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Qualidade da água na represa Hermínio Ometto em Araras

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Análise de qualidade da água da represa Hermínio Ometto no Município de 
Araras 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Araras, junho de 2015. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Análise de qualidade da água da represa Hermínio Ometto no Município de 
Araras 
 
 
 
 
 
 
AUTORES 
Ana Alice Masson 
Evelyn Casseano Dos Santos 
Marilia Gabriela Ferreira 
Matheus Luis Crippa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profa. Larissa Fontana 
 
 
 
 
Araras, junho de 2015. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Análise de qualidade da água da represa Hermínio Ometto no Município de 
Araras 
 
 
AUTORES 
Ana Alice Masson 
Evelyn Casseano Dos Santos 
Marilia Gabriela Ferreira 
Matheus Luis Crippa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado ao Componente 
Curricular – Desenvolvimento do 
TCC do Curso Técnico em Química, 
da ETEC Prefeito Alberto Feres. 
 
 
 
 
 
 
Araras, junho de 2015. 
 
 
 
DEDICATÓRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
À toda população ararense. 
 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Agradecemos esta oportunidade primeiramente à Deus. 
À professora Larissa Fontana, nossa orientadora, por todo apoio que nos foi dado. 
À professora e coordenadora do curso Maria Stela Curtulo. 
 À professora Erika Squissato que nos auxiliou nas práticas. 
E ao restante do corpo docente. 
Aos nossos pais, pelo amor, incentivo е apoio incondicional. 
E a todos que direta ou indiretamente fizeram parte da nossa formação. 
Nosso muito obrigado, pois sem vocês não poderíamos dizer que hoje somos Técnicos em 
Química! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 “Água que nasce na fonte serena do mundo 
E que abre um profundo grotão 
Água que faz inocente riacho e deságua na corrente do ribeirão 
Águas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertão 
Águas que banham aldeias e matam a sede da população 
Águas que movem moinhos são as mesmas águas que encharcam o chão 
E sempre voltam humildes pro fundo da terra” 
 
 (Guilherme Arantes) 
 
 
 
RESUMO 
 
A água é um recurso fundamental para a existência da vida, na forma que nós 
conhecemos. Nosso planeta está inundado d’água; um volume de aproximadamente 1,4 bilhão 
de km
3 
cobre cerca de 71% da superfície da Terra, porém a água doce, um recurso natural 
finito, cuja qualidade vem piorando devido ao aumento da população e à ausência de políticas 
públicas voltadas para a sua preservação. Desta forma, quais parâmetros são indicativos 
importantes para análise da qualidade da água para o consumo humano? Já que a população, 
seja ela urbana, rural, residente em periferia ou pequenas comunidades, tem direito a água 
potável de boa qualidade, livre de qualquer tipo de contaminação. A importância da qualidade 
da água é indiscutível e se ingerida sem prévio tratamento pode ocasionar diversos problemas 
na saúde humana, por isso o tratamento de água deve ser feito do modo correto, mas antes é 
necessário avaliação da água a ser tratada. Levando em conta que quanto maior o 
investimento em saneamento, maior é a economia em saúde, a análise da água deve ser feita 
periodicamente, portanto qual seria a classificação da represa Hermínio Ometto. Que segundo 
a resolução do CONAMA nº20 de 18 de junho de 1986, classificou os mananciais como 
sendo doces, salobras e salinas. Já se sabe que a represa Hermínio Ometto se encontra na 
categoria de águas doces, porém, não se sabe a sua classificação quanto ao seus usos 
preponderantes. 
 
PALAVRAS-CHAVE: Represa. Água. Qualidade. Saúde. Análise. Tratamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
Introdução ........................................................................................................................................... 10 
Problemática ....................................................................................................................................... 11 
Objetivo Geral ..................................................................................................................................... 11 
Objetivos Específicos ........................................................................................................................... 11 
Justificativa .......................................................................................................................................... 12 
Revisão de Literatura ........................................................................................................................... 13 
Capítulo 1 - A Química da Água ........................................................................................................... 13 
A estrutura da água ............................................................................................................................. 14 
Características Físicas da água ............................................................................................................ 14 
Características Químicas da água ........................................................................................................ 14 
Características Biológicas da água....................................................................................................... 15 
Capítulo 2 - Água no Brasil .................................................................................................................. 16 
Recurso Hídrico .................................................................................................................................... 16 
Controle das águas superficiais ........................................................................................................... 17 
Crise Hídrica ......................................................................................................................................... 17 
Capítulo 3 - IQA - Índice de qualidade da água ................................................................................... 19 
Oxigênio Dissolvido ............................................................................................................................. 21 
Fósforo Total ........................................................................................................................................ 22 
Demanda Bioquímica de Oxigênio ...................................................................................................... 23 
Temperatura ........................................................................................................................................ 24 
Coliformes Termotolerantes ............................................................................................................... 24 
Resíduo Total ....................................................................................................................................... 25 
Turbidez ...............................................................................................................................................25 
Potencial Hidrogeniônico .................................................................................................................... 25 
Nitrogênio Total................................................................................................................................... 26 
Capítulo 4 - Tratamento de Água ........................................................................................................ 27 
Tratamento Convencional ................................................................................................................... 27 
Coagulação e Floculação ..................................................................................................................... 27 
Reagentes Empregados e Suas Propriedades ..................................................................................... 28 
Decantação .......................................................................................................................................... 29 
 
 
 
Filtração ............................................................................................................................................... 30 
Desinfecção.......................................................................................................................................... 31 
Cloração ............................................................................................................................................... 32 
Fluoretação .......................................................................................................................................... 33 
Correção de pH .................................................................................................................................... 34 
Materiais e Métodos ........................................................................................................................... 36 
Resultados e Discussão........................................................................................................................ 37 
Considerações Finais ........................................................................................................................... 39 
Referências Bibliográficas ................................................................................................................... 40 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
INTRODUÇÃO 
 
A água é um recurso fundamental para a existência da vida, na forma que nós 
conhecemos. Foi na água que a vida floresceu, e seria difícil imaginar a existência de qualquer 
forma de vida na ausência deste recurso vital. Nosso planeta está inundado d’água; um 
volume de aproximadamente 1,4 bilhão de km
3 
cobre cerca de 71% da superfície da Terra. 
Apesar disso, muitas localidades ainda não têm acesso a quantidades de água com 
características de potabilidade adequadas às necessidades do consumo humano (GRASSI, 
2011). 
A água doce é um recurso natural finito, cuja qualidade vem piorando devido ao 
aumento da população e à ausência de políticas públicas voltadas para a sua preservação. 
Estima-se que aproximadamente doze milhões de pessoas morrem anualmente por problemas 
relacionados com a qualidade da água. No Brasil, esse problema não é diferente, uma vez que 
os registros do Sistema Único de Saúde (SUS) mostram que 80% das internações hospitalares 
do país são devidas a doenças de veiculação hídrica, ou seja, doenças que ocorrem devido à 
qualidade imprópria da água para consumo humano (MERTEN e MINELLA, 2002). 
A qualidade da água pode ser função das diversas substâncias que se encontram em 
seu meio e os parâmetros que mostram as características de uma água pode ser de ordem 
física, química e bacteriológica (MEDEIROS FILHO, 2009). 
Esses parâmetros são conhecidos como IQA (Índice de Qualidade da Água), e 
pretende-se utilizar esse padrão para que se conheça a qualidade da água no município de 
Araras – SP. Qual será a qualidade da água de Araras antes do tratamento? E depois? 
Desta forma, o objetivo deste estudo foi determinar qualidade da água do município de 
Araras - SP e verificar as condições em que essa água é levada ao tratamento. Posteriormente, 
comparando com o exigido pela legislação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
PROBLEMÁTICA 
 
Quais parâmetros são indicativos importantes para análise da qualidade da água para o 
consumo humano? 
 
 
OBJETIVO GERAL 
 
Realizar análise das águas da cidade de Araras- SP, utilizando alguns dos nove parâmetros do 
IQA (Índice de Qualidade das Águas) e avaliar a importância de se ter uma água com qualidade. 
 
 
OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
 
 Apresentar a importância da água para a sociedade e o meio ambiente, 
apontando os principais problemas e possíveis soluções. 
 Coletar amostras de água nas represas Hermínio Ometto. 
 Comparar a amostra da represa com a água tratada na cidade. 
 Realizar analise físico-química e microbiológica para verificação da 
qualidade da água, utilizando alguns parâmetros do IQA (Índice de Qualidade da 
Água). 
 Comparar os resultados com valores de referencias estabelecidos pela 
legislação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
JUSTIFICATIVA 
 
A população, seja ela urbana, rural, residente em periferia ou pequenas comunidades, 
tem direito a água potável de boa qualidade, livre de qualquer tipo de contaminação 
(CARVALHO, 2014). 
Segundo Secretaria de Saúde e Meio Ambiente (CESAMA) Juiz de Fora - MG 
informações atualizadas do Banco Mundial, 10 milhões de mortes anuais no mundo estão 
associadas a doenças causadas pelo uso da Água Imprópria para o Consumo Humano. Para 
cada R$1,00 investido em saneamento básico, é economizado R$4,00 em Postos de Saúde 
com doenças ocasionadas pela falta de saneamento (CASTRO, 2014). 
Já as atividades de controle da qualidade da água para consumo humano competem 
aos responsáveis pela operação do sistema de abastecimento ou da solução alternativa de 
abastecimento, que devem assegurar que a água fornecida à população apresente qualidade 
compatível com os padrões estabelecidos na legislação. Todo processo operacionalizado para 
tornar a água potável e garantir que esta condição seja mantida até a chegada aos domicílios é 
de responsabilidade da empresa de abastecimento público. Para que este conceito fique claro, 
deve-se ter em mente que a água fornecida aos consumidores nada mais é do que um produto, 
que é obtido através de um processo de tratamento da água disponível na natureza. Este 
processo é composto de sucessivas etapas que tornam a água segura para o consumo humano, 
obedecendo aos padrões de potabilidade (OLIVEIRA, 2014). 
A importância da qualidade da água é indiscutível e se ingerida sem prévio tratamento 
pode ocasionar diversos problemas na saúde humana, por isso o tratamento de água deve ser 
feito do modo correto, mas antes é necessário avaliação da água a ser tratada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
REVISÃO DE LITERATURA 
 
Capitulo 1 - A Química da Água 
 
 A Estrutura da Água 
 
No início a água foi considerada um dos quatro elementos formadores da natureza. 
Sua associação com os outros elementos primordiais (terra, fogo e ar) gerava características 
bem definidas para as substâncias que formava (frio, úmido, etc). 
Com o desenvolvimento do conhecimento científico, a água passou a ser entendida como uma 
substância cujas características se originavam a partir da associação de dois elementos: 
oxigênio e hidrogênio (KRUGER, 2015). Que na forma maiselementar de representação 
temos H2O. Esta composição foi descoberta em 1879, por Henry Cavendish, procedendo a 
queima de hidrogênio na presença de oxigênio (MEDEIROS FILHO, 2014). 
A água tem uma estrutura molecular simples. Ela é composta de um átomo de 
oxigênio e dois átomos de hidrogênio. Cada átomo de hidrogênio liga-se covalentemente ao 
átomo de oxigênio, compartilhando com ele um par de elétrons. O oxigênio também tem um 
par de elétrons não compartilhados. Assim, há quatro pares de elétrons em torno do átomo de 
oxigênio, dois deles envolvidos nas ligações covalentes com o hidrogênio e dois pares não 
compartilhados no outro lado do átomo de oxigênio. A água é uma molécula "polar", o que 
quer dizer que ela tem uma distribuição desigual da densidade de elétrons (GOMES; 
CLAVICO, 2005). 
Devido ao número de elétrons que cada átomo isolado de hidrogénio e oxigénio têm as 
ligações entre o átomo de oxigénio, central, e os átomos de hidrogénio, nas extremidades, 
apresentam uma estrutura angular (ângulo de 104,5o) (Figura 1). As ligações oxigênio-
hidrogénio estão polarizadas, criando uma diferença de cargas na molécula: uma zona com 
carga negativa (zona superior na Figura 1) e outra com carga positiva (zona inferior na Figura 
1), dando origem a um dipolo (TEIXEIRA, 2015). 
 
14 
 
 
Figura 1. Molécula de água (TEIXEIRA, 2015) 
 
Características Físicas Da Água 
 
As características físicas da água determinadas com frequência são cor, resíduos 
(sólidos), odor, temperatura, condutância especifica e turbidez. Todas essas propriedades 
influenciam ou representam a química da água. Por exemplo, os sólidos são formados por 
substâncias químicas em suspensão ou dissolvidos na água. Em termos de apresentação física 
são classificados em sólidos totais, filtráveis, não filtráveis ou voláteis. A condutância 
específica é uma medida do grau em que a água conduz corrente alternada e reflete a 
concentração total de um material iônico dissolvido (MANAHAN, 2013). 
 
Características Químicas da Água 
 
Exames químicos visam determinar os teores qualitativos e quantitativos de certas 
substâncias, que embora não sejam nocivas até determinados limites, devem ser conhecidas 
para aferir a perfeição ou a necessidade dos processos de tratamento, ou ainda, no caso de 
uma água desconhecida, alertar sobre a viabilidade de uso da água para fins domésticos. 
Pode-se citar: pH, dureza, compostos tóxicos (GUEDES, 2015). 
 
 
 
15 
 
Características Biológicas da Água 
 
Entre o material em suspensão na água inclui-se "parte viva" ou seja, os organismos 
presentes que também constituem impurezas . A avaliação da qualidade bacteriológica das 
águas é feita através da pesquisa de micro-organismos indicadores de contaminação fecal. 
Pode citar: bactérias do grupo coliforme (GUEDES, 2015). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
Capítulo 2 - Água No Brasil 
 
Com uma área de 8.547.403,5 km
2
 e cerca de 210 milhões de habitantes, o Brasil, é 
atualmente, o quinto país do mundo, tanto em extensão territorial como em população. O 
Brasil possui uma ampla diversificação climática, predominando os tipos equatorial úmido, 
tropical e subtropical úmidos, e semiárido sobre menos de 10% do território. Em termos 
pluviométricos, mais de 90% do território brasileiro recebe abundantes chuvas – entre mil e 3 
mil mm/ano (REBOUÇAS, 2006). 
A disponibilidade hídrica do Brasil é de 177.900 m
3
/s, se for considerada somente a 
contribuição do território brasileiro, e de 251.00 m
3
/s, se for levada em conta toda a vazão da 
Bacia Amazônica, estimada em 202.000 m
3
/s. Esse potencial hídrico corresponde a 53% do 
total referente à América do Sul e a 12% do total mundial. Somente a Bacia Amazônica 
satisfaz 73% do potencial hídrico brasileiro (SETTI, 1996). 
São quatro as principais bacias hidrográficas brasileiras: Amazônica (3.889.489,6 
Km
2
), Prata ou Platina (1.393.115,6 Km
2
), São Francisco (645.876,6 Km
2
) e Tocantins 
(808.150,1 Km
2
) (COSTA, 2007). 
 
Recurso Hídrico 
 
Considera-se uso do recurso hídrico qualquer atividade humana que, de algum modo, 
altere condições naturais das águas superficiais ou subterrâneas. Os usos podem ser 
consuntivos (captações urbanas, industriais, irrigação, rurais, minerações e garimpos) ou não 
consuntivos (geração de energia elétrica, navegação, pesca, piscicultura, proteção de vida 
aquática, turismo e recreação). A diferenciação entre uso consuntivo ou não consuntivo está 
ligada à possibilidade de usar toda a água, simultaneamente ou, em seguida, para outros fins, 
considerando tanto a quantidade como a qualidade da água (TELLES, 2013). 
Durante milênios a água foi considerada um recurso infinito. A generosidade da 
natureza fazia crer em inesgotáveis mananciais, abundantes e renováveis. Hoje, o mau uso, 
aliado à crescente demanda, vem preocupando especialistas e autoridades no assunto, pelo 
evidente decréscimo das reservas de água limpa em todo o planeta (COSTA, 2007). 
Segundo a ONU (Organização das Nações Unidas), através do Programa das Nações 
Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), 21 nações já sofrem com a falta de água e o 
consumo foi multiplicado por 6 (seis) no último século, enquanto a população mundial 
triplicou, como principal motivo se considera a agricultura irrigada. Apesar do maior 
 
17 
 
consumo 20% da população mundial não tem acesso a água potável, em 2025 dois terços da 
população mundial estarão sujeitos a problemas de abastecimento, correspondendo cerca de 
2,8 bilhões de pessoas vivendo em regiões de seca crônica, estando o Nordeste do Brasil 
incluído (MACÊDO, 2001). 
“Na medida em que cresce a demanda de recursos hídricos no mundo, diminui a 
probabilidade do fornecimento de água doce em muitas regiões, como consequência da 
mudança climática”. Esse é o alerta lançado no último Relatório Mundial das Nações Unidas 
sobre o Desenvolvimento de Recursos Hídricos (WWDR4). O documento prevê a 
intensificação das disparidades econômicas ou regiões dentro dos países. Além disso, afirma 
que os mais pobre deverão sofrer grande parte das consequências desse processo (UNESCO, 
2012). 
 
Controle Das Águas Superficiais 
 
Por suas dimensões o Brasil é um país em que é difícil o controle da qualidade das 
águas superficiais. Há uma heterogeneidade de redes de monitoramento que, em boa parte, é 
operada pelos estados, que adotam diferentes abordagens, parâmetros e frequência de coleta. 
No Brasil, o índice de qualidade da água (IQA) vem sendo adotado por décadas e é o 
principal indicador da qualidade da água no país. O IQA é composto por nove parâmetros. E 
foi desenvolvido para avaliar a qualidade da água, visando o abastecimento público e não 
deve, portanto, ser adotado para usos como recreação e preservação da vida aquática 
(TELLES, 2013). 
Um levantamento com a medição da qualidade da água em 96 rios, córregos e lagos de 
sete estados brasileiros, o mais amplo até hoje coordenado pela fundação SOS Mata Atlântica, 
revela que 40% apresentam qualidade ruim ou péssima. Os dados foram coletados entre 
março de 2013 e fevereiro de 2014 e incluem um levantamento inédito envolvendo as 32 
subprefeituras da cidade de São Paulo, além de 15 pontos do Rio de Janeiro (SOS MATA 
ATLÂNTICA, 2014). 
 
Crise Hídrica 
 
O problema da escassez de água doce já é uma realidade em vários locais do planeta. 
Alguns dos aspectos dessa crise vêm sendo discutidos na área acadêmica e por autoridades 
 
18 
 
políticas e organizações não-governamentais, mas o grande públicoainda não percebeu a 
importância da questão (BRANDIMARTE, 2015). 
A falta de chuvas em 2013 e 2014 colocou todo o interior de São Paulo em uma 
situação crítica. Grandes represas operando no limite e muitas cidades correndo o risco de 
ficarem sem água para questões básicas. Mesmo que o volume de chuvas volte ao normal em 
um futuro próximo, novos hábitos deverão ser colocados em prática para que nunca falte água 
(SAEMA, 2015). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
Capítulo 3 – IQA – Índice De Qualidade Da Água 
 
 
O Índice de Qualidade das Águas foi criado em 1970, nos Estados Unidos, 
pela National Sanitation Foundation. A partir de 1975 começou a ser utilizado pela CETESB 
(Companhia Ambiental do Estado de São Paulo). Nas décadas seguintes, outros Estados 
brasileiros adotaram o IQA, que hoje é o principal índice de qualidade da água utilizado no 
país. 
O IQA foi desenvolvido para avaliar a qualidade da água bruta visando seu uso para o 
abastecimento público, após tratamento. Os parâmetros utilizados no cálculo do IQA são em 
sua maioria indicadores de contaminação causada pelo lançamento de esgotos domésticos 
(ANA, 2015). 
A criação do IQA baseou-se numa pesquisa de opinião junto a especialistas 
em qualidade de águas, que indicaram os parâmetros a serem avaliados, o peso 
relativo dos mesmos e a condição com que se apresenta cada parâmetro, segundo 
uma escala de valores "rating". Dos 35 parâmetros indicadores de qualidade de 
água inicialmente propostos, somente 9 foram selec ionados. Para estes, a critério 
de cada profissional, foram estabelecidas curvas de variação da qualidade das 
águas de acordo com o estado ou a condição de cada parâmetro. Estas curvas de 
variação, sintetizadas em um conjunto de curvas médias para cada par âmetro, 
bem como seu peso relativo correspondente (CETESB,2015). 
A avaliação da qualidade da água obtida pelo IQA apresenta limitações, já que este 
índice não analisa vários parâmetros importantes para o abastecimento público, tais como 
substâncias tóxicas (ex: metais pesados, pesticidas, compostos orgânicos), protozoários 
patogênicos e substâncias que interferem nas propriedades organolépticas da água (ANA, 
2015). 
O IQA é composto por nove parâmetros, com seus respectivos pesos, que foram 
fixados em função da sua importância para a conformação global da qualidade da água. 
 
Tabela 1: Parâmetros de Qualidade da Água do IQA e respectivo peso. 
PARÂMETRO DE QUALIDADE DA ÁGUA PESO (w) 
Oxigênio dissolvido 0,17 
Coliformes termotolerantes 0,15 
Potencial hidrogeniônico - pH 0,12 
Demanda Bioquímica de Oxigênio - DBO 5,20 0,10 
Temperatura da água 0,10 
 
20 
 
Nitrogênio total 0,10 
Fósforo total 0,10 
Turbidez 0,08 
Resíduo total 0,08 
 (fonte: ANA, 2015) 
 
Além de seu peso, cada parâmetro possui um valor de qualidade (q), obtido do 
respectivo gráfico de qualidade em função de sua concentração ou medida. 
 
Figura 2 - (Fonte: ANA – 2015) 
O cálculo do IQA é feito por meio do produtório ponderado dos nove parâmetros, 
segundo a seguinte fórmula: 
 
Onde: 
 
IQA = Índice de Qualidade das Águas. Um número entre 0 e 100; 
 
21 
 
qi = qualidade do i-ésimo parâmetro. Um número entre 0 e 100, obtido do respectivo gráfico 
de qualidade, em função de sua concentração ou medida (resultado da análise); 
wi = peso correspondente ao i-ésimo parâmetro fixado em função da sua importância para a 
conformação global da qualidade, isto é, um número entre 0 e 1, de forma que: 
 
sendo n o número de parâmetros que entram no cálculo do IQA (ANA, 2015). 
Após o cálculo do IQA que resultará em valores que podem varia de 0 a 100, faz-se 
necessário realizar a avaliação do nível de qualidade dos cursos de água ou dos pontos onde 
ocorreram as coletas. O nível de qualidade é obtido então através da adoção de uma escala 
numérica com intervalos/faixas (limite inferior e limite superior) para que seja então possível 
verificar o nível de qualidade do objeto de estudo(FRANCO, 2014) 
 
 
 
Oxigênio Dissolvido 
O oxigênio dissolvido é vital para a preservação da vida aquática, já que vários 
organismos (ex: peixes) precisam de oxigênio para respirar. As águas poluídas por esgotos 
apresentam baixa concentração de oxigênio dissolvido pois o mesmo é consumido no 
processo de decomposição da matéria orgânica. Por outro lado as águas limpas apresentam 
concentrações de oxigênio dissolvido mais elevadas, geralmente superiores a 5mg/L, exceto 
se houverem condições naturais que causem baixos valores deste parâmetro (ANA, 2015). 
 
22 
 
A ausência de oxigênio dissolvido na água dá espaço para o desenvolvimento de 
espécies anaeróbicas, que sobrevivem na ausência de oxigênio. O grande problema é que este 
tipo de bactéria decompõe a matéria orgânica em compostos mal cheirosos como aminas, 
amônias e sulfato de hidrogênio (H2S). O resultado é um odor ruim na água (SOUSA, 2015). 
Uma das causas mais frequentes de mortandade é a queda na concentração de oxigênio 
nos corpos d’água. O valor mínimo de oxigênio dissolvido (OD) para a preservação da vida 
aquática, estabelecido pela Resolução CONAMA 357/05(2) é de 5,0 mg/L, mas existe uma 
variação na tolerância de espécie para espécie. As carpas, por exemplo, conseguem suportar 
concentrações de OD de 3,0 mg/L, sendo que a carpa comum chega até mesmo a sobreviver 
por até 6 meses em águas frias e sem nenhum Oxigênio Dissolvido, (ANOXIA). Tais valores 
seriam fatais para as trutas, que necessitam de uma concentração maior de Oxigênio 
Dissolvido para sobreviverem, em torno de 8,0 mg/L de OD. O peixe Dourado sobrevive por 
até 22 horas em águas atóxicas a 20°C, enquanto que as larvas destes peixes são menos 
tolerantes que os adultos. Isto porque os valores letais dependem do estágio de vida dos 
organismos, sendo geralmente mais exigentes os estágios mais jovens (CETESB, 2015). 
 
Fósforo Total  
 
O fósforo aparece em águas naturais devidos, principalmente, às descargas de esgotos 
sanitários. A matéria orgânica fecal e os detergentes em pó empregados em larga escala 
domesticamente constituem a principal fonte. Alguns efluentes industriais, como os de 
indústrias de fertilizantes, pesticidas, químicas em geral, conservas alimentícias, abatedouros, 
frigoríficos e laticínios, apresentam fósforo em quantidades excessivas. As águas drenadas em 
áreas agrícolas e urbanas também podem provocar a presença excessiva de fósforo em águas 
naturais (CETESB, 2015). 
 
Os grandes reservatórios de fósforo são as rochas e outros depósitos formados durante 
as eras geológicas. Esses reservatórios, devido ao intemperismo, pouco a pouco fornecem o 
fósforo para os ecossistemas, onde é absorvido pelos vegetais e posteriormente transferido aos 
animais superiores e, por consequência, ao Homem, via cadeia alimentar. O retorno do 
fósforo ao meio ocorre pela ação de bactérias fosforizantes, atuando nas carcaças de animais 
mortos. O fósforo retorna ao meio na forma de composto solúvel, sendo, portanto facilmente 
carregado pela chuva para os lagos e rios e destes para os mares, de forma que o fundo do mar 
passa a ser um grande depósito de fósforo solúvel (ROSA, 2015). 
 
23 
 
O fósforo pode se apresentar nas águas sob três formas diferentes. Os fosfatos 
orgânicos são a forma em que o fósforo compõe moléculas orgânicas, como a de um 
detergente, por exemplo. Os ortofosfatos são representados pelos radicais, que 
se combinam com cátions formando sais inorgânicos nas águas e os polifosfatos, ou fosfatos 
condensados,polímeros de ortofosfatos. Esta terceira forma não é muito importante nos 
estudos de controle de qualidade das águas, porque sofre hidrólise, convertendo-se 
rapidamente em ortofosfatos nas águas naturais (CETESB, 2015). 
O fósforo é um importante nutriente para os processos biológicos e seu excesso 
pode causar a eutrofização das águas (ANA, 2015). 
A eutrofização é o aumento da concentração de nutrientes, especialmente fósforo e 
nitrogênio, nos ecossistemas aquáticos, que tem como consequência o aumento de suas 
produtividades (ESTEVES, 1988).  
Trata-se de um processo de multiplicação de algas, comum em corpos d'água sem tanta 
movimentação, como lagos e represas. Apesar de significar grande quantidade de matéria 
orgânica presente na água, ela pode trazer diversos malefícios ao homem e à própria natureza. 
A grande disponibilidade de nitrogênio (N) e fósforo (P) na água de lagos, represas ou lagoas 
fornece um ambiente totalmente favorável à grande e rápida multiplicação de algas. Quando o 
nível de eutrofização da água aumenta de tempos em tempos (em intervalos grandes de 
tempo), é considerado um processo natural. Mas quando ocorre em um período curto, 
cientistas consideram que se trata de uma causa antrópica, ou seja, ocorrida por influência 
humana (ECYCLE, 2010). 
Demanda bioquímica de oxigênio 
A DBO mede a quantidade de oxigênio necessária para degradar bioquimicamente a 
matéria orgânica presente na água. Quanto maior a DBO, pior é a qualidade da água (IBGE, 
2004). 
É a quantidade de oxigênio utilizada na oxidação bioquímica da matéria orgânica, num 
determinado período de tempo, é expressa geralmente em miligramas de oxigênio por litro.  
A Demanda Bioquímica de Oxigênio é o parâmetro mais empregado para medir a poluição, a 
determinação de DBO é importante para verificar-se a quantidade de oxigênio necessária para 
estabilizar a matéria orgânica. Esta medida da quantidade de oxigênio consumido no processo 
biológico de oxidação da matéria orgânica permite chegar à conclusão: grandes quantidades 
de matéria orgânica utilizam grandes quantidades de oxigênio, assim, quanto maior o grau de 
poluição, maior a DBO (SOUZA, 2015). 
 
 
24 
 
Temperatura 
 
Determinada espécie animal ou cultura vegetal cresce melhor dentro de uma faixa de 
temperatura, e o mesmo vale para animais aquáticos. Geralmente reconhecemos três grupos 
de temperatura: água fria, água morna e água quente. Espécies de peixes de água quente 
crescem melhor à temperatura de 25ºC, mas se a temperatura ultrapassar os 32-35º C, o 
crescimento pode ser prejudicado. Outros organismos, como por 
exemplo, bactérias, fitoplâncton e plantas com raízes, e processos químicos e físicos que 
influenciam a qualidade do solo e da água também respondem favoravelmente ao aumento de 
temperatura. Microorganismos decompõem a matéria orgânica mais rápida a 30º do que a 
25ºC. A taxa da maioria dos processos que afetam a qualidade da água e do solo dobra a cada 
aumento de 10ºC na temperatura. Mesmo nos trópicos, onde a temperatura é relativamente 
constante, pequenas diferenças nas temperaturas das estações podem influenciar o 
crescimento dos peixes (DAE, 2015). 
 
 
Coliformes termotolerantes 
 
As bactérias do grupo coliforme são consideradas os principais indicadores de 
contaminação fecal. O grupo coliforme é formado por um número de bactérias que inclui os 
gêneros Klebsiella, Escherichia, Serratia, Erwenia e Enterobactéria. Todas as bactérias 
coliformes são gram-negativas manchadas, de hastes não esporuladas que estão associadas 
com as fezes de animais de sangue quente e com o solo. As bactérias coliformes fecais 
reproduzem-se ativamente a 44,5 ºC e são capazes de fermentar o açúcar. O uso da bactéria 
coliforme fecal para indicar poluição sanitária mostra-se mais significativo que o uso da 
bactéria coliforme "total", porque as bactérias fecais estão restritas ao trato intestinal de 
animais de sangue quente. A determinação da concentração dos coliformes assume 
importância como parâmetro indicador da possibilidade da existência 
de microorganismos patogênicos, responsáveis pela transmissão de doenças de veiculação 
hídrica, tais como febre tifóide, febre paratifóide, disenteria bacilar e cólera. De modo geral, 
nas águas para abastecimento, o limite de Coliformes Fecais legalmente tolerável não deve 
ultrapassar 4.000 coliformes fecais em 100 ml de água em 80% das amostras colhidas em 
qualquer período do ano (DAE, 2015). 
 
 
25 
 
 
Resíduo total 
 
O resíduo total é a matéria que permanece após a evaporação, secagem ou calcinação 
da amostra de água durante um determinado tempo e temperatura. 
Quando os resíduos sólidos se depositam nos leitos dos corpos d’água podem causar 
seu assoreamento, que gera problemas para a navegação e pode aumentar o risco 
de enchentes. Além disso, podem causar danos à vida aquática pois ao se depositarem no leito 
eles destroem os organismos que vivem nos sedimentos e servem de alimento para outros 
organismos, além de danificar os locais de desova de peixes (ANA, 2015). 
 
Turbidez 
 
A turbidez é devida à presença de partículas em suspensão que impedem a passagem e 
reflexão da luz na água e é um importante parâmetro das condições adequadas para o 
consumo da água. 
A turbidez da água é devido à presença de sólidos em suspensão, tais como partículas 
inorgânicas (areia, silte, argila) e detritos orgânicos, tais como algas e bactérias, plâncton em 
geral etc. Alta turbidez reduz a fotossíntese de vegetação enraizada submersa e algas. Esse 
desenvolvimento reduzido de plantas pode, por sua vez, suprimir a produtividade de peixes. 
Logo, a turbidez pode influenciar nas comunidades biológicas aquáticas. Além disso, afeta 
adversamente os usos doméstico, industrial e recreacional de uma água (CETESB, 2015). 
 
Potencial Hidrogenionico (pH) 
 
A sua origem natural deve-se à dissolução de rochas, absorção de gases da atmosfera, 
à oxidação da matéria orgânica e à fotossíntese. A sua origem antropogênica deve-se aos 
despejos domésticos (degradação de matéria orgânica) ou industriais (lavagem ácida de 
tanques, por exemplo). Este parâmetro não apresenta riscos em termos de saúde pública, a 
menos que seu valor seja muito baixo ou muito alto, podendo provocar irritações nos olhos e 
na pele. Os valores afastados da neutralidade podem afetar a vida aquática. Os valores muito 
altos podem estar associados à proliferação de algas. A neutralidade ocorre com pH igual a 
7,0. Valores abaixo disso causam condições ácidas e valores acima condições básicas 
(ALMEIDA, 2013). 
 
26 
 
O pH afeta o metabolismo de várias espécies aquáticas. A Resolução CONAMA 357 
estabelece que para a proteção da vida aquática o pH deve estar entre 6 e 9. 
Alterações nos valores de pH também podem aumentar o efeito de substâncias 
químicas que são tóxicas para os organismos aquáticos, tais como os metais 
pesados (ANA,2015). 
 
 
Nitrogênio Total 
 
O nitrogênio pode ser encontrado nas águas nas formas de nitrogênio orgânico, 
amoniacal, nitrito e nitrato. As duas primeiras são formas reduzidas e as duas últimas, 
oxidadas. Pode-se associar as etapas de degradação da poluição orgânica por meio da relação 
entre as formas de nitrogênio. Nas zonas de autodepuração natural em rios, distinguem-se as 
presenças de nitrogênio orgânico na zona de degradação, amoniacal na zona de decomposição 
ativa, nitrito na zona de recuperação e nitrato na zona de águas limpas. Ou seja, se for 
coletada uma amostra de água de um rio poluído e as análises demonstrarem predominância 
das formas reduzidas significa que o foco de poluição se encontrapróximo; se prevalecerem o 
nitrito e o nitrato denota que as descargas de esgotos se encontram distantes (CETESB, 
2015). 
O nitrato é um dos íons mais encontrados em águas naturais, geralmente ocorrendo em 
baixos teores nas águas superficiais, mas podendo atingir altas concentrações em águas 
profundas (ALABURDA; NISHIHARA, 2015). 
Os nitratos são tóxicos aos seres humanos, e em altas concentrações causa uma doença 
chamada metahemoglobinemia infantil, que é letal para crianças (ANA, 2015). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
 
Capítulo 4 - Tratamento De Água 
 
 O processo de tratamento de água é requerido para muitas atividades econômicas, 
como também, para tarefas do cotidiano, assim, a água que será consumida deve passar pelo 
processo de tratamento. Tal procedimento requer diversas etapas, que devidamente assistidas, 
garantem a qualidade da água. O tratamento de água pode tornar-se mais complexo e de 
elevado custo devido às impurezas advindas dos mananciais de coleta de água, como despejo 
de resíduos com alto teor de matéria orgânica. 
 Para evidenciar a importância do estudo do tratamento de água, bem como, a 
estação de tratamento de água, realizou-se uma busca bibliográfica das etapas envolvidas no 
tratamento de água e as impurezas presentes na mesma. Logo, constatou-se que para obtenção 
da qualidade muitos indicadores de referência são necessários, como por exemplo, pH, cor e 
turbidez (FRANCISCO; POHLMANN; FERREIRA, 2011). 
 
Tratamento Convencional 
 
 É o sistema de tratamento aplicado com a finalidade de torná-la potável. Seu 
controle se baseia principalmente na remoção da cor e da turbidez. Outras substâncias acabam 
sendo removidas nesse processo, como o ferro, manganês, substancias orgânicas, com a 
aplicação de pequenas modificações ou utilização de produtos químicos específicos. 
 Os sistemas de tratamento completo são compostos por processos unitários (1 
coagulação e floculação; 2 sedimentação; 3 filtração; 4 desinfecção; e 5 fluoretação ) descritos 
a seguir (PERREIRA; SILVEIRA, 2007). 
 
Coagulação e Floculação 
 
 Em sistemas de tratamento de água, a finalidade dos processos de coagulação e 
floculação é transformar impurezas que se encontram em suspenção ou na forma coloidal. 
Presentes na água em partículas maiores, os chamados flocos serão removidos nas etapas 
posteriores do tratamento (sedimentação ou flotação e filtração) (PERREIRA; SILVEIRA, 
2007). 
 
28 
 
 Essas etapas são das mais delicadas do processo de tratamento convencional para 
abastecimento publico; qualquer falha poderá prejudicar não só a qualidade, como também o 
custo do produto a ser distribuído (PERREIRA; SILVEIRA, 2007). 
 Inúmeros são os fatores que influência na eficiência do processo de coagulação. 
Dentre eles, destacam-se: A) Dosagem do agente coagulante; B) Tempo e gradiente de 
velocidade de mistura rápida; C) Auxiliares de coagulação; D) pH do meio e E) Dispersão do 
agente na mistura rápida (FRANCISCO; POHLMANN; FERREIRA, 2011). 
 O pH e a dosagem do agente coagulante estão estreitamente ligados, já que cada 
produto químico empregado com a finalidade de promover a coagulação apresenta uma faixa 
ótima de pH e a simples elevação da dosagem não garante uma eficiência maior. Portanto, o 
devido controle dos processos envolvidos nessa etapa do tratamento, permite obter maiores 
eficiências com menor volume de produtos químicos (FRANCISCO; POHLMANN; 
FERREIRA, 2011). 
 
Reagentes Empregados E Suas Propriedades 
 
 Para esse processo, são empregados os chamados coagulantes: sais de elementos que 
produzem hidróxidos gelatinosos, sendo os mais empregados o sulfato de alumínio Al(SO4)3 e 
o cloreto férrico FeCl2. Nesse processo são utilizados também os alcalinizantes, sendo os mais 
empregados o CaO, o hidróxido de cálcio Ca(OH)2 e o carbonato de sódio Na2CO3 
(PERREIRA; SILVEIRA, 2007). 
 Os coagulantes reagem com os alcalinizastes, produzindo os flocos. A superfície 
dos flocos é grande, permitindo assim adsorção das partículas não sedimentáveis. Produzindo 
íons trivalentes positivos, que atraem e neutralizam as cargas elétricas dos colóides e 
partículas não sedimentáveis que em geral são negativas (PERREIRA; SILVEIRA, 2007). 
 
 A seguir tabela com os principais coagulantes e floculantes empregados no 
tratamento de água e suas funções: 
 
 
29 
 
 
Figura 3: Principais Coagulantes e agentes floculantes utilizados no Tratamento de Água (KURITA, 
2010). 
 
Decantação 
 
 A decantação é um fenômeno físico natural e corresponde a etapa de deposição das 
impurezas, aglutinadas em flocos no processo nas etapas anteriores do tratamento da água 
(coagulação e floculação), devido a ação da força (FRANCISCO; POHLMANN; FERREIRA, 
2011). 
 A implementação destas unidades é justificada em ETA’s nas quais a água submetida 
ao tratamento apresenta concentrações de sólidos (dissolvidos, coloidais e/ou suspensos) 
elevadas, como etapa preliminar ao processo de filtração. O projeto destas unidades deve 
considerar a taxa de aplicação superficial, que está diretamente relacionada com a velocidade 
de sedimentação das partículas suspensas (FRANCISCO; POHLMANN; FERREIRA, 2011). 
 O processo de decantação ocorre num tipo de tanque chamado decantador. A 
eficiência dos decantadores depende de suas características, como a área, dispositivos de 
entrada e saída e profundidade, entre outras. O período teórico de detenção é obtido pela 
divisão do volume pela vazão da ETA (PERREIRA; SILVEIRA, 2007). 
𝑡𝑑 =
𝑉
𝑄
 
 
Onde: td = tempo de detenção (horas); 
 V = volume total de decantação (m
3
) 
 
30 
 
 Q = vazão de água aduzida a ETA (m
3
/h) 
 O tempo de detenção nos decantadores convencionais varia de 1 a 3 horas. 
 
Filtração 
 
 Filtrar é passar a água por um meio poroso no qual ficam retidas as impurezas. O 
sistema de filtração de uma ETA talvez seja a etapa mais importante, pois é ai que se verifica 
o polimento da água. Como meio poroso, pode-se utilizar inúmeros matérias, porém o mais 
utilizado é composto por areia, sustentada por camadas de seixos, colocados sobre um sistema 
de drenos (PERREIRA; SILVEIRA, 2007). 
 No decorrer da filtração, ocorre a remoção das partículas em suspensão, das 
substancias coloidais, dos microrganismos e das substancias químicas (FRANCISCO; 
POHLMANN; FERREIRA, 2011). 
 Para realizar a remoção de tais impurezas da água é necessário analisar o tipo de 
material que se deseja separar, como também, o tipo de filtro que será o mais adequado para 
tal processo. Deste modo, é possível verificar a velocidade com que a água passa pelo mesmo 
e denominar qual filtro será mais apropriado: o filtro lento ou o filtro rápido (FRANCISCO; 
POHLMANN; FERREIRA, 2011). 
 Os filtros podem ser classificados da seguinte maneira: (PERREIRA; SILVEIRA, 
2007). 
 Material filtrante: 
 A- De areia. 
 B- De areia e carvão antracito. 
 C- De terra diatomácea. 
 
 Camadas filtrantes: 
 A- Camadas de areia com granulometria diferentes superpostas. 
 B- Camadas múltiplas – areia – carvão – granada. 
 C- De carvão e areia granada misturados. 
 
 Sentido de escoamento: 
 A- Filtro de fluxo descendente (down-flow). 
 B - Filtro de fluxo ascendente (up-flow). 
 
31C - Filtro de escoamento nos dois sentidos (bi-flow). 
 
Velocidade de filtração: 
A- Lentos. 
B- Rápidos. 
 
Desinfecção 
 
 Os processos de desinfecção têm como objetivo a destruição ou inativação de 
organismos patogênicos, capazes de produzir doenças, ou de outros organismos indesejáveis. 
Esses organismos podem sobreviver na água por várias semanas, em temperaturas próximas a 
21ºC e, em alguns casos, por vários meses, em baixas temperaturas. A sobrevivência desses 
organismos na água depende, não só da temperatura, mas também de outros fatores 
ecológicos, fisiológicos e morfológicos, tais como: pH, turbidez, oxigênio, nutrientes, 
competição com outros organismos, resistência a substâncias tóxicas, habilidade na formação 
de esporos. A desinfecção não implica, necessariamente, a destruição completa de todas as 
formas vivas (esterilização), embora muitas vezes o processo de desinfecção seja levado até o 
ponto de esterilização (MEYER, 1994). 
 
 Os fatores que influem na desinfecção e, portanto, no tipo de tratamento a ser 
empregado, podem ser resumidos em: 
 
• espécie e concentração do organismo a ser destruído; 
• espécie e concentração do desinfetante; 
• tempo de contato; 
• características químicas e físicas da água; 
• grau de dispersão do desinfetante na água (MEYER, 1994). 
 
 
 
 
 
 
 
32 
 
Cloração 
 
 O cloro (Cl2) é o desinfetante mais utilizado para a desinfecção de água para 
consumo humano. O nome Cloro deriva da palavra grega “chloros”, que significa verde. É em 
condições normais um gás esverdeado, com um cheiro forte que irrita as mucosas (RIBEIRO, 
2015). 
 O poder desinfetante ou oxidante provem de ser altamente reativo e rapidamente 
matar germes e neutralizar substâncias tóxicas, O cloro oxida irreversivelmente os 
componentes das células (estruturas, proteínas, enzimas, DNA) (RIBEIRO, 2015). 
 Adicionado à água o cloro gás reage de acordo com a seguinte reação: 
 
Cl2 + H20 ↔ HCl + HClO 
 
 Com Hipoclorito de sódio a reacção é a seguinte: 
 
NaClO + H20 ↔ NaOH + HClO 
 
 Com Hipoclorito de cálcio a reacção é a seguinte: 
 
Ca(ClO)2+ 2 H20 ↔ Ca(OH)2 + 2 HClO 
 
 De todas as reacções com os diferentes tipos de cloro verificamos que todas elas 
produzem um produto igual, o ácido hipocloroso (HClO) que é o verdadeiro responsável pela 
desinfecção dá água. A efetividade da desinfecção com cloro tem uma forte dependência do 
pH. Em solução aquosa o ácido hipocloroso dissocia-se de acordo com a seguinte fórmula: 
 
HClO + H20 ↔ H30
+
 + ClO
- 
 
 Assim sendo, de acordo com o valor de pH, vamos ter mais ou menos ácido 
hipocloroso em solução. No gráfico seguinte, vemos a variação das diferentes substâncias em 
função do pH da água. (RIBEIRO, 2015) 
 
 
 
33 
 
 
Dissociação do cloro em função do valor de pH (RIBEIRO, 2015) 
 
Fluoretação 
 
 Compostos de flúor adicionados à água de abastecimento previnem ou reduzem a 
incidência de cárie dentária. Isto é especialmente verdadeiro para crianças. Porém, fluoreto 
demais pode causar efeitos tóxicos ou adversos à saúde. Por causa disso, a adição de fluoreto 
na água destinada ao consumo humano é regulada por legislação específica (NOLL; 
OLIVEIRA, 2000). 
 O Congresso Nacional, em 24 de maio de 1974, aprovou a Lei nº 6.050, 
sancionada posteriormente pelo Presidente da República, General Ernesto Geisel, que 
determina em seu Artigo 1º que os projetos destinados à construção ou ampliação de sistemas 
públicos de abastecimento de água, onde haja estação de tratamento, devem incluir previsões 
e planos relativos à fluoretação de água (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2012). 
 
 As propriedades preventivas do flúor foram descobertas a partir de investigações 
sobre o seu efeito tóxico no esmalte dentário em desenvolvimento, resultante da sua ingestão. 
 
34 
 
A constatação da fluorose dentária precedeu a adoção da fluoretação da água de 
abastecimento público como medida benéfica à saúde bucal. Mediante a observação de tais 
efeitos e o desejo de investigá-los, desencadeou-se uma série de estudos, que resultaram na 
descoberta da fluoretação da água de abastecimento público como medida de controle de cárie 
dentária (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2012). 
 Os compostos solúveis de flúor na água e alimentos quando ingeridos sofrem 
dissociação iônica em função do ácido clorídrico produzido no estômago. O íon fluoreto é 
absorvido, em sua maior parte, pela mucosa estomacal. Por intermédio do plasma sanguíneo o 
flúor circula por todo o organismo. Após três horas 70% é eliminado pela urina, 15% pelas 
fezes e 5% pelo suor. Apenas 10% do Flúor ingerido é assimilado pelo organismo. Essa 
pequena parte circula nos fluídos intra e extracelulares fixando-se nos tecido duros: ossos e 
dentes em formação. O flúor não se fixa em tecidos moles (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 
2012). 
 As técnicas de fluoretação variam de acordo com o sistema. Em Estações de 
Tratamento de Água é utilizado o tradicional cone de saturação. Em linha gerais, coloca-se o 
composto de flúor no cone invertido e é produzida uma corrente contínua de água, 
ascendente, que passa sem cessar através do sal. A solução produzida é captada na parte 
superior do cone invertido por um tubo horizontal de plástico perfurado que constitui a saída 
(NOLL; OLIVEIRA, 2000). 
 Em poços, são usados os sistemas com hidroinjetor ou com cilindro. O sistema com 
hidroinjetor tem maior custo de instalação e manutenção porém permite variações de 
dosagens. O sistema com cilindro, com menor custo de instalação e manutenção, somente 
permite dosagens constantes, operando muito bem em poços com vazão elevada. Nos poços 
com vazões baixa (até cerca de 10 m3/hora) estão sendo adotados, com resultado muito bom, 
o sistema de mistura do composto de flúor com hipoclorito de sódio, sendo aplicação feita via 
hidroinjetor (barato) ou bomba dosadora (caro) (NOLL; OLIVEIRA, 2000). 
 
Correção de pH 
 
 A correção de pH se configura como a última etapa do tratamento de água e é 
responsável pela adição de álcalis para ajustar o pH da água aos padrões recomendados pela 
Portaria 2914 (2011), caso seja necessário. Os produtos que podem ser utilizados nesse 
 
35 
 
processo são: cal virgem e hidratada, carbonato de sódio e hidróxido de sódio (BRAGA, 
2014) . 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
36 
 
MATERIAIS E MÉTODOS 
 
Foi realizada uma visita técnica no SAEMA, no dia 11 de maio de 2015, para melhor 
compreensão do tratamento da água. Foram coletadas as amostras de água no dia 27 de maio 
de 2015, em três pontos distintos da represa Hermínio Ometto. 
As análises físico-químicas e microbiológicas foram realizadas na mesma noite, 
utilizando as seguintes metodologias: 
 Alcalinidade: Titulação com H2SO4 0,1N 
 Acidez: Titulação com NaOH 0,02N 
 Cloretos: Titulação com AgNO3 0,01N 
 Dureza de Cálcio: Titulação com EDTA 0,01N 
 Dureza Total : Titulação com EDTA 0,01N 
 Oxigênio Dissolvido pelo método de Winkler 
 pH: pHmetro 
 STD (Sólidos totais dissolvidos): Condutivímetro 
 Turbidez: Turbidímetro 
 Coliformes Termotolerantes: Tubos múltiplos 
 Temperatura: Termômetro 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
37 
 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
As amostras foram coletadas nos pontos indicados na Figura 2. 
 
 
Figura 2: Represa Hermínio Ometto (GOOGLE MAPS, 2015)Após as análises os resultados obtidos foram: 
 
 
 
 
A 
B 
C 
 
38 
 
Observando os resultados considera-se que todos os fatores se complementam, sendo 
que o pH não é um problema desta água, já que os problemas surgem apenas no caso de uma 
variação, alcalina ou acida demais, sendo água analisada muito próxima à neutralidade. 
Foi identificada a presença de Coliformes Termotolerantes, isto ocorre por que a 
quantidade de matéria orgânica é diferente em cada um dos pontos e tende a variar, 
dependendo da localização da fauna existente nos arredores da represa. 
Os níveis de turbidez se encontram próximos, mas tendem a variar dependendo do 
clima, não houve precipitação nos sete dias anteriores a coleta. 
 Em termos de dureza da água, a Legislação permite até 500mg/L para que essa água 
seja considerada potável, e as analises comprovaram que essa água é muito mole, ou seja, 
tende a formar muita espuma quando em contato com sabões. 
 Mas em geral, a qualidade da água é boa, própria para o consumo humano, após o 
tratamento convencional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
39 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
No inicio deste trabalho foi proposto discutir a importância de uma água de qualidade, 
e neste momento pode-se afirmar que o principal objetivo do tratamento é atender os padrões 
de potabilidade necessários e estabelecidos pela legislação, pois alterações físico-químicas 
e/ou biológicas têm sido associadas a diversos problemas de saúde. 
 Desta forma, quanto maior o investimento em saneamento básico, maior é a economia 
em saúde, então a água, elemento mais importante para a vida, deve ser tratada para que 
reduza a taxa de doenças causadas pelo consumo de água contaminada, sendo a análise do 
manancial o melhor indicador para o tratamento mais eficiente, o qual deve ser feito, para 
melhorar a vida dos cidadãos. 
Então, após todo o estudo realizado conclui-se que a represa Hermínio Ometto é 
Classe II, está própria para consumo após prévio tratamento, e assim sendo muito importante 
para o abastecimento de água para a população ararense. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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