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TÉCNICAS PARA IMUNODIAGNÓSTICO DISCIPLINA DE IMUNOLOGIA CLÍNICA PROFESSORA AMANDAVELA IMUNODIAGNOSTICO Sorologia Estudo dos componentes do soro (principalmente anticorpos) Imunodiagnóstico Utilização de técnicas imunológicas para se pesquisar determinados antígenos ou antígenos específicos Afinidade Força de interação entre um único sítio de ligação Ag-Ac (em um único epítopo). Interações Ag - Ac - Dois Ag diferentes apresentam epítopos estruturalmente semelhantes - Ac específicos para um epítopo se ligam a um epítopo não relacionado, mas com propriedades químicas similares. Reação cruzada USO DOS IMUNOENSAIOS Confirmação de uma hipótese diagnóstica Diferenciar a fase de uma doença Diagnóstico de doenças conjuntas Triagem sorológica em bancos de sangue Seleção de doadores e receptores de transplante Conferir prognóstico de uma doença USO DOS IMUNOENSAIOS – cont. Estabelecer a prevalência de uma doença em determinada população Verificar a erradicação da doença Verificar novos casos da doença em áreas consolidadas Avaliação e monitoramento terapêutico Diferenciar imunidade ativa de imunidade passiva TIPOS DE TESTE Difere indivíduo Teste Qualitativo Teste Quantitativo Doente: teste positivo Sadio: teste negativo Doente: teste positivo Sadio: teste negativo Difere indivíduo É possível quantificar os anticorpos TIPOS DE TESTE – cont. Teste Semi- quantitativo Estima a quantidade de anticorpos através do título desses anticorpos (menor diluição do soro onde é possível a detecção de anticorpos) Exemplo: amostra de soro sem diluir – tem grande quantidade de anticorpos Diluir a amostra (1:2), (1:4), (1:8), (1:16), (1:32)..., até que se chegue a uma diluição que não seja possível encontrar anticorpo Essa será a diluição que chamamos de título do anticorpo MÉTODOS IMUNOLÓGICAS PARA DETECÇÃO DE ANTÍGENOS E ANTICORPOS Com reagente não marcado Reação de aglutinação Reação de precipitação Enzimático (ELISA) Imunofluorescência (IF) Quimioluminescência Com reagente marcado Reação de Precipitação E uma reação na qual ocorre a interação de antígenos e anticorpo solúveis correspondentes, resultando na formação de complexos insolúveis visíveis a olho nu (precipitado) Reações de Precipitação Imunodifusão simples linear Imunodifusão simples radial Imunodifusão dupla radial Imunodifusão Difusão de substâncias solúveis, por movimento ao acaso, em um meio geleificado (com agarose) Curva de precipitação É o ponto em que ocorre a precipitação máxima ou ótima 1 – Imunodifusão simples linear (técnica de Oudin) Adicionar uma solução de ágar + anticorpo [conhecida] = esperar solidificar Adicionar uma solução de antígeno [conhecida] Antígeno Interação antígeno- anticorpo sobre a ágar Incubar por 1 semana Princípio da técnica: o anticorpo permanece fixo no gel, enquanto o antígeno migra através dele em uma difusão vertical. A interação entre Ag e Ac forma uma linha de precipitação (zona de equivalência) Anticorpo Difusão vertical Vantagem Técnica barata Desvantagens É demorada, tem ↓ sensibilidade e especificidade Utilidade Quantificar proteínas (imunoglobulinas) referentes a determinada patologia 2 – Imunodifusão simples radial (técnica de Mancini) Princípio da técnica: o anticorpo permanece fixo ao gel em uma placa de Petri. Nos orifícios feitos no gel adiciona-se a solução de antígeno no orifício. A difusão do antígeno pelas várias direções do orifício criará um halo de precipitação (interação Ag-Ac) Colocar uma solução de ágar + anticorpos específicos [conhecida] na placa de Petri e esperar solidificar Abrir orifícios no ágar e adicionar uma solução de antígeno (mesmo volume em cada orifício) e incubar Usar 3 orifícios para adicionar 3 concentrações diferentes de antígeno conhecida 1mg/ml 2mg/ml 3mg/ml Os demais orifícios são para as amostras teste [desconhecida] Após a incubação por 48 – 72h, medir a área onde se formou o halo (usar régua) Em caso positivo, forma-se um halo estabelecendo a formação de precipitado Vantagem Técnica mais rápida = resultados entre 48-72 horas sensibilidade = usa pequena quantidade de amostra Desvantagens Não utilizar para dosar hormônios e pesquisa de antígenos tumorais Utilidade Dosagem de Ig sérico (quantificação) Dosagem da proteína C reativa - PCR 3 – Imunodifusão dupla radial (técnica de Outch Erlony) Princípio da técnica: baseada na difusão tanto do Ag como do Ac de modo que ambos se encontrem e precipitem em forma de arco (zona de equivalência) AG AG AG AG AC AC AC AC AC AGOU AG AG AG AG AC Durante a incubação (18 a 24h), Ag e Ac migram e se fundem formando a zona de equivalência (Ac=Ag) Esperar a camada de agarose solidificar sobre uma lamina de vidro; abrir orifícios na agarose Colocar Ac no orifício central e Ag nos laterais Colocar Ag no orifício central e Ac nos laterais Vantagem Técnica barata, rápida, de fácil visualização, semiquantitativa (titulação de anticorpo) Desvantagens ↓ sensibilidade (precisa de Ag e Ac em mg/ml) Utilidade Triagem inicial de doenças auto-imunes Confirmar por imunofluorescência ENSAIO ENZIMÁTICO DE IMUNOABSORBÂNCIA - ELISA Teste imunológico que mede a quantidade de ligação entre antígeno e anticorpo através da mudança de cor gerada pela enzima com seu substrato O ensaio é feito em placas de 96 poços (plástico => poliestireno ou polipropileno) Detecção de anticorpo Detecção de antígeno ELISA (ensaio imunoenzimático) Resultado colorimétrico – onde ocorreu a interação Ag-Ac há alteração de cor Vantagem sensibilidade (~99,9%), técnica rápida, fácil visualização, pode ser qualitativa, quantitativa ou semi-quantitativa Desvantagens Estabilidade das partículas / células revestidas por antígenos tem ↓ duração Utilidade Algumas doenças compartilham antígenos, podendo gerar dúvidas no diagnostico (HIV e HTLV) TESTE DE IMUNOFLUORESCÊNCIA Teste que utiliza anticorpos marcados com corantes fluorescentes para revelar a formação de um imunocomplexo Ag-Ac Fluoróforo: = molécula capaz de emitir fluorescência Conjugado = anticorpos + fluoróforo Direta Indireta Anticorpo primário Antígeno Antígeno Anticorpo primário Anticorpo secundário (anti- anticorpo Fluoróforo Imunofluorescência Direta É a detecção direta de antígenos usando anticorpo (marcado com substância fluorescente) específico para o antígeno. Método é qualitativo Uso: detecção de antígeno em amostras de tecidos: biopsias, células – infectados por bactérias, vírus respiratorios (influenza, parainfluenza, virus sincicial respiratorio e adenovirus). Imunofluorescência Indireta O anticorpo presente na amostra do paciente reage com um antígeno especifico fixado na lamina de microscopia. O anticorpo anti-humano (conjugado) marcado com fluoresceína é adicionado. As lâminas positivas apresentam fluorescência em microscopia Método: qualitativo Uso: pesquisa de anticorpos específicos (IgG, IgA e IgM) para diagnóstico de doenças infecciosas e autoimunes (auto anticorpos em vasculites sistemicas (ANCA) e no diagnostico de infecções pelo T. pallidum, T. cruzi, para as diversas Chlamydiae, entre outros. TESTES RÁPIDOS Teste realizado a partir de tiras reagentes que contêm uma área pontilhada com anticorpo na sua extremidade Podem ser realizados nas seguintes amostras: sangue, soro, plasmaFigura 1 – Exemplos de testes rápidos (TR): (1a) imunocromatografia de fluxo lateral; (1b) imunocromatografia de dupla migração – DPP; (1c) imunoconcentração; (1d) fase sólida.
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