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FACULDADE ESTÁCIO DE SERGIPE 
NUTRIÇÃO CLÍNICA EM PEDIATRIA 
DOENÇA 
CELÍACA 
MATERIAL DIDÁTICO – AULA 7 
QUAL SUA 
OPINIÃO SOBRE 
A DIETA SEM 
GLÚTEN? 
• Conceituar doença celíaca; 
• Identificar as consequências da doença celíaca 
na nutrição da infância; 
• Aprender as características e objetivos 
nutricionais da dietoterapia para a doença 
celíaca. 
 
 
 
OBJETIVOS DA AULA 
INTRODUÇÃO 
• Enteropatia crônica que leva a alterações intestinais 
e sistêmicas = mediada por fenômenos imunológicos 
e componente genético. 
 
• Desencadeada pela ingestão de glúten (proteína do 
trigo, cevada, centeio e aveia) = tratamento consiste 
na exclusão do glúten. 
• É frequente, acontece em qualquer idade e com 
várias formas clínicas. 
FISIOPATOLOGIA 
• Processos inflamatórios, especialmente no intestino 
delgado proximal = reduzindo a área de superfície de 
absorção + liberação de mediadores pró 
inflamatórios. 
• Atrofia das vilosidades de graus variados + 
desenvolvimento dos sintomas e das complicações 
intestinais e extra intestinais. 
• Lesões com intensidade e extensões variáveis ao 
longo do intestino, intercalado com zonas de mucosa 
normais → diversidade de sintomatologia e de 
quadro clínico 
 
 
EPIDEMIOLOGIA 
• Ocorre em adultos e crianças com prevalência mundial → 
1/100 a 200 indivíduos 
 
 GRUPOS DE RISCO 
• Parentes em 1º grau →prevalência de 10 a 17% 
• Pacientes com agravos próprios da doença (anemia ferropriva, 
baixa estatura, osteoporose) 
• Pacientes com problemas auto-imunes ( DM tipo 1, tireoidite 
auto-imune) 
 
• Últimos 25 anos: marcadores sorológicos mais confiáveis → 
diagnóstico precoce de forma atípica, ou mesmo silenciosa da 
doença = contribuíram para o reconhecimento generalizado 
de que a prevalência de Doença Celíaca (DC) é maior. 
 
• Em 2006, MELO et al., observaram entre doadores de sangue, 
em Ribeirão Preto, prevalência estimada de DC de 1:273. 
 
• Recentemente, OLIVEIRA et al., encontraram em população 
semelhante, prevalência de 1:214 na cidade de São Paulo. 
PREVALÊNCIA 
• Grau de sensibilidade individual ao glúten; 
• Quantidade presente na dieta; 
• Idade do paciente; 
• Extensão e gravidade da resposta inflamatória; 
• Outros fatores ainda desconhecidos; 
 
ETIOLOGIA 
• Indivíduos podem 
apresentar sintomas 
gastrointestinais e ou extra 
intestinais ou podem ser 
assintomáticos. 
 TIPOS DE DOENÇA CELÍACA 
 
 
• Forma clássica 
• Forma atípica 
• Forma silenciosa 
• Forma potencial 
• Doença celíaca refratária 
 
QUADRO CLÍNICO – FORMA 
CLÁSSICA 
• Crianças entre 6 e 24 meses → também pode 
ocorrer em adultos. 
 
• Predomínio dos sintomas gastrointestinais , 
com a apresentação da diarréia crônica com 
fezes esteatorréicas (cor acinzentadas, odor, 
aparência oleosa, etc), dor e distensão 
abdominal, flatulência, fadiga, hipotrofia 
muscular, ↓tecido subcutâneo, perda de 
peso, desnutrição, irritabilidade e depressão 
 
• Com a má absorção pode ocorrer deficiência 
de ferro, folato, cálcio, vitaminas lipossolúveis 
e zinco. 
 
• Má absorção intestinal com 
diarréia 
• Distensão abdominal 
• Redução da massa glútea 
• Perda de peso 
 
 
 
OBS. Em crianças sensíveis amamentadas ou 
com introdução tardia ao glúten pode 
ocorrer mudanças no quadro clínico e na 
forma de expressão da intolerância. 
QUADRO CLÍNICO – FORMA 
CLÁSSICA 
• Crianças entre 5 e 7 anos ou outras idade. Sintomas com início 
mais tardio; 
• Caracteriza-se por sintomas gastrointestinais inespecíficos ou 
eventuais ou ausentes; 
• Dor abdominal, empachamento, náuseas ou constipação; 
• Saciedade precoce. 
 
QUADRO CLÍNICO – FORMA 
ATÍPICA 
Manifestações atípicas extra intestinais: 
• anemia ferropriva, refratária(resistente) à suplementação 
• deficiência não explicada de ác. fólico, ferro, vit. B12, 
↓albuminemia; 
• baixa estatura; 
• alterações esmalte dentário, estomatite aftosa; 
• perda de peso, fraqueza e parada de crescimento 
• dermatite herpetiforme (doença cutânea crônica e benigna que 
caracteriza por sensação de queimadura); 
• manifestações neurológicas (epilepsia, neuropatia periférica); 
• Osteopenia (perda de massa óssea), osteoporose; 
• atraso puberal ; 
• edemas súbitos 
• sintomas gastrointestinais discretos. 
QUADRO CLÍNICO – FORMA ATÍPICA 
Doença celíaca silenciosa 
• Indivíduos aparentemente assintomáticos (adultos); 
• Identificação feita a partir da existência de fatores de risco; 
• Sorologia positiva; 
• Alterações histológicas da mucosa intestinal - lesões intestinais 
Doença Celíaca Potencial 
• Pacientes assintomáticos com sorologia positiva e histologia 
normal acompanhada de discretas alterações (biópsia) 
• Alimentação regular com glúten que em dado momento anterior 
sensibilizam e normalizaram a partir de dieta isenta de glúten. 
 
QUADRO CLÍNICO – OUTRAS 
FORMAS 
 Doença Celíaca Refratária 
 Persistência da inflamação intestinal . Pacientes celíacos com 
má absorção grave mesmo em dieta restrita há 12 meses ou 
mais, obrigando intervenção medicamentosa. Pode ser 
primária ( manifesta mesmo no início da doença celíaca) ou 
secundária (após remissão do quadro clínico e histológico em 
resposta a suspensão do glúten). 
 
 
 
QUADRO CLÍNICO – OUTRAS 
FORMAS 
DIAGNÓSTICO 
• História clínica e exame do paciente; 
 
• Sorologia (anticorpos antigliadina, IgA, entre 
outros); 
 
• Biópsia duodenal dos soropositivos. 
 
 
COMPLICAÇÕES 
• Osteopenia(perda de massa óssea) e osteoporose 
(def. vit D e cálcio); 
• Menarca tardia; 
• Abortos; 
• Atrofia do baço; 
• Jejunite ulcerativa em idosos (úlceras no intestino 
delgado); 
• Distúrbios neurológicos. 
OBJETIVOS DIETOTERÁPICOS 
• Eliminar as alterações fisiopatológicas intestinais; 
• Facilitar e favorecer a absorção dos nutrientes; 
• Normalizar o trânsito intestinal; 
• Recuperar o estado nutricional do paciente; 
• Melhorar a qualidade de vida do paciente. 
• Exclusão completa do glúten, após biópsia. 
• Em crianças pequenas com quadro grave, deve-se considerar a 
retirada inicial também da lactose (temporária até a 
confirmação da intolerância ao glúten); 
• Repor micronutrientes conforme quadro clínico; 
• Dieta própria para idade em energia e distribuição de 
macronutrientes, corrigindo a desnutrição e o déficit pondero 
estatural; 
• Atenção aos rótulos de alimentos, comer fora de casa, 
festinhas, viagens. 
 
DIETOTERAPIA 
• Retirando-se o glúten da dieta, a resposta clínica é rápida, 
havendo desaparecimento dos sintomas gastrintestinais com 
restauração da morfologia normal da mucosa, dentro de dias 
ou semanas. 
• Já a normalização funcional e histológica da mucosa intestinal 
pode demorar de 6 a 19 meses, podendo ainda estar 
incompleta em alguns casos entre 24-48 meses. 
• Embora seguir uma dieta estritamente isenta de glúten possa 
parecer simples, na prática evidencia-se uma série de 
dificuldades na manutenção desta não somente por parte do 
paciente, como também de seus familiares. 
DIETOTERAPIA 
• Fornecer ao paciente uma lista de alimentos que não 
contenham glúten. 
• Alimentos permitidos na dieta: arroz, grãos (feijão, lentilha, 
soja, ervilha, grão de bico), gorduras, óleos e azeites, legumes, 
hortaliças, frutas, ovos e carnes (de vaca, frango, porco, peixe) 
e leite. 
• O glúten poderá ser substituído pelo milho (farinha de milho, 
amido de milho, fubá), arroz (farinha de arroz), batata (fécula 
de batata), e mandioca (farinha de mandioca, polvilho). 
• Os pacientes e familiares devem ser alertados quantoa 
transtornos clínicos e histológicos com o consumo esporádico 
de glúten. 
DIETOTERAPIA 
Lei Federal n° 8.543, de 23 de dezembro de 1992 
Determina a impressão de advertência em rótulos e embalagens 
de alimentos industrializados que contenham glúten, a fim de 
evitar a doença celíaca ou síndrome celíaca. 
 
Lei Federal nº 10.674, de 16 de maio de 2003. 
Obriga a que os produtos alimentícios comercializados informem 
sobre a presença de glúten, como medida preventiva e de 
controle da doença celíaca. 
LEGISLAÇÃO 
• Titulo: Pão De Batata 
• Ingredientes: 2 tabletes de fermento para pão; 
1 colher ( sopa ) de açúcar; 
1 copo americano ( 150 ml ) de leite morno; 
1 caixa ( 200 grs. ) de creme de arroz; 
1 caixa ( 200 grs. ) de fécula de batata; 
2 colheres ( sopa ) de margarina; 
3 ovos; 
1 colher ( sobremesa ) de sal; 
2 batatas grandes cozidas 
• Modo de Preparo: Misture o fermento com o açúcar e 1/2 caixa de creme 
de arroz. Deixe descansar por 10 minutos. Numa tigela, amassar as batatas 
, juntar a margarina, o leite, o resto do creme de arroz, a fécula, os ovos 
inteiros e o sal. Misture bem com colher de pau ou batedeira. Junte esta 
mistura com a que estava descansando. Unte uma forma de bolo inglês e 
polvilhe com creme de arroz. Deixe descansar 10 minutos e asse em forno 
pré-aquecido por 50 minutos. 
• Autor: Acelbra-sp 
RECEITUÁRIO 
Por quê fazemos dieta? 
“A resposta, ao meu ver, é simples. Falta educação nutricional. (...) Sem 
esse conhecimento, o indivíduo comum fica a mercê das dietas da moda. 
Um exemplo muito simples, cortar glúten. Essa orientação nutricional é 
justificável apenas para pacientes celíacos (...). Agora eu pergunto, você 
conhece alguém que cortou glúten da dieta? Pergunte se ele é celíaco. 
Arrisco a afirmar que a resposta é não. 
A falta de educação nutricional impede conduta acertiva no nosso dia a 
dia como orientar a alimentação familiar, elaborar os alimentos dos 
lanches escolares e suas cantinas, consumo de água ao longo dia, etc. 
Em nosso país mais de uma pessoa a cada duas esta acima do peso ou 
obesa, cabe a cada um de nós buscar as informações corretas e definir 
condutas baseadas na ciência. Aos governos cabe rever orientações 
pedagógicas e incluir nutrição nas escolas.” 
http://www.lanchajr.com.br/2014/05/04/por-que-fazemos-dieta/ 
• Santos, d.R.D et al. Doença celíaca. in(carvalho, e. et al. 
Gastroenterologia e nutrição em pediatria). Manole. 359-405 
• www.acelbra.org.br 
• Mendes, Fernanda Berti Rocha; Hissa-Elian, Adaucto; Abreu, 
Marilda Aparecida Milanez Morgado de; Goncalves, Virginica 
Scaff.Título:Review: dermatitis herpetiformis / Revisao: 
dermatite herpetiforme. An. bras. dermatol;88(4):599-599, 
ago. 2013. 
• KOTZE, Lorete Maria da Silva. DERMATITIS HERPETIFORMIS, THE 
CELIAC DISEASE OF THE SKIN!. Arq. gastroenterol;50(3):235-
235, July-Sept/2013. 
 
REFERÊNCIAS 
• Clarindo, Marcos Vinícius; Possebon, Adriana Tomazzoni; Soligo, 
Emylle Marlene; Uyeda, Hirofumi; Ruaro, Roseli Terezinha; 
Empinotti, Julio Cesar. Dermatitis herpetiformis: 
pathophysiology, clinical presentation, diagnosis and treatment. 
An. bras. dermatol;89(6):877-877, Nov-Dec/2014. 
 
• Liu, Shinfay Maximilian; Resende, Paula Valladares Guerra; Bahia, 
Magda; Penna, Francisco José; Ferreira, Alexandre Rodrigues; Liu, 
Priscila Menezes Ferri; Antunes Neto, Adão Soares; Santos, 
Leandro Ricardo de Aquino; Eliazar, Glauber Coutinho; Arantes 
Júnior, Márcio Antônio Ferreira. Doença celíaca / Celiac disease. 
Rev. méd. Minas Gerais;24(supl.2), maio 2014 
REFERÊNCIAS 
• Golfetto,l.; Senna f.D.; Hermes j. ; Beserra b. T. S.; França f. S. ; 
Martinello f. Lower bifidobacteria counts in adult patients 
with celiac disease on a gluten-free diet . Arq Gastroenterol . 
 v. 51 no. 2 - abr./jun. 2014 . 139-143 
 
 
• Farrukh,a. ; Mayberry, j. F. Coeliac disease in central and 
south america: time for a concerted approach to its 
epidemiology . Arq Gastroenterol . v. 52 no. 2 - abr./jun. 
2015 . 129-133 
 
REFERÊNCIAS

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