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ARTIGO AUDIOVISUAL

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5 maneiras de se evitar um abuso.
Ana Paula Pereira da COSTA
Anna Flávia Lima PINHEIRO
Orientador: Elvys SEWALD
Matéria: Produção Audiovisual
Centro universitário Leonardo da Vinci 
RESUMO
O tutorial a respeito do abuso partiu de uma escolha bem pensada e analisada para que se passe o assunto de forma leve, porém sem tirar a seriedade do assunto. A filmagem é um dos meios mais acessiveis e rápidos para gravação e reprodução de manifestações culturais e tendo como objetivo principal deste trabalho exercer os ensinamentos a respeito de ângulos, iluminação, plano e afins apresentados em sala de aula, procurando fugir do comum e passar um pouco de personalidade por meio de uma filmadora, fora utilizado de técnicas e padrões diferentes para conseguir o resultado desejado, o objetivo em si era sair do cliché abordado em qualquer tipo de tutorial.
Palavras-chave 
Abuso; Tutorial; Audiovisual;
INTRODUÇÃO
O ato de se comunicar é um elemento social, e está totalmente ligado aos termos 
de divisão e multiplicação. Parte-se da ideia da qual o conhecimento dividido multiplica-se entre os receptores da mensagem, fazendo-o espalhar e cada vez mais pessoas se tornarão cientes deste determinado conhecimento. Quando alguém se propõe a fazer algo, deixa ali sua marca e é esse é o maior intuito deste projeto. Segundo (FLUSSER, p.89) “A comunicação humana é um processo artificial. Baseiam-se em artifícios, descobertas, ferramentas e instrumentos, a saber, em símbolos organizados em códigos. Os homens comunicam-se uns com os outros de uma maneira não “natural”: na fala não são produzidos sons naturais, como, por exemplo, no canto dos pássaros, e a escrita não é um gesto natural como a dança das abelhas. Por isso a teoria da comunicação não é uma ciência natural, mas pertence àquelas disciplinas relacionadas com os aspectos não naturais do homem, que já foram conhecidas como “ciências do espírito” (Geisteswissenschaften). A denominação americana “humanities” expressa melhor a condição dessas disciplinas. Ela indica na verdade que o homem é um animal não natural.” Portanto, comunicar algo de maneira que todos entendam e captem a mensagem como ela deseja ser passada é uma tarefa um tanto quanto dificil, porém, como Marcio Rinaldi cita, 
“A linguagem audiovisual é um sistema de signos em desenvolvimento que tem a sua função de comunicar facilitada por atingir vários níveis da linguagem, por ser “falada” através do som (ÁUDIO) e “escrita” através da representação visual (VÍDEO).”. 
A forma de comunicação audiovisual nos dá uma liberdade maior para conseguir passar a mensagem de maneira que todos entendam a mesma se bem elaborada. Portando, partindo do pressuposto de que hoje em dia muitas pessoas culpam as vítimas dos abusos nos milhares de noticiários dos quais se ouve diariamente, surgiu à ideia de criar um tutorial que falasse de forma ironica a respeito do assunto. Com “5 maneiras de se evitar um abuso”, levanta-se a discussão “Será mesmo que a vítima é a culpada?”. 
Em uma pesquisa do IPEA (27/03/2007) a respeito do assunto, o resultado é assustador: 65% dos brasileiros entrevistados realmente acredita que a mulher é a culpada de tal barbárie. Depois de muita conversa a respeito, a decisão tomada pelo grupo foi de tratar de modo irônico o assunto, demonstrando exatamente o que esse “65%” pensa a respeito do assunto quando se trata da vítima “pedir” pelo abuso, o que contradiz totalmente o pensamento da maioria dos telespectadores do tutorial e afins. De forma um tanto quanto descontraída e sarcástica, aborda-se o tema para realmente levantar o questionamento e a dúvida sobre a seriedade do mesmo. 
OBJETIVO
A escolha do tutorial sobre 5 maneiras de se evitar um abuso se deu pelo fato de se querer mostrar de modo irônico toda a indignação após as pesquisas sobre o assunto. O intuito principal é instigar o público a pensar se realmente as más atitudes e pré-julgamentos estão seguindo uma boa conduta e tudo isso através de poucos segundos de vídeo. A mulher coagida, atualmente, tem se limitado apenas a padrões de comportamento impostos pela sociedade, e, através do vídeo, optou-se por passar a ideia de que não importa quão mesquinho o pensamento alheio possa ser, a mulher ainda é dona de si e pode sim agir como tal.
JUSTIFICATIVA
Juntando ironia com seriedade, um assunto sério, triste e difícil de tratar com a necessidade de se falar do mesmo, nossa ideia criativa, resumidamente baseia-se em uma sátira à ‘'culpa não é da vítima’ em relação ao abuso. 
Com o passar dos tempos a liberdade de opinião vem se tornando cada vez mais visível, porém muitas pessoas acabam opinando sem se aprofundar do assunto, do conteúdo, da história por trás e isso se dá para todo e qualquer tipo de coisa, inclusive para todo o tipo de abuso, resultando em pensamentos muitas vezes errados e até mesmo duvidosos, como por exemplo, o fato de achar que uma moça para merecer respeito não anda sozinha a noite, não usa roupas em que seu corpo fica exposto demais, não se comporta de maneira exagerada, isso e outras definições que uma boa parte da sociedade estipulou para a mulher, levando ao resultado de que, se a mulher desobedece ao que eles consideram ser decente seria proposital e pensado.
 
Em suma, se a mulher está vestida ou se comportando de maneira diferente dos padrões de decência é por que ela quer chamar atenção, quer aparecer, quer provocar, então ela merece ser abusada, merece os elogios na rua, merece as cantadas e assovios, sendo assim, muitos acham que a vítima do abuso/estupro é a culpada do acontecido. Procuramos fazer com que as pessoas entendam que a mulher tem liberdade para se comportar da maneira que ela mesma acha certo, se vestir do jeito que ela bem quiser, sem padrões e regras que são em enfiadas goela abaixo desde muito tempo.
O intuito é acabar de vez com a ideia ultrapassada que muitos ainda possuem, de que se a mulher sofreu algum tipo de abuso, foi por que ela estava de tal maneira, com tal roupa, por fim: dar um basta e abrir os olhos para o que é justo. A culpa nunca é da vítima.
Usando nossa perspectiva do mundo por trás da imagem reproduzida, nosso conceito é retratar o que há de mais bonito no corpo de uma mulher, e o que há de mais feio na personalidade e modo de pensar de alguns indivíduos inseridos na sociedade. 
Sua beleza física e a sua feminilidade são intimidadoras e incomoda quem não possui coragem para agir de tal modo, resultando em nada mais que comentários sem fundamentos e completamente maldosos. As cenas retratam de maneira irônica o jeito “certo” que uma mulher de verdade deve se vestir, agir e se comportar. Com cenas curtas e de fácil entendimento, aborda-se temas como o uso de cores fortes e roupas curtas. 
MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS
A filmagem foi produzida no laboratório de fotografia da UNIASSELVI. A câmera utilizada foi uma Filmadora Sony PXW-X70 XDCAM disposta no centro do cenário (fundo branco). Foram utilizados 3 focos de luz difusa (Softboxes) dispostos à direita, à esquerda e à frente da personagem 2 além da própria luz ambiente (fluorescente). 
 
 	Em relação à iluminação, segundo Filipe Salles (2004, p.74) numa cena qualquer iluminada artificialmente, os planos de composição de luz desta cena devem ser cuidadosamente elaborados, afim de que a fotografia do filme esteja em harmonia estética com o roteiro e sua proposta.
A utilização da iluminação suave teve o intuito de eliminar quaisquer vestígios de sombra, evitando o contraste nítido do claro e escuro. Com os contornos suaves, passa toda a atmosfera leve que se pretendia em um tutorial cheio de ironia. Pela soma de composição que existe entre todos os elementos, desde a posição da modelo, ângulos, planos, iluminação e a expressão de seu rosto a filmagem se tornou harmoniosa e por fim, significativamente forte.
Ângulos
Ângulo Normal: Utilizado na maior parte do vídeo, esse ângulo se dá por conta da câmera estar ao nível dos olhosda Personagem 2. 
Ângulo ¾ : Utilizado ao fim do vídeo (especificamente na penúltima cena do mesmo), onde a câmera se dispõe formando um ângulo de aproximadamente 45º com o nariz da personagem 2.
Planos
Primeiro Plano: Utilizando da técnica para retratar o mais importante da cena, as mãos da Personagem 1 gesticulam de forma extrovertida e um tanto quanto hiperativa simultaneamente com a narração.
Plano Fechado: Com a Câmera próxima do corpo da personagem 2, fazendo-a ocupar boa parte do cenário.
Plano Detalhe: Como o próprio nome já diz, nesta cena, o objetivo é retratar com detalhamento a boca da personagem 2.
Plano Próximo: Em plano próximo, a Cena 5 se dá demarcando de forma aproximada a cintura até pouco antes de chegar ao pescoço da personagem 2.
Plano Médio: Por fim, o plano escolhido para a penúltima Cena é o médio, por ser mais expressivo e demonstrar muito mais expressão que os demais planos. O fundo, por mais que predominante, neste momento perde total importância. 
DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO
O processo para chegar ao resultado final da filmagem se baseou a cima de tudo no conceito de mostrar para todos o quão ridículo soa tais frases abordadas no vídeo somando com os sentimentos despertados pelas mesmas, procurando sempre estimular uma reação em relação ao tema. Segundo José Manuel Morán,
O vídeo parte do concreto, do visível, do imediato, do próximo, que toca todos os sentidos. Mexe com o corpo, com a pele - nos toca e "tocamos" os outros, que estão ao nosso alcance, através dos recortes visuais, do close, do som estéreo envolvente. Pelo vídeo sentimos experienciamos sensorialmente o outro, o mundo, nós mesmos.
No vídeo, uma mulher entre 20/25 anos aparecerá em um fundo branco, roupa preta, vestido curto e maquiagem, normal para seus olhos, porem errado para os olhos de muitos. Aparecerá em cortes agindo como acha que deve agir, estará mostrando as pernas, sorrindo com seu batom vermelho, mostrando suas unhas e agindo como acha que deve agir, nisso, uma mão que será vista de trás, como se fosse a mão da pessoa que está assistindo, se aproxima da mulher, ela permanece com a mesma feição de felicidade, em seguida, a mão abaixa a saia da personagem, depois, levanta seu decote, segue tirando seu batom com as próprias mãos, com isso acaba tirando seu sorriso, em seguida faz um gesto de não com os dedos perto de sua mão com suas unhas pintadas de vermelho, tudo acontece com uma narração no fundo, cada ato será narrado como se fosse um tutorial. Por fim a câmera se distancia da personagem, que aparece toda vestida, com pouco de seu corpo aparente.
A escolha da música se deu a partir da ideia da ironia e sarcasmo envolvido em torno do Tutorial. A música, segundo Vygotski (1925/1998), nos motiva para alguma coisa, age sobre nós de modo excitante, porém mais indefinido, ou seja, de um modo que não está diretamente vinculado a nenhuma reação concreta, a nenhum movimento ou atitude. A música escolhida para o vídeo tem origens do Rockabilly, um dos primeiros sub-gêneros do Rock’n’roll pois dá o ar de descontração que era preciso no vídeo. Segundos antes do fim do vídeo, há um Fade Out, onde a música se encerra, continuando apenas a narração, dando lugar a um fim de seriedade ao assunto e ao vídeo.
 
	CENAS: Todas as cenas acontecerão no ambiente citado a cima
	 
 PLANOS
	
 CAMADA SONORA
	1ª cena: mãos gesticulando no fundo branco.
	 Mãos em primeiro plano
	 Locução: E aí pessoas? Hoje vamos ensinar para vocês 5 maneiras de se evitar um abuso.
	2ª cena: Mãos aparecem abaixando o vestido da personagem 1.
	 
 Mãos em primeiro plano, personagem em plano fechado.
	Locução: Dica 1: Aonde você vai com essa roupa coladinha? Vista-se sempre como uma moça de respeito
	3ª cena: Mãos aparecem tirando o batom vermelho personagem, personagem 1 para de sorrir.
	 
 Mãos em primeiro plano, boca da personagem em Plano detalhe.
	Locução: Dica 2: Qual a necessidade desse batom vermelho, parece que você está pedindo. Use sempre cores claras. Ou não use.
	4ª cena: Mãos fazem o gesto de não com os dedos perto das unhas pintadas da personagem 1, que levanta a outra mão sem o esmalte. 
	Plano próximo
	Locução: Vermelho é a cor do pecado, dica 3: não seja uma pecadora.
	5ª cena: Mãos levantam o decote da personagem
	Mãos em primeiro plano, personagem em Plano próximo.
	Locução: O corpo é seu, as regras não. Dica 4: Não deixe sua dignidade dando sopa.
	6ª cena: câmera se distancia da personagem que aparece toda coberta, e com apenas o rosto aparente.
	
Movimento de câmera para trás. Termina com plano médio.
	Locução: E para terminar, dica 5: Nunca esqueça de sair de casa sempre coberta.
	7ª Cena: Fundo completamente preto, com a escrita “#AculpaNUNCAédavitima”
	
Centralizado
	
Sem Locução
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este trabalho se propôs, como objetivo geral, exercitar os conhecimentos adquiridos nas matérias de Produção Audiovisual e Produção em Rádio, a respeito de planos, ângulos, iluminação, áudio, posição da câmera e afins. Por ser totalmente dinâmico, intercalou os conhecimentos sobre filmagem com os mesmos adquiridos na disciplina de produção em rádio, fazendo com que o resultado final além de apresentar um vídeo bem encaixado e de boa qualidade, também aplicar e aprimorar os conhecimentos na disciplina. A cinematografia, segundo Filipe Salles (2004, p. 1) a fotografia de cinema, toda ela é voltada para a obtenção de uma imagem apurada, coerente com a proposta do filme e a mais objetiva possível dentro dessa proposta. Por fim, obtemos a conclusão de que a produção audiovisual não só contribuiu para os conhecimentos já adquiridos como auxiliou em novas pesquisas e aprofundamentos sobre o tema em específico. 
REFERÊNCIAS
FLUSSER, Vilém. O mundo codificado – Por uma filosofia do Design e da Comunicação. São Paulo: Cosac Naify, 2007.
MORÁN, Manuel. Comunicação e Educação. São Paulo, (2): 27 a 35, jan./abr. 1995.
SALLES, Filipe. Apostila de Cinematografia. 2004
VYGOSTKY, L. S. (1998). Psicologia da arte (P. Bezerra, Trad.). São Paulo: Martins Fontes. (Trabalho original publicado em 1925).
IPEA – Instituto de Pesquisa Economica Aplicada. Disponível em: http://www.ipea.gov.br/portal/ 
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