dos exercícios terapêuticos, porém foi a partir da Iª Guerra Mundial, que houve o aumento acentuado da utilização deste recurso para a reabilitação de pacientes. Uso do movimento ou exercício como forma de tratamento. Baseia-se em conhecimentos de anatomia, fisiologia e biomecânica, proporcionando ao paciente melhor e mais eficaz trabalho de prevenção, cura e reabilitação. EXERCÍCIOS TERAPÊUTICOS Objetivos: - Manter, corrigir e/ou recuperar uma determinada função; - Restaurar a função do corpo; -Manter o bem estar. (SHESTACK, 1987) Objetivos da cinesioterapia: - Manutenção ou desenvolvimento do movimento livre para sua função; Efeitos baseiam-se no: - Desenvolvimento; - Restauração; - Resistência; - Flexibilidade e Mobilidade; - Relaxamento; -Coordenação motora. (KISNER & COLBY, 1998) As metodologias e técnicas da cinesioterapia são práticas próprias e exclusivas do profissional fisioterapeuta, sendo sua indicação e sua utilização prática terapêutica própria, privativa e exclusiva do profissional FISIOTERAPEUTA. (COFFITO) “A VIDA É A PRESENÇA DE MOVIMENTO; ATRAVÉS DELES DESEMPENHAMOS GRANDE PARTE DAS NOSSAS FUNÇÕES” (GREVE & AMATUZZI, 1999) A indicação da cinesioterapia é bastante criteriosa, necessita de avaliação para traçar objetivos e estratégias, além de reavaliações frequentes até atingir o potencial de recuperação esperado. Princípios da Cinesioterapia FORÇA MUSCULAR É a habilidade que tem um músculo ou grupo muscular para desenvolver tensão e força resultantes e m um esforço máximo, tanto dinâmica quanto estaticamente, em relação às demandas feitas a ele. Princípios da Cinesioterapia MOBILIDADE É a capacidade do tecido mole em se deformar quando submetido à tensão. MÚSCULO TECIDO CONECTIVO PELE ARTICULAR Princípios da Cinesioterapia ALAVANCAS A partir dos sistemas de alavancas desencadeadas por força e resistência sobre os pontos de apoio, os movimentos podem acontecer de forma passiva ou ativa EXERCÍCIO PASSIVO O terapeuta realiza o movimento sem a ajuda do paciente; O movimento é executado: -manualmente pelo fisioterapeuta - através de equipamentos que imitam os movimentos fisiológicos - manipulações de diferentes segmentos ou tecidos, com auxílio de diversas metodologias. EXERCÍCIO ATIVO O paciente realiza o movimento de maneira voluntária, com ou sem auxílio do fisioterapeuta. Caracterizado pela participação ativa e consciente do paciente, que executa voluntariamente os exercícios. MODALIDADES ATIVAS -Ativo-assistido: o paciente recebe ajuda parcial do terapeuta para a realização do movimento; - Ativo-livre: realizado pelo paciente com ou sem a ação da força da gravidade; - Ativo-resistido: movimento é realizado contra uma resistência manual, mecânica ou fluida. Tipos de Exercícios quanto à contração muscular Isométrico Contração sem variação de comprimento muscular e articular *Recuperação de força sem aumento de massa muscular Isotônico Contração com variação de comprimento muscular e deslocamento articular a) Dinâmico Concêntrico - tensão maior que a resistência b) Dinâmico Excêntrico - tensão menor que a resistência *Coordenação motora, flexibilidade e força Isocinético Contração com resistência cooperante igual a força produzida pelo músculo. Requer uma velocidade constante durante toda a amplitude do movimento. * Ganho simultâneo de força e resistência Alongamento Estiramentos ativos ou passivos através de alavancas que exigem o máximo de amplitude de movimento. * Ganho de flexibilidade e arco de movimento Tipos de Exercício quanto a aplicação funcional Amplitude de Movimento auxilio “reaprendizagem”do movimento Fraturas; descoordenação após desuso; paralisias Exercícios de carga força de músculos ou grupos musculares Exercícios de Resistência da resistência muscular Coordenação melhora da precisão; músculo adequado, momento adequado, força necessária Relaxamento alívio das tensões musculares Postural relação adequadas entre várias estruturas Condicionamento manter ou aumentar funcão Alongamento ou Estiramento ganho de ADM ativos ou passivos perda da elasticidade limitação Respiratório correção e diminuição das deficiências respiratórias PROGRAMA DE EXERCÍCIOS TERAPÊUTICOS É determinado de acordo com as necessidades de cada paciente e baseia-se na avaliação da incapacidade de cada paciente. Variam sempre: Modalidade Frequência Duração Frente a história clínica e exame físico ( inspeção, palpação, mensuração, análise dos reflexos, testes especiais, testes de força muscular e amplitude de movimento). AVALIAÇÃO DO PACIENTE História clínica, exames complementares e exame físico (inspeção, palpação, mensuração, análise dos reflexos, testes especiais, testes de força muscular e amplitude de movimento). NOSSO VT – 30.04.18 ( sujeito à mudança) (busca e apresentação de slides sobre métodos e técnicas de avaliação em cinesioterapia) PROCEDIMENTOS BÁSICOS DE AVALIAÇÃO Avaliar as necessidades do paciente, através de dados subjetivos (história dopaciente) e dados objetivos (avaliação clínica). Informação subjetiva: - Descreva como ele percebe seus sintomas; - Descreva qual o comportamento dos sintomas em um determinado período (ex: 24h) ; - Descreva estado geral do paciente ; - História prévia e tratamento prévio; - Fatores relacionados como, por exemplo, intervenções cirúrgicas ; - Se o problema afeta a vida pessoal, profissional, etc. Informação objetiva: - Inspeção e exame físico; - condição cardiovascular; - palpação; - capacidade funcional ; - testes neurológicos; - nível de desenvolvimento; - testes específicos; - exames complementares . AVALIAÇÃO FÍSICO-FUNCIONAL Tipos de forças aplicadas no exame: Deformação e pressão AVALIAÇÃO FÍSICO-FUNCIONAL AVALIAÇÃO FÍSICO-FUNCIONAL AVALIAÇÃO FÍSICO-FUNCIONAL PARA UMA AVALIAÇÃO EFICAZ Base de conhecimentos - Anatomia, cinesiolo gia, cinesiopatologia, biomecânica, fisiologia, etc Método de avaliação (ex. físico) Dor (Cyriax) 1.Dor antes da resistência (agudo) 2.Dor simultânea a resistência (subagudo) 3.Resistência antes da dor (crônico) Existem quatro padrões de dor e força que propiciam informação adicional: 1. Dor + força – indica uma lesão de menor Importância. 2. Dor + fraqueza – indica uma lesão importante. 3. Sem dor + fraqueza – indica uma lesão de origem neurológica, ou ruptura de unidade miotendínea. 4. Sem dor + força – Indica um funcionamento normal. Tipo de resistência: sensação terminal de movimento (end feel) Sensações terminais fisiológicas: 1. Macia 2. Firme 3. Rígida Tipo de resistência: sensação terminal de movimento (end feel) Padrão Capsular e Não-Capsular (Cyriax) * Cyriax descreveu um padrão capsular como uma característica de restrição de movimento, de etiologia artrogênica difusa. A perda da extensão e da flexibilidade das fibras capsulares ocorre secundariamente a um processo inflamatório intra-articular. Tipo de resistência: sensação terminal de movimento (end feel) * O padrão não-capsular pode ser causado por aderências ligamentares aleatórias, desarranjos articulares internos e lesões extra -articulares, como o encurtamento de um músculo. Diferente do capsular é variável de articulação para articulação. (ex: doenças reumáticas) Metas do exercício terapêutico As metas e objetivos são baseados em: 1. Problemas identificados durante a avaliação 2. Condições psicológicas, como o ajuste do paciente ao problema, motivação e personalidade. 3. Reações e expectativas socioeconômicas Metas do exercício terapêutico 4. Assistência em casa ou alternativa; ambiente físico e emocional; reação, cooperação e responsabilidades da família. 5. Planos e metas do paciente. Tipo de movimento a ser utilizado: - movimentos ativos - movimentos passivos - movimentos ativos assistidos - movimentos ativos resistidos. Evolução : - metas a curto e longo prazo - grau de dificuldade dos exercícios Reavaliação: - A reavaliação tem que ser constante - Mensurar todos os itens que se relacionam direta ou indiretamente com a disfunção Alta: A alta só deve ser instituída em conformidade com a equipe multidisciplinar que estiver assistindo o paciente. O fisioterapeuta só deve instituir a alta após restabelecimento das funções e o paciente ter se submetido a provas funcionais. MOVIMENTOS FUNCIONAIS EM ARCO, SENSIBILIDADE E FORÇA, LIVRES DE SINTOMAS.
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