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ENFOQUES QUANTITATIVO E QUALITATIVO NA PESQUISA CIENTÍFICA FERNANDA CAROLINA RIBEIRO DOS SANTOS CASCAVEL 2018 CAMPUS DE CASCAVEL – PR CENTRO DE CIÊNCIAS MÉDICAS E FARMACÊUTICAS (CCMF) PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU EM CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS FERNANDA CAROLINA RIBEIRO DOS SANTOS OS ENFOQUES QUANTITATIVO E QUALITATIVO NA PESQUISA CIENTÍFICA Trabalho apresentado à disciplina de Metodologia do trabalho científico ao Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Ciências Farmacêuticas da Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Orientador: Prof. Dr. Helder Lopes Vasconcelos CASCAVEL 2018 i SUMÁRIO 1. PESQUISA E SUAS DEFINIÇÕES ................................................................. 1 2. POR QUE FAZER PESQUISA? ...................................................................... 1 3. CARACTERÍSTICAS DO ENFOQUE QUANTITATIVO .................................. 3 4. CARACTERÍSTICAS DO ENFOQUE QUALITATIVO..................................... 7 4.1. Formas naturalistas .................................................................................. 11 4.2. Formas interpretativas ............................................................................. 12 5. PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE A PESQUISA QUALITATIVA E QUANTITATIVA .................................................................................................... 13 5.1. Pesquisa Quantitativa .............................................................................. 14 5.2. Pesquisa Qualitativa ................................................................................. 15 6. CONCLUSÃO ................................................................................................ 16 7. REFERÊNCIAS ................................................................................................ 17 ii LISTA DE TABELAS Tabela 1 Principais diferenças entre a pesquisa qualitativa e quantitativa ......................................13 Tabela 2 Temas abordados em pesquisas quantitativas ....................................................................15 Tabela 3 Temas abordados em pesquisas qualitativas ......................................................................15 iii LISTA DE FIGURAS Figura 1 Processo Quantitativo ................................................................................................................. 4 Figura 2 Relação entre a teoria, a pesquisa e a realidade no enfoque quantitativo. ....................... 6 Figura 3 Processo Qualitativo .................................................................................................................10 1 1. PESQUISA E SUAS DEFINIÇÕES A busca pelo conhecimento juntamente com a sabedoria, fez com que o homem começasse a pensar e evoluir desde a pré-história até os dias de hoje de uma maneira ponderada que gera dia após dia passando por várias fases do conhecimento, avançando da aquisição do saber para explorar cada vez mais as pesquisas (FACHIN, 2003; RAMOS; RAMOS; BUSNELLO, 2005). Como determinar o que é pesquisa? Esta questão pode ser respondida de diversas formas. Para Mynayo (1993), é uma combinação entre teoria e dados, aplicando as atividades a sua indagação e a descoberta da realidade. Demo (1996) determina a pesquisa como atitude, um “questionamento sistemático crítico e criativo, ou o diálogo crítico permanente com a realidade em sentido teórico e prático”. Uma pesquisa pode ser definida como um conjunto de processos formais e sistemático a se desenvolver buscando respostas as problemáticas definidas através de procedimentos científicos (Gil, 2002). A pesquisa é determinada através de planejamento e a diferença para determinar um planejamento é a forma de adequação entre o método e a especificação de todas as informações necessárias para apresentar dados confiáveis (SELLTIZ, et al., 1975; YIN,2010). De uma maneira mais simples a definição de pesquisa é procurar respostas às indagações. 2. POR QUE FAZER PESQUISA? O que faz com que as pessoas realizem pesquisas é uma questão de importância fundamental (KOTHARI, 2004). Ao longo dos tempos, a área aplicada à pesquisa é determinada de uma forma diferente, no qual se definem através de critérios sistemáticos, empirista, dialético, positivismo, fenomenologia, e de estruturalismo que de forma interpretativa teve seu marco como a etnografia e o construtivismo, que deram origem a diferentes caminhos na busca do conhecimento, envolvendo a determinação do problema, a especificação 2 dos objetivos e a construção de hipóteses através de conceitos (SAMPIERI, COLLADO, LUCIO, 2013). As bases dos princípios se centralizam nas aproximações de duas principais ideias que são recorrentes desde o século passado, determinados como enfoque qualitativo e o enfoque quantitativo (SAMPIERI, COLLADO, LUCIO, 2013). Ambos os métodos tem seus preceitos metódicos, empíricos e processos cuidadosos presentes em termos comuns aplicados em cinco fases similares e relacionados entre si (GRINNELL, 1997): 1. Realizam a observação e a avaliação de fenômenos. 2. Criam suposições ou ideias como consequência da observação e das avaliações realizadas. 3. Demonstram o quanto as suposições ou as ideias têm fundamento. 4. Revisam essas suposições ou ideias se baseando nas provas ou na análise. 5. Propõem novas observações e avaliações para esclarecer, modificar e fundamentar as suposições e ideias ou até para gerar outras. 6. Embora a abordagem quantitativa e a qualitativa compartilhem essas estratégias gerais, cada uma possui suas próprias características. Leite, Vieira e Veber. (2008), realizou um estudo sobre as publicações nas bases de dados da Scielo e Lilacs até novembro de 2004. Para a revista Scielo a descrição preconizada deveria ser de uso de medicamentos, no total foram selecionados 53 artigos, já para a Lilacs a descrição deveria ser farmacoepidemiologia, sendo selecionados 47 artigos. Após determinar os termos de filtro, foram avaliados 27 artigos. A autora concluiu que a maioria dos estudos tem abordagem quantitativa, seguida da abordagem dos dois temas e por fim a abordagem qualitativa. Em sentido amplo, para Richardson (1989) todo trabalho de pesquisa deve ser planejado e executado de acordo com as normas e seguimento racional que acompanham cada método. As duas estratégias de pesquisa, em termos de aplicabilidade, podem ser chamadas de abordagem qualitativa e abordagem quantitativa (SAMPIERI, COLLADO, LUCIO, 2013). Segundo Diehl (2004) a definição da metodologia em questão é definida através da aplicação e a natureza do problema. Para os demais métodos a abordagem do 3 problema irá se diferenciar além da forma de abordagem do problema, pela sistemática pertinente a cada um deles (RICHARDSON, 1989). A evolução da produção científica tem sido de forma exponencial. Essa produtividade é decorrente da busca de novas tecnologias que detalham a compreensão dos mecanismos científicos (LOVATTO, et al., 2007). 3. CARACTERÍSTICAS DO ENFOQUE QUANTITATIVO O enfoque quantitativo é formado por sequências, representando um conjunto de processos caracterizados desde a quantificação da coleta de dados até o tratamento estatístico aplicado aos dados, se certificando dacondução da precisão de seus resultados de forma comprobatória (SAMPIERI, COLLADO, LUCIO, 2013; RICHARDSON 1989). De modo geral, o modelo de pesquisa estudado quantitativamente com a pesquisa experimental, é instruído por conceitos de referências atraídos por fenômenos de interesse para determinar o procedimento a seguir, assim determina-se a coleta de dados, a formulação de hipóteses e consegue obter o tratamento a dar aos fatos (POPPER, 1972). Para pesquisas situadas como neste caso citado acima a rigorosidade das sequências das etapas deve ser seguidas, a fim de conter uma subsequência lógica na metodologia, para alguns casos as etapas que não tenham tantos impactos podem ser redefinidas, mas o mesmo deve ser realizado com cautela (SAMPIERI, COLLADO, LUCIO, 2013). Parte de um conceito é definido pela problemática, extraído seus objetivos e as perguntas referentes à pesquisa. Depois de delimitados cada etapa se dá início a revisão de literatura e uma concepção teórica (SAMPIERI, COLLADO, LUCIO, 2013). Os dados coletados serão contextualizados em números que permitem verificar a ocorrência ou não das consequências e assim verificar a aprovação (mesmo que provisório) ou não das hipóteses (POPPER, 1972). Das perguntas, são formuladas as hipóteses e determinado as variáveis; desenvolvendo um plano para testá-las (desenho), então são medidas as variáveis em um determinado contexto; analisado as medições obtidas (geralmente utilizando métodos estatísticos) e estabelecido uma série de conclusões em relação às hipóteses (SAMPIERI, COLLADO, LUCIO, 2013). 4 Os dados são analisados com apoio da Estatística (inclusive multivariada) ou outras técnicas matemáticas. Os tradicionais levantamentos de dados são exemplos clássicos do estudo de campo quantitativo (POPPER, 1972). O principal objetivo da análise quantitativa é avaliar as teorias através das revisões bibliográficas, gerar hipóteses prevendo os fenômenos a ser estudado, e construir a relação entre as causas aos elementos que explicam e prevê esse processo, conforme representado na Figura 1 (SAMPIERI, COLLADO, LUCIO, 2013). Pode se concluir que o enfoque quantitativo tem por base os procedimentos padronizados e um modo mais sistemático a se trabalhar, nos quais regras devem ser seguidas e o mesmo deve apresentar uma abordagem lógica ou raciocínio dedutivo derivado da teoria para formular as hipóteses. Os dados gerados terão confiabilidade e suas conclusões irão gerar conhecimento aos demais pesquisadores. Este tipo de pesquisa é comparado a uma realidade externa devido à forma como é expressa e entendida identificando leis e causas (BERGMAN, 2008). Figura 1 Processo Quantitativo Fonte: SAMPIERI, COLLADO, LUCIO, 2013. O enfoque quantitativo apresenta características específicas a ele, conforme descrito abaixo (SAMPIERI, COLLADO, LUCIO, 2013): 1. O problema é formulado por quem pesquisa, sendo um estudo delimitado e concreto, exibindo suas perguntas versus questões específicas. 2. Depois de formulado a problemática de estudo, o pesquisador inicia buscando referências na literatura, considerando que o assunto abordado já foi realizado algum estudo, com isso elabora sua teoria para seguir determinando suas hipóteses que confirmará na prática se estão corretas ou não, ou seja, se 5 irá corresponder a teoria. Ao dar início aos testes, este deve seguir as condições apropriadas designadas pelo pesquisador. Se os resultados referentes às hipóteses forem positivos, formam evidências à sua pesquisa dando credibilidade a tese, já se a pesquisa apresentar resultados negativos, os mesmos serão inapropriados para dar sequência, e devem buscar novas hipóteses com novas teorias. 3. Assim, as hipóteses (por ora, chamá-se de crenças) são geradas antes de coletar e analisar os dados. 4. As variáveis ou as hipóteses são fundamentadas através das coletas de dados. Para que a pesquisa tenha credibilidade na área científica com outros pesquisadores é necessário que tenha uma metodologia padronizada ou já aceita por uma comunidade científica. 5. Os dados representativos são números designados nos produtos de medições devendo ser analisados através de métodos estatísticos. 6. Para determinação de uma hipótese o mesmo deve conter justificativas e explicações para poder criar argumentações, excluir incertezas e minimizar o erro, aumentando assim a credibilidade nos testes de causa-efeito. 7. A interpretação das análises quantitativas são relacionadas a teoria que prevê as hipóteses, decorrente de fundamentos para justificar os resultados obtidos encaixando no conhecimento existente (CRESWELL, 2005). 8. O pesquisador não deve deixar ser influenciado por outros, como crenças, desejos, temores e tendências, visto que a pesquisa deve ser o mais objetiva possível, e essas interferências podem influenciar e alterar um processo resultando em resultados falsos (UNRAU, GRINNELL, WILLIAMS, 2005). 9. O processo deve ser determinado antes de iniciar os testes, o procedimento deve ser descrito, padronizado e avaliado para tomada de decisões antes de coletar os dados. 10. Os resultados geralmente são determinados através de estudos em grupos ou segmentos que determinará a amostragem referente a população gerando resultados aos dados observados e que os mesmos possam ser replicados. Para Grinnell (1997) e Creswell (1997) eles determinam a finalidade de quatro pontos como demostrado na figura 2. Ponto 1 – A realidade é expressa em duas: a interna se expressa através de crenças, presunção e o emocional das pessoas, são formuladas através de intuições desenvolvidas de teorias formais. A segunda realidade é a externa, objetiva e independente, não apresenta influências e sua finalidade é trabalhar com a realidade. 6 Ponto 2 - Essa realidade objetiva é suscetível de ser conhecida. Em base a essa proposição, é possível pesquisar uma realidade externa e autônoma do pesquisador. Ponto 3 – A realidade objetiva deve ser compreendida para avaliar os eventos, assim ao conhecer o fenômeno que os rodeiam, e o porquê de cada um deles são possíveis avaliar e registrar os mesmos. Para os pesquisadores esse enfoque aparece com maior relevância devido à interação do conhecimento com a realidade objetiva, ou seja, esta realidade consegue integrar os resultados da conduta com o sujeito (teoria) justificando os efeitos. Então este é o enfoque central deste tipo de estudo, como por exemplo, quando é encontrada uma nova doença os pesquisadores buscam na literatura fontes para iniciar seus estudos e determinam algumas hipóteses, após determinarem um procedimento a seguir fundamentado os mesmos seguem para a realização de testes in vivo e in vitro que comprovam se as hipóteses determinadas estarão corretas ou não. Ponto 4 – Uma das consequências da realidade subjetiva é a influência que o pesquisador pode ter em relação a sua teoria, na Figura 2 isso pode ser visto de forma detalhada, pois a realidade subjetiva sofre mudanças quando a objetiva está divergente, estas serão modificadas ou adaptadas segundo as suas crenças. Figura 2 Relação entre a teoria, a pesquisa e a realidade no enfoque quantitativo. Fonte: SAMPIERI, COLLADO, LUCIO, 2013. 7 4. CARACTERÍSTICAS DO ENFOQUE QUALITATIVO A definição para o termo enfoque qualitativo pode ser teórico, prático ou ambos. Este termo abrange uma gama de métodos e diferentes tipos de pesquisas (SNAPE, SPENCER, 2003). O enfoque qualitativo possui temas correlacionados à pesquisa quantitativa, porém suas maiores características são opostas a quantificação. Para a análise quantitativa o procedimento deve ser seguido, a ordem para a pesquisa é determinar a teoria, gerar a hipótese e após fazer o teste seguidoda coleta de dados, ou seja, determinar a problemática, buscar fontes teóricas e respondê-las com os resultados apresentados nos dados (SAMPIERI, COLLADO, LUCIO, 2013). A indagação a este processo se move entre os fatos e sua interpretação de uma forma dinâmica, não tem uma sequência a seguir, pois isso é determinado a cada tipo de estudo de modo geral e é definido como “tentativas” por sua maior complexibilidade e flexibilidade (SAMPIERI, COLLADO, LUCIO, 2013). Apesar desta diversidade e da natureza, por vezes conflituosa das suposições sobre suas qualidades inerentes, vários escritores tentaram capturar a essência da pesquisa qualitativa, oferecendo trabalho, definições ou identificando um conjunto de características-chaves (SNAPE, SPENCER, 2003). Os métodos qualitativos buscam explicar o porquê das coisas, emitindo o que convém ser feito, mas não quantificam os valores e as trocas simbólicas, nem se submetem à prova de fatos, pois os dados analisados não métricos (suscitados e de interação) tem valor de diferentes abordagens (GOLDENBERG, 2004). Na pesquisa qualitativa o cientista é ao mesmo tempo o sujeito e o objeto de suas pesquisas. O desenvolvimento da pesquisa é imprevisível. O conhecimento do pesquisador é parcial e limitado. O objetivo da amostra é de produzir informações aprofundadas e ilustrativas: seja ela pequena ou grande, o que importa é que ela seja capaz de produzir novas informações (DESLAURIERS, 1991). Algumas caracteristicas são importantes para compreender a Figura 3. A representação do processo ocorre através de setas curvas devido às etapas terem vínculos umas as outras, mesmo com a revisão de literatura uma complementação pode ser inserida em qualquer etapa para formular o problema ou até a formação do relatorio (SAMPIERI, COLLADO, LUCIO, 2013). 8 Devido à dinâmica do método qualitativo conforme ilustrado na Figura 3 as setas não tem uma sequência, os mesmos podem partir do ponto inicial e ir diretamento ao ponto final e em ambos os sentidos. Para obter resultados a pesquisa precisa de participantes ou pessoas que não participaram na pesquisa direta ou indiretemente para que não influenciem nos resultados propostos (SAMPIERI, COLLADO, LUCIO, 2013). O inicio da pesquisa se da quando o pesquisador se integra e se habitue ao ambiente a se estudar, interage com os informantes para verificar o que se esperar do estudo (SAMPIERI, COLLADO, LUCIO, 2013). Destas é possível identificar um amplo e embora abrangente, classificação como segue abaixo (SNAPE, SPENCER, 2003): • Contextual - descrevendo a forma ou natureza do que existe • Explicativa - examinando as razões ou associações entre o que existe • Avaliativo - avaliando a eficácia do que existe • Generativa - auxiliando no desenvolvimento de teorias, estratégias ou ações. Todas as fases neste processo ocorrem simultaneamente, ou seja, a concentração da amostra, a coleta de dados e a analise. Dentre os topicos citados o enfoque qualitativo é reconhecido por determinadas caracteristicas que serão citadas abaixo (SAMPIERI, COLLADO, LUCIO, 2013): 1. Para definir o problema no enfoque qualitativo é possível determinar perguntas para serem respondidas durante o estudo, mas o processo não seguirá o procedimento claramente, podendo sofrer alterações nas formulações. Portanto não é possivel ser totalmente específico na determinação do problema. 2. A pesquisa qualitativa é dinâmica, pois sua perspectiva depende da sua amostragem. Ao contrário da pesquisa quantitativa, este enfoque se baseia primeiro em interpretar e explorar o meio populacional e após fazer pesquisa por teoria fundamentada (ESTERBERG, 2002), o enfoque deste processo pode ser alterado conforma a coleta de dados, então para o autor se basear ao iniciar a pesquisa o mesmo deve ter uma lógica e um processo indutivo para ser a base do projeto. 3. Os dados coletados durante o processo são os fatores que determinam o aprimoramento dos resultados e todos os argumentos, portanto não há 9 formulação de hipótese, a mesma vai se transformando simultaneamente dos dados coletados aos resultados. 4. Os números que são indiciados nesta pesquisa não são para cálculos estatísticos, a mesma obtêm dados não padronizados nos quais os resultados são dependentes dos pontos de vista dos participantes, assim como a avaliação comportamental, expressiva, dados de experiências e aspectos subjetivos. O pesquisador deve formular perguntas abertas e o entrevistado se expressa na forma natural. Apartir disto se inicia a coleta de dados, assim como a definição da amostragem. As infomações coletadas serão avaliadas pelo pesquisador baseada nos dados relacionados e definidos (PATTON, 1980,1990; SHERMAN, WEB, 1988; MADILL, TODD, 2005). 5. As técnicas utilizadas para coletar os dados são de informações não estruturadas através de entrevistas abertas, revisão de documentos, discussão em grupos, avaliação de experiências pessoais, registros de histórias de vida, e interação e introspecção com grupos ou comunidades. 6. A predisposição dos resultados irá determinar a fundamentação da teoria. O propósito é analisar os resultados obtidos, porém a avaliação deve ser muito flexível devido a influência dos dados relacionados ao desevolvimento da teoria. 7. O desenvolvimento dos resultados durante a coleta de dados é avaliada sem manipulação e influência. 8. A interpretação é o eixo central da fundamentação da pesquisa qualitativa, determinada a partir de ações e reações que são captadas ao logo da pesquisa. 9. A realidade é expressa por meio de interpretações das mais variáveis possíveis, podendo ser divergente ou convergente dependendo da relação entre a população e o pesquisador, os resultados podem sofrer alterações no decorrer do estudo. 10. Cada indíviduo entrevistado vai introduzir sua fonte de conhecimento captado pelo pesquisador, a fim de construir seu conhecimento baseado no seu fenômeno de pesquisa, assim o pesquisador irá avaliar a diversidade de experiências pela sua população entrevistada. 11. Para estudos relacionados às pesquisas caracterizadas qualitativamente não é possível obter a replicação, devido à diversificação da amostragem demonstrada por cada autor. 12. O padrão utilizado para avaliação é de forma naturalista, representada por expressões de seres vivos e também de forma intrepretativa, pois busca justificar as indagações dadas pela população nos contextos e encontrar sentido a elas (RITCHIE, 2003; SAMPIERI, COLLADO, LUCIO, 2013). 10 Figura 3 Processo Qualitativo Fonte: SAMPIERI, COLLADO, LUCIO, 2013. O padrão cultural é uma das premissas do enfoque qualitativo, estão no eixo central de modo a avaliar a interpretação e a concepção dos marcos do sistema social, caracterizados pela sua flexibilidade e por ser maleável de modo inconsciente, ou seja, aquilo que foi transmitido de forma igualitária e individual pela experiência pessoal (COLBY, 1996). CRESWELL, MILER (1977) e NEUMAN (1994) sintetizam as atividades principais do pesquisador qualitativo, o mesmo deve ter uma visão externa e analítica, mas seu ponto principal deve ser o eixo interno. A flexibilidade deve ser pontual no pesquisador e o mesmo deve ter sua habilidade de interação interpessoal de utilizar diversas técnicas. O planejamento da técnica pode ocorrer de um modo diferente do previsto e o mesmo não se deixa manipular experimentalmente. Os detalhes devem ser bem descritivos relacionados a aspectos gerais, não para definir dados estatísticos mais avaliar da forma mais explícita os dados gerados por sua pesquisa (SAMPIERI, COLLADO, LUCIO, 2013). Um dos meios para facilitar a relação dos dados ao individuo é se identificar a eles e manter uma perspectiva a fimde avaliar evidências explícitas e adentrar a realidade subjetiva do objeto de estudo. Da mesma forma a opinião do entrevistador deve ser nula para não gerar imposições ou manipulação dos resultados e da expressão gerada sem invadir sua opinião (SAMPIERI, COLLADO, LUCIO, 2013). Em discussão, os métodos originais de desenvolvimento de pesquisa qualitativa são importantes para reconhecer o papel desempenhado no estudo a desenvolver para ser aplicado a sua finalidade (DESLAURIERS, MONTRÉAL, 1991). 11 Por fim, o principal aspecto é relacionado à perspectiva do pesquisador e do pesquisado (SNAPE, D; SPENCER, 2013). • Perspectiva 'emic' (fonologia), ou seja, a perspectiva das pessoas sendo estudadas, penetrando seus quadros de significado. • Ver a vida social em termos de processos e não em termos estáticos • Proporcionar uma perspectiva holística dentro dos contextos explicados • Sustentar a neutralidade empática em que o pesquisador usa insight ao tomar uma posição sem julgamento. 4.1. Formas naturalistas Dentre as formas naturalistas, a mesma se subdivide de diversas formas em seus ambientes, incluindo: Observação do participante: o pesquisador interage ao estudo de forma organizacional com a finalidade de registrar ações que ocorrem em seu meio populacional. Além disso, é possível avaliar percepções e modular de maneira que irá surgir, trazendo assim de várias formas as experiências adquiridas. A forma como é integrado o acesso às experiências e a observação direta se torna parte integrante do mundo dos significados da antropologia e etnografia (JORGENSON, 1989). Observação: Possui a finalidade de analisar comportamentos de sua população registrando-as à medida que ocorre, o pesquisador deve ter olhos críticos para avaliar a cada detalhe comportamental observada durante a construção da pesquisa (RITCHIE, 2003). Análise documental: envolvem avaliações contextuais para aprofundar conhecimento em documentos existentes já publicados, apresentar relevâncias as comunicações escritas para determinar as investigações e as apresentações da pesquisa definidas pelo pesquisador. Fontes documentais também podem ser necessárias quando situações ou eventos não podem ser investigados por observação direta ou interrogatória (HAMMERSLEY, 1992; ATKINSON, HERITAGE, 1984). Análise do discurso: avalia de modo igualitário a contextualização e a construção verbal produzido durante o discurso do pesquisado (TONKISS, 2004). A análise pode basear-se em uma variedade de fontes incluindo documentos escritos, discursos, relatórios de mídia e entrevistas. Como tal, a análise do discurso baseia-se em características de ambos os documentos, embora o foco seja no conteúdo do discurso (RITCHIE, 2003). 12 Análise de conversação: Relata um diagnóstico da forma como é construída a conversa e relata de modo natural a interação da mesma (SILVERMAN, 2001). A organização estrutural da conversa deve ser sequencial e produzida por insights (RITCHIE, 2003). 4.2. Formas interpretativas Métodos gerados envolvem 'reconstrução' (BRYMAN, 2001) é preciso reprocessar e interpretar pensamentos, expressões, comportamentos de cada indivíduo do estudo e compreender a atribuição de cada experiência. Existem diferentes maneiras pelas quais os dados podem ser gerados. Métodos biográficos: é utilizado por meio de métodos naturalistas visto que os pesquisados moldam e ordenam a construção a sua maneira. Os métodos biográficos são de maneira geral contextos culturais e comtemporâneos de experiencias vividas autobiográfadas (PLUMMER, 2001). Entrevistas individuais: é um método clássico, considerado o mais utilizado em pesquisas devido à capacidade de avaliar a cada indivíduo e de detalhar as perspectivas pessoais gerando fenômenos enraizados focados no esclarecimento textual (RITCHIE, 2003). Entrevistas emparelhadas (ou tríade): são entrevistas de aspectos complexos ou de temas não familiarizados, realizados com duas ou três pessoas ao mesmo tempo. Refletem a forma como as pessoas indagam frente a comparações de outros participantes, formando assim um diálogo construtivo (RITCHIE, 2003). Grupos de foco ou discussões em grupo: são entrevistas geradas com 4 a 10 entrevistados para gerar discussões contextualizadas socialmente, expressões de opiniões e idéias generalizadas sobre o tema. A pesquisa em si não pode ser aprofundada devido à forma moderada que os temas devem ser abordados (RITCHIE, 2003). 13 5. PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE A PESQUISA QUALITATIVA E QUANTITATIVA As abordagens intituladas são de origens e fundamentações diferentes, não podendo ser misturadas efetivamente segundo alguns escritores, outros embora reconheçam que são dois paradigmas dizem que os dados podem ter valores agregados quando unir os dois tipos de dados (SNAPE, SPENCER, 2003). Segundo DePoy e Gitlin (1998), as aproximações das duas abordagens fundiram um novo modelo de pesquisa, desde que os dois métodos sejam claramente detalhados e planejados oferecendo recursos para informar e ilustrar a prática. As pesquisas quantitativas são fundamentadas em teorias já publicadas acrescidas de uma sequência seguida da quantificação de seus dados. A pesquisa qualitativa se baseia em si mesma, desenvolvendo seu roteiro na prática conforme a construção dos dados e a reflexão dos participantes, expandindo seu ponto de vista (SAMPIERI, COLLADO, LUCIO, 2013). A Tabela 1 compara as principais diferenças entre as pesquisas. Tabela 1 Principais diferenças entre a pesquisa qualitativa e quantitativa Definições Enfoque Quantitativo Enfoque Qualitativo Ponto de partida O estudo é fundamentado e busca conhecer a realidade. A realidade será descoberta, construída e interpretada. Natureza A teoria deve guiar o estudo. O estudo modela a teoria. Interação entre pesquisador e o fenômeno Sem relação. Relação direta. Definição do problema Específico e limitado. Sem limitações. Revisão de literatura / teoria Os estudos anteriores são determinantes para teoria e descrevem todo o processo para fundamentar as hipóteses. A coleta de dados é quem vai determinar a teoria construída de forma que ocorre a evolução do estudo, portanto a teoria é somente a orientação da pesquisa. Hipóteses São estabelecidas através de teorias, testadas e avaliadas. Os resultados são geralmente demostrados através de cálculos estatísticos. São desenvolvidos durante o estudo. 14 População / Amostra A pesquisa generaliza os dados formados de uma amostra para uma população, nos quais vários indivíduos participam da pesquisa. Poucos indivíduos são envolvidos na pesquisa a fim de individualizar o estudo. Coleta de dados A coleta de dados é realizada através de medições ou observações relatadas a partir da teoria de maneira padronizada e pré- determinada pela hipótese. O pesquisador deve estar atento para realizar a coleta de dados, pois a mesma é única a cada indivíduo e concretizada através dos enfoques das respostas e das experiências repassadas. Formato dos dados que serão realizados Representados através de estatística. Dados expostos de forma a expressar os resultados da pesquisa sem quantificar os dados. Perspectiva do pesquisador Externa, o pesquisador não interfere na análise Interna, o pesquisador se relaciona com as amostras (população), contando sua participação no estudo. Fonte: SAMPIERI, COLLADO, LUCIO, 2013. Para uma melhor compreensão e diferenciação do leitor serão os dois enfoques de pesquisa, com exemplos de pesquisas qualitativas e quantitativasrelacionadas á área de ciências farmacêuticas e a forma como é constituída, conforme descrito na tabela 2 e 3. 5.1. Pesquisa Quantitativa CLARE, et al., 2005, realizou pesquisa quantitativa referente a misturas de drogas para determinação de polimorfismo e cristalização. As análises analíticas quantificadas através dos resultados exibidos do equipamento de espectroscopia pulsada de Terahertz foram calculadas (logaritimo, média e curva de calibração) e seus resultados foram expostos em forma de tabelas e gráficos. Na Tabela 2 estão exemplificados alguns focos de pesquisas quantitativos voltados à área de ciências farmacêuticas. 15 Tabela 2 Temas abordados em pesquisas quantitativas Métodos Quantitativos Constituição Achados clínicos / síndrome/ sinais e sintomas/ transtornos Frequência das manifestações de elementos indicativos nos quadros diagnosticados em propostas terapêuticas e profiláticas. Validações analíticas Cálculos estatísticos, curva de calibração, média, variância, entre outros. Para comprovar seus resultados precisos e exatos. Estilos de vida Constituem de tabelas para expressar hábitos, condutas, padrões morais de uma sociedade ou de um indivíduo. Fonte: TURATO, 2005. 5.2. Pesquisa Qualitativa SARAH, SHARON, RICHARD, 2002, recrutou pacientes com glaucoma de dois oftalmologistas. Um atuava como especialista em uma universidade e o outro em sistema privado. Os pesquisadores elaboraram várias perguntas aos pacientes. O foco da pesquisa qualitativa foi realizada em duas maneiras, de forma individual sendo uma pesquisa mais aprofundada e em grupo de forma mais superficial. Os resultados da pesquisa após o debate foram demostrados de forma descritiva e argumentativa. Na Tabela 3 estão exemplificados alguns focos de pesquisas qualitativos voltados à área de ciências farmacêuticas. Tabela 3 Temas abordados em pesquisas qualitativas Métodos Qualitativos Constituição Abordagens para facilitar fatores de prevenção São fatores que aproximam diagnósticos, prevenções e terapêuticas acometidas por problemas de saúde. Adesão e não adesão aos tratamentos e prevenções Refere-se à conduta de pacientes de cumprir corretamente as solicitações pelo profissional 16 da saúde. Percepções/ pontos de vista/ perspectivas O modo como o pesquisador identifica e compreende o pesquisado. Fonte: TURATO, 2005. 6. CONCLUSÃO Para determinação de uma pesquisa não existe qual enfoque é o melhor, pois são pesquisas que contribuem de formas diferentes o estudo de um fenômeno, ambos têm seus valores. A pesquisa quantitativa de uma forma mais ampla posiciona seu fenômeno, compara e tem-se a possibilidade de replicar o procedimento, quando em pesquisa qualitativa proporciona a reflexão, interpretação de forma naturalista, ampliando seu conhecimento e dispersão dos dados, cada pesquisa é única, sem possibilidades de replicações. 17 7. REFERÊNCIAS ATKINSON, J.M; HERITAGE, J. Structures of Social Action: Studies in Conversation Analysis. Cambridge: Cambridge University Press, 1984. BERGMAN, M. The straw men of the qualitative-quantitative divide and their influence on mixed methods research. In: BERGMAN, Manfred (Ed.) Advances in Mixed Methods Research. London: Sage publications, 2008. BRYMAN, A. Social Research Methods. Oxford: Oxford University Press, 2001. CLARE, J.S, et al. 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