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Unidade I

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FAINOR
2014.2
Engenharia
Elétrica e da Computação
SISTEMA JURÍDICO
	
	Conceito – conjunto de normas jurídicas independentes, reunidas segundo um princípio unificador. 
	Finalidade – disciplinar e harmonizar a convivência social.
	Tipos – são dois: 
civil law
commom law
	
	Civil law
	- inserido no sistema romano-germânico
	- sistema adotado no Brasil
	- tem caráter escrito
	- organizado por meio de Códigos;
	- tem suas determinações emanadas dos órgãos legislativos
 	- tem caráter:
		geral – pra todos
		abstrato – prevê um maior número de casos, possível. 
	observação
 - o legislador preceitua uma lei geral
	 - o juiz (estado) aplica ao caso concreto
	
	Common law
	- estrutura utilizada por países de origem anglo-saxônica
	Ex: Estados Unidos (mista) e Inglaterra (pura)
	- tem por base o costume e a jurisprudência, mais do que o texto da lei. 
	- utiliza o precedente (direito criado pelo juiz, ao julgar o caso concreto) 
	- tem análise casuística (parte de vários casos particulares para outros casos particulares).
PRINCÍPIOS GERAIS 
DO DIREITO
Princípio - base, a origem e razão fundamental sobre a qual se discorre sobre qualquer matéria.
Princípios gerais do Direito – conjunto de regras ou preceitos que servem de norma a toda espécie de ação jurídica, traçando a conduta a ser tida em uma operação jurídica. 
	- servem de orientação, no momento de se proferir a decisão
	- constituem um limite ao arbítrio de quem decide, garantindo que a sentença esteja de acordo com o espírito do ordenamento jurídico
	- cuidam pra que as decisões não violem a consciência social 
	Alguns princípios norteadores do Direito
	Princípio da igualdade e da isonomia das partes 
	- as partes têm de litigar com igualdade de condições
	- não é uma igualdade cega da lei
	- significa tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais 
	- a igualdade jurídica não pode eliminar a desigualdade econômica 
	- trata-se de um dever e não de uma faculdade do juiz (art. 125, I do Código de Processo Civil)
	
	Princípio do contraditório
	- não existe processo sem contraditório (art.5º, LV da CF)
	- verifica-se nos processos de maneira geral: Civil, Penal e Administrativo (que, no Brasil, é “não jurídico”)
	- no processo, exige-se que seus sujeitos tomem conhecimento de todos os fatos que venham a ocorrer
	- podem (é faculdade) se manifestar sobre esses fatos
	
	princípio da ampla defesa
	- consiste na possibilidade de se defender e de recorrer
	- pode ser:
		auto defesa
		defesa técnica (advogado)
		defesa efetiva
		defesa por meio de prova
	- está consagrado no art. 5º, LXIII da CF
DIREITO E PODER
Poder 
	- Conceito – capacidade de gerar obediência com ou sem o consentimento, ou seja, é a multiplicação da correlação de forças. 
	Para Karl Max – é a organização de uma classe para opressão das outras.
	observação – o poder tem a força como elemento de coação (imposição da vontade)
	 
- Tipos de Poder
Poder Político – possibilidade que possui o Estado de obrigar algo ou alguém. Visa satisfazer o interesse de todos ou o de quem está no poder.
Poder Social – controla e organiza a existência do grupo social, já que o interesse particular pode comprometer a existência do interesse coletivo 
Poder Econômico – capacidade do Estado ou de outras instituições em exercer influência econômica.
Poder Religioso – forma da igreja em impor a vontade, tendo a fé como elemento coercitivo. É baseado numa autoridade derivada de alguma espécie de delegação divina e que pode ser atribuída a pessoas e instituições específicas 
Elementos do Poder 
	capacidade de decisão
	autonomia
	estado de não submissão
	auto gestão
	- Aspectos do Poder
	Negativos 
		para quem exerce: não tem responsabilidade de gestão e de administração.
		para quem é subordinado: ter o próprio destino condicionado por outra vontade.
	Positivos
		para quem exerce: tem o controle da situação e faz com que as coisas aconteçam conforme sua própria vontade 
		para que é subordinando: as decisões de gestão e de administração são responsabilidade de outro.
	Direito
	Do latim directum = reto
	- Conceito 01 - conjunto de normas gerais e positivas, que regulam a vida social.
			conjunto – uma série de normas, compondo um ordenamento
			normas gerais – todos são destinatários da norma
			positivas – inseridas, de forma escrita, no ordenamento jurídico
	- Conceito 02 - é uma ciência social aplicada fundamentalmente adstrita à finalidade de fazer justiça, em busca de uma melhor qualidade das relações sociais.
	- esclarecendo: 			
		ciência – um sistema organizado e verificável.
		justiça – é o dever ser do Direito. Nasce da consciência coletiva
		relações sociais (interação social) – interação entre pessoas ou entre grupos: cooperação, competição e conflito
	- Direito e Poder
	a sociedade é dotada de um poder jurídico, que é o poder social de elaborar as normas do Direito Positivo, por meio das suas três fontes básicas: 	costumeira – nasce da prática da sociedade
		legislativa – tem como fonte os entes legislativos (que têm a competência de criar normas), e 
		contratual – nasce da vontade entre as partes		 
SUJEITOS DE DIREITO E CAPACIDADE
	
Sujeitos de Direito
	- sujeito de direito é aquele, à quem a norma jurídica imputa direitos e obrigações na esfera civil. 
		pode fazer tudo que não está proibido
		pode ser pessoas com ou sem personalidade jurídica (personalidade jurídica é a autorização genérica, conferida pelo direito, para a prática de atos e negócios jurídicos não proibidos) 
	pessoa com personalidade jurídica 
		pessoa natural
		pessoa jurídica 
	Pessoa Natural - é o ser humano considerado como sujeito de direitos e obrigações.
		início da personalidade – a partir do nascimento com vida
		individualização da pessoa natural – com o nome:
	prenome – precede ao apelido de família na forma de designar as pessoas: Roberto, João, Carlos, Maria 
	sobrenome – porção do nome do indivíduo que está relacionada com a sua ascendência. 
	agnome – designa uma parte do nome de um indivíduo que o diferencia de seus homônimos: Filho, Júnior, Sobrinho
		 final da personalidade – com a morte 
	 final da personalidade – com a morte
		4 tipos de morte:
			morte real – ocorre como fato natural da vida 
			comoriência – presunção legal da morte de simultânea de duas ou mais pessoas ligadas por vínculos sucessórios
			morte presumida - pode ser declarada, nos seguintes casos:
		Se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo
		Se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois anos após o término da guerra
			morte civil – o indivíduo (beneficiário) é excluído de receber herança, como se morto fosse
	Pessoa Jurídica – entidades a que a lei empresta personalidade, isto é, são seres que atuam na vida jurídica, com personalidade diversa da dos indivíduos que as compõem, capazes de serem sujeitos de direitos e obrigações na ordem civil (a doutrina chama de ficção do Direito).
		início da personalidade – com o registro de seus atos constitutivos junto aos órgãos competentes
		final da personalidade – com a dissolução, fusão, incorporação (para a incorporada) ou falência.
	 	extinção da pessoa jurídica
	- convencional – quando, por exemplo, um prazo de duração específico estiver previsto na convenção da pessoa jurídica
	- legal – nos casos de falência ou insolvência
	- ordem governamental – nos casos de cassação
	- administrativa – decisão unânime dos membros, votação majoritária dos sócio, ou no caso da morte de um sócio, se os outros assim o decidirem 
	- judicial – a pedido de uma das partes, é tomada uma decisão judicial de extinção.
CAPACIDADE E EMANCIPAÇÃO
	Capacidade
	- Conceito - aptidão para adquirir direitos e exercer, por si ou por outrem, atos da vida civil.
		capacidade de direito -  é inerente ao ente 	humano - toda pessoa tem essa capacidade, ou 	seja, têm a prerrogativa de gozar de direitos.
capacidade de fato é a aptidão para exercitar 	direitos. Algumas 	pessoas são incapazes de fato, ou seja, não podem 	exercer, pessoalmente, os atos da vida civil. 
	Incapacidade
	- Conceito – é a restrição legal ao exercício dos atos da vida civil.
	Pode ser:
	absoluta
	relativa
	incapacidade absoluta
	I - Menores de 16 anos
	II - Privados do necessário discernimento
	III - Aqueles que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir a própria vontade 	
	incapacidade relativa
	- maiores de 16 e menores de 18
	- ébrios habituais, toxicômanos e deficiente mentais de discernimento reduzido
	- excepcionais sem desenvolvimento completo
	- pródigos (que ou quem esbanja suas propriedades; que gasta mais do que possui)
	Emancipação 
	faz cessar a incapacidade para menores.
	Pode ser:
	 - emancipação voluntária – concessão dos pais mediante instrumento público
	- emancipação judicial – por sentença do juiz, se o menor tiver mais de 16 anos 
	- emancipações legais
	pelo casamento 
	pelo exercício do emprego público efetivo
	pela colação de grau em curso superior
	pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela relação de emprego, desde que em função dele o menor tenha economia própria.
	observação – a emancipação é irrelevante na esfera penal 
RESPONSABILIDADE
(civil, penal e administrativa) 
	Responsabilidade Civil – é a obrigação que pode incumbir uma pessoa a reparar o prejuízo causado a outra, por fato próprio ou por fato de pessoas ou coisas que dela dependam.
	elementos da responsabilidade civil
	- conduta
	- nexo de causalidade
	- dano
	- culpa (lato sensu)
	conduta – modo de alguém de se comportar.
	nexo de causalidade – é o vínculo existente entre a conduta do agente e o resultado por ela produzido.
	dano – efeito de alguém ofender, material ou moralmente, a outrem, detentor de um bem.
		dano patrimonial (dano material) - causa destruição ou diminuição de um bem de valor econômico
		dano extrapatrimonial (dano moral) – está ligado a um bem que não tem caráter econômico, não é mensurável e não pode retornar ao estado anterior. Estão ligados ao direito à vida, à integridade moral, física, ou psíquica. 
	
	culpa (lato sensu) – não tem conceituação na legislação brasileira.
	abrange:
		dolo – conduta intencional, na qual o agente atua conscientemente de forma que deseja que ocorra o resultado antijurídico ou assume o risco de produzi-lo
		culpa (stricto sensu) - a conduta é voluntária, já o resultado alcançado não. O agente não deseja o resultado, mas acaba por atingi-lo ao agir sem o dever de cuidado. 
			elementos da culpa no sentido estrito: 	imprudência
		negligência 
		imperícia. 
		
	espécies de responsabilidade civil
		em razão da culpa (lato sensu):
		- subjetiva – causada por conduta culposa lato sensu, que envolve a culpa stricto sensu e o dolo
		- objetiva – independe de culpa. Todo prejuízo deve ser atribuído ao seu autor e reparado por quem o causou, independente de ter ou não agido com culpa. 
		em razão da natureza jurídica:
		- contratual – oriunda de um contrato
		- extracontratual (aquiliana) – decorre da lei
	Ex. danos causados por acidente de veículo
	pressupostos gerais da responsabilidade civil
	que haja um fato (uma ação humana – comissão ou omissão, um fato humano, mas independente da vontade, ou ainda um fato da natureza), que seja antijurídico
	que o fato possa ser imputado a alguém, seja por dever a atuação culposa da pessoa, seja por simplesmente ter acontecido no decurso de uma atividade realizada no interesse dela 
	que tenham sido produzidos danos;
	que tais danos possam ser juridicamente considerados como causados pelo ato ou fato praticado
FIM
UNIDADE I

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