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escusas absolutórias

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Material elaborado pela monitoria Luciana 
 
2ª FASE OAB 
Material de Apoio – Direito Penal – Cristiano Rodrigues – Escusas absolutórias 
 
 
 
MATERIAL DE APOIO 
 
Escusas absolutórias (Art. 181 a 183, CP) 
Conceito: Trata-se de causa pessoal de isenção de pena aplicável para crimes patri-
moniais não violentos quando estes forem praticados contra determinados sujeitos por cer-
tos agentes, gerando exclusão da punibilidade e o afastamento do próprio crime. 
Hipóteses: Aplica-se a escusa absolutória quando o crime patrimonial não violento 
for praticado por ascendente, descendente ou cônjuge na constância do casamento. 
OBS.: 
 É possível aplicar a escusa absolutória para a união estável e também 
para relação de avós com netos. 
 As escusas absolutórias são personalíssimas e por isso não se comuni-
cam aos co-autores e partícipes do crime. 
 Não se aplica a escusa absolutória quando a vítima possui 60 anos ou 
mais, independentemente de preenchidos os demais requisitos. 
 De acordo com o artigo 182 do CP, os crimes patrimoniais não violentos 
terão ação penal pública condicionada a representação quando forem praticados 
contra cônjuge separado judicialmente. 
 Para que a ação penal seja condicionada à representação é preciso res-
peitar também as restrições do artigo 183 do CP (ex.: vítima ter menos de 60 
anos). 
Prescrição: 
Conceito: Trata-se de causa de extinção da punibilidade, ou seja, perda do direito de 
punir do Estado prevista no artigo 107 do CP assim como a decadência, a morte do agente, 
a anistia, a graça e o indulto, etc. e, portanto poderá ser conhecida de ofício pelo juiz a 
qualquer tempo. 
Espécies: 
1. Prescrição da pretensão punitiva: PPP 
É a prescrição da ação penal que ocorre antes do trânsito em julgado condenatório 
quando o Estado pretende aplicar uma pena e deve respeitar lapsos temporais contados 
 
 
Material elaborado pela monitoria Luciana 
 
desde a consumação do crime até o trânsito em julgado condenatório. 
2. Prescrição da pretensão executória: PPE 
É a prescrição da pena definitivamente aplicada que começa a correr na data do trân-
sito em julgado condenatório para que o Estado execute a pena que foi aplicada. As regras 
da prescrição seguem as regras de contagem do artigo 10 do CP, ou seja, inclui-se o dia de 
início. 
OBS.: Apenas dois crimes são imprescritíveis, quais sejam o racismo (Lei nº 7716/89) 
e ação de grupos armados contra a ordem democrática e o Estado de Direito. 
Prazo prescricional 
 Os prazos prescricionais são definidos de acordo com a tabela do artigo 109 do 
CP, de acordo inicialmente com a pena abstrata prevista para o crime e depois 
com base na pena concreta aplicada na sentença de primeira instância de acor-
do com os valores de referencia nesta tabela. 
 De acordo com artigo 119 do CP, em concurso de crimes, os prazos prescricio-
nais são calculados separadamente para cada crime. 
 Os prazos prescricionais serão reduzidos de metade quando o autor possuir 
menos de 21 anos na data do fato ou mais de 70 anos na data da sentença. 
 Pode ocorrer quanto ao prazo prescricional a interrupção em que nos lapsos de 
tempo do processo a contagem do prazo para e recomeça imediatamente do 
zero, não se considerando o período de tempo anterior. 
 Também pode ocorrer a suspensão do prazo quando algum fator impedir o an-
damento do processo sendo que uma vez superada a causa suspensiva retoma-
se a contagem do prazo do ponto onde parou. 
Prescrição superveniente ou intercorrente (Art. 110, §1º, CP) 
É modalidade da PPP que começa a correr na data da sentença condenatória de pri-
meira instância, porém leva em conta a pena concretamente aplicada nesta sentença para 
estabelecer o prazo prescricional de acordo com o artigo 109 do CP 
Prescrição retroativa (Art. 110, §1º, CP) 
É modalidade de prescrição da pretensão punitiva que leva em conta a pena definitiva 
aplicada na sentença transitada em julgado. Essa prescrição é contada de trás para frente 
retroativamente, levando-se em conta todos lapsos interruptivos do processo até o recebi-
mento da denúncia, mas agora com base nesta pena definitiva de acordo com o artigo 109 
do CP. 
A prescrição retroativa é mais comum de ocorrer quando se faz a recontagem do lap-
so que vai da sentença de 1ª instância ao recebimento da denúncia, já que este lapso em 
um primeiro momento leva em consideração...e na prescrição retroativa se avalia no-
 
 
Material elaborado pela monitoria Luciana 
 
vamente este lapso com base na pena concreta definitiva muitas vezes bem menor do que 
a pena máxima abstrata anteriormente considerada. 
OBS.: Não se faz contagem de prescrição retroativa no lapso inicial, ou seja, que vai 
do recebimento da denúncia a consumação do crime. Para este lapso só vale a prescrição 
comum que leva em conta a pena máxima abstrata. 
Prescrição da pretensão executória é contada a partir do trânsito em julgado condena-
tório levando em conta a pena concreta para definir o prazo com base no artigo 109 do CP. 
O prazo da prescrição da pretensão executória será aumento de um terço no caso do 
agente ser reincidente. Este aumento não se aplica à prescrição da pretensão punitiva 
(súmula 220 do STJ) 
Prescrição da pena de multa: Art. 114, CP 
A pena de multa prescreve em dois anos quando for a única cominada, prevista na lei 
ou a única aplicada e prescreve junto com a pena privativa de liberdade quando for cumu-
lativamente ou alternativamente cominada.

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