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Fundamentos Históricos do Direito Revisão 1º bimestre 1 U1S1 - O que é História? “O propósito da História, ciência que trata de narrar e fazer conhecer os acontecimentos sociais ocorridos e vividos, acertando versões, afastando dúvidas, buscando a certeza, sempre com fundamentos nos dados já existentes ou naqueles que necessitam ser levantados e esclarecidos.” (AZEVEDO, 2013, p. 16) 2 U1S1 - História do Direito • Ciência que pesquisa e estuda o significado dos processos de alteração das estruturas jurídicas; e se, assim procedendo, ela penetra e convive com as naturais mutações de ordem política, econômica e cultural inerentes ao substrato social examinado” (AZEVEDO, 2013, p.16) 3 Técnicas de investigação na história: • Em algumas sociedades do passado nem escrita havia e a história foi contada através de figuras e desenhos, como os desenhos nas cavernas. • Além disso, a maioria dos vestígios históricos são perdidos ao longo dos séculos, tornando a tarefa do historiador de grande complexidade. • Dentre as técnicas utilizadas, pode-se citar a Epigrafia e o Carbono 14. U1S1 - Epigrafia Estudo dos textos escritos, nos materiais mais variados, como: • Argila, pedra, madeira ou bronze; • nos papiros empregados na Antiguidade; • nos pergaminhos, a partir da Idade Média; • nos manuscritos e iluminuras. Unidade 1 – Seção 1.2 Civilizações do Oriente Próximo “ Para compreender o futuro é necessário conhecer o passado” • Egito • Babilônia • Hebreus Primeiras civilizações Fatores históricos responsáveis pela transição de formas arcaicas de sociedade para as civilizações da Antiguidade: • Surgimento das cidades; • Invenção e domínio da escrita; • Advento do comércio EGITO Direito codificado: • Nenhum texto legal escrito chegou até o homem moderno. • Há somente inúmeros fragmentos de contratos, testamentos, decisões judiciais e atos administrativos. 8 HEBREUS • O direito hebraico pautava-se em preceitos jurídicos de ordem religiosa, com base em religião monoteísta; • Normatizações jurídicas com origem divina; • Imutáveis, somente Deus poderia modificar; • Base jurídica: Bíblia sagrada. MESOPOTÂMIA • Surgimento dos mais antigos documentos legislativos escritos, principalmente códigos; • Diversos povos: ✓sumérios, ✓acadianos, ✓babilônicos e ✓assírios; MESOPOTÂMIA Sistemas jurídicos Cuneiformes: processo de escrita Unidade 1 – Seção 1.3 Civilização Grega: o Direito na Antiguidade Unidade 1 – Seção 1.4 Direito Ibérico, Direito Medieval e Idade Média GRÉCIA Na pura acepção do termo, não se pode considerar que os gregos tenham sido grandes juristas, tendo em vista que não buscaram sistematizar ou codificar suas instituições de Direito, ou então construir a ciência do Direito. GRÉCIA • Direito como parte da educação de todo cidadão; • Todo cidadão deveria conhecer seus direitos e deveres; • Aptos para participar e se defender no tribunais • O direito era consequência da noção de justiça que estava difusa na consciência coletiva. GRÉCIA Legisladores Drácon • Põe fim a resolução de conflitos em família; • Instituiu o primeiro Código de Leis de Atenas com leis severas e fortes em 621 a.C; • Punição por roubo era a morte; • Introduziu importante conceito de Direito Penal com a classificação entre homicídio voluntário, involuntário e legítima defesa. GRÉCIA Sólon • Sob influência do direito egípcio cria o Novo Código de Lei entre 594 e 593 a.C; • Reforma institucional, social e econômica; • Criação do Tribunal de Heliaia – lei se encontrava acima do magistrado; • Os membros de Heliaia, heliastas, eram sorteados entre os cidadãos atenienses. IDADE MÉDIA Século V - XV IDADE MÉDIA • Período da história europeia; • Compreende o século V (queda do Império Romano do Ocidente) até o século XV; • Império Romano – 754 a. C até século V; • Alta Idade Média – séc. V até XII; • Baixa Idade Média – séc. XII até XV. • Fim da Idade Média: ascensão da burguesia, grandes navegações e surgimento da cultura Renascentista IDADE MÉDIA Direito consuetudinário Conjunto de normas jurídicas resultantes da repetição constante de condutas acompanhada da convicção de serem necessárias para disciplinar as relações jurídicas. Direito consuetudinário é aquele que surge dos costumes de uma certa sociedade, não passando por um processo formal de criação de leis. No Direito consuetudinário, as leis não precisam necessariamente estar num papel ou serem sancionadas ou promulgadas. Os costumes transformam-se em leis. IDADE MÉDIA Direito feudal • O Feudalismo foi um fenômeno político, social e econômico, ocorrido na sociedade europeia, tendo como marco inicial o século X. • Encontrou sua maior concentração na França, entre os séculos X e XI. IDADE MÉDIA Características – Direito feudal • contrato entre um senhor (suserano) e um vassalo, que o obrigava a ser fiel ao seu senhor, fornecendo- lhe ajuda, especialmente militar, e a participar dos conselhos e cortes do senhor; • contrapartida, o senhor obrigava-se a proteger e reconhecer o domínio do vassalo sobre uma determinada parcela territorial que se tornaria hereditária. IDADE MÉDIA Direito canônico medieval • O Direito canônico é o direito da igreja cristã, advindo das origens da Igreja Católica. • A descentralização do poder político da Idade Média, fruto da queda do Império Romano, a Igreja permanece como única estrutura político- administrativa organizada. E é na multiplicidade de poderes políticos medievais que a igreja irá assumir papel de destaque na ordem jurídica política, especialmente por meio da autoridade política de seus representantes. Unidade 2 O DIREITO ROMANO Direito Romano Os romanos se dedicaram tanto aos estudos jurídicos que podemos afirmar ser o sistema Romano-Germânico de Direito o principal sistema de Direito do mundo contemporâneo, que ajudou a emoldurar todo o pensamento ocidental não apenas na esfera jurídica, mas também no aspecto cultural, artístico e linguístico. Fases da História Romana • Realeza (Monarquia) (753 – 510 a.C.); • República (510 – 27 a.C.); • Império (27 a.C. – 565 d.C); ❖ Alto Império ou Principado (27 a.C a 284 d.C) ❖ Baixo Império ou Dominato (284 a 565 d.C) Realeza (753 a 510 a.C) Nesse Período, a sociedade romana estava estruturada em função da posse de terras e era dividida em classes sociais: Realeza (753 a 510 a.C) Rei • acumulava as funções executivas, religiosas e jurídicas; • eram soberanos, com poder absoluto (imperium), e comandavam o exército, a religião e o judiciário. O cargo era vitalício, ou seja, perpetuava-se no tempo, mas o poder era limitado pelo Senado e pelo povo; • os reis romanos foram: Rômulo, Numa Pompílio, Túlio Hostílio, Anco Márcio, Tárquinio Prisco, Sérvio Túlio e Tarquínio (o soberbo). Realeza (753 a 510 a.C) Patrícios • Eram os Aristocratas, pertenciam ao conjunto de famílias nobres. Gozavam de todos os privilégios e direitos, como por exemplo: • o direito ao voto nos comícios; • o exercício de cargos públicos; • ocupar terras conquistadas; • contrair casamento, dentre outros. Mas também tinham deveres: • pagar impostos; • prestar serviço militar. Realeza (753 a 510 a.C) • Clientes: Pessoas pobres, livres ou estrangeiras, dependentes dos Patrícios que lhes davam terras em troca de serviços. • Plebeus: Era a classe mais numerosa. Não tinham direitos políticos nem de cidadania. Eram pobres e não podiam se casar com Patrícios. Foi pelas mãos de Sérvio Túlio, que governou de 578 a 535 a.C., que a plebe foi introduzida na vida política romana• Escravos: Prisioneiros de guerra ou enjeitados quando criança. Não podiam legalmente casar nem fazer testamentos. Componentes da Magistratura • Os cônsules se apresentavam em dois elementos, eleitos por um ano, e eram responsáveis pela presidência do Senado e proposição das leis; • Os pretores eram os responsáveis pela justiça; • Os censores realizavam o censo da população, já estabelecia por renda, e cuidavam da censura; • Os edis eram responsáveis pela conservação, policiamento e abastecimento da cidade; • Os questores cuidavam do tesouro público (finanças da cidade); • Os ditadores, escolhidos pelo Senado a cada seis meses, eram responsáveis por governar em caso de grave crise. Pretores Os pretores eram os magistrados que, resumidamente, completavam, supriam e interpretavam as lacunas das leis, corrigindo-as ou abrandando a rigidez dos seus efeitos, que muitas vezes causavam prejuízos às partes integrantes de um processo. Pretores O Império Romano, em sua expansão, tornou insuficiente o número de pretores em face das demandas a serem atendidas e, por isso, consolidou novos postos para esses importantes magistrados, criando dois tipos de pretores, de acordo com a jurisdição: pretores peregrinos e pretores urbanos.
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