acao monitoria (1)

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Faculdade Estácio – São Luís
Disciplina: Prática Simulada IV
Professora: Renata Caldas Barretp
Alunos: Aquino Frazão, Jadiane Santana dos Santos, Roanna Salgado.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUÍZ DE DIREITO DA _ VARA CÍVEL DA COMARCA DE SÃO LOURENÇO – MG.
LOJÃO CHALÉ LTDA. EPP, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o número ______, com sede _______, endereço eletrônico, neste ato representada por FABRICIANO MURTA, brasileiro, estado civil, profissão, portador do RG número, inscrito no CPF sob o número, residente e domiciliado _____, endereço eletrônico, vem por meio de seu advogado que esta subscreve, inscrito na OAB sob o número, com endereço profissional _____, onde recebe intimações, , vem, perante Vossa Excelência, propor:
AÇÃO MONITÓRIA
Pelo rito especial do art. 700 a 702 do CPC em face de PEÇANHA, brasileiro, estado civil, profissão, inscrito no CPF nº, portador do documento de identidade sob RG nº, residente e domiciliado _____, São Lourenço, Minas Gerais, conforme os fatos e fundamentos a seguir expostos.
EXPOSIÇÃO FÁTICA
Alega a parte requerente que no dia 31/10/2012, o réu adquiriu eletrodomésticos no valor de R$ 100.000,00 (cem mil reais), do Lojão Chalé Ltda., EPP. 
Em razão desta compra, foi emitida, na mesma data, uma nota promissória em caráter pro solvendo no valor de R$ 100.000,00 (cem mil reais), cujo vencimento seria no dia 25/01/2013, no lugar do pagamento.
Ocorre que até a presente data a parte ré não adimpliu com a obrigação, mesmo após muitas tentativas de cobrança amigável, de forma que a requerente pretende a cobrança judicial do valor atualizado e com consectários legais de R$ 280.000,00 (duzentos e oitenta mil reais).
FUNDAMENTOS JURÍDICOS
Com base no art. 700 do CPC/2015, a Ação Monitória pode ser proposta por aquele que tiver prova escrito sem efeito executivo de quantia a ser recebida. Logo, tendo em vista a emissão da nota promissória, esta é a prova escrita de que a parte ré é devedora da parte autora em razão da quantia naquela descrita. 
Nesse sentido, em decorrência inciso I, do art. 700 do CPC/2015, a parte requerente requer o adimplemento da dívida por meio de pagamento em dinheiro, tendo em vista o próprio caráter pro solvendo no qual foi emitido o título de crédito. Acerca do caráter pro solvendo, segue entendimento de Luiz Emygdio F. Da Rosa Júnior:
"a) Ocorrendo prescrição ou decadência de natureza cambiária, o portador do título tem ação de enriquecimento sem causa em face do devedor, baseado na relação causal que originou o título (Lei do Cheque, art. 62, e Decreto nº 2.044/1908, art. 48); b) O devedor acionado pelo credor com quem se relaciona diretamente no título pode, em embargos, arguir a relação causal entre eles existentes para não pagar ou pagar a menor o título executado (Decreto nº 2.044/1908, art. 51), e da mesma forma o devedor, quando acionado por terceiro adquirente de má-fé (LUG, art. 17, e Lei do Cheque, art. 25). Disso resulta que, em regra, o título de crédito é emitido com natureza pro solvendo (para pagamento), e, assim, a relação causal só se extingue com o pagamento do título de crédito."
Apesar do Art. 70 do Decreto n° 57.663/66 (Lei Uniforme de Genebra - LUG) dispor que é de 3 (três) anos o prazo para a propositura da ação, no caso em análise o prazo a ser aplicado é o quinquenal em razão da Súmula 504 do STJ:
“O prazo para ajuizamento de ação monitória em face do emitente de nota promissória sem força executiva é quinquenal, a contar do dia seguinte ao vencimento do título”, STJ, Segunda Seção, julgada em 11/12/2013, DJe 10/02/2014).
Nesse sentido, tendo em vista que a data de vencimento foi 25/01/2013, o prazo entre esta data e a da propositura de ação chega a 4 anos, tendo ocorrido, portanto a prescrição prevista no art. 77 c/c art.70 e 78, do Decreto nº 57.663/66. Entretanto, apesar da perda da eficácia executiva do título ainda é cabível a cobrança da dívida por meio de ação monitória, nos termos do Art. 700, inciso I, do CPC/15.
DOS PEDIDOS
a) Que seja citada a parte ré através de expedição de mandado de citação e de pagamento a ser cumprido no prazo de 15 dias, nos termos do Art. 701, caput, do CPC/15;
b) Que seja condenada a parte ré ao pagamento de honorários advocatícios de 5% (cinco por cento) do valor de R$ 280.000,00 (duzentos e oitenta mil reais), correspondentes ao valor da causa;
c) Que seja condenada a parte ré ao pagamento de custas processuais em caso de descumprimento do mandado monitório, em conformidade com o Art. 701, § 1º, do CPC/15;
d) Que seja procedente o pedido para decretar a constituição de título executivo judicial, independentemente de qualquer formalidade, se não realizado o pagamento e não apresentados embargos pelo réu (Art. 701, § 2º, do CPC/15);
e)  A parte autora não tem interesse pela realização de audiência de conciliação ou de mediação.
 
IV – DAS PROVAS
Protesta pela produção de todas as provas admitidas em direito, em especial prova documental escrita sem eficácia de título executivo (nota promissória) e memória de cálculo.
V - DO VALOR DA CAUSA
Dar-se à causa o valor de R$ 280.000,00 (duzentos e oitenta reais).
Nestes Termos
Pede Deferimento
Local e Data
Advogado/OAB